Operadores logísticos registram receita bruta de R$ 192 bilhões e crescem 15% em 2023

Números integram a edição 2024 do “Perfil dos Operadores Logísticos”, estudo promovido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos.

Em 2023, os operadores logísticos atuantes no Brasil registraram receita bruta operacional de R$ 192 bilhões, cerca de 15% a mais do que o verificado em 2021, última vez em que o montante foi apurado e ficou em R$ 166 bilhões. O valor atual é equivalente a quase 2% do PIB e a 17% dos custos de transporte e armazenagem do país, que somam R$ 1,1 trilhão. Além disso, 76% das empresas informaram aumento no faturamento.

Os números fazem parte da edição 2024 do “Perfil dos Operadores Logísticos”, estudo promovido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) e encomendado ao Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). O material analisou a performance das operadoras e revelou a evolução, desafios e anseios do setor.

A pesquisa estimou um universo de 1,3 mil empresas, de pequeno, médio e grande portes. Deste, 127 operadores, entre eles, os associados à ABOL, colaboraram diretamente com o material. Juntos, eles representam 40% do faturamento do setor.

ARRECADAÇÃO, TRABALHO E INVESTIMENTOS
Segundo o estudo, no período, os operadores logísticos arrecadaram R$ 43 bilhões em tributos. Quando comparado ao total de impostos recolhidos no Brasil, os OLs foram responsáveis por 0,5%, 1,1% e 0,7% do máximo arrecadado pelas esferas municipais, estaduais e federais, respectivamente.

Além disso, os operadores logísticos foram responsáveis por cerca de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos no ano passado. A maioria das vagas foi no regime CLT.

“Os dados apurados reforçam a relevância dos operadores logísticos não apenas para a evolução contínua da modalidade de serviços no Brasil, mas também para o desenvolvimento da economia nacional. Essa representatividade se evidencia diante dos investimentos feitos em 2023, que chegaram a R$ 20 bilhões”, destacou a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha.

Em 2023, 68% dos OLs avançaram nos investimentos em comparação ao volume injetado em 2022. Em 2021, o percentual foi de 59% em relação ao exercício anterior. O foco dos operadores logísticos foi nos softwares (83%).

De acordo com os dados levantados, as obras de infraestrutura receberam capital de 78% dos operadores respondentes e aparecem em segundo lugar no ranking de aportes. Logo depois vem a aquisição de novas máquinas ou equipamentos, por 69%.

O relatório apontou que em meio aos novos projetos, os OLs sentiram o impacto do incremento no preço do combustível em 2023, também constatado na edição anterior. Outras despesas com acréscimos relevantes foram: mão de obra, equipamentos e transporte rodoviário, todos com aumento considerado médio ou alto por mais de 60% dos operadores. No geral, 75% não repassaram a elevação dos custos para o valor do serviço.

“Não é de hoje que os OLs driblam a alta do combustível, que sempre representa uma parcela significativa dos seus custos operacionais, e vêm buscando alternativas para evitar grandes prejuízos. Quando se trata de investimentos, a constante evolução tecnológica tem impacto direto, uma vez que os operadores precisam acompanhar as tendências, aumentando a produtividade e mantendo a competitividade”, ressaltou Marcella.

ABRANGÊNCIA SETORIAL E DE ATIVIDADES
Segundo o estudo, do total de OLs, 47% operam nas cinco regiões brasileiras ao mesmo tempo e 40% possuem participação internacional, revelando um incremento ao longo dos últimos anos na atuação regional das empresas. Em 2022, 37% estavam presentes em todas as regiões brasileiras.

Desde a edição 2020 da pesquisa, as altas foram de 25% para 51% no Norte, de 43% para 69% no Nordeste, de 37% para 70% no Centro Oeste, de 63% para 76% no Sul e de 92% para 94% no Sudeste.

Os dados apontaram que as empresas de maior porte são as de superior abrangência geográfica: 81% delas estão presentes em todas as regiões. Por outro lado, os OLs de menor porte são aqueles com atuação mais regional, com boa parte se posicionando como especialistas em mercados locais. Em média, cada um opera 19 instalações, como galpões, CDs, transit points e cross docking. No entanto, 64% dos participantes da pesquisa garantiram que estão incrementando esse número.

Levantamento mostrou que o transporte rodoviário fechado é o serviço mais comum, presente em 92% das operações. Logo em seguida, o transporte rodoviário fracionado representa 63% das atividades, destacando-se como uma opção essencial para entregas de menor volume.

Além disso, a distribuição urbana, que atende especialmente à crescente demanda por entregas rápidas nos centros urbanos, está presente em 27% dos serviços oferecidos. Já o transporte aéreo nacional, embora menos utilizado, abrange 21% das operações, atendendo a necessidades específicas de agilidade.

INDÚSTRIAS ATENDIDAS
Com o aumento da posição geográfica dos OLs, cresceu também os segmentos da economia atendidos. A pesquisa revelou que os operadores atuam em mais de 20 setores diferentes, posicionando-se em diversos elos da cadeia de suprimentos. Cada um possui, em média, clientes de nove indústrias distintas.

