Por que os marketplaces B2C de nicho estão assumindo o controle do e-commerce

Hoje, segundo estudos, os marketplaces representam 67% das vendas globais do e-commerce, um salto em relação aos 40% de apenas uma década atrás — e seguem em ascensão. Esse segmento está cada vez mais popular, uma vez que compradores buscam por variedade, preços competitivos e conveniência.

Além disso, varejistas aprovam o formato por conta da amplitude e profundidade do que vendem, assim como os dados que podem recolher das vendas nas plataformas. No entanto, Amazon e Alibaba, por exemplo, acumularam uma escala e um capital tão significativos que estão se tornando uma “loja de tudo”. Diante disso, o Boston Consulting Group (BCG) trouxe um estudo sobre a atual oportunidade de crescimento dos marketplaces de nicho no comércio eletrônico.

Marketplaces de nicho

Diante dessa realidades, especialistas sugerem seguir um caminho diferente, adotando plataformas mais nichadas. Dessa forma, o varejista pode aprimorar suas ofertas padrão com produtos e categorias adjacentes. Porém, criar um marketplace especializado não é tão simples quanto construir uma plataforma tecnológica e alinhar vendedores.

Para facilitar o caminho para o sucesso nessa empreitada (que não é tão simples como um marketplace comum), identificou-se sete tópicos essenciais, que incluem:

  • uma proposta de cliente bem definida, vinculada à estratégia mais ampla de comércio eletrônico da empresa;
  • seleção inteligente de produtos de uma variedade de vendedores concorrentes;
  • e uma excelente experiência do cliente.

Por que os marketplaces geridos por varejistas decolaram

Para os varejistas, os marketplaces representam um novo modelo de negócios. Além de venderem os seus próprios produtos — muitas vezes referidos como produtos primários (1P) —, os marketplaces geridos por varejistas vendem produtos de vendedores terceiros (3P), com os operadores recebendo uma comissão por cada transação.

Os varejistas gerenciam o atendimento e a remessa de produtos 1P, e os vendedores de marcas 3P normalmente cuidam dessas atividades para seus próprios produtos. A dinâmica e o modelo de negócios dos marketplaces de varejo B2C são diferentes daqueles dos marketplaces B2B, que conectam compradores e vendedores empresariais.

O modelo de marketplace B2C ganhou popularidade e participação de mercado por vários motivos, entre eles:

Os consumidores gostam de marketplaces

De acordo com uma pesquisa da BCG, os marketplaces superam os sites de e-commerce tradicionais em seis dos nove aspectos que mais valorizam quando fazem compras online.

A variedade é um dos aspectos dos marketplaces que os consumidores adoram. Afinal, os marketplaces varejistas aumentam os SKUs em média 63% no primeiro ano de operação, de acordo com dados da Mirakl.

Outro ponto é que os consumidores aprovam os marketplaces devido às suas opções de entrega e preços competitivos. Isso por si só contribui para que 87% dos consumidores tenha a intenção de gastar a mesma quantia ou mais em compras em marketplaces no próximo ano.

Marketplaces são relativamente simples de operar

Um modelo operacional de marketplace permite que os varejistas ofereçam um vasto estoque, deixando para seus parceiros 3P a tarefa de lidar com o fornecimento, preços, promoções, merchandising e atendimento do produto. Essa eficiência permite aos varejistas ampliar de forma rápida e eficiente o sortimento. É possível adicionar novos vendedores ou SKUs aos marketplaces em questão de dias — tempo ainda inferior ao gasto para adicionar um novo produto em um e-commerce ou loja física, por exemplo.

Marketplaces varejistas geram dinheiro constantemente

Os operadores de marketplace normalmente ganham comissões de 8% a 15% em transações — no caso de moda, esse valor é de 25% a 30%. Vale mencionar que marketplaces exigem um pequeno investimento de capital para serem lançados e gerarem retornos elevados, contribuindo com uma margem EBITDA de 7% a 9%.

Marketplaces produzem dados valiosos

Ao monitorar as mudanças na variedade de produtos e nas vendas de vendedores terceirizados, os varejistas têm maior velocidade de análise de tendências emergentes e mudanças nas preferências dos consumidores (muito mais rápido do que se fosse por conta própria).

Com isso, podem usar os insights para gerenciar melhor seus negócios, tal qual personalizar as experiências dos clientes. E o mesmo vale para melhorar a segmentação de potenciais clientes, o que, em última análise, poderá ajudar a aumentar as receitas que obtêm das redes de meios de comunicação varejistas que mais deles operam.

