Shein é a marca de moda mais popular do mundo segundo dados do Google

Resultado demonstra crescimento meteórico da varejista chinesa, que entra na lista pela 1ª vez

A varejista chinesa Shein é, atualmente, a marca de moda mais popular do mundo, revelam dados de pesquisa do Google. O nome da empresa lidera as pesquisas em 113 países e ultrapassa o da Zara, que estava no topo do ranking no ano passado, o que evidencia o crescimento meteórico da popularidade da marca nos últimos 12 meses.

A pesquisa, compilada pela plataforma Money.co.uk, analisou 12 meses de dados de pesquisa do Google. Além da Shein, outras marcas populares, como a própria Zara, Zalando, Nike e Adidas, estão entre as mais buscadas. Já marcas de luxo, como Dior, Chanel, Michael Kors e Hugo Boss, aparecem mais abaixo no “top 20”.

Fundada em 2008 em Nanjing, na China, a Shein, cujo foco principal de vendas é o aplicativo próprio, tem registrado crescimento expressivo também no Brasil. A empresa se orgulha de listar entre 500 a 2.000 novos produtos todos os dias na plataforma. Em novembro, a marca abriu uma pop-up store em um shopping center de São Paulo que gerou filas de consumidores.

Shein é a marca de moda mais popular do mundo segundo dados do Google
A espanhola Zara é a segunda marca mais procurada no mundo. Apesar de ter caído uma posição em relação ao ranking de 2021, ela ainda alcança o primeiro lugar em 26 países, como Grécia, Uruguai e Japão.

Logo depois de Shein e Zara aparece a varejista alemã de moda e estilo de vida Zalando, que ocupa a terceira posição desde o ano passado. Ela é a mais buscada em 18 países, entre eles Suíça, Itália e sua terra natal, a Alemanha.

As marcas esportivas Nike e Adidas compõem o “top 5”, com a primeira liderando as buscas em dez países e a segunda, em oito.

Novidades do ranking
Não é apenas a Shein que aparece pela primeira vez na tabela de classificação baseada nas buscas do Google. Hugo Boss, Michael Kors e Puma compõem as outras novas entrantes na lista, com cada marca alcançando o primeiro lugar em um país cada.

Considerando apenas a América do Sul, a Shein lidera as pesquisas em dez países, incluindo Brasil, Paraguai e Venezuela. A alemã Adidas lidera em três países – Argentina, Colômbia e Peru – e a a Zara e a Nike ocupam o primeiro lugar no Uruguai e no Chile, respectivamente.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/07/12/2022/noticias-varejo/shein-e-a-marca-de-moda-mais-popular-do-mundo-segundo-dados-do-google/

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Guerra entre Rússia e Ucrânia já reflete no e-commerce

No último dia 24 (quinta-feira), todo o mundo foi impactado pela triste notícia da guerra entre Rússia e Ucrânia. O que já sabemos é que se trata do maior ataque entre países europeus desde a Segunda Guerra Mundial. Em conversa com o E-Commerce Brasil, inclusive, Igor Subow, presidente do comitê de Logística da Associação Russa de Vendas a Distância, diz que a situação na região realmente não é agradável. Por conta da guerra, ele já tem ciência de que o mercado de e-commerce da região passará por problemas enormes esse ano. “Triste saber que acabamos de passar por dois anos de crescimento, com 40% e 50% respectivamente. Nossa esperança é a de que a guerra termine o quanto antes”, lamentou.

Que tudo isso já traz consequências para os povos de lá, não temos dúvidas (e realmente sentimos muito por isso). Mas, será que poderemos sentir os efeitos desta fatalidade aqui no Brasil?

Valores do Dólar, petróleo e gás, por exemplo, já dispararam no mundo em detrimento desta guerra. Bolsas asiáticas, por exemplo, fecharam em forte baixa, assim como Paris, Londres e Frankfurt, com quedas acima de 3% ao longo do primeiro dia de conflito. Vale lembrar que a Rússia possui um dos maiores mercados de petróleo e gás natural — o barril de petróleo Brent —, que, hoje, já atingiu a maior cotação desde 2014, com alta de 7,85%. Outros produtos importantes ao Brasil, como trigo e milho, também são importados da Ucrânia e da Rússia e podem deixar de ser produzidos por ora. Fertilizantes e insumos agrícolas somam-se à lista de produtos importados pelo Brasil desta região.

Como o conflito reflete no mercado global

De acordo com Fernando Moulin, professor da Escola Superior de E-Commerce e Partner da Sponsorb, os impactos podem afetar todos os setores do e-commerce, mais especificamente os ligados à economia globalizada e a taxas cambiais. “Desses, posso destacar em especial os eletroeletrônicos, linha branca, produtos importados, vinhos, alimentos e outros”, diz. Além disso, Moulin acredita na possibilidade de impactos no futuro para os varejistas do e-commerce chinês. “Isso é possível caso os custos de contêiner, de shipping, de todo o transporte marítimo entre as nações venha a aumentar os custos, que vem elevando significativamente desde o início da pandemia”, destaca.