No topo da lista está o setor de bebidas, com 72%, alta de 14% em comparação a 2022. Em seguida, aparece automotivo e autopeças, com 70% e expansão de 13% nos últimos dois anos. Na terceira posição estão os cosméticos, com 66% e elevação de 2%.

INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA E AEROPORTUÁRIA
A edição 2024 do “‘Perfil dos Operadores Logísticos”’ trouxe, pela primeira vez, o posicionamento mais aprofundado das empresas em relação às infraestruturas portuária e aeroportuária do país. No caso dos portos, os operadores entendem que são necessárias melhorias estruturais, de forma que apenas 18% não apontam gargalos logísticos nas operações.

Os OLs também destacaram a existência de potenciais oportunidades de melhoria na infraestrutura aeroportuária para o transporte de cargas. O levantamento revela que 26% observam carência de disponibilidade para carga nos aeroportos brasileiros.

Ao analisarem as rotas aéreas domésticas, dos 46% que atuam nesse modal, somente 6% dos entrevistados caracterizam-nas como ótimas.

DESCARBONIZAÇÃO
Com as atenções voltadas à mitigação dos impactos das suas operações no meio ambiente, diante de um cenário no qual 13% das emissões de gases do efeito estufa são feitas pelo setor de transporte, o estudo apontou que 94% dos operadores logísticos possuem um departamento responsável por temas relacionados à sustentabilidade.

Os operadores logísticos com maior avanço nesta questão (39%) têm metas e objetivos claros e a área responsável tem um orçamento definido. Outros 23% também já têm um setor com indicadores, mas ainda sem definição orçamentária.

Quando se trata de descarbonização, o objetivo médio para redução de pegada de carbono é de 37% em até oito anos. Para as empresas que buscam diminuir em 100%, o prazo seria entre 20 e 26 anos. O cumprimento dos períodos estipulados está alinhado a iniciativas como a redução da idade média da frota (55%), otimização da malha logística (47%) e a roteirização (47%).

Entre as medidas já adotadas estão o uso de veículos elétricos e a utilização de energia renovável, com 41% e 53% das empresas apostando nessas soluções, respectivamente.

A busca de outras fontes de combustível também faz parte dos planos dos OLs dentro da premissa ESG. A eletricidade para veículos, conforme apontado por 39% das empresas consultadas, teve a preferência. Outras fontes em uso são o etanol (33%) e o GNV (26%). Ambos possuem baixos níveis de emissão de carbono e maior quantidade de pontos de abastecimento espalhados pelo país.

Há ainda o biogás, diesel verde, gás natural liquefeito e hidrogênio verde, usados por menos de 10% dos operadores, porém com grande potencial para se desenvolverem no médio e longo prazo. A maioria dos operadores logísticos (63%) afirmou que absorve totalmente os custos para redução das emissões, sem qualquer tipo de repasse para o preço final de seus serviços.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/operadores-logisticos-registram-receita-bruta-de-192-bilhoes

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Setor de logística contratou mais de 20 mil pessoas em 2023

A tendência é de que novas vagas sejam abertas nos próximos meses.

Os 32 maiores Operadores Logísticos (OLs) do país, filiados à Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL), contrataram, aproximadamente, 20 mil novos colaboradores em 2023. De acordo com levantamento anual realizado pela entidade, o perfil de contratações mudou desde o ano passado para 87,5% das empresas entrevistadas, sendo agora menos focado em vagas temporárias.

Além disso, no que depender das companhias que oferecem os serviços de transporte, movimentação e armazenagem, 2024 será um ano com muitas oportunidades para quem busca ingressar nesse mercado, já que 85,7% dos consultados disseram que pretendem abrir novas vagas neste ano.

Os números de 2023 acompanham o incremento verificado no setor de transportes, de janeiro a novembro de 2023, quando foi gerado um total de 106.683 empregos, conforme o Boletim de Conjuntura Econômica da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, também registraram 70,5 mil vagas abertas no Transporte Rodoviário de Cargas em 2023. Além disso, no total de empregos gerados, o setor de serviços, que inclui transporte, armazenagem e correios, obteve um saldo positivo de 886.256 mil, ou seja, 60% dos empregos formais do período.

Fonte : https://veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/setor-de-logistica-contratou-mais-de-20-mil-pessoas-em-2023/

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As vantagens da logística colaborativa, que ganha cada vez mais força globalmente

O presente e o futuro passam pela crescente integração entre os mais variados atores da cadeia de suprimentos, com maior previsibilidade e agilidade em todas as etapas.

Compartilhar recursos, informações, além de atribuições e responsabilidades. Basicamente, é esse o conceito da logística colaborativa, em que todas as partes envolvidas nos fluxos logísticos trabalham para reduzir tempo, custo e impacto ambiental.