A evolução do marketplace

Os marketplaces B2C online mudaram desde o surgimento dos primeiros marketplaces nativos digitais. Por conta da escala necessária para operar as plataformas, os varejistas aproveitaram para lançar marketplaces de nicho, a fim de se diferenciarem. Conforme pesquisa, 70% dos consumidores preferem comprar em marketplaces segmentados, frente a modelos que vendem de tudo. O motivo seria principalmente atendimento, preços e confiança nas marcas.

A base de clientes existente e as ofertas omnicanal dos varejistas contribuem no posicionamento e na operação dos marketplaces especializados. Normalmente, os varejistas já possuem tráfego significativo em seus sites, o que leva a um baixo custo de aquisição de clientes. Além disso, a presença das marcas, assim como a confiança e a fidelidade de seus clientes, contribuem para o aumento das vendas nesses marketplaces.

Varejistas que lançaram marketplaces de nicho nos últimos cinco anos tiveram um bom desempenho. Na Alemanha, por exemplo, a empresa Douglas (do segmento de saúde e beleza) lançou um modelo desses em 2019 e viu suas vendas sobrarem a partir de 2022. Em 2021, a Decathlon estabeleceu-se nesta configuração na Bélgica. Até 2026, é previsto que a empresa supere US$ 1,1 bilhões de dólares na Europa.

O mesmo vale para a Kingfisher, que lançou em 2022 um marketplace de bricolagem e melhorias para a casa no Reino Unido. O marketplace de nicho foi rentável desde o seu primeiro dia, e agora representa 41% das vendas totais de comércio eletrônico da empresa.

Sete chaves para o sucesso dos marketplaces liderados por varejistas

Diante de pesquisas e insights, especialistas identificaram que existem sete elementos essenciais para o sucesso dos marketplaces liderados por varejistas.

Proposta clara ao cliente vinculada à estratégia de comércio eletrônico existente

O lançamento de um marketplace permite aos varejistas expandirem sua variedade e volume de produtos, o que pode ajudá-los a acelerar sua estratégia comercial geral. Mas, para ter sucesso, um marketplace deve se adequar a:

  • proposta de cliente existente da empresa;
  • ofertas do comércio eletrônico;
  • experiência estabelecida ao cliente.

Por essas razões, os líderes devem supervisionar uma iniciativa de marketplace para garantir que o empreendimento cumpra esses objetivos e não seja apenas consolidado.

Ao lançar um marketplace, um varejista também deve deixar claro como ele difere das ofertas de outros players. Por exemplo, como é que o marketplace aproveita os seus ativos de varejo existentes para proporcionar uma vantagem competitiva? Um determinado varejista (que administra um marketplace de móveis, arte e joias de luxo) conquistou um nicho oferecendo itens novos e antigos, leilões e conexões com designers de interiores, além de publicar uma revista digital semanal.

Valor baseado em preços competitivos

Consumidores pesquisados ​​pelo BCG disseram que passariam a comprar em um marketplace administrado por varejistas, em vez de em uma “loja vende tudo”, se os preços fossem semelhantes. Os varejistas podem garantir que seus preços sejam competitivos hospedando vários terceiros que vendem o mesmo produto, por exemplo. Integrar uma ferramenta de preços competitivos semelhante à caixa de compra da Amazon na interface do usuário é uma maneira de fazer isso.

Essa ferramenta usa um algoritmo para mostrar aos clientes um vendedor de um produto específico de vários vendedores concorrentes com base em uma combinação de fatores como preço, velocidade de entrega e classificação do vendedor. A maioria dos principais marketplaces, incluindo os nativos digitais e os empreendimentos operados por varejistas, utilizam ferramentas de preços competitivos para impulsionar seu sucesso.

Curadoria inteligente de vendedores e produtos

Ao contrário de todas as lojas, os varejistas não podem se dar ao luxo de trabalhar com todo e qualquer vendedor terceirizado. Eles investiram muito em sua marca, reputação e relacionamento com os clientes existentes para se unirem a qualquer parte externa que possa colocá-los em risco. E consumidores entrevistados citaram a confiança em uma marca como o principal motivo pelo qual preferem comprar em um marketplace liderado por varejistas, em vez de em um marketplace gigante que vende de tudo.

Para proteger as suas marcas, varejistas devem selecionar o que está disponível nos seus marketplaces, o que exige encontrar um equilíbrio entre controle e escalabilidade. Os melhores varejistas fazem isso examinando cuidadosamente os vendedores e, em seguida, dando-lhes autonomia para oferecer o que quiserem dentro de determinadas barreiras comerciais.

