Varejo melhora desempenho no 3º trimestre, mas 4 fatores geram preocupação futura

Uma análise comparativa e detalhada do desempenho do varejo no 3º trimestre de 2024 feita por Eduardo Yamashita, COO do Ecossistema Gouvêa, e publicada na Mercado&Consumo na última sexta-feira, mostra o desempenho de algumas das principais empresas do setor, comparando como se comportaram Carrefour, Assaí, Magalu, Casas Bahia, RD – Raia Drogasil, Pague Menos, Renner e Riachuelo com base em seus balanços.

Como destaca o artigo, os fatores comuns positivos mostram melhorias das vendas e margens, melhoria dos resultados financeiros e redução dos custos financeiros, redução da alavancagem e a forte ênfase na frente digital.

Tudo isso é motivo para reverter um certo ceticismo que marcou as análises do varejo em 2024 quando tomamos como amostra do setor e por serem as principais empresas de capital aberto, considerando o que ocorreu em especial no 1º semestre de 2024.

O desempenho mais recente, como mostrado no artigo, é ponto positivo e sinaliza reversão. Mas o quadro futuro ainda gera preocupação, pois fatores diversos poderão criar desafios de curto, médio e longo prazo.

Sempre importante considerar a resiliência e capacidade de adaptação e reação do setor de varejo, que ao longo do tempo desenvolveu mecanismos próprios e únicos no cenário global para continuar evoluindo. Todo o modelo de crédito no Brasil é um dos diferenciais competitivos que atua para ajudar a equilibrar as flutuações de curto prazo e estimula o crescimento de longo prazo.

No cenário futuro eis os elementos que geram preocupação no varejo, no consumo e na economia como um todo e que merecem ser destacados.

1. Comportamento da inflação e taxas de juros considerando a eleição em 2026

O aquecimento do consumo e o desempenho da economia acima do previsto trouxeram aumento das vendas e algum espaço para melhoria da rentabilidade como foi mostrado no artigo. Mas fizeram também crescer a inflação, em especial em alimentos, obrigando o Banco Central a aumentar, por decisão unânime, as taxas de juros.

Esse quadro, ao que tudo indica, tenderá a se manter e as previsões indicam continuidade da tendência de aumento da inflação que só será revertida por imposição de um desaquecimento da economia, com impacto no consumo e no varejo.

Outra consequência desse aquecimento foi o crescimento da inadimplência, que atingiu o segundo mais alto patamar em relação aos últimos oito anos, e o aumento do endividamento das famílias.
Ocorre que o atual governo está com olhar fixo nas eleições de 2026 e como tem demonstrado não se curvará à responsabilidade com o futuro da Nação. Ele vai prosseguir decidido a buscar caminhos, mais ou menos ortodoxos, para manter a economia e o consumo aquecidos deixando para pensar ajustes estruturais para depois de 2027.

2. Emprego, renda, massa salarial e auxílios aquecem o consumo e assim permanecerá, porém, gerando distorções

Temos um cenário que até poderia ser considerado virtuoso combinando indicadores dos mais baixos de desemprego e com aumento da renda real e da massa salarial. Ocorre que temos uma deformação importante precipitada pelos programas de auxílio (Bolsas Brasil, Auxílio Brasil e outros) que foram criados para gerar uma renda mínima para sobrevivência dos mais desamparados, mas que hoje são destinados a 20,8 milhões de famílias com gente que prefere não ser empregada de forma fixa e pela CLT e complementam o auxílio recebido com “bicos”. E, portanto, não fazem parte dos que procuram emprego e são considerados desempregados.

E ainda gera uma distorção artificial, pois faltam profissionais para as empresas, em especial nos setores de varejo, hospitalidade, turismo e muitos outros, inflacionando salários e aumentando custos para recrutar e reter funcionário.

E é nesse cenário que se coloca em discussão uma alteração estrutural importante com potencial redução da carga de trabalho sem redução da remuneração. Tudo pela eleição e nada com responsabilidade com a Nação.

