O mês de julho, conhecido como alta temporada para o setor de turismo, principalmente no ano passado, quando representou uma recuperação do setor em comparação aos anos de 2020 e 2021, ganhou este ano novo destaque: itens de Casa e Móveis. De acordo com os dados do Relatório Setores do E-Commerce, da Conversion, o tráfego do segmento cresceu 8% no período, seguido pelo de marketplaces (6,3%), que também inclui a venda de diversos itens domésticos. Porém, na contramão dos desempenhos positivos, alguns setores perderam tráfego no período, como: Presentes e Flores (-12%), Ferramentas e Acessórios (-7%) e Pet (-6%).
No mês de julho, também aconteceu o Amazon Prime Day, que pode ser entendido como um fator que impulsionou o aumento no volume de buscas por bens consumíveis, produtos de limpeza, eletrônicos e dispositivos, impactando de forma positiva os acessos ao site da empresa e o seu faturamento no mês.
Esses eventos auxiliaram a volta do crescimento do tráfego no e-commerce brasileiro. Enquanto o mês de junho houve uma retração, em julho, o número de visitas subiu 3,4%, atingindo 2,53 bilhões de acessos, tornando-se o segundo melhor resultado do ano, ficando atrás apenas do mês de janeiro.
No relatório, apenas o setor de marketplaces alcançou o mesmo nível de acessos, alcançando cerca de 1,1 bilhão de visitas únicas, também ficando atrás apenas do primeiro mês do ano. Entre os motivos apontados pela alta, está a melhora das visitas pelo navegador web (4%), embora os acessos por app no smartphone tenham se mantido estáveis (0,4%). O tráfego via navegadores web têm sido um aspecto positivo no e-commerce, acumulando altas sucessivas.
De acordo com o CEO da Conversion, Diego Ivo, os indícios de melhora na economia do Brasil ajudam a entender os dados. Para ele, “a sensação geral é que aos poucos as pessoas irão retomar o padrão de consumo no segundo semestre. Além disso, tivemos eventos promocionais muito importantes, como o Prime Day, que ocorreu em meados de julho.”
Além disso, o CEO também comentou que muita gente aproveitou o dinheiro das férias para fazer pequenas reformas na casa, como indica os dados. Inclusive, nesses números também pode ser identificado quem já está pesquisando preços para a Black Friday em novembro. Um dos principais eventos do segundo semestre, seguido por outras datas relevantes para o varejo como as férias de julho e o Dia dos Pais em agosto.
O desempenho do tráfego
Com a melhoria do índice geral, as marcas também se beneficiam com o desempenho positivo. A Amazon Brasil, destacou-se pela sua alta no mês de julho, atingindo cerca de 229 milhões de visitas no mês, em comparação às 178 milhões em junho. Significando um aumento relevante de 28% no tráfego.
O aumento aconteceu por conta do Prime Day, evento exclusivo da Amazon para os clientes “prime”. Segundo a própria empresa, a promoção ocasionou o aumento de 50% nas vendas em relação a 2022, trazendo uma melhora significativa nos números do tráfego do site.
Em seguida, o Mercado Livre, que lidera a lista, obteve uma alta de 3%, totalizando 332 milhões de acessos. A Shopee ocupa o segundo lugar, subindo 8%. Outra empresa também se destaca: a OLX – que ocupa a quinta posição e desponta na lista – ao bater a marca dos 116 milhões de acessos.
Esses dados também revelam que, mesmo relevantes, as empresas asiáticas perderam sua força de acesso no e-commerce brasileiro. Pois, em maio, quatro das dez marcas mais visitadas pelo país eram ocupadas pela Shopee, Shein, AliExpress e Samsung – um número que caiu para três (Shopee, Shein e AliExpress). Dessas, apenas a Shopee ocupa um patamar acima dos 100 milhões de acessos.
Clique aqui e leia o relatório na íntegra no site da Conversion.
A partir de outubro, Amazon passará a cobrar taxa adicional de vendedores que não utilizam o serviço de logística da empresa.
A gigante do comércio eletrônico Amazon está prestes a adicionar uma nova taxa para os vendedores que optarem por não utilizar o serviço de logística da empresa, de acordo com informações divulgadas pela Bloomberg e CNBC. Documentos obtidos pelas fontes indicam que a Amazon começará a impor uma taxa sobre cada produto que os comerciantes enviarem por conta própria.
A taxa, que supostamente entrará em vigor em 1º de outubro, será aplicada aos vendedores que fazem parte do programa Seller Fulfilled Prime (SFP) da Amazon. Diferentemente do programa Fulfillment by Amazon (FBA), o programa SFP permite que comerciantes terceirizados vendam produtos Prime diretamente de seus próprios armazéns, em vez de a Amazon lidar com o processo logístico. Isso significa que os vendedores também são obrigados a cumprir os padrões de entrega de um a dois dias do Prime, incluindo envios nos finais de semana.
Embora a Amazon tenha introduzido pela primeira vez seu serviço SFP em 2015, a empresa suspendeu novas inscrições em 2019. A lista de espera só foi reaberta em junho deste ano — uma decisão que, de acordo com a Bloomberg, a Amazon tomou para atender às exigências regulatórias. Não está claro por que a Amazon está implementando essa taxa agora.
Taxas em meio possível ação
A nova taxa de 2% não chega em um momento particularmente favorável para a Amazon, já que há relatos sugerindo que a Comissão Federal de Comércio (FTC) está se preparando para mover uma ação antitruste contra o gigante do comércio eletrônico. Essa taxa também se soma à comissão já cobrada pela Amazon, que varia entre 8% e 15% sobre pedidos realizados na plataforma.
Apesar disso, essa taxa adicional pode ser uma estratégia da Amazon para incentivar os vendedores a utilizarem seus serviços internos, o que daria à empresa maior controle sobre o processo logístico, além de aumentar os ganhos devido ao crescente custo do programa FBA. No entanto, essa medida poderá atrair uma maior atenção dos reguladores, uma vez que, em 2019, a Amazon já foi acusada por um vendedor de forçar comerciantes a utilizarem o serviço FBA da empresa.
Mesmo com menos de três décadas no Brasil, o e-commerce já detém grande parte do mercado brasileiro.
Com fatores fundamentais para o consumidor atual, como praticidade e variedade em produtos, cada vez mais o comércio eletrônico vem conquistando o público, desde os mais novos até os mais velhos.
Claro que, com o período da Covid-19, tivemos uma crescente necessidade de realizar pedidos online, mas o movimento do setor não é tão recente e já passou por mudanças significativas durante os anos.
Com a vinda da internet discada de 14 kps na década de 90, ainda não possuíamos a cultura de comprar algo virtualmente, mas foi em 1995, a partir da livraria Booknet, que as mudanças começaram a acontecer.
Ao longo dos anos, grandes players apareceram no e-commerce, como Americanas e Mercado Livre, além de sites como Buscapé, os quais auxiliaram o consumidor a comparar preços e na descentralização do comércio eletrônico que estava nessas grandes marcas.
Nos anos 2000, o faturamento do setor já movimentava milhões de reais por ano, mas foi a partir de 2010, quando tivemos a ascensão do mobile, das redes sociais e do Google que o e-commerce tomou outros ares.
A partir disso, tivemos a necessidade da aprimoração da experiência do consumidor e do usuário, com sites cada vez mais responsivos, métodos de pagamentos mais seguros e transparentes, processos logísticos cada vez mais rápidos, entre outras demandas.
Neste artigo, iremos abordar parte desses elementos e trazer uma visão sobre o que podemos esperar do e-commerce e das áreas que o afetam para os próximos anos, tendo em mente o que já presenciamos no Brasil e no mundo.