Também é preciso instituir controles de qualidade, bem como processos para remover instantaneamente produtos não qualificados. O Walmart, por exemplo, faz verificações regulares para confirmar se os vendedores em seu marketplace mantêm uma taxa de defeito nos pedidos inferior a 2% e respondem aos e-mails dos clientes dentro de 24 horas, ambos especificados nos acordos de nível de serviço dos vendedores.

Uma experiência superior para o cliente

Os marketplaces podem ter o mix certo de preços, produtos e vendedores e ainda assim falhar por não oferecer uma experiência excelente aos clientes. Para os consumidores concluiu, as práticas de atendimento ao cliente no marketplace estão aquém das dos sites de varejo tradicionais — algo que os varejistas poderiam melhorar para se diferenciarem.

Investir excessivamente no atendimento ao cliente pode ajudar os varejistas a protegerem suas marcas. Uma das maneiras de fazer isso é fornecer continuamente recompras dentro do marketplace. Varejistas que usam suas lojas físicas para retiradas ou devoluções também criam um diferencial importante entre eles e os marketplaces digitais puros.

A variedade excessiva de produtos e a má navegação são outros obstáculos comuns na experiência do cliente em marketplaces operados por varejistas. Pesquisas anteriores do BCG descobriram que mais da metade dos compradores em marketplaces como Walmart e eBay tinham dificuldade para localizar os produtos desejados ou garantir os melhores preços.

Otimizar a capacidade de localização evita esses obstáculos. Funções sólidas de navegação e pesquisa, incluindo recursos abrangentes de classificação, podem colocar o produto certo na frente do cliente certo, no momento certo. O Alibaba, por exemplo, implementou um sistema avançado de navegação e personalização em todo o seu ecossistema com algoritmos sofisticados. No caso, oferecem aos utilizadores recomendações personalizadas a partir de um catálogo de mais de 200 milhões de produtos.

Uma experiência de vendedor superior que leva a um maior GMV

Criar uma experiência positiva aos vendedores é tão importante quanto suavizar os obstáculos no processo de compra dos compradores — e pode atrair mais vendedores para um marketplace de nicho. Isso é importante porque há uma relação direta entre vendedores, SKUs e o valor bruto da mercadoria (GMV) do varejista. Especialmente nos primeiros anos de um marketplace, ter mais vendedores leva a um maior GMV.

Normalmente, vendedores atuam em mais de dois marketplaces. Com base nos dados da Mirakl, 6 em cada 10 esperam aumentar o número de marketplaces com os quais fazem parceria no futuro. Para reter os vendedores existentes e atrair novos é essencial facilitar a integração dentro do marketplace. O mesmo vale no sentido de fornecer ferramentas e um ambiente de apoio que ajudem os negócios dos vendedores a crescer. Isso irá contribuir para experiências positivas que ajudam a reter os vendedores e, em última análise, aumentam o tráfego e o GMV.

Uma pilha de tecnologia escalável e flexível

Marketplaces exigem uma arquitetura tecnológica moderna para integrar os sistemas existentes a fim de oferecer suporte a recursos, como preços dinâmicos. Para se manterem competitivos, varejistas precisam acompanhar as mudanças tecnológicas e incorporar avanços como a IA generativa. O eBay, por exemplo, adotou recentemente IA para melhorar as descrições dos produtos.

É verdade que o desenvolvimento interno de tecnologia de marketplace permite mais personalização. No entanto, a terceirização de componentes de commodities de terceiros — como a tecnologia que administra a plataforma de marketplace de um varejista — pode reduzir o tempo para colocá-la em funcionamento. Isto pode levar a um ponto de equilíbrio mais curto e dar aos concorrentes menos tempo para recuperar o atraso.

A maioria dos varejistas trabalha com fornecedores de tecnologia para evitar a criação de capacidades internamente e investir o capital em outro local. A terceirização também permite aplicar mais energia em áreas de missão crítica, como a experiência do usuário. Sem contar que o uso de componentes padrão do marketplace com os quais os vendedores já estejam familiarizados poderia acelerar o processo de integração do vendedor (e reforçar a atratividade de um varejista como parceiro).

Serviços avançados

Varejistas que dominam os conceitos básicos podem adicionar serviços avançados aos seus marketplaces. Isso pode otimizar a sua proposta de valor junto de potenciais vendedores e, de quebra, aumentar o EBITDA do seu próprio marketplace em 3% a 5%.

Um dos serviços avançados mais importantes que estão sendo adicionados é o retail media. Por meio de suas redes, varejistas podem oferecer aos parceiros oportunidades de publicidade direcionada e de alta conversão em troca da coleta de dados de clientes (além de uma parte da receita de vendas). As margens das redes varejistas de meios de comunicação social podem ser superiores a 60% a 70% das receitas publicitárias recolhidas, substancialmente superiores às margens típicas em muitos setores varejistas.