Dados da edição mais recente do Third-Party Logistics Study, desenvolvido pela NTT Data Services, Penske Logistics e pelo professor e pesquisador da cadeia de suprimentos Dr. C. John Langley, mostram que cresceu de 75% para 85% a percepção dos operadores logísticos sobre a colaboração dos remetentes (empresas que fornecem bens e serviços) com outras empresas e até competidores em busca de maior eficiência.

A troca constante de impressões, aprendizados, dados e experiências é benéfica tanto para os operadores quanto para as empresas que terceirizam seus processos logísticos. De acordo com John Langley, há uma tendência entre os remetentes de priorizar cada vez mais o SRM (supplier relationship management, ou gestão de relacionamento com fornecedores), que inclui não apenas informações operacionais diárias, mas também previsões sobre demandas futuras úteis para o planejamento do operador logístico.

Segundo o Third-Party Logistics Study, a armazenagem foi um dos serviços com maior crescimento da terceirização no ano passado, em comparação com 2022: 65% dos remetentes afirmaram terceirizar seus armazéns, contra 43% no estudo anterior. Pensando no cenário brasileiro, ganha força o compartilhamento de espaços de armazenagem e consolidação de cargas.

Armazéns multiclientes, por exemplo, possibilitam que grandes empresas ampliem temporariamente sua capacidade de estoque e transporte (em períodos como Black Friday e Natal), e que pequenas e médias empresas otimizem sua operação por meio de toda a expertise e know-how dos operadores logísticos.

O uso da tecnologia na logística, indispensável para o aumento da competitividade, também pode ser impulsionado pela colaboração: 83% dos remetentes consideram importante colaborar com os parceiros para a adoção de tecnologias emergentes, mostra o Third-Party Logistics Study. O intercâmbio de informações sobre determinada solução é capaz de tornar sua aplicação mais assertiva, reduzindo seu tempo de introdução ao dia a dia da operação e potencializando a eficiência dos processos impactados pela tecnologia.

Apesar de já ser amplamente aplicada em todo o mundo, a logística colaborativa pode crescer ainda mais. De acordo com o Third-Party Logistics Study, 84% dos remetentes e 97% dos operadores logísticos acreditam haver necessidade de mais acordos estratégicos e de longo prazo entre si.

É notório que parcerias longas, nas quais exista canal aberto e permanente para otimização de todos os fluxos da cadeia, tendem a gerar ganhos mais significativos e sustentáveis, pois a curva de aprendizagem na logística normalmente requer mais tempo que em outros setores.

Trabalhar com margens de lucro apertadas é a realidade para diversos segmentos da economia. A logística colaborativa pode proporcionar não somente o compartilhamento de despesas, mas principalmente a detecção mais precisa e rápida de gargalos — e sua correção —, além da identificação de oportunidades para aprimorar a operação.

O presente e o futuro passam pela crescente integração entre os mais variados atores da cadeia de suprimentos, com maior previsibilidade e agilidade em todas as etapas que a compõem.

Fonte: “As vantagens da logística colaborativa (mundologistica.com.br)

PL que regulamenta atividade dos operadores logísticos é aprovado na CDE

De acordo com a Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL), o Projeto de Lei 3757/2020 busca oferecer um ambiente de negócios mais ágil e menos burocrático.

Foi aprovado no último dia 13,  na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 3757/2020, que regulamenta as atividades dos operadores logísticos e atualiza a legislação dos armazéns, a mesma desde 1903. O PL ainda deve passar por mais duas comissões antes de chegar ao Senado Federal.

Com autoria do deputado Hugo Leal (PSDB/RJ), o PL teve parecer favorável apresentado pelo deputado Carlos Chiodini (MDB/SC), relator do projeto, que destacou a relevância dos operadores logísticos e a segurança jurídica que o setor necessita para se desenvolver no país.

De acordo com a Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL), o PL busca oferecer um ambiente de negócios mais ágil e menos burocrático. A entidade reforçou necessidade de uma legislação própria para o setor diante do desconhecimento generalizado sobre a função dos operadores logísticos, da falta de regramento jurídico claro, do excesso de burocracia e ingerências entre os diversos órgãos intervenientes e da legislação tributária, fiscal e trabalhista.

“Cada passo representa uma grande vitória para o setor. Com o apoio dos parlamentares e o engajamento das empresas, alcançaremos o nosso objetivo, dando fim a gargalos logísticos e garantindo o reconhecimento necessário para esse grupo responsável pelo crescimento sustentável do e-commerce, abastecimento dos supermercados, escoamento do agronegócio e muito mais. Eles são parte fundamental do crescimento econômico brasileiro”, destacou a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha.

O Projeto de Lei 3757/2020 foi apresentado, inicialmente, em julho de 2020, na Câmara dos Deputados Federais. Em novembro do ano passado, foi aceito pela Comissão de Viação e Transportes (CVT) e agora aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE). As próximas etapas são a avaliação pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços (CICS) e Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Por fim, o PL segue para o Senado Federal.

https://mundologistica.com.br/noticias/pl-regulamenta-operadores-logisticos-aprovado-cde

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Créditos de carbono: Uma resposta para a demanda de preservação ambiental

Os créditos permitem a transferência de recursos financeiros de atividades poluentes para projetos que capturam carbono da atmosfera, ou evitam a emissão deles.