Infraestrutura e logística no Brasil: um caminho que ainda precisa ser melhorado
De início, é preciso falar sobre a logística e os meios de transporte no Brasil, que afetam diretamente no impacto das compras online para os consumidores.
A infraestrutura logística no país ainda precisa de muitas melhorias e cuidados, já que o Brasil é um país muito extenso e, devido à sua diversidade geográfica, as necessidades de aprimoramento dos modais de transporte são grandes para que possa atender bem às demandas de cada região.
Como 60% do transporte de cargas do Brasil estão concentrados no modal rodoviário – dados da CNT, Confederação Nacional de Transportes -, ainda falta estrutura nas estradas para que esse transporte seja feito de maneira mais eficiente, ágil e seguro, sem contar com a necessidade de melhorias em ferrovias e hidrovias, que poderiam garantir maior agilidade entre os estados e municípios.
Além da qualidade das rodovias serem baixas e necessitarem de constante investimento para a manutenção e conservação, o preço dos combustíveis utilizados é caro e constantemente muda de valor, o que aumenta os custos logísticos.
De acordo também com a CNT, aproximadamente 25% dos custos operacionais poderiam ser reduzidos se o Brasil tivesse uma melhor estrutura logística, o que poderia diminuir igualmente custos e o tempo de entrega, tanto de fornecedores a empreendedores quanto para os consumidores finais.
A infraestrutura e logística do país ainda são um desafio para que todas as entregas sejam feitas de maneira eficiente, mesmo em locais mais afastados.
Isso pode igualmente significar uma oportunidade de maior crescimento do e-commerce em diferentes regiões ao longo dos anos, à medida que o investimento nos meios de transporte seja feito, o que pode ser alcançado a partir dos órgãos responsáveis ou de próprios marketplaces/grandes empresas, que investem em serviços fulfillment, por exemplo, para seus lojistas parceiros.
Regulação e legislação
Com o crescimento do e-commerce, a insegurança também permeia o ambiente digital. Afinal, tanto o consumidor quanto o empreendedor devem colocar seus dados para realizar as compras e/ou vendas, o que gera desconfiança sobre a segurança e a veracidade de produtos, dados, entre outros fatores.
No entanto, para garantir um ambiente seguro e confiável, a regulação e a legislação desempenham um papel crucial.
O cumprimento das regulamentações, como o Código de Defesa do Consumidor e o Marco Civil da Internet, é essencial para estabelecer relações comerciais transparentes e éticas. Além disso, a complexidade dos impostos incidentes em vendas interestaduais requer estratégias eficientes para garantir a conformidade fiscal sem prejudicar a competitividade das empresas.
No e-commerce, isso significa garantir a segurança e a privacidade dos dados dos clientes. Empresas devem adaptar suas políticas de privacidade, implementar medidas de segurança cibernética e obter consentimento explícito para o tratamento das informações pessoais, protegendo, assim, tanto os consumidores quanto a própria organização.
O uso de certificados SSL e outras tecnologias de criptografia é essencial para garantir que as informações sensíveis permaneçam confidenciais e que as transações sejam protegidas contra fraudes.
Afinal, a proteção ao consumidor não pode ser negligenciada no e-commerce, e ele precisa ter a mesma segurança e confiança ao fazer compras online que tem ao adquirir produtos em lojas físicas.
A oferta de informações claras sobre produtos, prazos de entrega, política de trocas e devoluções é fundamental para criar uma experiência positiva de compra. Além de, claro, as empresas terem que estar prontas para resolver eventuais problemas e garantir a satisfação do cliente de maneira transparente e rápida.
Porém, em épocas como a Black Friday, os casos de fraudes ainda são recorrentes, e é preciso que o consumidor fique atento às práticas e atividades suspeitas, assim como os empreendedores devem educar e comunicar seus clientes sobre as melhores medidas de segurança, proporcionando-lhe mais confiança.
Veículos como Serasa, Sebrae e mesmo a mídia em geral promovem conteúdos a esse respeito anualmente, e é interessante acompanhar as estatísticas e medidas que devem ser tomadas.
Diversidade de métodos de pagamento
Ao falar-se sobre segurança, temos que levar em conta métodos de pagamento como Pix, que foi implementado em 2020, mas continua em uma constante crescente nas vendas online – isso por conta de sua praticidade e por descontos que o deixam mais atrativo.
A tendência é de que o método continue a crescer. De acordo com estudo da Opinion Box, 77% dos entrevistados acreditam que o Pix mudou a forma de realizar pagamentos no dia a dia. Em contrapartida, daqueles que não o utilizam, 55% não o acham confiável.
O cartão de crédito ainda domina a preferência dos consumidores brasileiros – 57% utilizam tal método, de acordo com a CNDL.
Além disso, temos outras formas, como através de intermediários, boletos e depósitos bancários.
Comportamento do consumidor
O comportamento do consumidor que consome online está em constante mudança, mas o fato é que, após a pandemia, a necessidade por entregas cada vez mais rápidas é certa. Afinal, com a volta de estabelecimentos físicos, a possibilidade de retirar em loja ou simplesmente comprar fisicamente retornou.
Em uma pesquisa realizada pela Opinion Box, em 2023, sobre as tendências do e-commerce, sete em cada dez consumidores disseram que aumentaram a frequência de compras online nesse último ano e, ainda, 55% desses afirmaram que a frequência irá aumentar mais em 2023.
As categorias de produtos mais procurados nos últimos seis meses de 2022 foram roupas (60%), eletrônicos (49%) e calçados (47%). Parte disso pode explicar a ascensão de e-commerces como Shein, que tem como principal segmento o mercado de moda e que, além de possuir preços mais acessíveis, apresenta diversas promoções a seus consumidores.
Vindo com essas mudanças, não podemos ignorar também a ascensão de compra pelos dispositivos móveis: 73% das compras online são feitas a partir do mobile.
Além disso, a pesquisa realizada pela Opinion Box perguntou aos entrevistados quais são os canais de vendas pelos quais normalmente realizam suas compras, sendo os marketplaces e as lojas virtuais a preferência do público:
Há ainda muito a se analisar sobre o comportamento do consumidor, mas, de maneira breve, podemos visualizar como canais de vendas que transparecem segurança como marketplaces são sua preferência, além da facilidade de comprar nesses ambientes a partir de seus dispositivos móveis. Assim, podemos concluir que a experiência do consumidor e do usuário antes, durante e depois da compra é essencial para garantir sua preferência.
Tais hábitos ainda podem ter alterações ao longo dos anos, à medida que as compras online penetraram em todas as regiões do Brasil, como norte e nordeste.
O papel das redes sociais e influenciadores
Diante do comportamento da sociedade perante o e-commerce, as redes sociais também são um espelho de tendências, busca por produtos, serviços e o chamariz para conferir comentários positivos ou negativos de uma empresa, trazendo entusiastas da marca ou clientes insatisfeitos.
Na mesma pesquisa que trouxemos, da Opinion Box “E-commerce Trends 2023” em parceria com a Octadesk, foi igualmente perguntado para os entrevistados se eles pesquisam produtos nas redes sociais e, se sim, quais as que utilizam:
Além disso, os influenciadores digitais moldam a maneira como os consumidores realizam suas compras. 41% dos entrevistados informaram que já compraram algum produto indicado por influencers.
As redes sociais dão oportunidades para que muitos empreendedores, que estão iniciando suas vendas, possam fazer ações de marketing digital de maneira mais barata, assim como, à medida que crescem, é possível utilizar anúncios pagos ou fazer parcerias com nanoinfluenciadores, por exemplo.
