Shein no Brasil: qual seria o impacto em varejistas como C&A (CEAB3), Renner (LREN3) e outras?

De acordo com o site Neofeed, a gigante de moda Shein prepara uma estrutura local para expandir sua operação no Brasil. A companhia já está presente aqui através do seu aplicativo, com todos os produtos importados, mas recentemente estruturou um escritório e um centro de distribuição (CD), além de estar buscando parcerias com fornecedores locais.

XP avalia o movimento como negativo para as varejistas brasileiras focadas em média e baixa renda, uma vez que deve aumentar o ambiente competitivo do setor.

Para os analistas, são os principais atrativos da Shein:

i) a velocidade e atualidade dos itens de moda;

ii) seu vasto sortimento e

iii) posicionamento de preço bastante competitivo.

O prazo de entrega, a falta de multicanalidade e o processo de logística reversa como obstáculos para a escala do marketplace, segundo a XP, mas a estrutura local (seja com mais CDs, possíveis lojas/pop-ups e/ou fornecimento local) pode melhorar esses pontos.

Nesse sentido, a XP vê as varejistas focadas em baixa renda como as mais expostas ao risco da concorrência. Entretanto, players de média renda também podem ter algum impacto, ponderam os analistas.

C&A (CEAB3), Hering – controlada pelo Soma (SOMA3) – e Lojas Renner (LREN3) serão as mais impactadas, na avaliação da XP, nessa ordem.

Por volta das 11:00 desta terça-feira (22), os papéis CEAB3 subiam 0,18%, a R$ 5,40. SOMA3 avançava 4,15%, a R$ 12,81. LREN3 crescia 1,06%, a R$ 26,65.

No entanto, como a Hering tem um posicionamento de moda mais básica (vs. Shein com um perfil mais forte em moda fast fashion), o risco pode ser mitigado.

Mais sobre a Shein

A empresa foi fundada na China em 2008 com um nome diferente (ZZKKO), sendo inicialmente focada em vestidos de casamento. No entanto, ela depois expandiu para a moda feminina, mudou seu nome para Sheinside e posteriormente simplificando para Shein.

A companhia nasceu como uma empresa digital focada na exportação para países fora da China, se alavancou na indústria de roupas bem desenvolvida do país (com milhares de fabricantes terceirizados) e um sistema de logística eficiente para chegar a vários países com preços bem competitivos.

Atualmente, a Shein exporta para mais de 220 países, e apenas a China opera como sua base de produção, já que seu preço baixo não se trata exatamente de um diferencial entre concorrentes locais chineses.

A empresa tem sido um grande sucesso, especialmente entre os consumidores da Geração Z, devido à sua natureza digital, forte presença no TikTok – a mídia social favorita da Geração Z – bem como sua atuação ativa com digital influencers e preços muito acessíveis.

Fonte : https://www.spacemoney.com.br/geral/shein-no-brasil-qual-seria-o-impacto-em-varejistas-como-cea-ceab3/177997/

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Varejo de moda dá sinais de recuperação, mas ainda não alcança nível pré-pandemia

Em enquete mensal realizada pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), que representa 110 grandes marcas do varejo de moda nacional, as associadas apontam desempenho positivo em janeiro de 2022 comparado ao mesmo mês de 2021. Das empresas respondentes, 93% avaliaram que as vendas das lojas físicas tiveram melhor desempenho no comparativo a jan/21. Já a performance do e-commerce, neste mesmo período, foi considerada melhor por 67% das varejistas.

Para Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX, mesmo que os resultados reportados tenham demonstrado sinais positivos, ainda há cautela por parte dos varejistas. “Quando comparado aos anos anteriores pré-pandêmicos, tanto com janeiro de 2020 quanto de 2019, é perceptível que metade das empresas não recuperou os volumes comercializados antes do surto. Portanto, é um desafio aos varejistas.”

Lima acrescenta que “o ano de 2022, além de apresentar o cenário com efeitos vinculados à pandemia, como o adiamento do carnaval em grandes cidades, tem ainda a inflação elevada, campanha eleitoral e evento da copa do mundo no final de ano”.

 

Fonte : https://br.fashionnetwork.com/news/Varejo-de-moda-da-sinais-de-recuperacao-mas-ainda-nao-alcanca-nivel-pre-pandemia,1378846.html