Assim como praticamente as demais indústrias, seguindo os preceitos do Acordo de Paris, a descarbonização do setor de transportes passa pela substituição tecnológica, o que representa um desafio enorme para todas as empresas deste setor.

No que tange o segmento rodoviário, apesar de avanços tecnológicos importantes e acelerados estarem acontecendo na cadeia de produção de caminhões, ainda não há sinais de um caminho concreto e escalável para a descarbonização das estradas.

Ganhos de eficiência operacional representam iniciativas importantes, porém limitadas. Isso significa que, por vários anos, operadores logísticos e transportadoras vão seguir relativamente travados para atuarem sobre o problema de maneira efetiva.

Por outro lado, clientes, investidores, bancos, dentre outros stakeholders, têm demandado cada vez mais ações positivas e relevantes no combate às mudanças climáticas. Créditos de carbono são, definitivamente, uma resposta para essa demanda.

Atores e acontecimentos diversos no mercado local e internacional têm trazido sombras de suspeição sobre a validade do crédito de carbono como instrumento de promoção de sustentabilidade. Há motivos legítimos para precauções, porém negar a importância dos créditos de carbono no combate às mudanças climáticas é algo totalmente contra produtivo.

Créditos de carbono permitem a transferência de recursos financeiros de atividades poluentes para projetos que capturam carbono da atmosfera, ou evitam a emissão deles. De maneira bastante simplificada, estamos falando de prevenção ao desmatamento e restauração de áreas degradadas. Cada iniciativa confiável nessas áreas gera benefícios reais.

Há projetos de créditos de carbono questionáveis do ponto de vista de credibilidade? Sim. Esse problema é, fundamentalmente, inerente a um complexo processo de homologação de projetos ainda em fase de amadurecimento. A boa notícia é que há muita gente séria, em todo o mundo, trabalhando para mudar esse enredo.

O problema é muito crítico para empresas descartarem a utilização de créditos de carbono como instrumento de combate às mudanças climáticas, especialmente aquelas que discursam em favor da proteção das florestas, incluindo aqui a Amazônia.

O modelo de desenvolvimento econômico vigente não convive com a preservação da Amazônia sem a existência de créditos de carbono. Precisamos todos ser realistas, coerentes e responsáveis a esse respeito.

Outro ponto frequentemente postulado por críticos sugere que créditos de carbono desestimulam iniciativas de descarbonização. Trata-se de uma hipótese aceitável, mas nada além de uma hipótese. Um estudo recente publicado pela Ecosystem Marketplace indica que empresas que lançam mão de créditos de carbono para compensar voluntariamente suas emissões são mais ativas no processo descarbonização do que empresas que não utilizam tais instrumentos sem suas iniciativas de sustentabilidade.

Ainda que iniciativas voluntárias sejam nobres e importantes, é ingênuo acreditarmos que o problema das mudanças climáticas vai ser resolvido por meio delas. O relatório AR6 Synthesis Report – Climate Change 2023 publicado pelo IPCC traz evidências claras de que isso não vai acontecer.

Sendo assim, com ou sem o uso de créditos de carbono, a solução do problema passa por regulações locais estabelecidas pelos países, especialmente aqueles signatários do Acordo de Paris. É com esse pano de fundo que o senado brasileiro aprovou recentemente o Projeto de Lei 412/2022 que regulamento o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões.

Essa regulação estabelece que empresas com emissões anuais superiores a 10 toneladas de dióxido de carbono equivalente terão de medir e reportar suas emissões para o órgão regulador, enquanto aquelas com emissões anuais superiores a 25 toneladas terão de reduzir suas emissões de acordo com planos setoriais a serem definidos.

O setor de transportes vai ser diretamente impactado por essa regulação e uma estimativa realizada pela startup Verda indica que operadores logísticos e transportadoras com frota superior a 150 caminhões serão impactados. Nesse contexto, o crédito de carbono ganha um papel adicional e passa a ser um instrumento de informação, conhecimento e engajamento.

O setor de transportes no Brasil é uma das pontas frágeis da cadeia de suprimentos. A enorme fragmentação do setor reduz dramaticamente o poder de negociação dos operadores logísticos e transportadoras, o que faz com essas empresas operem sob pressão constante de seus clientes por qualidade, prazo e preço.

O fato de a transição tecnológica representar um gerador de custo incremental combinado a esse ambiente empresarial hostil faz com que o setor de transportes não tenha condições mínimas de se conectar, de maneira relevante, ao contexto da sustentabilidade.