O desafio está em criar conteúdos relevantes e constantes, sendo necessário estudar as preferências de sua persona e acompanhar as mudanças que tais plataformas realizam frequentemente.
Marketplaces, concorrência e diferenciação
Assim como visto, os marketplaces estão no topo quando o assunto diz respeito à preferência de canais de vendas.
Devido a uma série de fatores que permitem aos consumidores se sentirem mais seguros em comprar em tais plataformas, os marketplaces igualmente atraem muitos vendedores que desejam crescer seu empreendimento.
Contudo, devido a esse movimento, há também uma grande concorrência dentro de cada marketplace, com milhares de sellers vendendo determinado produto, e cada vez mais a diferenciação se torna uma obrigação, mesmo nesses canais de venda que limitam essa característica.
O ponto é que, ao longo dos anos que tivemos uma evolução do mercado de comércio eletrônico no Brasil, tivemos sim uma descentralização de lojas virtuais. Todavia, ao se falar de marketplaces, há um afunilamento dessas plataformas, e somente os grandes players que priorizarem a experiência do consumidor irão permanecer.
Assim como em outros países, como nos EUA – onde a Amazon lidera com grande parcela do mercado -, no Brasil já temos os dez maiores e-commerce tendo 48,8% de market share.
O caso é que há um chamado Darwinismo Digital, no qual podemos esperar que empreendedores que não se adaptarem às demandas dos consumidores e não estiverem no canais de vendas corretos estarão fadados a perder faturamento e mercado. Nesse sentido, apenas os melhores continuarão, tornando a entrada de novos players cada vez mais difícil.
Tecnologia e inovação no e-commerce
Não podemos falar sobre oportunidades para o e-commerce sem falar sobre tecnologia e a inovação que ela transmite para o setor.
A cada dia, novas soluções tecnológicas surgem, transformando a forma como os empreendimentos operam e os consumidores interagem com as vendas online.
Primeiro, podemos falar das inteligências artificiais que podem auxiliar na criação de conteúdos para redes sociais, roteiros para vídeos, no atendimento ao cliente e na personalização das experiências de compra.
Os chatbots, alimentados por IA, estão se tornando cada vez mais comuns em lojas virtuais para responder a perguntas frequentes dos clientes e auxiliar em suas decisões de compra. Essa tecnologia permite um atendimento ágil e eficiente, melhorando a satisfação do consumidor e aumentando as chances de conversões.
Já a realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) têm grande potencial para revolucionar a maneira como os consumidores realizam suas compras.
Com a AR, os clientes podem visualizar produtos em seus ambientes antes de fazer uma compra, como experimentar móveis em suas casas ou testar roupas virtualmente. Já a VR oferece oportunidades de criação de lojas virtuais totalmente imersivas, permitindo aos consumidores explorar ambientes virtuais e interagir com produtos como se estivessem em uma loja física.
A Internet das Coisas também tem potencial para transformar o e-commerce ao conectar dispositivos inteligentes e permitir que os consumidores façam compras de forma mais conveniente. Por exemplo, geladeiras inteligentes podem identificar a falta de determinados produtos e enviá-los automaticamente para reposição.
Agora, no âmbito da operação de empreendedores e lojistas, como já dito anteriormente, a inovação na logística é um dos principais desafios para o e-commerce no Brasil.
É ainda preciso constante investimento para que cada vez mais a tecnologia auxilie na eficiência da gestão de estoque, distribuição de produtos etc.
A automação de processos também é cada vez mais necessária para que ocorram menos erros em uma operação e para que os gestores e sua equipe possam focar em aprimorar a empresa, deixando tarefas manuais para softwares que as façam automaticamente, o que gera oportunidades de crescimento e de uma melhor gestão de seu empreendimento.
Projeções para o crescimento do setor nos próximos anos
O e-commerce é um grande propulsor para a economia nacional e mundial, e todas as informações que foram trazidas aqui comprovam que ainda há desafios e oportunidades para crescer.
Só em 2023, a projeção, feita pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), é de que o setor faturará R$ 185,7 bilhões – e de que, para próximos anos, esses números só cresçam, com perspectiva de que em 2027 eles cheguem a R$ 273 bilhões.
Contudo, é preciso destacar que empreendedores que estejam em múltiplos canais de vendas ou sejam omnichannel estarão na frente dos demais.
Os consumidores querem realizar suas compras da maneira que for mais conveniente, mas que isso seja feito através de canais interligados, nos quais eles possam experimentar uma roupa pessoalmente e pedir para entregarem em casa, por exemplo, sem muitas burocracias.
Um dos maiores desafios para empreendedores e novos entrantes nesse mercado é o grande número de concorrentes, e fatores como logística e investimento em tecnologias os farão mostrar a eficiência e a diferenciação aos consumidores.
Outros fatores como sustentabilidade, empresas mais conscientes de seus impactos sociais e ambientais serão pontos a se considerar pelos consumidores, o que faz cada vez mais necessário que o empreendedorismo molde como a nossa economia e sociedade irão seguir, sendo o e-commerce uma área fundamental nessa jornada.
As estratégias do AliExpress para fazer frente à concorrência no Brasil
Diretora geral do AliExpress no Brasil vê com bons olhos medida do governo para importação: “Com ele, o país se adequa à prática internacional”.
Presente em cerca de 200 países, o portal de comércio eletrônico AliExpress quer se fazer mais presente no dia a dia do consumidor brasileiro. Com o Brasil entre os cinco maiores mercados para a varejista do mundo digital, o marketplace chinês tem investido na parceria com vendedores locais e parceiros logísticos para diminuir o tempo de entrega de seus produtos. Recentemente, o AliExpress ampliou sua oferta de voos fretados de cinco para oito, prometendo entregar itens internacionais em até sete dias. “A gente vê que, no e-commerce, que quanto menor for o tempo de entrega, maior a taxa de conversão”, diz Briza Bueno, diretora-geral do AliExpress no Brasil. “Aquela ideia de que o produto comprado da China demora três meses para ser entregue não existe mais.”
A empresa, controlada pelo conglomerado chinês Alibaba, é um dos sites de e-commerce que praticam o chamado cross border, transação comercial entre países. A prática é questionada por diversos concorrentes locais, que apontam concorrência desleal frente aos impostos pagos pelas varejistas locais, que chegaram a se unir, em 2022, em uma petição para a taxação das estrangeiras. Em maio, o AliExpress foi o sexto portal de comércio eletrônico mais acessado no país, à frente de grandes varejistas como Casas Bahia (7º) e Americanas (9º), e atrás de Shopee (3º) e Shein (5º), que também praticam o comércio fronteiriço. Os números são da consultoria Conversion.
Nos últimos dias, entrou em vigor o Programa de Conformidade da Receita Federal, que tem o intuito de trazer mais transparência a esse tipo de operação, e permite com que empresas estrangeiras exportem produtos de até 50 dólares para o Brasil sem pagar impostos federais. A medida, mais uma vez, foi criticada pelos concorrentes locais, mas é defendida pela executiva do AliExpress. “A gente vê o programa como bons olhos para o país em si, porque ele se adequa mais à prática internacional. A gente está estudando a portaria e se preparando para conseguir entrar no programa”, diz Briza, sem dar muitos detalhes. Estima-se que a isenção do governo afete as contas públicas em 35 bilhões de reais de 2023 a 2027, segundo dados da Receita.