3. As bets absorvendo recursos que são esterilizados na economia local

O total das receitas das bets neste ano de 2024 será de R$ 100, 120 ou 150 bilhões? Pode apostar para ver quem vai acertar. O que é certo é que essa nova epidemia contaminou o mercado gerando problemas de saúde pública, de desajustes sociais e com apoio de clubes, estádios, atletas, influencers e veículos de comunicação que entraram também no jogo.

Com isso, espaços publicitários são disputados pelas empresas que se habilitaram para atuar nessa nova frente. E que trouxeram renda extra para o governo no processo de habilitação. O que fez também que o governo se interessasse economicamente pelo tema. Porém o próprio governo perde arrecadação, pois a taxação das bets é inferior à taxação do consumo de produtos e serviços. E inferior à taxação de fumo e bebidas.

E o que não é distribuído em relação ao que é apostado para os vencedores é esterilizado e em parte direcionado para fora do país, já que muitas dessas empresas têm sede fiscal fora do Brasil.

O Banco Central mostrou o volume de apostas sendo feitas com recursos dos programas de auxílio e o STF determinou que não podem ser usados esses recursos e que também não pode haver publicidade das bets dirigida aos jovens. Alguém acredita que isso seja possível de ser de fato controlado?

Quem vai controlar se vai ser usado o valor do auxílio ou do “bico” para apostar? Vai impedir que jovens notem a comunicação massiva nos estádios, nas camisas ou propaganda nos intervalos comerciais? É o típico “me engana que eu gosto”.

4. O devaneio do presente sobrepondo-se à responsabilidade com o futuro

O conjunto de ações e iniciativas para aquecer o mercado está trazendo resultado e é inegável, como bem demonstrado no completo artigo publicado. Mas o preço pode ser alto quando pensamos mais à longo prazo.

É uma economia em que o investimento de mais longo prazo acaba sendo desestimulado por taxas de juros de aplicações financeiras com razoável nível de segurança e rendendo patamares elevados de juros. E que levam à reflexão se vale a pena correr riscos investindo na economia real.

O esforço com forte indução do Estado com uso dos programas de auxílio, ajustes salariais e aumento do setor público com a finalidade de crescer a economia, o varejo e o consumo, o que também melhora o emprego, renda e a massa salarial do país, não deixam dúvidas sobre a opção adotada. Crescer a qualquer preço no presente! E o futuro a Deus pertence.

Controle e ajustes de gastos, busca de maior eficiência e outras questões mais ficam relegadas a outro plano. E vamos que vamos.

Nesse quadro fica a visão de que nos próximos nove trimestres, até as eleições presidenciais de 2026, economia, consumo, comércio, varejo e o desempenho das empresas ligadas a esses setores devem ser melhores do que foram no primeiro semestre deste ano. E o potencial de expansão de negócios no período deve ser mais positivo.

Passados esses nove trimestres de ilusão, talvez venhamos a discutir o futuro da Nação.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/18/11/2024/destaque-do-dia/varejo-melhora-desempenho-no-3o-trimestre-mas-4-fatores-geram-preocupacao-futura/”

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Anúncios em streaming devem quintuplicar nos próximos 5 anos

Estudo da Comscore mostra que brasileiros com TVs conectadas preferem ver propaganda para economizar em assinatura.

As plataformas de streaming voltadas para o entretenimento se destacaram nos dois anos de pandemia de covid-19. A presença de crianças e adolescentes em casa, além de uma programação de TV aberta que não atendia às necessidades das famílias, foram dois dos motivos pelos quais passou a valer a pena assinar canais de filmes e séries.

Não demorou para que novas opções surgissem e pusessem a renda em xeque. Mas o mercado logo encontrou uma alternativa que conciliava todos os interesses: inserir anúncios em troca de assinaturas grátis ou mais em conta. Deu tão certo que 45% dos brasileiros que possuem dispositivos de TV conectada (CTV) aprovam e preferem essa opção.

É justamente o crescimento nas vendas de CTVs que deu novo fôlego ao mercado publicitário com foco no streaming. A previsão da Comscore, empresa especializada em mídia, é de que os investimentos sejam quintuplicados nos próximos 5 anos.

“A TV virou a TV conectada e o out of home virou o digital out of home. Ambos distribuem mídia e conteúdo digitalmente e em tempo real, e sua adoção já se tornou massiva”, avalia Gustavo Souza, diretor de Produtos de Publicidade do Google Brasil.