Tenho percebido, em toda conversa com operadores logísticos, que o crédito de carbono muda bastante esse jogo em função da combinação de 3 fatores:

Curiosidade: o tema crédito de carbono é percebido como “atraente” pelo setor de transportes, talvez ainda por um pouco de desconhecimento combinado com o significado da palavra “crédito”, e isso faz com que gestores e executivos se mostrem abertos a conversar sobre ele
Flexibilidade operacional: operadores logísticos têm flexibilidade para compensar parcialmente suas emissões de carbono, o que possibilita uma gestão controlada do custo atrelado a esse processo;
Flexibilidade financeira: operadores logísticos e seus clientes conseguem definir conjuntamente como tratar, de maneira coordenada, o custo relacionado a compensações de emissões por meio de créditos de carbono.
Ao entenderem esse contexto, noto claramente nos operadores logísticos conectados à Verda uma mudança de postura drástica onde a ansiedade é substituída por perspectiva. É como se uma porta se abrisse com a possibilidade de os operadores logísticos fazerem a coisa certa dentro de um contexto de respeito às suas limitações, especialmente econômicas.

Ainda que as formas de expressão sejam muito diferentes, ainda não encontrei um gestor ou executivo do setor de transportes que não se sensibilize com a ideia de fazer a “coisa certa” do ponto de vista ambiental. Por outro lado, temos de aceitar e respeitar que há outras forças importantes que fazem com que a “coisa certa” não possa ser uma prioridade nesse momento.

Também precisamos entender e aceitar que, na maioria das vezes, tais forças são impostas pelos clientes desses operadores logísticos. Isso significa que, em termos práticos, a indústria e o varejo precisam entender e apoiar esse enredo. De nada vai valer os esforços do setor de transportes na compensação das suas pegadas se as empresas contratantes dos serviços não apoiarem esse movimento.

A emissão de carbono pelo setor de transportes resulta, fundamentalmente, de serviços prestados para atender demandas desses segmentos da economia. Não há como desvincular esses segmentos da solução, e para que as coisas caminhem de maneira ordenada, faz-se necessário a coordenação de estratégias e execuções de compensações.

Trata-se de um problema clássico e complexo, porém já resolvido pela Verda por meio da orquestração do que chamamos de “dinâmica do carbono”, conceito que representa a gestão integrada das pegadas e compensações ao longo das cadeias de suprimentos das empresas.

Isso permite que a indústria e o varejo tenham controle pleno da maneira como as suas pegadas geradas por fornecedores de transportes sejam calculadas e compensadas, evitando, inclusive, a dupla contagem. Mais do que isso, permite que a indústria e o varejo cooperem com seus operadores logísticos para que os planos de descarbonização de todos os agentes se conectem e se complementem.

A partir desse contexto, as possibilidades trazidas pelo crédito de carbono, seja do ponto de vista de instrumento, seja do ponto de vista de aprendizagem são poderosas e promissoras. Informação, conhecimento e coordenação vão ser fundamentais para darmos escala a esse processo.

O Programa Rota 2050 desenvolvido pela Verda busca contribuir com esse processo promovendo o fortalecimento dos operadores logísticos, de maneira integrada com seus clientes, para juntos enfrentarem os desafios relacionados ao Acordo de Paris. Vemos esse programa como uma iniciativa estruturante no setor de transportes brasileiro, fazendo com que o Acordo de Paris seja seu maior beneficiário.

Deixo explícita a minha convicção de que o crédito de carbono é um instrumento poderoso e fundamental para a jornada do setor de transportes no combate às mudanças climáticas.

* Rafael Fanchini é Founder & CEO da Verda
‘https://mundologistica.com.br/artigos/creditos-de-carbono-resposta-para-demanda-de-preservacao

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ESG e transporte de cargas: o setor logístico na rota da sustentabilidade

Não é de hoje que se sabe que o Brasil é um dos líderes mundiais em emissão de gases poluentes. De acordo com uma pesquisa do site britânico Carbon Brief, especializado na cobertura de temas ligados à ciência do clima e a políticas climáticas e energéticas, o país aparece em quarto lugar no ranking global de emissões de gás carbônico, respondendo por 5% do total de emissões de CO2 na atmosfera, entre os anos de 1850 e 2021.

Mais recentemente, um relatório divulgado pelo Observatório do Clima, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e outras entidades parceiras mostrou que as emissões de gases de efeito estufa cresceram 40% no Brasil desde 2010, mesmo ano em que o país decidiu aderir a uma iniciativa de combate a essa prática, por meio da regulamentação da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

Segundo esse mesmo levantamento, entre os anos de 2010 e 2021, praticamente todos os setores da economia brasileira aumentaram suas emissões de CO2, com uma alta bruta de 31% em resíduos (em especial, lixo e esgoto), 13% em processos industriais e uso de produtos, 17% em energia e 12% na agropecuária.

Tendo em mente esses dados alarmantes, bem como o fato de os impactos da ação humana sobre o meio ambiente se tornarem cada vez mais notórios, fica clara a necessidade de incorporar práticas mais sustentáveis também na cadeia de suprimentos. E isso de forma equilibrada, a fim de que a eficiência e a responsabilidade ambiental estejam alinhadas aos interesses econômicos e operacionais de cada corporação.