Ao defender a nova legislação, a executiva aponta os interesses do consumidor brasileiro e o objetivo de crescer a participação do mercado frente ao varejo tradicional. “Acho que o Brasil ainda tem um potencial muito grande de crescimento no e-commerce. Quando a gente olha a participação do e-commerce em relação ao que é hoje na China é muito pequena. Enquanto aqui, está em 10% do varejo total, lá a participação é de 50%”, diz ela. Por outro lado, a empresa tem um memorando de entendimento com a Apex para ajudar os brasileiros interessados em explorar outros mercados por meio de seu portal de vendas.
Uma das iniciativas da empresa para estimular o crescimento do setor e crescer seu mix de produtos foi se voltar a parceiros logísticos que operam com fulfillment, onde os produtos dos vendedores da plataforma podem ser armazenados em um centro logístico. Hoje, o AliExpress é atendido por essa modalidade em parceria com os Correios, com seu serviço Correios Log+; a China Now Express e a Infracommerce. “O nosso objetivo é ter a melhor velocidade de entrega. Fazemos isso com mais voos e com os centros de fulfillment”, diz Briza. A iniciativa é vista como fundamental para que a plataforma não fique aquém de gigantes rivais, que oferecem esse serviço, como Mercado Livre e Amazon. A empresa também admite estar investindo mais em publicidade e foi uma das principais patrocinadoras do Fórum E-commerce Brasil este ano.
Shein e Shopee investem em logística, buscam fornecedores locais e fazem acordo com governo, enquanto AliExpress patrocina evento de e-commerce do país.
Em meio à polêmica sobre a isenção do imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50 e o programa Remessa Conforme, varejistas asiáticas como Shein, Shopee e AliExpress têm aumentado consideravelmente seus investimentos no Brasil – que já está entre os maiores mercados para as três empresas.
Para piorar o cenário de competição para as varejistas brasileiras, outras empresas como a Temu (a pronúncia é “Timo”) devem desembarcar no país em breve, e cada vez mais redes sociais chinesas, como o TikTok e o Kwai, vão apostar na venda de produtos em suas plataformas através do live-commerce (em que uma pessoa interage com internautas e vende os produtos em uma transmissão ao vivo, dentro da plataforma).
Shein, Shopee e AliExpress entraram no Brasil há poucos anos, mas já conquistaram uma fatia considerável do mercado. A Shopee tem atualmente a maior operação no país, com 7 mil funcionários, vários andares alugados na Faria Lima, em lajes corporativas de luxo, e mais de 120 mil m² de galpões logísticos classe A. Parte do grupo Sea Limited, a empresa diz que 85% das suas vendas já são de vendedores locais, não de produtos importados, e que já tem mais de 3 milhões de sellers em sua plataforma — o marketplace (3P) do Magazine Luiza, por exemplo, tem 281 mil.
Shein (a pronúncia é “She-in”, ou “ela dentro”) e AliExpress têm operações locais menores e não revelam quantos vendedores têm nas suas plataformas, mas também têm escritórios na Faria Lima e não ficam para trás nos investimentos (tanto em gastos com infraestrutura como também em tecnologia). Parte do grupo Alibaba, a AliExpress tem a menor operação logística das três no Brasil, mas traz oito voos semanais de mercadorias da China.
A Shein, que também usa o frete aéreo para suas importações, há poucas semanas fez uma locação que surpreendeu o mercado: alugou da GLP um galpão logístico em construção de 135 mil m², em Guarulhos (ela já ocupa 80 mil m² em dois galpões no empreendimento, que fica próximo ao aeroporto internacional de Cumbica e tem locatários como Amazon e Magazine Luiza).
“O tamanho desta locação realmente surpreendeu. Tivemos que validar os dados, porque foi bastante representativa”, afirma Leandro Braga, head de inteligência de mercado da Colliers International do Brasil, sobre o movimento da Shein. Foi a maior transação do ano até agora, segundo a consultoria (a segunda maior foi para o Mercado Livre, que alugou 107 mil m² no Prologis Castelo 46), Além dos galpões em Garulhos, a chinesa também ocupa outros dois espaços menores, um deles em Embu das Artes.
Para efeito de comparação com as varejistas consolidadas no país, a Colliers diz que os maiores inquilinos em centros de distribuição de alto padrão construtivo são Mercado Livre (com cerca de 1,2 milhão de m² de área locada), Amazon (427 mil m²) e Magalu. A Magalu diz que tem 868 mil m² de área alugada, dos quais 792 mil m² são da marca e o restante está dividido entre Netshoes, Kabum e Época Cosméticos, e que 80% dos seus galpões são classe A. Amazon e Meli não confirmaram o tamanho de suas operações.
As varejistas asiáticas já alteraram o tabuleiro de disputa no país, afirma Tiago Berta, fundador do Fórum E-commerce Brasil (maior evento de comércio eletrônico do país, que reuniu mais de 21 mil congressistas em São Paulo na semana passada). “Aqui tem cinco empresas (grandes), e o mercado estava passando por uma consolidação”, afirma Berta sobre Mercado Livre, Amazon, Magalu, Via e Americanas. “Agora entraram as asiáticas e a concorrência aumentou. E virão mais empresas de lá.”
Estratégia das recém chegadas
O espaço não só físico ocupado pelas asiáticas, mas também nas palestras durante o fórum, incomodou empresas locais, que reclamaram com a organização. A AliExpress, uma das patrocinadoras do evento (junto com Amazon e Magalu), ocupou um dos maiores stands da feira, bem ao lado da varejista americana e do Mercado Livre.
Briza Bueno, diretora de business development e marketing da AliExpress, afirmou à reportagem que o intuito foi aproximar-se dos sellers. “Fizemos uma promoção de 100% de cashback nas comissões durante os três primeiros meses, para eles testarem a plataforma”.
Para atrair vendedores para o seu marketplace (3P), a empresa do grupo Alibaba cobra comissões bem menores que a concorrência (entre 5% e 8%, ante cerca de 20% na média). Esse percentual pode ser ainda maior, dependendo da quantidade de serviços contratados, como o fullfilment (armazenagem em galpões da própria varejista), a entrega mais rápida ao consumidor e os anúncios (que dão mais destaque ao produto na plataforma).
A estratégia da Shopee para crescer no Brasil também foi zerar a comissão paga pelos sellers. Em geral, as empresas chinesas apostam em subsidiar o frete e dar cupons para os clientes, para fidelizá-los. Essa estratégia é facilitada pela robustez financeira dos grupos que as controlam (tanto o Alibaba quanto a Sea Limited são empresas listadas na Nyse, aparentemente com disposição de queimar caixa em mercados prioritários, como o Brasil).
Yan Di, ex-country manager da AliExpress no Brasil, destaca a importância do caixa nessa briga, por fatias de mercado, e dá como exemplo o cashburn que a Temu fez para entrar nos Estados Unidos, com tickets de US$ 30 para os novos usuários. “São R$ 150 de subsídio. Aqui no Brasil, são poucas as compras acima deste valor.”
O executivo também já foi CEO do Baidu no Brasil, trabalhou por 13 anos na Huawei e hoje tem uma empresa de live commerce (que conta, entre os clientes, com empresas como a Shopee e o Kwai). Ele diz que Shein, Shopee e AliExpress conquistaram mercado rapidamente no Brasil porque têm acesso a fornecedores e produtos, apostam em preços baixos, subsídio, eficiência e tecnologia e também porque a concorrência aqui é menor do que na Ásia.
Ele afirma ainda que a América Latina é um mercado “super sensível a preço”, não só nas classes mais baixas, e dá como exemplo a concorrência na China. “Não é só os mais pobres que compram produtos mais baratos. O Pinduoduo, que é da Temu, cresceu porque o Alibaba queria vender só para a classe média. Isso é fatal, porque todos os consumidores querem o menor preço”.