Para a gigante da tecnologia, com essa nova dinâmica de consumo, menos passiva à programação, a atenção teve de ser reconfigurada. Assistir à televisão passou a ser, além de um hábito, uma escolha.

“Antes, a televisão era sinônimo de vídeo, agora o vídeo está em tudo. Essa mudança contou com um fator de aceleração: a pandemia de covid-19. Naquele momento, foi por meio do vídeo que as pessoas conseguiram se comunicar, se entreter, ter acesso à educação, manter seus negócios e saber o que estava acontecendo no mundo. As lives de música no Brasil, que bateram recordes de audiência no YouTube, são um registro disso. A relação com o consumo foi ressignificada”, afirma Luciano Eugenio, head de Soluções de Publicidade de YouTube e DV360.

Estudo sobre CTVs e publicidade

Em setembro deste ano, Ingrid Veronesi, country manager Brasil da Comscore, apresentou o estudo “Panorama CTV” no 3º Data Collaboration Summit São Paulo, realizado pela LiveRamp Brasil. Pertence a esta pesquisa a informação de que quase metade dos brasileiros com TVs conectadas preferem assinaturas grátis ou mais baratas em pacotes com anúncios. Mas o estudo, com dados de 2023, permite outros insights.

Antes, porém, é preciso entender o que são as TVs conectadas. Diferentemente do conceito que deu origem ao aparelho no passado, a CTV, sigla em inglês para connected TV, é qualquer dispositivo conectado à internet por meio do qual é possível assistir a vídeos, ouvir áudios e navegar pela web. Estes dispositivos podem ser smatvs com wi-fi, consoles de games e streaming integrados, como Apple TV ou Google Chromecast, por exemplo.

A pesquisa conduzida pela Comscore revelou que 50% da população brasileira digital é espectadora de CTV e 12% dos domicílios possuem 4 dispositivos conectados. No entanto, 9 em cada 10 entrevistados afirmam assistir à CTV em uma smartv, sendo o principal dispositivo para este tipo de consumo.

Os dados da plataforma de e-commerce do Mercado Livre no Brasil evidenciam que as vendas devem crescer: de janeiro a setembro de 2024, as buscas por smartvs cresceram mais de 200% em comparação ao mesmo período de 2022.

O que torna a CTV atrativa para a publicidade

O estudo “Panorama CTV” descobriu que 71% dos espectadores optam por maratonar séries ou ver filmes de uma só vez. Ou seja, a atenção deles está focada nos programas de sua preferência. Em média, cada domicílio com CTV possui 8,2 assinaturas de streaming entre as quais 3,5 são gratuitas e 4,7 são pagas. Além disso, famílias com crianças em casa tendem a ter, em média, um número maior de assinaturas pagas (5) em comparação às famílias sem crianças (4,1).

A maioria dessa audiência assiste tanto a programas na TV conectada quanto na TV aberta, entretanto, percebe que as propagandas exibidas em TV aberta são mais predominantes (70%) e interruptivas (60%). Os dados são uma janela de oportunidade para o mercado publicitário, uma vez que audiência entende que os anúncios no streaming interferem menos em sua experiência visual.

Além disso, a maioria (62%) se lembra mais dos anúncios antes do programa ou filme começar, 36% descobriram um novo produto por meio desse anúncio e 32% buscaram mais informações sobre algo anunciado.

“Para os publishers de streaming, capturar a atenção do espectador é fundamental para preservar o investimento do anunciante. Isso requer moldar intervalos comerciais de CTV que reflitam uma experiência semelhante à da TV, projetada para reter os espectadores. O público do streaming está menos disposto a tolerar experiências de intervalo comercial abaixo da média, com anúncios repetitivos que não tenham relevância”, observa Márcia Byrne, managing director para América Latina da Integral Ad Science (IAS), plataforma de medição e verificação de publicidade digital.

Na perspectiva da executiva, a entrega de uma experiência de visualização de qualidade, incluindo a limitação de frequência. “É possível, com o servidor de anúncios certo, capacitar os publishers de streaming a estabelecer um caminho para o crescimento futuro da receita publicitária de CTV”, afirma Márcia.