Nesse sentido, é bem verdade que, nos últimos anos, o setor logístico brasileiro tem avançado na adoção de soluções e iniciativas sustentáveis, conforme aponta a última edição da pesquisa “Perfil dos Operadores Logísticos”, publicada em 2022 e desenvolvida por meio de uma parceria entre o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS) e a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL).

De acordo com o relatório produzido pelas duas instituições, 72% das companhias ouvidas já praticam ações de redução, reuso e reciclagem de resíduos, e 66% adotam práticas voltadas para a redução da emissão de gases poluentes. Além disso, ainda segundo o levantamento, 82% dos operadores logísticos consultados já possuem uma área interna dedicada aos pilares ambiental, social e de governança, reunidos sob a sigla em inglês ESG.

No entanto, a despeito dessa evolução que vem sendo observada junto ao setor no Brasil, ainda há um longo caminho a ser percorrido quando o assunto é sustentabilidade. Afinal, por outro lado, a mesma pesquisa realizada pelo ILOS e pela ABOL também identificou que, entre as empresas de logística respondentes, apenas 19% possuem metas e objetivos bem definidos com relação à pauta ESG, e só 37% praticam ações de compensação da emissão de carbono.

Logo, é preciso que cada vez mais operadores logísticos passem a investir não só no atendimento às expectativas e exigências do mercado a respeito dos riscos ambientais, mas também no planejamento estratégico de ações com implicação social e que garantam a sustentabilidade econômico-financeira da empresa. Para além de simplesmente cumprir com as normas regulatórias vigentes, é preciso que as organizações estejam dispostas a abraçar uma verdadeira transformação no modelo de negócio, adotando novas posturas, capazes tanto de aumentar a integridade administrativa quanto de melhorar os expedientes e de otimizar o processo de tomada de decisão.

Os resultados alcançados por uma operação logística genuinamente comprometida com a agenda sustentável vão para muito além do retorno financeiro ou da garantia de entregas mais ágeis e menos danosas ao ecossistema. Em um setor ainda tão necessitado de referências em boas práticas ESG, a empresa que não apenas faz a sua parte, mas toma para si o compromisso de acelerar o processo de transformação cultural de todo um segmento de mercado passa a servir de exemplo, estimulando fornecedores, colaboradores e até mesmo clientes a repensar práticas e atitudes cotidianas, em prol de um planeta e de uma sociedade mais saudáveis e equilibrados.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/esg-e-transporte-de-cargas-setor-logistico

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Operadores logísticos tentam reduzir prazo de entrega

Aumento das vendas on-line está alinhada à oferta de serviços mais eficientes.

De acordo com a edição de setembro da pesquisa Global Consumer Insights Pulse Survey, da PwC, 69% dos brasileiros devem aumentar suas compras on-line nos próximos seis meses, ante 50% da pesquisa anterior, realizada em fevereiro. A tendência está alinhada com a decisão de comprar mais de varejistas que oferecem serviços de entrega eficientes (57% dos respondentes, contra 48% há seis meses) e usar mais opções de compra on-line com retirada em loja (46%, mesmo índice de fevereiro).
“Isso mostra como a questão de last mile pode ser otimizada”, diz a sócia da PwC Brasil, Luciana Medeiros. Em fevereiro, uma das principais reclamações no Brasil em compras on-line era o processo de envio, com 43% dos entrevistados apontando prazo de entrega mais longo do que esperavam e 49% dizendo que pagariam mais por produtos fabricados localmente para ter entrega mais rápida.

Para atender o cliente com mais rapidez e menos custo (e obter vantagens tributárias), varejistas pulverizaram centros de distribuição pelo país e investiram em serviços de entrega e em alternativas como minicentros logísticos (dark stores), a exemplo de uso de lojas físicas, armários para entregas em locais de alto fluxo de clientes e micro lojas de conveniência para condomínios, diz Jean Melle, também sócio da PwC Brasil. No GPA, que fez parcerias com plataformas e aprimorou entrega própria rápida das marcas Pão de Açúcar e Extra, cerca de 700 lojas funcionam como pequenos CDs, principalmente de produtos perecíveis – segundo a PwC, 36% dos brasileiros pretendem ampliar compras on-line de alimentos. “Já realizamos entregas em até 30 minutos e 70% das compras on-line das nossas plataformas são entregues no mesmo dia”, afirma o diretor executivo de digital do GPA, Marcelo Rizzi.
Last milers fizeram caminho oposto. O Tubo, lançado em 2021 pela Rappi para entregar compras de supermercado em 10 minutos, em um ano tinha cerca de 130 dark stores com 1,5 mil itens disponíveis. A Daki, que nasceu há dois anos para entregar produtos de supermercado em até 15 minutos apoiado por dark stores, já captou perto de US$ 450 milhões. A empresa atua em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Carrefour e Grupo Mateus apostam em condomínios. O Express, do primeiro, atende compras por aplicativo com retirada em lojas autônomas e monitoradas por câmeras. O Grupo Mateus, por sua vez, criou em 2021 a Armazzem, que hoje tem cem unidades entre franquias e autoatendimento no Maranhão e no Pará. A Enxuto, no interior paulista, monta lojas em contêineres e testou até robô para levar compras até o consumidor.