No primeiro trimestre do ano fiscal de 2024, a publicidade global do Walmart cresceu 24%, liderada pelo aumento de 26% em sua rede de mídia varejista Walmart Connect. No mesmo período, a empresa informou que as vendas de anúncios nos EUA refletiram um crescimento de mais de 50% dos vendedores no seu marketplace.

Possibilidades de benefícios aos varejistas de marketplaces de nicho

Os varejistas com marketplaces maduros também estão adicionando monetização de dados. É possível agregar e vender os dados do marketplace sobre vendas ou tendências para vendedores 1P ou 3P — que podem usá-los para alterar preços, cronometrar promoções, lançar novos produtos ou otimizar o que oferecem de alguma outra forma.

Assumir o armazenamento, a entrega e outros serviços de atendimento é outro complemento natural. O braço terceirizado de atendimento do Walmart, que atende vendedores do seu marketplace, cresceu cinco vezes no valor bruto das mercadorias em 2021. Os varejistas podem oferecer outros complementos menores que ajudam no desempenho dos vendedores, incluindo tradução, produto e dados.

De uma forma geral, os marketplaces de varejistas online estão cada vez maiores. Por um lado, os consumidores gostam da seleção e dos preços. De outro, os varejistas gostam das oportunidades que os marketplaces oferecem para simplificar as operações e, ao mesmo tempo, dimensionar o que oferecem.

Fonte:”Por que os marketplaces B2C de nicho estão assumindo o controle do <nowrap>e-commerce</nowrap> – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

 

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Camicado remodela aplicativo de compras e insere novas funcionalidades

A expectativa é elevar a participação dos canais digitais sobre as vendas totais da empresa.

A Camicado, varejista de artigos para casa e decoração, lança uma nova experiência de compra para o seu aplicativo. Com uma proposta de navegação mais intuitiva, a plataforma mobile foi desenvolvida em parceria com a Work & Co e oferece funcionalidades que melhoram a experiência do usuário em suas compras online.

A expectativa é elevar a participação dos canais digitais sobre as vendas totais da empresa. Em 2023, o percentual foi de 33%.

“A evolução do app faz parte da estratégia omnicanal da marca, que tem como objetivo proporcionar ao nosso cliente uma experiência de compra cada vez mais completa e encantadora, com comodidade, interatividade e conteúdo”, destaca o diretor da Camicado, Natan Anaf.

Com o visual repaginado, o app traz design moderno e alinhado à experiência encontrada no site da varejista. O app ganhou, ainda, novas funcionalidades que facilitam não só as compras, mas também consultas de cashback, saldos, vantagens e suporte. São elas:

Camicado ID: cada cliente terá um QR Code único, gerado pelo app, que concentra todas as suas informações, unificando e facilitando o cadastro em loja.

Cashback: o acúmulo de cashback para compras em loja física passa a ser atrelado ao Camicado ID. Preferencialmente, para acumular o cashback, o cliente o fará via Camicado ID.

Atendimento: melhoria do processo de autoatendimento para suporte dos pedidos, incluindo a visualização do progresso da entrega dos produtos e uma integração mais eficiente com o WhatsApp.

Meu Cartão: integração com o Meu Cartão (cartão de crédito internacional da Renner), possibilitando a visualização da fatura, a consulta de saldos e outras movimentações, sem a necessidade de acessar outros aplicativos.

Integração app e whatsApp: pelo app, o cliente é automaticamente direcionado para o WhatsApp.

Fonte: “Camicado remodela aplicativo de compras e insere novas funcionalidades – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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Walmart e Amazon aceleram a digitalização das suas lojas físicas

À medida que Walmart e Amazon  competem para liderar a transformação omnicanal no varejo, as gigantes estão incorporando tecnologias digitais em suas lojas físicas, buscando oferecer a experiência de compra mais conveniente e conectada para seus clientes.

O Walmart está avançando na digitalização das etiquetas nas prateleiras para tornar suas operações mais eficientes, o que promete uma jornada de compra mais fluída para os consumidores. Após um teste em Grapevine, Texas, a empresa anunciou planos de implementar etiquetas digitais, desenvolvidas pelo VusionGroup, em 2.300 lojas até 2026.

Essas etiquetas substituirão as tradicionais de papel, permitindo que os funcionários atualizem os preços por meio de um aplicativo móvel, reduzindo o trabalho manual envolvido. Com mais de 120.000 produtos por loja e milhares de atualizações de preços semanais, o Walmart poderá realizar essas mudanças em minutos, em vez de dias.