Retail Media

Utilizando ferramentas de tecnologia mais precisas e avançadas para entender hábitos de consumo, hipersegmentar a audiência e promover comunicação assertiva com conversão, o retail media também está de olho nas oportunidades geradas pelo streaming.

Mario Meirelles, diretor sênior de Mercado Ads no Brasil, diz que a empresa foi pioneira em expandir as capacidades de retail media para o audiovisual. “Primeiro, com o lançamento do Mercado Play, em 2023, com a solução de publicidade Video Ads, a partir do qual passamos a oferecer aos anunciantes uma opção altamente eficiente para as suas campanhas de awareness, tornando, assim, o Mercado Ads uma plataforma capaz de abranger todas as etapas do funil de vendas”, pontua.

O segundo movimento foi a parceria com a Disney+ para comercialização de anúcios na plataforma de streaming, noticiado em reportagem exclusiva da Mercado&Consumo. De acordo com o executivo, a parceria representou um marco significativo tanto para Mercado Ads quanto para a publicidade digital na América Latina, permitindo integrar as avançadas soluções de audiência da Disney à segmentação de dados comportamentais, geográficos e transacionais coletados por meio da audiência massiva que utiliza o ecossistema do Mercado Livre.

De acordo com os dados mais recentes do Mercado Ads, a plataforma reuniu até o segundo trimestre deste ano 206 mil anunciantes.  Entre as soluções lançadas pela vertical de negócios estão: Product Ads, Video Ads, Display Ads Programmatic e Brand Ads.

YouTube e DOOH

Dados internos do Google Brasil mostram que o brasileiro consome conteúdo local. Segundo esse levantamento, 80% do tempo gasto pelas pessoas no YouTube na CTV acontece em vídeos de criadores. Nos últimos 3 anos, o tempo de conteúdo assistido na televisão desses criadores cresceu mais de 400%. Esses números motivam os youtubers, como são chamados os criadores de conteúdos da rede, a melhorar a qualidade da entrega para visualização em telas maiores.

Para a big tech, essa dinâmica já afeta as mídias digitais. Um estudo da Kantar, citado por Google Brasil, aponta que 50% das campanhas veiculadas em out of home no Brasil já são digitais e podem alcançar 70% em grandes centros como São Paulo.

Em meio às inúmeras ofertas de publicidade, a empresa criou uma vertical de negócios para condensar os formatos de anúncios e distribui-los segundo a necessidade do anunciante. O Display & Video 360 (DV360) é a plataforma de mídia programática do Google, que unifica a compra de mídia digital por meio de uma visão centralizada e recorre à Inteligência Artificial para tornar as campanhas mais eficientes.

Segundo o Google, além dos tradicionais formatos de display e vídeo e do acesso exclusivo ao YouTube, a plataforma também passou a ofertar acesso ao inventário dos outros players de streaming em TV conectada e telas de digital out of home (DOOH). Dessa forma, a ferramenta publicitária do Google passa a ter acesso a um inventário com mais de 110 mil telas DOOH em 25 estados brasileiros e a mais de 2 mil telas de cinema em todo o Brasil.

Projeções do mercado

Para Ingrid Veronesi, da Comscore, a recorrência dos anúncios no streaming, desde que equilibrada e ajustada à legislação, não leva a audiência a desistir das assinaturas e torna-se uma vantagem competitiva criada com proteção aos dados coletados.

Olhando para o mercado publicitário, os especialistas ouvidos na pesquisa da Comscore indicaram que o investimento em CTV poderá aumentar significativamente na medida em que sejam desenvolvidos novos formatos de publicidade específicas para este meio. Do total do orçamento publicitário previsto, o prognóstico para os próximos 5 anos é de que:

  • A TV não conectada perderá investimentos, passando dos atuais 40% a 60% do orçamento para uma redução de 20% a 40%;
  • O digital poderá alcançar até 80% do orçamento, saindo dos atuais 40% a 50% do total investido em publicidade;
  • O vídeo digital, cuja fatia é estimada entre 30% a 40% do total, poderá variar entre 40% e 70% em 5 anos;
  • Hoje, as campanhas para CTV representam algo entre 3% a 10% do orçamento publicitário, mas deverão chegar à faixa de 25% a 50% do orçamento nos próximos anos.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2024/marketing/anuncios-em-streaming-devem-quintuplicar-nos-proximos-5-anos/”

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Marcas próprias já representam até 7% das vendas em alguns segmentos do varejo

Material de construção é um dos segmentos em destaque, mas há potencial de expansão para outros mercados.