Para o especialista, estamos com barreiras de oferta em escala global, que já afeta diversos países. “O Brasil ainda não sentiu esses efeitos, mas pode acontecer de impactar marginalmente os e-commerces chineses, como o AliExpress, ou asiáticos, como a Shopee”. Vale destacar que, para a Rússia, o impacto será ainda maior. “Certamente muitas empresas do mundo vão ser proibidas de fazer negócio com empresas russas, o que vai levar tempo para substituir produtos globais, nacionais e marcas de luxo que são muito fortes lá”.

Outros entraves para o varejo brasileiro, segundo Felipe Mendes, Gerente Geral da GfK na América Latina, está no potencial da Ucrânia em relação à produção de matérias-primas. “A Ucrânia é um país rico em minério, sendo o segundo maior produtor no mundo de ferro e manganês, por exemplo. Muitos destes produtos são destinados à indústria, assim como para a tecnologia”. Como consequência, segundo Mendes, seria um efeito de médio prazo no fornecimento destes materiais, o que pode afetar a indústria de base. “Na agricultura, são o segundo maior exportador de cevada. Ou seja, para a indústria da cerveja essa guerra pode trazer grandes consequências”. Para o setor agrícola, Mendes entende que o impacto será imediato, enquanto na questão de metais e produção ocorrerá no médio prazo.

“Existe um outro elemento importante no leste europeu: muitos dos ucranianos atuam no ramo de transporte de cargas na Europa. Por conta da guerra, a maioria retornou à Ucrânia para cuidar de suas famílias. O resultado disso será um desabastecimento nos países europeus”. Apesar de ser em menor escala quando comparado aos problemas da China ou da Covid-19, Mendes acredita que essa situação automaticamente levará à uma inflação.

Um dado interessante: a região dos países do leste europeu (CIS) foi a que teve o crescimento mais rápido do e-commerce no mundo, seguido de perto pela América Latina. Pedro Trevisan, Co-founder da Globalfy, acrescenta que a Ucrânia é uma grande fonte de terceirização de TI para os EUA. “Por conta deste conflito, pode haver um forte impacto em alguns serviços da área no país, principalmente quando pensamos em e-commerces, plataformas e marketplaces”, alertou. Neste conteúdo é possível compreender como (e por que) a invasão russa à Ucrânia pode ameaçar a indústria de TI.

Impactos nos produtos agrícolas

No ano passado, por exemplo, empresas do Rio Grande do Sul comercializaram (entre importações e exportações) cerca de US$ 921,8 milhões com os países envolvidos na guerra, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Apenas no segmento de fertilizantes, que representa 15% das importações, mais de US$ 386 milhões referem-se a produtos químicos de origem russa. De acordo com Oscar Frank, economista-chefe da CDL Porto Alegre, tais produtos são fundamentais para manter a produtividade nas lavouras. “A dependência do setor primário para o Rio Grande do Sul é superior em relação à média nacional. Portanto, tudo o que ocorre no agronegócio reflete ainda mais forte na região”.

Ricardo Lerner, executivo do setor de logística de combustíveis e CEO do Gasola, afirma que “os impactos nas bombas de combustível irão depender de ações diplomáticas e dos desdobramentos da geopolítica mundial, que deixam o mercado volátil e as cotações de dólar instáveis”. Para Lerner, essas duas variáveis irão impactar o cálculo de preço do combustível. Além disso, mudanças no cenário internacional impactam o mercado nacional, de acordo com o preço de paridade de importação (PPI) praticado pela Petrobras desde 2016. “Isso significa que a definição dos valores cobrados nas destilarias de petróleo será a mesma da cotação no mercado internacional, onde a tendência é de aumentos consideráveis”. No caso do diesel, ele prevê um aumento inicial de cerca de R$ 0,25 nos próximos dias. “Porém, pode ser apenas o início de uma grande onda de aumento nos preços”, avalia.

Moda já sofre com os efeitos

Ações de grandes marcas da moda já sofreram queda por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia. No caso das empresas LVMH e Kering, por exemplo, as ações caíram 5% ao meio-dia de ontem, enquanto as ações da Compagnie Financière Richemont caíram 7% e as da Hermès 3%. Na manhã de quinta-feira, a Richemont, empresa controladora da Cartier e Van Cleef & Arpels, foi a mais afetada por consequência da guerra.

Uma das maiores preocupações para o mercado de moda europeu é a de que a invasão possa desencadear um ‘fator de culpa’ entre os consumidores de luxo. “Consumidores deste nicho não se sentem à vontade para serem vistos comprando ou usando produtos de luxo devido a eventos trágicos”, escreveu Antoine Belge, analista da empresa francesa de investimentos Exane BNP.

Alternativas para minimizar os impactos da guerra no e-commerce brasileiro

Apesar de tudo isso, há algumas alternativas para minimizar as consequências que virão por conta da guerra. “Trabalhar com produção local, com fornecedores brasileiros, é uma das saídas. Outra dica é trabalhar com novas alternativas de comércio ligadas a regiões que tenham custos mais competitivos, como a América Latina, por exemplo. Porém, é importante lembrar que muitos países da região não conseguem produzir insumos que são importados da Ásia, China ou Europa”, reforça Moulin.