Chinês residente há mais de 20 anos no Brasil (e casado com uma brasileira), Yan Di afirma que o varejo local conheceu apenas “a maré alta” com a chegada das empresas asiáticas, “mas ainda vai ver o tsunami”. “Temu, TikTok, Shein e Shopee vão remodelar o mercado brasileiro de e-commerce. Elas estão sacudindo o mundo inteiro.”
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Quem é maior no Brasil?
A Shopee, que no ano passado teve um stand no Fórum E-commerce Brasil, neste ano participou como convidada na sala ApexBrasil. Ela assinou no evento uma parceria com a agência do governo federal e com os Correios para um programa piloto que vai ajudar brasileiros a exportar seus produtos para o sudeste asiático (a AliExpress também tem um memorando de entendimento com a Apex).
Já a Shein fez uma apresentação, em um dos principais palcos do fórum, sobre a expansão das suas operações no Brasil. Country manager da empresa no país, Felipe Fleister contou que estimula seus fornecedores a produzir poucas peças de um mesmo modelo (de 50 a 100 unidades) para testar sua aceitação antes de produzir em escala. Assim, podem oferecer “ preços menores”, porque há uma redução de 20% a 30% nas perdas. Se houver demanda para o produto, o fornecedor aumenta rapidamente a produção. Se não houver, o descarte é menor.
O executivo afirmou também, em uma palestra bastante concorrida, que o Brasil já é um dos cinco principais mercados da empresa e que o país foi o primeiro do mundo onde a Shein trabalha o marketplace (3P), com sellers locais, e o segundo a fazer testes com produtores locais nas vendas da própria empresa (1P), só depois da Turquia. “Temos um plano nacional para o Brasil, um plano de crescimento que vai acontecer.”
Fleister foi head de business development na Shopee até ser contratado, em maio de 2022, para liderar a operação da Shein no Brasil. Ele reafirmou, no evento, o plano da empresa de produzir no Brasil 85% dos produtos vendidos na plataforma até 2026 e citou a possibilidade de o país virar um polo de exportação para a varejista chinesa, principalmente para a América Latina. “Nem todos os países vizinhos têm a capacidade industrial do Brasil”.
Com o executivo à frente da operação, a Shein saiu de apenas 10 contratados há 1 ano e 2 meses para 240 atualmente, que ocupam um andar no edifício Vera Cruz II, na “nova Faria Lima”, além da área de logística. A AliExpress tem um espaço próprio dentro do escritório do WeWork na mesma região, a menos de 250 metros da concorrente, e terceiriza toda sua logística para a Cainiao, empresa que também faz parte do grupo Alibaba e cujo escritório fica no Regus Torre Z, na Chucri Zaidan.
Já a Shopee tem cerca de 7 mil funcionários e uma operação bastante relevante no país: ocupa mais de 120 mil m², em ao menos 11 galpões logísticos espalhados pelo Brasil, e seus funcionários dividem-se por três andares no Birmann 32 (mais conhecido como “o prédio da baleia”), no “coração” da Faria Lima, e por mais sete pisos no Faria Lima Plaza, no largo da Batata, segundo a Colliers.
Procurada, a Shopee não atendeu ao pedido de entrevista da reportagem. Francisco Rios, COO (diretor operacional) da Sea Limited para a América Latina, procurado no Fórum E-commerce Brasil, tampouco quis se manifestar. Foi Rios quem assinou o acordo com a ApexBrasil e os Correios.
Brasileiras querem equidade no tratamento fiscal
O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), que representa os interesses das varejistas brasileiras, estima que as remessas internacionais de pequeno valor (de até US$ 50) somaram R$ 20,8 bilhões entre janeiro e maio deste ano e que a perda de arrecadação federal foi de R$ 12,5 bilhões no período. O estudo foi entregue ao Ministério da Fazenda há cerca de duas semanas.
Formada por 115 marcas do varejo de moda, a ABVTEX tem sido uma das associações mais vocais contra o que chamam de “concorrência desleal” das varejistas asiáticas. Lima diz que o problema não é a concorrência em si, mas a falta de igualdade de condições. “Não somos contra a chegada dessa concorrência, dessa chegada das plataformas internacionais. Só queremos que elas contribuam com o pagamento dos tributos da mesma forma que o varejo nacional”.
As varejistas brasileiras criticam a isenção empresas do pagamento do imposto de importação de 60% sobre compras internacionais de até US$ 50. “Se não for para aplicar a alíquota de 60% [para as importações], que o governo então isente de pagamento de imposto as vendas do varejo brasileiro até o equivalente a US$ 50. A gente quer isonomia, por isso está pressionando o governo. Queremos um tratamento igualitário”.
As varejistas com capital aberto na Bolsa, como C&A, Renner e Riachuelo, foram procuradas mas não se manifestam oficialmente sobre o tema – apenas pelas associações. “Assim como o varejo nacional é onerado pelos tributos, os sites internacionais têm de se adequar e pagar o mesmo imposto”, afirma o porta-voz da ABVTEX. “Entendemos que a concorrência é saudável, mas ela tem de ocorrer em termos de equidade”.
Matteo Ceurvels, Analista Sênior da eMarkerter LATAM e Espanha, começou sua apresentação no Fórum E-commerce Brasil 2023, comentando que a região da América Latina é uma das maiores áreas cobertas pela eMarketer e grande utilizadora de pesquisas com metodologias confiáveis do setor. A empresa é responsável por agregar dados de centenas de fontes de pesquisas para fornecer uma cobertura abrangente sobre todos os tópicos e tendências populares do digital.
Para a palestra, Matteo trouxe dados para mostrar o panorama da situação do varejo na América Latina, situando os mercados digitais como um canal de vendas, destacando as oportunidades e principais players. Além disso, abordou a importância do retail media para direcionar o marketplace como um canal de anúncios e também como os sellers e anunciantes podem aproveitar o melhor do e-commerce em 2023.
A situação do comércio varejista na América Latina
Os dados do FMI revelam que os varejistas da América Latina se encontram em situações desafiadoras. Entre elas, estão a Guerra na Ucrânia, ocasionando dificuldades de abastecimento, a alta inflação e a estagflação, que provoca um crescimento lento do PIB. Porém, mesmo diante do cenário,as vendas digitais têm prosperado com a gradual diminuição da inflação, complementou o palestrante.
Mesmo assim, estima-se que o volume de vendas do e-commerce varejista volte a crescer em 2023, pois no ano passado o retorno ao comércio físico desacelerou os gastos no online, sendo a primeira vez em que as vendas em ambos canais alcançaram níveis aproximados.
No ranking dos 28 países com maior crescimento no e-commerce varejista, o Brasil ocupa a 11º posição, enquanto a Argentina lidera na região, demonstrando que o setor não para de crescer na América Latina. A previsão é de que os gastos on-line ultrapassem a marca de US$200 bilhões em 2026 e dobrem de tamanho para US$226,51 até o final de 2027.
Durante a plenária, Matteo Ceurvels também trouxe as 5 principais empresas que representam quase metade do total de vendas no e-commerce na América Latina, sendo elas: Mercado Livre, Magalu, Amazon México, Via (Casas Bahia, Ponto, Extra) e Fallabela.com, do Chile.
Usando o marketplace como um canal de vendas
“Os marketplaces são a principais plataformas usadas para fazer compras on-line no Brasil” afirmou Ceuverls. Portanto, o sucesso de vendas dos grandes marketplaces vem da adoção de estratégias que impulsionaram esse tipo de comércio na América Latina.