Aquisições e especialização também estão na pauta. A Rappi comprou este ano a startup Box Delivery, para turbinar a entrega super-rápida de refeições. Em 2022, a Amazon adquiriu 9,68% da Total Express para reforçar a estratégia de última milha. A operadora Luft, especializada em e-commerce, farmácias e agro, fechou joint venture com a Selia para gerenciar operações desde a criação de sites até a entrega ao consumidor (fullcommerce).

O CIO da Luft, Gustavo Saraiva, destaca tendências como o crescimento da demanda por entregas no mesmo dia ou no dia seguinte, CDs mais próximos de clientes e tecnologia para otimização de rotas, monitoramento e comunicação em tempo real. A TempLog se especializou em cargas frias e produtos especiais farmacêuticos, com 25% das mais de 100 mil entregas ao ano chegando ao consumidor em até quatro horas.

“A especialização é um movimento recente”, diz Jhou Rodrigues, co-fundador da Associação Brasileira de Logtechs (ABLogtech) e CEO da Beelog, focada em last mile. Estudo com a Liga Ventures mostrou que, de 239 logtechs, 12,9% são voltadas a gestão de entregas, 11% a última milha, 10% a logística reversa, 4,8% a armários inteligentes e 1,2% a dark stores.
Dentre os desafios do setor para otimizar a última milha estão restrições ao trânsito de grandes cidades até alto custo de tecnologias como uso de dados e inteligência artificial, pontos avançados de coletas e entregas (Pudo, em inglês) -como lojas, armários e quiosques -, visibilidade em tempo real e posicionamento de estoque. “O uso intensivo de tecnologias aumenta a eficiência dos veículos e segurança dos processos”, afirma Amaury Vitor, OPS ground director da DHL Express.

Outro desafio é o custo. Há pouco compartilhamento de cargas em um mesmo caminhão, segundo Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol). Só 35% das cargas são compartilhadas, e destas, apenas 8% têm como destinatário final pessoas físicas, o que encarece a operação.

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Blockchain pode ajudar no crescimento do setor logístico brasileiro, aponta estudo

Pesquisa afirma que setor tem potencial de crescimento de R$ 53 bilhões até 2027, mas depende de incentivos como novas tecnologias.

Um estudo divulgado pela empresa de consultoria TechNavio aponta que o setor de logística do Brasil tem um potencial de crescimento de 9,51% nos próximos quatro anos. Com isso, esse segmento teria um ganho de mercado de US$ 11 bilhões até 2027 (R$ 53 bilhões, na cotação atual). E a tecnologia blockchain pode ajudar nessa expansão.

Na visão da consultoria, o crescimento do segmento de logística depende de “vários fatores”: “o crescente setor de comércio eletrônico no Brasil, os serviços 3PL [Operadores Logísticos Terceirizados] impulsionando a economia de custos e o aumento da escalabilidade, bem como a flexibilidade, e a melhoria do setor manufatureiro no Brasil”.

Nesse sentido, a adoção da tecnologia blockchain pelas empresas desse mercado foi apontada como uma das principais tendências que podem ajudar no crescimento do setor nos próximos quatro anos. A TechNavio explicou que a tecnologia funciona como uma “plataforma digital que oferecer registros distribuídos de transações”.

“Vários sistemas de computador controlados pelas partes interessadas na respectiva rede blockchain facilitam o armazenamento de cópias idênticas do livro-razão. Blockchain é um sistema tecnológico emergente que utiliza um conjunto de registros protegidos criptograficamente e detalhes de cada transação entre todas as partes interessadas em sua rede”, define o estudo.

Desafios de logística

A consultoria explica que a adoção dessa tecnologia “elimina a necessidade de uma autoridade central manter registos”. No caso do setor de logística, isso significa que a tecnologia “ajuda no desenvolvimento de um processo de cadeia de abastecimento eficaz e rentável”.

“Para aumentar a eficiência e a segurança dos dados na cadeia de abastecimento, os fornecedores de logística terceirizados começaram a utilizar criptomoedas nas suas soluções de cadeia de abastecimento. A introdução da tecnologia blockchain no setor de logística impactará positivamente o crescimento do mercado brasileiro de logística terceirizada (3PL) durante o período de previsão”, projeta a pesquisa.

Por outro lado, o estudo da TechNavio também apontou alguns desafios que o setor de logística precisará enfrentar para garantir um crescimento. O principal é o que a empresa chama de “infraestrutura de transporte inadequada” no Brasil, criticando a hegemonia do uso de rodovias para transporte.