“A transição para rótulos de prateleira digitais é uma virada de jogo para o Walmart, nossos clientes e nossos associados”, afirmou Daniela Boscan, líder da equipe de alimentos e consumíveis do Walmart em Hurst, Texas, em uma postagem no blog da empresa. Ela acrescentou que a tecnologia promove “eficiência e satisfação do cliente.”

Além disso, o Walmart utiliza outras tecnologias Click-and-Mortar, como o Scan & Go para membros do Walmart+, retirada na loja e na calçada para pedidos online, e recursos de pagamento digital como compre agora, pague depois (BNPL).

A Amazon, por sua vez, está investindo em tecnologias conectadas para oferecer capacidades omnicanal tanto em suas próprias lojas quanto em lojas de terceiros. A gigante do e-commerce tem se concentrado no uso de seu carrinho de compras inteligente, o Amazon Dash Cart, em seus supermercados Fresh, enquanto licencia sua tecnologia de checkout de visão computacional Just Walk Out para outros varejistas.

Além disso, a Amazon possui a tecnologia de reconhecimento de palma Amazon One, que permite aos clientes entrarem e pagarem nas lojas com a leitura da palma da mão. Esse método é projetado para ser uma maneira rápida e sem contato de autenticar identidade e pagamentos. A empresa também oferece uma variedade de opções de retirada no local para compras digitais.

Fonte: “Walmart e Amazon aceleram a digitalização das suas lojas físicas – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Fusão da Petz e Cobasi criará maior rede pet do Brasil

Caso aprovada pelo Cade, união poderá gerar negócio com faturamento combinado de R$ 6,9 bilhões e 483 lojas.

Numa transação muito aguardada pelo mercado, as empresas Petz e Cobasi anunciaram na manhã de sexta-feira, 19/4, uma fusão de seus negócios, que poderá criar a maior rede de pet do país. O MoU (Memorandum of Understanding, ou Memorando de Entendimentos), espécie de contrato preliminar, comunicado à imprensa, denota que a concretização desse acordo está sujeita a diversos passos, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a realização de diligências legais, operacionais, contábeis e financeiras.

As empresas informam algumas sinergias que levaram à fusão de negócios: o cross-sell dos produtos de marca própria e de serviços; a otimização do plano de abertura de lojas; os ganhos de eficiência das rotas de e-commerce e centros de distribuição, e a redução do G&A (Despesas Gerais e Administrativas).

“São duas empresas saudáveis se unindo. Uma junção que une forças e competências para suportar outros tipos de concorrência”, diz Sergio Zimerman, CEO da Petz. “Nossas qualidades combinadas irão alavancar negócios e criar um ambiente correto para a construção de valor, sobretudo, para o ecossistema de serviços e contribuindo para as melhores ofertas para os nossos tutores”.

Zimerman destaca que se trata de uma “fusão de iguais”, onde as melhores práticas serão replicadas, independentemente da companhia. “Será aquilo que funciona melhor para o negócio”, pontua.

Para o executivo, “ainda é muito prematuro”, apontar novidades. “Nesse MoU, nossa maior preocupação foi acertar os termos de governança. Após a assinatura, comunicaremos com maior profundidade tudo que essa fusão irá proporcionar ao mercado, inclusive na comunicação da marca”, diz Zimerman. Sobre esse ponto, o executivo diz que “o modelo Raia Drogasil é inspirador”, e que certamente a decisão de uma nova nomenclatura caminhará para algo similar.

Em tempos de forte concorrência com novos players e marketplaces, Zimerman confia no potencial dessa união. “Essa junção fortalecerá duas empresas com alta capacidade de adaptação e conhecimento de mercado, que certamente irá superar novas batalhas”, conclui.

Outros detalhes da fusão Petz e Cobasi

Caso a fusão seja aprovada e concluída, Paulo Nassar, atual CEO da Cobasi, ocupará o mesmo cargo na companhia resultante. Sergio Zimerman será chairman. O conselho terá nove membros, com Zimerman indicando quatro, e a família Nassar e o Kinea indicando os cinco restantes.

A empresa combinada terá um faturamento de R$ 6,9 bilhões (R$ 3,8 bi da Petz e R$ 3,1 bi da Cobasi), 483 lojas (249 da Petz e 234 da Cobasi), um EBITDA de R$ 464 milhões (R$ 267 milhões da Petz e R$ 197 milhões da Cobasi) e uma caixa líquido de R$ 209 milhões – já que a Petz tem uma dívida líquida de R$ 23 milhões, e a Cobasi, um caixa líquido de R$ 232 milhões.