O palestrante listou 5 pontos importantes para entendê-las melhor:
1 – Aumento das vendas e dos lucros: os marketplaces têm maior alcance, com custos de aquisição mais baixos, ampliam a visibilidade e alcance dos produtos, além de oferecer uma possibilidade de diversificar o portfólio e melhores ofertas.
2 – Redução dos custos de aquisição de clientes: os vendedores pagam taxas apenas quando o produto é vendido e o uso dessas plataformas proporcionam experiências de compras melhores.
3 – Investir em interfaces UX eficientes: além de aumentar a probabilidade de repetir as compras, elas oferecem maior confiança e segurança na usabilidade, resultando em maior satisfação do cliente.
4 – Investir em segurança: para inspirar confiança tanto para consumidores quanto para vendedores.
5 – Criação de ecossistema para construir a marca: nos marketplaces, existe um acesso a um grande número de leads e os vendedores podem enxergar uma oportunidade de aumentar sua presença e marca através de diferentes marketplaces.
Conhecendo os gigantes do marketplace na América Latina
De acordo com os dados exibidos, o Brasil liderou o número de marketplaces na América Latina (359), seguido pelo México (235) e Argentina (201). A previsão é de que esses três países representem mais de 75% das vendas de comércio eletrônico na região esse ano.
Os marketplaces impulsionam as vendas no e-commerce e seus consumidores estão diversificando suas compras através deles. Entre as categorias mais populares, estão: vestuário, acessórios, computadores e eletrônicos – impulsionando o crescimento do comércio digital no Brasil.
O comércio eletrônico na América Latina tem sido dominado pelo Mercado Livre, Amazon México, OLX e Shopee, mas os players locais, como Magalu e Americanas ganharam destaque entre os principais sites brasileiros.
Matteo também ressaltou que, desde o começo da pandemia, as vendas em todos os principais mercados digitais da região têm crescido significativamente. A Magalu teve a maior expansão, aumentando suas vendas em 5x. O impacto dos marketplaces 3P é notável, representando uma grande parte das vendas do comércio online.
Já no caso da Americanas, mais da metade das vendas de e-commerce são 3P, e no Magalu, um pouco mais de um terço. Esses marketplaces têm influenciado não apenas o e-commerce, mas também o varejo em geral, chegando a superar as vendas físicas em alguns casos.
O palestrante comentou que essa mudança foi impulsionada pelo aumento do número de vendedores integrados aos ecossistemas digitais desses varejistas, trazendo uma oferta maior de produtos e atraindo mais consumidores. Para expandir seus mercados 3P, eles estão adicionando novos vendedores e investindo em retail media para obter novos fluxos de receita com anúncios pagos, por exemplo.
Retail media: a terceira onda dos anúncios digitais da América Latina?
Se destacando como uma estratégia de sucesso, o retail media é um tipo de anúncio online usado pelas marcas para aparecer em canais (sites, aplicativos, streaming, e-mails, lojas, rede sociais etc.) de varejistas. Seu grande diferencial é que os dados utilizados para segmentação são dos compradores do próprio varejista anunciante, definiu o palestrante da eMarketer.
Ainda, Matteo acrescentou que essa estratégia oferece relevância, eficácia e objetividade, pois permite colocar diante de compradores digitais ativos produtos relevantes na hora certa.
O anunciante também poderá contar com a eficácia que as soluções de dados e branding desenvolvem para atingir consumidores em toda a jornada de compras. Além disso, o e-commerce também fornece acesso aos dados de comportamento do consumidor em tempo real.
O retail media é a terceira onda depois da busca e das redes sociais, seguindo a tendência para se tornar a maior forma de impacto, chegando a ser mais rápida que o TikTok em 2022.
Conforme a pesquisa da eMarketer apresentada, no Brasil, os consumidores preferem buscar os produtos que querem comprar nos sites dos varejistas e marketplaces ao invés das plataformas de busca. Portanto, os anúncios patrocinados de produtos podem reduzir o atrito no processo de compra e aumentar a efetividade do retail media.
Dicas para aproveitar o melhor dos marketplaces em 2023
Ao final da apresentação, Matteo Ceurvels também apresentou quatro sugestões para os varejistas interessados em impulsionar seus negócios por meio dos marketplaces:
Valor agregado para atrair vendedores e consumidores: uma vez que o tráfego em grande escala é a base para o sucesso dos marketplaces, é importante construir uma estratégia para atingir seu público-alvo e gerar clientes fiéis. Invista em anúncios personalizados e em uma boa curadoria para aumentar o engajamento dos consumidores.
Estratégia de marketplace com duas vertentes: para maximizar os resultados, seja para criar o seu marketplace ou vender seus produtos no marketplaces de terceiros, é importante aprofundar o relacionamento com os clientes, expandir o brand awareness e aumentar seu alcance.
Suba no funil para se concentrar na descoberta: os marketplaces estão expandindo sua oferta de anúncios para incluir um conjunto de formatos de marca por meio do retail media. Esse será um caminho para atingir os consumidores da geração Z e dos millennials.
Aproveite o potencial da IA generativa: as principais empresas de tecnologia da área estão lançando rapidamente novas ferramentas para criar experiências de compras hiperpersonalizadas como assistentes de compras virtuais e uma atualização dos mecanismos de recomendação de produtos.
A Amazon Brasil anuncia o lançamento do Programa de Filiais para vendedores parceiros, o que aumentará ainda mais a seleção de produtos para clientes membros do Amazon Prime em todo o Brasil, adicionando milhares de itens ao catálogo.
O programa permitirá a abertura de filiais no estado de São Paulo para vendedores parceiros de qualquer lugar do País que operam em qualquer regime tributário, tornando-os elegíveis ao programa FBA – Logística da Amazon e permitindo o envio de seus produtos para mais de 200 cidades em até um dia útil e mais de 1000 cidades em até dois dias úteis.
Lançado em 2020, o FBA era aberto a negócios com operações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A partir de agora, ao criar uma filial no estado de São Paulo, vendedores parceiros de qualquer estado do Brasil poderão armazenar seus produtos no Centro de Distribuição da Amazon em Cajamar-SP, tornando-os elegíveis também ao frete grátis e rápido via Amazon Prime.
“Entramos para o Programa de Filiais e abrimos nossa nova loja na Amazon, o que impulsionou ainda mais nosso crescimento. Agora, com uma operação extremamente simplificada, conseguimos entregar produtos de alta qualidade, enquanto a Amazon cuida de toda a logística de maneira excelente. Assim, conseguimos encantar nossos consumidores”, conta o diretor Comercial da Oster no Brasil.
Para viabilizar a criação das filiais, a Amazon apresenta dois modelos possíveis para que o vendedor parceiro escolha o que melhor se adapta às suas necessidades. No primeiro, a Amazon apresenta aos vendedores interessados uma rede de provedores de logística que os ajudará durante o processo de abertura de uma filial no estado de São Paulo.
No segundo, o vendedor parceiro abre uma filial no Centro de Distribuição da Amazon em Cajamar, SP. Assim, ele poderá criar uma nova conta de vendedor na Amazon, configurar o sistema faturador de notas fiscais, listar os produtos disponíveis com o auxílio de ferramentas para sugestão dos itens e dar início aos envios para o centro de distribuição.
“A expansão do FBA por meio do Programa de Filiais reafirma nossa dedicação aos nossos clientes e vendedores parceiros. Com a possibilidade de mais negócios aderirem ao programa, os clientes brasileiros terão acesso à uma maior seleção de produtos com frete grátis e entregas rápidas”, comenta Julia Salles, líder do programa FBA – Logística da Amazon no Brasil. “Para os vendedores parceiros, essa expansão é uma oportunidade de crescimento dos negócios, aumentando sua capilaridade para qualquer região do Brasil e tendo seus produtos elegíveis ao Amazon Prime. Com todo o suporte logístico a cargo da Amazon, eles podem se concentrar nas áreas chave de seus negócios”, complementa Julia.