As marcas próprias têm apresentado crescimento exponencial no mercado. Marcelo Bicudo, CEO da Design Bridge, afirma que que já representam entre 5% a 7% das vendas no varejo em segmentos como o de material de construção, com potencial de expansão para muitos outros mercados.

Para que uma marca própria se destaque, no entanto, Bicudo explicou que é essencial desenvolver uma estratégia de branding que vá além do produto em si, estabelecendo uma conexão emocional e de confiança com o consumidor.

Branding não é apenas sobre criar um nome e uma identidade visual, mas sobre como essa marca se comporta, comunica e se posiciona no mercado. É a criação de uma narrativa coerente e convincente que engaja tanto o consumidor final quanto os parceiros comerciais”, destacou Bicudo na palestra “Branding estratégico: construindo marcas próprias de sucesso”, no PL Connection, na última quarta-feira, 18.

A principal mensagem do executivo foi a necessidade de diferenciação em um mercado saturado. Ele destacou que, para uma marca própria ser bem-sucedida, ela deve oferecer uma proposta de valor única, por meio da inovação, da qualidade ou do preço. Entretanto, a consistência é igualmente importante.

“A marca precisa ser reconhecível em todos os pontos de contato com o consumidor, desde o produto na prateleira até as campanhas de marketing. Essa coerência cria familiaridade e confiança, elementos-chave para a fidelização”, afirmou.

Bicudo também falou sobre o potencial das marcas próprias em setores como alimentos, bebidas e materiais de construção, que estão experimentando um aumento na aceitação de produtos com marca própria.

“O consumidor moderno está mais aberto a testar novas marcas, desde que elas transmitam segurança e qualidade”, disse. Ele acrescentou que essa mudança de mentalidade do consumidor cria uma grande oportunidade para as empresas se destacarem com suas próprias linhas de produtos.

Embora o mercado de marcas próprias esteja em franca expansão, Bicudo não deixou de apontar os desafios enfrentados pelas empresas. A competitividade acirrada e a necessidade de inovar constantemente foram destacadas como pontos críticos.

“Criar uma marca própria de sucesso requer mais do que simplesmente colocar o nome de uma empresa em um produto. É necessário um planejamento cuidadoso, uma execução impecável e, acima de tudo, um compromisso com a qualidade e a satisfação do consumidor”, enfatizou.

PL Connection

Organizado pela Francal, o PL Connection ocorreu entre os dias 17, 18 e 19 de setembro, em uma área expositiva dentro do Latam Retail Show 2024, organizado pela Gouvêa Experience, no Expo Center Norte, em São Paulo. O LRS é o principal evento B2B de varejo e consumo da América Latina e contou com cobertura completa da Mercado&Consumo.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/23/09/2024/noticias-varejo/marcas-proprias-ja-representam-ate-7-das-vendas-em-alguns-segmentos-do-varejo/”

Pague Menos se posiciona como hub de saúde com oferta de soluções na loja e no digital

Para crescer no setor de serviços, o desafio da rede é promover a farmácia como espaço de saúde e bem-estar.

Acompanhando as recentes tendências de mercado, a rede de drogarias Pague Menos está investindo na oferta de serviços com foco em atenção primária na loja e no digital para se tornar um hub de saúde. O desafio está na mudança de comportamento dos clientes que ainda não estão habituados aos atendimentos online, à compra de medicamentos pelo e-commerce ou mesmo à realização de procedimentos simples, como medir a taxa de glicemia, na própria farmácia.

O cenário está em transformação. Mas a farmácia não é vista pela maioria das pessoas como um hub de saúde. “Esse público precisa se acostumar a realizar uma teleconsulta, aceitar uma prescrição eletrônica e até mesmo fazer compras de medicamentos pela internet”, pontua Renato Camargo, vice-presidente de Customer Experience da Pague Menos. O executivo é um dos palestrantes confirmados no Latam Retail Show, principal evento de varejo B2B da América Latina, realizado pela Gouvêa Experience, entre os dias 17 e 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. A Mercado&Consumo é media partner e faz cobertura especial do evento.