Certamente a fusão Petz e Cobasi aponta o nascimento de um player dominante. Para o consumidor, fica a expectativa de encontrar mais lojas em novas localidades, maior penetração no digital com novas ofertas, melhores preços e serviços ainda mais personalizados e eficientes, além da maior eficiência e qualidade no atendimento omnicanal num mercado que cresce substancialmente no Brasil.

Fonte: “Fusão da Petz e Cobasi criará maior rede pet do Brasil – Consumidor Moderno

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O que esperar do varejo nos próximos anos

Saiba o que especialistas e pesquisas internacionais apontam para o segmento ao longo de 2024 e dos próximos anos.

No varejo, assim como na vida moderna, a tecnologia está presente em quase tudo. Praticamente todos os processos em uma empresa varejista já envolvem a tecnologia em alguma medida.

Do e-commerce às plataformas de gestão de estoque e logística, passando pelos softwares de CRM (da sigla em inglês para gestão de relacionamento com o cliente) e pelas estratégias de marketing criadas com auxílio de inteligência artificial.

Muito mais do que adotar a tecnologia em suas rotinas, as varejistas estão se tornando, também, empresas de tecnologia. Para o consultor Marcelo Cherto, a atualização tecnológica e a inclusão digital deixaram de ser vistas como necessidades futuras das empresas.

“O que se esperava que fosse acontecer no futuro é, cada vez mais, uma realidade do presente. A influência da tecnologia sobre os negócios de varejo será cada vez mais profunda e deve gerar muitas inovações em termos de eficiência operacional, marketing e experiência do consumidor”, diz Cherto.

Para o consultor, pequenas e médias empresas já acessam sistemas de Inteligência Artificial antes restritos a grandes companhias, conseguindo personalizar produtos e serviços de acordo com o perfil do cliente. O uso de tecnologia no dia a dia do varejo não para por aí.

“A Internet das Coisas já permite monitorar o comportamento do consumidor dentro do ponto de venda. Plataformas como o TikTok, Instagram e outras já se consolidaram como importantes canais de branding e até mesmo de vendas. Ainda pouco utilizadas no Brasil, tecnologias como realidade aumentada e realidade virtual, que permitem ao cliente visualizar produtos num ambiente virtual antes de se decidirem a comprá-lo, ou de se motivarem a ir a um ponto de venda físico, tendem a se tornar mais comuns”, diz o especialista.

Mais do que uma ponte entre os mundos físico e digital, a tecnologia será o esteio de um ecossistema de varejo eficiente e altamente personalizado. Entre os setores econômicos mais promissores diante dos novos clientes potenciais que hoje ingressam nomercado consumidor estão aqueles ligados à sustentabilidade.

Na opinião do empresário José Carlos Semenzato, fundador private equity especializado em franquias Grupo SMZTO, o consumo irresponsável vem sendo cada vez mais substituído por hábitos de vida conscientes – a empresa atua no segmento de economia circular por meio da rede de brechós Peça Rara e no segmento de energias limpas com um investimento na HCC Energia Solar.

“As pessoas querem conhecer toda a cadeia por trás da produção de um produto, suas práticas de sustentabilidade e sua relação com colaboradores e fornecedores”, diz Semenzato.

A seguir, confira os pontos que devem nortear o segmento varejista no Brasil e no mundo, de acordo com pesquisas internacionais levantadas pelo Grupo Cherto:

Do virtual para a loja física

O estudo 2024 Consumer Research, da Salsify, indicou que 54% dos consumidores utilizam os smartphones para pesquisar produtos e preços. Quase metade dos consultados (49%) considera uma combinação perfeita a navegação entre os mundos digital e físico – o chamado “figital”.

De acordo com o estudo, um a cada quatro compradores (23%) costuma concluir as compras iniciadas online enquanto estão nos corredores de lojas físicas, em um comportamento que funde a conveniência online com a imersão na loja.

Outro estudo da McKinsey indicou que os clientes omnicanal gastam 1,7 vezes mais do que os compradores de canal único, o que impõe às empresas a missão de proporcionarem experiências de compra perfeitas para capturar e fidelizar compradores onde quer que eles estejam, seja no físico ou no digital.

PMEs como players globais

Conforme afirmou ao portal AllBusiness.com o chefe de pequenas empresas da Visa Commercial Solutions, Matt Baker, 2024 será o ano em que pequenas e médias empresas começarão a se tornar globais. Para empresas de todos os tamanhos, a mentalidade mudou: sua preocupação migrou da concorrência local para a economia digital e mundial.

Segundo Baker, os pagamentos digitais estão transformando as oportunidades para as PMEs pagarem e serem pagas, tornando possível alcançarem novos públicos, aceitando facilmente pagamentos seguros, acompanhando e monitorando despesas, aumentando a segurança e a proteção nas negociações internacionais, melhorando a eficiência e, assim, proporcionando taxas de crescimento nunca antes experimentadas por empresas de pequeno e médio porte.