Companhias que enviaram a solicitação antecipadamente agora aguardam aval da Receita para que possam ser habilitadas e consigam o selo de conformidade do programa.
As plataformas de comércio eletrônico e as transportadoras já estão conseguindo solicitar a sua habilitação ao Programa Remessa Conforme, da Receita Federal, que muda as regras de envios internacionais de mercadorias ao país. As novas regras devem afetar o processo de importação de produtos pelo consumidor brasileiro junto a marketplaces, como Shein, Shopee e AliExpress.
O Valor apurou que as empresas que enviaram as informações hoje conseguiram complementar o processo e agora aguardam avaliação da Receita para que possam ser habilitadas e consigam o selo de conformidade do programa.
A Sinerlog, empresa de tecnologia para o comércio internacional, obteve o protocolo de requerimento nesta tarde, e foi uma das primeiras companhias locais a solicitar a certificação.
A portaria que disciplina as regras de adesão, publicada na semana passada, definia o prazo para a habilitação após 1º de agosto, mas como o Remessa Conforme será implementado a partir de agosto também, a ideia inicial do Fisco era liberar os pedidos de entrada no Remessa Conforme antes do fim de julho, até para dar tempo de análise, mas não foi possível abrir a certificação antes.
Portanto, como ainda há a análise dos pedidos enviados, as regras do “Remessa” só devem ser totalmente implementadas no país dentro de algumas semanas ou até meses, dizem diferentes fontes ouvidas (a depender da qualidade dos dados enviados), apesar de a data oficial dada pelo governo e Receita ser 1º de agosto.
“Investimos muito em tecnologia para dar visibilidade de nossos processo aos órgãos aduaneiros e para estarmos prontos para prestar todas as declarações pedidas pelo programa. Agora, vamos aguardar a análise, mas acreditamos que o país está indo para um caminho de maior transparência de dados, e por esse lado o “Remessa Conforme” é uma evolução”, disse Fábio Baracat, presidente da Sinerlog, que pediu certificação ao programa como operadora logística e ainda poderá credenciar plataformas para o novo sistema.
O Mercado Livre foi criado por um grupo de quatro empreendedores em 1999. A ideia era simples: “democratizar o comércio eletrônico e os serviços financeiros na América Latina” (Mercado Livre, 2020).
Para tal, se inspiraram no eBay, ainda hoje um dos grandes pilares da área. Assim, foi criado um marketplace para realização de leilões no ambiente digital.
No entanto, esse modelo de negócio exige a participação de outros players. A princípio, os utilizadores da plataforma vendiam produtos usados, de baixa qualidade e, muitas vezes, pirateados.
Essa é uma estrutura muito diferente da que conhecemos hoje, na qual existe todo um ecossistema de soluções, incluindo o Mercado Pago e o Mercado Envios. Mas, para chegar a esse ponto, ocorreram algumas mudanças.
Com o tempo, o Mercado Livre passou a dar prioridade a produtos com alto custo-benefício, originais e confiáveis. Como o ticket médio da plataforma é baixo, é preciso que haja alto volume de vendas para aumentar o faturamento. É nesse ponto que o SEO entra como ferramenta fundamental para o sucesso.
Estratégia de SEO do Mercado Livre
O Mercado Livre tem como um de seus grandes pilares o aplicativo móvel. O desafio é fazer com que as pessoas o instalem e passem a realizar buscas internas, sem ter que recorrer aos motores de pesquisa.
Porém, isso só é possível com uma marca forte. É por isso que a aliança entre atividades de marketing orgânico e mídia paga tem o papel não apenas de gerar tráfego, mas fazer com que o Mercado Livre tenha uma presença corriqueira durante a navegação do usuário.
Experiência do usuário
As páginas de listas de produtos representam o core da estratégia do Mercado Livre.
Elas apresentam ao usuário um catálogo com opções de um mesmo tipo de produto, com variáveis relativas ao fornecedor, preço, frete, marca, condição ou localização, por exemplo.
O Google e outros buscadores enxergam esse tipo de página com bons olhos, já que são úteis para o usuário e apresentam boas taxas de retenção. Afinal, o consumidor acessa e retorna a ela para avaliar as opções de compra. E, para pesquisas realizadas diretamente no buscador, dão prosseguimento natural à experiência de busca.
Autoridade
Uma das estratégias utilizadas pelo Mercado Livre é o link building. São mais de 55 mil domínios de referência com 100% de confiabilidade, de acordo com o relatório de gráfico de rede do Semrush.
Esse backlinks advém de sites de todo o mundo, já que o site está presente em 18 países. Existe todo um trabalho de relações públicas para conquistar referências em veículos de imprensa, mas também há ações como eventos e patrocínios que geram a linkagem natural em órgãos de nicho.
Conteúdo
As páginas de produto do Mercado Livre são marcadas por uma apresentação simples, mas que responde a todas as potenciais dúvidas do usuário. Para isso, são utilizados recursos como:
Descrições curtas em formato de tópicos
Ícones com as principais características
Descrições longas e detalhadas
Comparativos de produtos
Perguntas e respostas
Avaliações de usuários
Esses itens trazem uma grata experiência de página aos consumidores, que têm diferentes opções de critérios para a tomada de decisão.
O Meliblog, por sua vez, é o blog oficial do Mercado Livre. Ele utiliza-se de palavras-chave de produtos para responder às principais dúvidas dos usuários e criar listas de recomendação. Dentro dos textos são inseridos links internos que levam diretamente para as listas de produtos da plataforma, oferecendo uma jornada de compra retilínea ao consumidor.
Essa boa estrutura de links internos está presente em todos os canais ligados ao Mercado Livre, o que favorece tanto o usuário quanto os requisitos utilizados pelos buscadores de SEO técnico.
Comunidade
Como marketplace, o Mercado Livre depende dos vendedores para atingir bons resultados em SEO. O que, também, gera benefícios para o comerciante.
Por essa razão, também investe na Central de Vendedores, um canal que visa orientar os fornecedores sobre as melhores práticas para vender na plataforma.
Neste artigo, iremos analisar as estratégias de SEO da Amazon, uma das maiores empresas de e-commerce do mundo, para alcançar cerca de 169 milhões de visitas totais no Brasil e cerca de 36 milhões apenas de busca orgânica.
Além disso, serão destacados os principais concorrentes da empresa no mercado brasileiro e uma visão geral do tráfego de busca orgânica das páginas de produtos da Amazon. A análise fornecerá informações valiosas para aqueles que desejam melhorar sua estratégia de SEO e aumentar o tráfego em seus próprios sites de comércio eletrônico.
Sobre a Amazon e sua presença no Brasil
A Amazon, uma das maiores empresas de comércio eletrônico do mundo, foi fundada em 1994 nos Estados Unidos por Jeff Bezos. A empresa começou como uma livraria online e, ao longo dos anos, expandiu seus negócios para incluir uma ampla variedade de produtos. Chegou ao Brasil em 2012, inicialmente como uma loja virtual de livros e, posteriormente, expandindo para outros segmentos. Desde então, a empresa tem crescido rapidamente no mercado brasileiro.
A empresa possui dois sites no Brasil, um internacional (amazon.com) e um nacional (Amazon.com.br), sendo que é neste segundo em que concentraremos a nossa análise. De acordo com o Relatório Setores do E-commerce, o site nacional é o segundo maior e-commerce do Brasil. Cerca de 23% do tráfego do site é proveniente de busca orgânica, o que está abaixo da média nacional — em torno de 30%.