A busca por soluções para a saúde, mesmo em casos simples, está associada aos hospitais, pronto-socorros e pronto-atendimentos entre públicos e privados. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a atenção básica atende de 80% a 90% das necessidades de saúde da população, que passam por prevenção e promoção hábitos saudáveis, bem como a realização de consultas e exames simples.

“Essa atenção primária pode ser feita até mesmo dentro de uma farmácia”, diz Camargo. Segundo ele, esse comportamento está mudando “até mesmo para desafogar o SUS e a saúde privada também”, complementa o executivo. “Quando o cliente entende e gosta, acaba virando um processo natural, porque ele mesmo vira embaixador para viralizar e espalhar isso para outras pessoas”, destaca.

Integração de canais

Tornar-se um ambiente omnichannel, integrando todos os seus canais, é parte da transformação da rede em um hub saúde e, de acordo com o executivo, a estratégia reforça essa percepção sobre a drogaria. “Ao expor para o cliente que a compra é fluida, independentemente do canal que ele comprar – se é na loja física, no WhatsApp, no app ou no site –, vai ter a mesma experiência”, relata Renato Camargo.

A pandemia de covid-19 acelerou a digitalização do varejo e com a Pague Menos não foi diferente. Antes da epidemia global, os canais digitais da rede respondiam por cerca de 6% das vendas e, hoje, por 15%, o que representa perto de R$ 2 bilhões ao ano.

Com foco na melhor experiência de compra, a marca oferece todos os canais existentes para que o cliente possa escolher como ele quer comprar e retirar. O clique e retire, que é a venda na internet com retirada em loja selecionada pelo comprador, representa 50% das vendas.

Conversão de bandeiras

Camargo comenta que a integração com a rede Extrafarma foi bem executada e que as sinergias foram antecipadas em até 6 meses, facilitando a junção das partes de logística, estoque e mix de produtos.

Em alguns estados onde a Extrafarma não tinha uma marca tão forte, estão sendo realizadas as conversões para a bandeira Pague Menos. A mudança, segundo o executivo, apresenta um resultado nas vendas acima de 30% nesses pontos.

“Nos locais em que as duas bandeiras são fortes, estamos fazendo alguns pilotos, também muito satisfatórios, para poder escalar ainda mais. A integração permitiu que essas sinergias fossem alcançadas muito rapidamente, ela foi, no nosso ponto de vista, extremamente satisfatória”, finaliza.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/13/09/2024/latamretailshow/pague-menos-se-posiciona-como-hub-de-saude-com-oferta-de-solucoes-na-loja-e-no-digital/”

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Queridinha das redes sociais, Granado espera que vendas ultrapassem R$ 1,5 bilhão em 2024

A linha de perfumaria tem sido um dos principais motores do crescimento da marca.

A Granado, tradicional empresa brasileira fundada em 1870, está adotando estratégias para se reposicionar como uma marca rejuvenescida e atrativa para novas gerações. A varejista tem aproveitado a viralização do portfólio da marca em razão de sua tradicional estética brasileira carioca, com cores vibrantes e desenhos que remetem à flora e fauna nativas.

Nos primeiros seis meses de 2024, a Granado registrou um faturamento de R$ 839 milhões, um aumento de 24% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa para o ano é de que as vendas ultrapassem R$ 1,5 bilhão. Parte desse crescimento é atribuído à expansão das linhas de perfumes e itens para a casa, áreas em que a marca tem investido para diversificar seu portfólio.

A linha de perfumaria da Granado tem sido um dos principais motores de crescimento, com produtos como o perfume Époque Tropical e Fervo Intenso, que viralizaram nas redes sociais. A marca prioriza ingredientes brasileiros e parcerias com artistas locais para manter sua identidade única no mercado global.