Na visão da consultoria, a rede rodoviária brasileira é marcada por congestionamentos e manutenção inadequada, o que resulta em atrasos e tempo de tráfego maior. “As más condições das estradas podem ter um impacto negativo na eficiência global dos custos dos transportes, conduzindo a custos de manutenção dos veículos mais elevados”, ressalta.

 

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Marketplaces e empresas de logística já conseguem se credenciar no novo programa de remessas

Companhias que enviaram a solicitação antecipadamente agora aguardam aval da Receita para que possam ser habilitadas e consigam o selo de conformidade do programa.

As plataformas de comércio eletrônico e as transportadoras já estão conseguindo solicitar a sua habilitação ao Programa Remessa Conforme, da Receita Federal, que muda as regras de envios internacionais de mercadorias ao país. As novas regras devem afetar o processo de importação de produtos pelo consumidor brasileiro junto a marketplaces, como Shein, Shopee e AliExpress.

O Valor apurou que as empresas que enviaram as informações hoje conseguiram complementar o processo e agora aguardam avaliação da Receita para que possam ser habilitadas e consigam o selo de conformidade do programa.

A Sinerlog, empresa de tecnologia para o comércio internacional, obteve o protocolo de requerimento nesta tarde, e foi uma das primeiras companhias locais a solicitar a certificação.

A portaria que disciplina as regras de adesão, publicada na semana passada, definia o prazo para a habilitação após 1º de agosto, mas como o Remessa Conforme será implementado a partir de agosto também, a ideia inicial do Fisco era liberar os pedidos de entrada no Remessa Conforme antes do fim de julho, até para dar tempo de análise, mas não foi possível abrir a certificação antes.

Portanto, como ainda há a análise dos pedidos enviados, as regras do “Remessa” só devem ser totalmente implementadas no país dentro de algumas semanas ou até meses, dizem diferentes fontes ouvidas (a depender da qualidade dos dados enviados), apesar de a data oficial dada pelo governo e Receita ser 1º de agosto.

“Investimos muito em tecnologia para dar visibilidade de nossos processo aos órgãos aduaneiros e para estarmos prontos para prestar todas as declarações pedidas pelo programa. Agora, vamos aguardar a análise, mas acreditamos que o país está indo para um caminho de maior transparência de dados, e por esse lado o “Remessa Conforme” é uma evolução”, disse Fábio Baracat, presidente da Sinerlog, que pediu certificação ao programa como operadora logística e ainda poderá credenciar plataformas para o novo sistema.

‘ https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/07/31/marketplaces-e-empresas-de-logistica-ja-conseguem-se-credenciar-no-novo-programa-de-remessas.ghtml

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Desenvolvida pela ID Logistics Brasil, etiqueta SSCC reduz lead time dos centros de distribuição

Segundo a companhia, a solução proporcionou agilidade ao recebimento das mercadorias, além de minimizar erros no gerenciamento de pedidos, transporte e entrega ao cliente final.

A ID Logistics Brasil desenvolveu a etiqueta SSCC (Serial Shipping Container Code), solução com a leitura e a transferência das informações, contidas na etiqueta de forma automatizada. De acordo com a operadora logística, a implantação da nova solução resultou na redução de 30% do lead time dos sites.

Segundo a empresa, a aplicação permitiu que o processo do recebimento das mercadorias se tornasse mais rápido e efetivo do que antes, além de essencial para minimizar erros no gerenciamento de pedidos, transporte e entrega ao cliente final. A solução está sendo aplicada nas operações da Nívea em Jundiaí (SP) e Extrema (MG), além de outras do segmento de FMCG localizadas na cidade mineira.

As informações contidas na etiqueta são provenientes da cadeia de suprimentos dos clientes ID Logistics Brasil para efeito de identificação de cada unidade de carga, que entra ou sai de seus armazéns, conseguindo uma rastreabilidade completa.

A empresa explicou que essas informações são abastecidas no sistema WMS, por meio do bip do operador de empilhadeira, deixando de ser necessária a execução de uma conferência física após a descarga. Com a implantação, foram eliminadas várias etapas da verificação como checar visualmente o item que está no palete, o número do lote, o estado do palete, entre outros.

“A performance alcançada com o recebimento pela etiqueta SSCC permitiu eliminar a conferência nos três turnos, já que o envio dos produtos para o centro de distribuição ocorre 24 horas por dia, além de ampliar a capacidade de recebimento. Isso melhorou o giro do estoque e reduziu 30% o leadtime de entrada”, explicou Bruno Giácomo, gerente de Reengenharia da ID Logistics Brasil.

De acordo com Hermes Silva, gerente Nacional de Logística da BDF Nivea, o projeto da etiqueta SSCC foi muito importante para ganhar agilidade e produtividade no recebimento dentro das operações. “Deixo meu agradecimento ao time de melhoria contínua e TI para a implementação dessa nova tecnologia, aprimorando continuamente nossa parceria de sucesso”, afirmou.

https://mundologistica.com.br/noticias/etiqueta-sscc-da-id-logistics-reduz-lead-de-cds

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