Provador virtual

Aprimorado por inteligência artificial e insights de dados, o comércio eletrônico está se tornando mais inteligente. Em breve, prevê o estudo Top Five Digital Consumer Trends in 2024, da Euromonitor International, será possível experimentar roupas virtualmente, diante de espelhos com realidade aumentada, que mostrarão o caimento das peças no corpo.

Além disso, com base em dados comportamentais e de consumo, chatbots poderão recomendar os presentes mais indicados para determinadas pessoas. Conforme a Euromonitor Internacional, essa hiper personalização deverá alçar o e-commerce a um novo patamar.

Deepfakes

A inteligência artificial tornou extremamente fácil a produção de vídeos deepfake, tecnologia usada para criar vídeos falsos, porém bem realistas, com pessoas falando ou fazendo coisas que nunca fizeram de verdade. O tema foi abordado na última edição do NRF Retail Big Show, maior evento do varejo mundial, realizado em janeiro, em Nova York.

Nos últimos meses, houve um aumento maciço no uso de fraudes deepfake, e a projeção é de que o fenômeno se acentue ao longo de 2024, deixando empresas, governos e figuras públicas em alerta. Afinal, em segundos uma deepfake pode arruinar uma reputação construída ao longo de décadas. Além de todos os desafios mercadológicos, as empresas precisarão ficar atentas e prontas para reagir caso atingidas por alguma dessas obras do lado obscuro da IA.

Consumidor experiente (e mais difícil de fisgar)

A cada ano que passa, os consumidores online aperfeiçoam seus métodos de pesquisa de produtos e preços, em busca de melhores condições de frete e pagamento, além de estarem mais atentos à qualidade dos produtos.

De acordo com a Euromonitor International, os mais experientes estão se tornando verdadeiros detetives digitais, contando com a ajuda de plataformas dedicadas a encontrar as melhores ofertas, que estão em expansão e já são usadas por alguns consumidores de formas diversas. Conforme o Top Five Digital Consumer Trends in 2024, a conquista desse perfil de consumidor se tornará um verdadeiro jogo de gato e rato entre vendedores e compradores.

IA vai auxiliar o consumidor

À medida que mais ferramentas de comércio eletrônico começarem a incorporar a inteligência artificial, os compradores também passarão a aproveitar as capacidades da nova tecnologia. Segundo a Salsify, os recursos de compras com tecnologia de IA que despertam mais interesse entre os compradores são assistentes de compras virtuais (24%), recomendações personalizadas de marcas ou produtos (23%), recomendações inteligentes de tamanho para produtos de moda (23%), ferramentas de teste virtual (21%) e visitas virtuais ao showroom (20%).

Sustentabilidade das marcas

Conforme o estudo 2024 Consumer Research, da Salsify, a transformação das marcas com práticas mais ecológicas e eticamente corretas está se tornando uma mola propulsora de vendas. Entre os consumidores consultados, os principais pontos capazes de cativar e gerar decisões de compras são o uso de embalagens ecológicas (34%), práticas trabalhistas justas (27%) e fornecimento ético (23%), posições públicas sobre causas sociais ou políticas (12%) e programas de responsabilidade social (12%).

Venda de usados vai ganhar espaço

Diante do crescente interesse dos consumidores pelo tema sustentabilidade, as empresas investirão cada vez mais na circularidade, no mercado de recommerce. Com consumidores ecologicamente conscientes e com orçamentos limitados, a demanda por produtos usados tende a aumentar.

Ao mesmo tempo, conforme o Top Five Digital Consumer Trends in 2024, da Euromonitor International, as empresas estarão mais preparadas e com acesso mais fácil a uma variedade maior de itens de segunda mão, em um segmento que começa a ser mais aceito e melhor visto pelo empresariado. Com isso, a oferta de produtos usados deve ser ampliada para novas categorias.

No marketing, chegou a vez do TikTok

Os influenciadores digitais de outras redes perderão espaço e relevância. De acordo com a Euromonitor International, estarão no centro das atenções plataformas de vídeo de formato curto, como TikTok e Douyin – versão chinesa do app.

Juntos, os dois aplicativos já se aproximam de 2 bilhões de membros. Aos milhões, consumidores estão migrando para essas plataformas, enquanto as marcas correm para tentar alcançá-los. Neste embalo, as vendas serão cada vez mais impulsionadas por tendências virais orgânicas, e menos influenciadas por campanhas de marketing. E as empresas, cada vez mais, deverão investir em conteúdos próprios com o objetivo de tornarem-se virais – e gerarem vendas em escala.