Outra saída está em encontrar formas de transferir essa questão do custo, com equilíbrio, para o próprio consumidor. “Fazer reajustes pontuais de forma necessária para preservar as margens, trabalhando mais equilíbrio na questão de logística de frete, pode ser uma alternativa para minimizar os custos”. Assim como Moulin, Mendes sugere a alternativa de buscar imediatamente outras fontes, especialmente na questão de metais e minerais, que têm uma cadeia mais longa.

Por aqui, seguimos com o desejo de que as coisas melhorem não apenas para os negócios, como (e principalmente) para a vida e equilíbrio de todos. E, por saber que milhares de russos já se manifestam contra este conflito, a esperança de uma solução menos dolorosa se faz presente.

Por Giuliano Gonçalves, da redação do E-Commerce Brasil.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/guerra-ucrania-russia-e-commerce/

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Shein no Brasil: qual seria o impacto em varejistas como C&A (CEAB3), Renner (LREN3) e outras?

De acordo com o site Neofeed, a gigante de moda Shein prepara uma estrutura local para expandir sua operação no Brasil. A companhia já está presente aqui através do seu aplicativo, com todos os produtos importados, mas recentemente estruturou um escritório e um centro de distribuição (CD), além de estar buscando parcerias com fornecedores locais.

XP avalia o movimento como negativo para as varejistas brasileiras focadas em média e baixa renda, uma vez que deve aumentar o ambiente competitivo do setor.

Para os analistas, são os principais atrativos da Shein:

i) a velocidade e atualidade dos itens de moda;

ii) seu vasto sortimento e

iii) posicionamento de preço bastante competitivo.

O prazo de entrega, a falta de multicanalidade e o processo de logística reversa como obstáculos para a escala do marketplace, segundo a XP, mas a estrutura local (seja com mais CDs, possíveis lojas/pop-ups e/ou fornecimento local) pode melhorar esses pontos.

Nesse sentido, a XP vê as varejistas focadas em baixa renda como as mais expostas ao risco da concorrência. Entretanto, players de média renda também podem ter algum impacto, ponderam os analistas.

C&A (CEAB3), Hering – controlada pelo Soma (SOMA3) – e Lojas Renner (LREN3) serão as mais impactadas, na avaliação da XP, nessa ordem.

Por volta das 11:00 desta terça-feira (22), os papéis CEAB3 subiam 0,18%, a R$ 5,40. SOMA3 avançava 4,15%, a R$ 12,81. LREN3 crescia 1,06%, a R$ 26,65.

No entanto, como a Hering tem um posicionamento de moda mais básica (vs. Shein com um perfil mais forte em moda fast fashion), o risco pode ser mitigado.

Mais sobre a Shein

A empresa foi fundada na China em 2008 com um nome diferente (ZZKKO), sendo inicialmente focada em vestidos de casamento. No entanto, ela depois expandiu para a moda feminina, mudou seu nome para Sheinside e posteriormente simplificando para Shein.

A companhia nasceu como uma empresa digital focada na exportação para países fora da China, se alavancou na indústria de roupas bem desenvolvida do país (com milhares de fabricantes terceirizados) e um sistema de logística eficiente para chegar a vários países com preços bem competitivos.

Atualmente, a Shein exporta para mais de 220 países, e apenas a China opera como sua base de produção, já que seu preço baixo não se trata exatamente de um diferencial entre concorrentes locais chineses.

A empresa tem sido um grande sucesso, especialmente entre os consumidores da Geração Z, devido à sua natureza digital, forte presença no TikTok – a mídia social favorita da Geração Z – bem como sua atuação ativa com digital influencers e preços muito acessíveis.

Fonte : https://www.spacemoney.com.br/geral/shein-no-brasil-qual-seria-o-impacto-em-varejistas-como-cea-ceab3/177997/

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Varejo de moda dá sinais de recuperação, mas ainda não alcança nível pré-pandemia

Em enquete mensal realizada pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), que representa 110 grandes marcas do varejo de moda nacional, as associadas apontam desempenho positivo em janeiro de 2022 comparado ao mesmo mês de 2021. Das empresas respondentes, 93% avaliaram que as vendas das lojas físicas tiveram melhor desempenho no comparativo a jan/21. Já a performance do e-commerce, neste mesmo período, foi considerada melhor por 67% das varejistas.

Para Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX, mesmo que os resultados reportados tenham demonstrado sinais positivos, ainda há cautela por parte dos varejistas. “Quando comparado aos anos anteriores pré-pandêmicos, tanto com janeiro de 2020 quanto de 2019, é perceptível que metade das empresas não recuperou os volumes comercializados antes do surto. Portanto, é um desafio aos varejistas.”

Lima acrescenta que “o ano de 2022, além de apresentar o cenário com efeitos vinculados à pandemia, como o adiamento do carnaval em grandes cidades, tem ainda a inflação elevada, campanha eleitoral e evento da copa do mundo no final de ano”.

 

Fonte : https://br.fashionnetwork.com/news/Varejo-de-moda-da-sinais-de-recuperacao-mas-ainda-nao-alcanca-nivel-pre-pandemia,1378846.html