Centenária, a Granado tem presença forte no TikTok, acumulando 73,7 mil seguidores e conteúdos alinhados às tendências vistas por quem costuma passar muito tempo online. Em uma rápida pesquisa no aplicativo com o termo “Granado perfume”, é possível assistir inúmeros vídeos relacionados aos seus produtos. Alguns contam com mais de 663,8 mil visualizações.

A viralização tem um quê de orgânico, mas recebe incentivo: Sissi Freeman, diretora de Marketing & Vendas na Granado Pharmácias, conta que a empresa investe pesado em marketing digital e influenciadores. “A Granado trabalha com mais de 100 influenciadores por mês, no Brasil e em outros países. Como temos lojas no Brasil, convidamos o influenciador para testar todos os nossos produtos, mas também enviamos linhas e criamos eventos. Convidamos personalidades de todas as idades para diversificar nossas ações e dialogar com o público de cada linha”, conta.

Sissi é uma das painelistas confirmadas no Latam Retail Show, principal evento de varejo B2B da América Latina, realizado pela Gouvêa Experience, entre os dias 17 e 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. A Mercado&Consumo é media partner e faz cobertura especial do evento.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/23/08/2024/noticias-varejo/queridinha-das-redes-sociais-granado-espera-que-vendas-ultrapassem-r-15-bilhao-em-2024/”

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Automação comercial vira estratégia para PMEs incrementarem as vendas

Entenda como a automação comercial pode fazer a diferença nos resultados; Dia do ACBr 2024 vai reunir a comunidade do setor.

A experiência do consumidor está cada vez mais no foco das empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes. E se as principais marcas do mercado já entenderam que a automação comercial tem tudo a ver com o cliente e, consequentemente, com as vendas, as PMEs começaram a utilizar o tema como estratégia.

“Toda empresa precisa de tecnologia, não importa o tamanho. Não tem como ter uma empresa hoje sem sistema. Um pipoqueiro, por exemplo, vai precisar de uma maquininha de cartão”, afirmou Daniel Simões, fundador e CEO do projeto ACBr, maior comunidade de automação comercial do país. Ao lado de Gleisy Gomes, head do Canal de Software Houses do C6 Bank, ele participou do Bora Varejar, webcast da Mercado&Consumo (episódio completo abaixo).

“A partir do momento que o dono da empresa investe em automação comercial, ele ganha muito em produtividade. Os riscos diminuem. Ele consegue fazer uma gestão remota, com segurança. São muitos benefícios que surgem. Boa parte usa a automação comercial para cumprir a lei e emitir documentos fiscais. Mas tem uma outra parte que está enxergando como uma ferramenta estratégica para vender mais, para atender melhor o cliente. As grandes empresas já entenderam isso e já estão bem automatizadas. Agora os pequenos e médios estão nesse caminho”, revelou Simões.

“O sistema de automação acaba simplificando a operação e a gestão operacional do negócio. Hoje quando pensamos nos pequenos e nos médios negócios, não tem como não pensar em automação comercial”, completou Gleisy.

Dia do ACBr 2024

Estratégias de PMEs, novidades em meios de pagamento, aprendizado com desenvolvedores de software houses, inovações das indústrias de hardwares e muito network. Tudo isso e muito mais na sexta edição do Dia do ACBr, principal evento de software houses do Brasil, que pela primeira vez ele vai acontecer em dois dias (8 e 9 de novembro) e contará com a co-realização da Mercado&Consumo, que fará uma cobertura especial no Espaço Arca, na zona oeste de São Paulo.

“O evento nasceu para ser um grande encontro da comunidade do ACBr e para passar muito conteúdo para todo mundo que está lá. Donos e desenvolvedores de software houses, indústrias de hardwares… É um evento para gerar conhecimento e contato entre as pessoas”, afirmou Daniel Simões no Bora Varejar.

E será que vale mesmo apena estar por lá? Com a palavra, a head do Canal de Software Houses do C6 Bank. “Participamos do Dia do ACBr do ano passado. Foi um evento que percebemos que não era apenas para exposição de marca. É um evento para fazer troca, explicar soluções, reconhecer o que o mercado está fazendo. É um evento muito rico e estratégico”, revelou Gleisy.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/10/07/2024/automacao/automacao-comercial-vira-estrategica-para-pmes-incrementarem-as-vendas/”