E-commerce mais atrativo

A estratégia de oferecer imagens estáticas dos produtos está com os dias contados. Quatro a cada cinco (78%) dos compradores online na atualidade consideram as imagens e descrições dos produtos “extremamente” ou “muito” importantes para a decisão de compra, segundo dados obtidos pela Salsify. Em dezembro de 2023, a empresa conduziu uma pesquisa quantitativa online com um grupo de 2,7 mil compradores online nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Conforme o levantamento, os compradores desejam conteúdo mais diversificado, incluindo desde gráficos de comparação até avaliações e vídeos, com avaliações de clientes (72%) e conteúdo gerado por usuários (40%), dando maior autenticidade às avaliações dos produtos e influenciando significativamente as decisões de compra.

Fonte: “Deepfakes, Tik Tok, provador virtual e venda de usados: o que esperar do varejo nos próximos anos | Exame

 

 

 

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Cinco desafios do omnichannel no varejo

Nos últimos anos, a constante e rápida evolução do varejo tornou a adoção de estratégias omnichannel fundamentais para negócios que buscam atender às necessidades dos consumidores e suas expectativas cada vez mais elevadas. Se, por um lado, os benefícios de uma abordagem omnicanal são claros (aumento de vendas, maior envolvimento do cliente e disponibilidade que gera fidelidade à marca, por exemplo), a implementação bem-sucedida dessa estratégia pode ser desafiadora.

Trago aqui alguns desafios e possíveis soluções para ajudar em uma abordagem omnichannel eficaz.

Desafio 1: Alcançar uma integração perfeita

Em uma estratégia omnichannel, todos os canais de venda, incluindo lojas físicas e virtuais, aplicativos e plataformas de redes sociais, devem ser integrados para proporcionar uma experiência de compra consistente e contínua. No entanto, muitos líderes de negócios consideram essa integração complexa, demorada e dispendiosa.

Para ter sucesso, uma dica é investir em tecnologia robusta para varejo, capaz de conectar de forma eficiente todos os canais de venda. Aproveitar sistemas baseados em nuvem ou plataformas de comércio unificadas configuráveis ​​pode garantir que os dados fluam perfeitamente entre os canais, melhorando a consistência da experiência de compra.

Desafio 2: Gerenciar e utilizar dados de clientes

A omnicanalidade pode gerar grandes quantidades de dados de clientes, a partir de vários pontos de contato. Embora esses dados possam fornecer insights valiosos, gerenciá-los, e aproveitá-los, de maneira eficaz pode ser complicado. A solução está em ferramentas avançadas de análise de dados.

Essas tecnologias não apenas ajudam na coleta e no gerenciamento eficiente de dados, mas também na extração de insights acionáveis ​​para compreender melhor o comportamento e as preferências do cliente. Estratégias de marketing personalizadas, gerenciamento de estoque e melhorias no atendimento ao cliente podem então ser informadas por esses insights.

Desafio 3: Gestão de estoque

O gerenciamento de estoque preciso e eficiente em vários canais é outro grande desafio. O dilema é garantir a disponibilidade do produto no lugar certo e na hora certa, sem manter estoque excessivo, para atender às demandas dos clientes.

A implementação de sistemas de rastreamento de estoque em tempo real pode fornecer uma visão unificada dos níveis de estoque em todos os canais. Além disso, a análise preditiva pode ajudar a prever a demanda, permitindo um gerenciamento proativo.

Desafio 4: Trazer toda a equipe a bordo

Com a introdução de novas tecnologias e processos, outro desafio pode ser fazer com que todos os envolvidos no negócio compreendam e saibam como gerir a abordagem omnicanal. O ideal é investir em treinamentos regulares, não apenas para ensinar os funcionários a usarem novas tecnologias, mas também para estimular neles uma mentalidade focada no cliente. Afinal, em um mundo omnichannel, cada ponto de contato com o consumidor é importante.

Desafio 5: Medindo o sucesso

Determinar a eficácia de uma estratégia omnichannel pode ser complexo devido à multiplicidade de pontos de contato e de caminhos do cliente até a compra. Para resolver isso, é crucial estabelecer indicadores-chave de desempenho (KPIs) claros que se alinhem com os objetivos gerais da sua empresa. Isso pode incluir métricas relacionadas a vendas, retenção e satisfação dos clientes. Usando análise de dados avançada, você pode acompanhar esses KPIs em todos os canais para medir seu sucesso no universo omnichannel.

Os desafios podem parecer grandes, mas possíveis de superar com uma estratégia omnicanal poderosa.

Fonte: “Cinco desafios do omnichannel no varejo – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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