Fontes de tráfego da Amazon
De acordo com a análise de canais de tráfego da Amazon feita na Similarweb, cerca de 32% do tráfego da empresa vem de acessos diretos, enquanto a busca orgânica corresponde a 23,1% e a busca paga 31,36%. O tráfego de referência representa 4,6%, enquanto as redes sociais correspondem a 8,39% e o email a apenas 0,35%. Por fim, o tráfego de display é responsável por apenas 0,15% dos acessos à Amazon.
Concorrentes da Amazon
Nesta seção, vamos apresentar os principais concorrentes da Amazon no mercado brasileiro. Para cada empresa, será destacado seu perfil de negócios, principais diferenciais e estratégias de sucesso.
Mercado Livre é o maior e-commerce no Brasil
Com 308 milhões de acessos, o Mercado Livre é o maior e-commerce do Brasil e um dos principais concorrentes da Amazon. A empresa oferece uma variedade de produtos, desde eletrônicos até moda e beleza. Além disso, o Mercado Livre oferece serviços financeiros, como a carteira digital Mercado Pago, e serviços de entrega, como o Mercado Envios.
Shopee tem como diferencial produtos vindos da China a baixo custo
Com 137 milhões de acessos, a Shopee é uma plataforma de comércio eletrônico que chegou recentemente ao mercado brasileiro. A empresa tem como principal diferencial a oferta de produtos diretamente de fornecedores internacionais, o que permite preços mais competitivos. Além disso, a Shopee se destaca por oferecer uma experiência de compra social, incluindo recursos como bate-papo com vendedores e comunidades de compradores.
Magazine Luiza tem como diferencial 1.339 lojas físicas
Com 116 milhões de acessos, o Magazine Luiza é uma das maiores empresas de comércio eletrônico do Brasil e possui 1.339 lojas físicas integradas ao e-commerce. A empresa começou como uma rede de lojas físicas e, ao longo dos anos, expandiu seus negócios para o comércio eletrônico. O Magazine Luiza oferece uma ampla variedade de produtos, desde eletrônicos até móveis e decoração. Além disso, a empresa se destaca por sua estratégia de omnichannel, que combina lojas físicas e comércio eletrônico para oferecer aos clientes uma experiência de compra integrada.
Vamos, agora, nos debruçar sobre as quase 36 milhões de visitas de busca orgânica da Amazon!
Visão geral de tráfego de busca orgânica: foco em páginas de produto
De acordo com o infográfico de tráfego de busca orgânica, 32% do tráfego da Amazon é de buscas pela marca, enquanto 66% é direcionado às páginas de produtos e apenas 2% para outras páginas. Isso significa que, excluindo as buscas pela marca, 96% do tráfego da Amazon é para páginas de produtos.
As páginas de produtos da Amazon se destacam no mercado por oferecer informações detalhadas e precisas sobre os produtos, além de uma ampla variedade de opções de compra, incluindo opções de vendedores terceirizados e usados. As reviews da Amazon são conhecidos mundialmente e se tornaram um importante processo na decisão de compra de consumidores globalmente.
Análise de Link Building da Amazon: autoridade alta, mas muitos links de afiliados
A análise de Domain Authority da Amazon e seus principais concorrentes mostra que a Amazon lidera com uma pontuação de 93, seguida de perto pelo Mercado Livre com 92. O Magazine Luiza tem uma pontuação de 77, enquanto a Shopee fica em último lugar com uma pontuação de 68.
Vale ressaltar que a pontuação de Domain Authority não é a única métrica a ser considerada ao avaliar a autoridade de um site, mas é um fator importante a ser considerado em uma estratégia de SEO. Segundo uma série de estudos de mercado, mostra-se uma forte correlação entre maior autoridade de domínio e melhores resultados de busca orgânica.
No entanto, um ponto fraco da estratégia de link building da Amazon é a grande quantidade de links de afiliados presentes em seu site. Esses links dofollow podem ir contra as diretrizes do Google, o que pode potencialmente prejudicar o desempenho da empresa nos resultados de busca ou até demonstrar uma nota de autoridade mais elevada que a real.
Análise de SEO On-Page da Amazon: velocidade e arquitetura da informação
Amazon é referência em velocidade, sendo que é um dos poucos dos grandes e-commerces a ser aprovado no Core Web Vitals/Google Page Speed;
A sua home carrega em 1,9 segundos no celular
A sua página de produtos também é suficientemente rápida, carregando em 2,2 segundos no celular, conforme PageSpeed;
Ótima usabilidade, fácil de comprar com um clique;
A Amazon é referência em velocidade, sendo um dos poucos grandes e-commerces a ser aprovado no Core Web Vitals. A home da Amazon carrega em 1,9 segundos no celular, e sua página de produtos também é suficientemente rápida, carregando em 2,2 segundos no celular, conforme a análise do PageSpeed.
A usabilidade do site da Amazon é ótima, e é fácil comprar com um clique. As páginas de produto da Amazon também se destacam por oferecer informações detalhadas e precisas sobre os produtos, além de uma ampla variedade de opções de compra, incluindo vendedores terceirizados e itens usados.
A Amazon investe bastante em arquitetura da informação, com uma gama grande de páginas de categorias muito bem organizadas. Isso fica evidente pelo uso de breadcrumbs e navegação completa através do menu.
Análise de conteúdo da Amazon: forte uso de reviews e de conteúdo gerado pelo usuário (UGC)
A Amazon é conhecida por oferecer informações detalhadas e precisas sobre os produtos em suas páginas de produtos, incluindo descrições, avaliações, reviews de usuários e até postagem de fotos reais. Essa estratégia de conteúdo se concentra na página de produtos e permite que a Amazon crie uma “comunidade” em torno de seus produtos, tanto que nos EUA ele se tornou um buscador para produtos mais importantes que o próprio Google.
A empresa foi uma das primeiras a permitir que os consumidores postassem avaliações e comentários sobre os produtos, o que fez com que outros consumidores tomassem decisões mais informadas sobre suas compras. Essas avaliações também são usadas pela Amazon para melhorar seus algoritmos de recomendação, o que ajuda a aumentar as vendas e a fidelidade do cliente.
Hoje, as avaliações da Amazon são uma parte crucial da estratégia de conteúdo da empresa e são frequentemente citadas como um dos principais motivos pelos quais os consumidores escolhem a plataforma em detrimento de outras opções de comércio eletrônico. Em SEO, essa estratégia de criação de conteúdo pelos usuários é chamada de User Generated Content (UGC).
Conclusão
Como todos sabem, a Amazon é uma das maiores empresas de comércio eletrônico do mundo, e sua presença no mercado brasileiro tem crescido rapidamente nos últimos anos. Neste artigo, analisamos as estratégias de SEO da Amazon, bem como seus principais concorrentes no mercado brasileiro.
Vimos que a Amazon se destaca por suas páginas de produtos detalhadas, seu uso de reviews e conteúdo gerado pelo usuário, sua velocidade e arquitetura da informação, e sua autoridade de domínio. No entanto, também vimos que a Amazon enfrenta forte concorrência de empresas como Mercado Livre, Shopee e Magazine Luiza.
Entretanto, vale notar que relativamente o tráfego de busca orgânica da Amazon é baixa, representando cerca de 23% do total, enquanto a média nacional gira em torno de 30%. Como melhorar isso? Talvez um caminho seja melhorar a indexação das páginas de categoria, que têm pouquíssima relevância em termos de tráfego.
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