Sinerlog investe R$ 50 milhões para criar o Sinerlog Envios

Segundo a empresa, a plataforma de cotação de fretes funciona a partir da integração de lojas virtuais aos Correios e transportadoras privadas; companhia projeta aumentar cinco vezes o faturamento e atingir receita de R$ 106 milhões.

A Sinerlog, empresa de tecnologia para comércio internacional, anunciou o lançamento da nova solução de entregas: o Sinerlog Envios. Segundo a companhia, em 2022, a empresa focou na mudança de mindset apostando em tecnologia e investiu R$ 50 milhões na criação da plataforma de cross-border. Para 2023, a projeção é aumentar cinco vezes o faturamento, atingindo a receita de R$ 106 milhões.

A plataforma de cotação e geração de fretes funciona a partir da integração de lojas virtuais aos Correios e transportadoras privadas. De acordo com a Sinerlog, o serviço oferece valores mais competitivos ao lojista, que não precisa negociar contratos individuais com as empresas de transporte.

A empresa explica que a tecnologia oferece uma calculadora de fretes, que permite mensurar o valor e o prazo da entrega ao realizar a compra. Desta forma, o consumidor tem liberdade para escolher a alternativa de sua preferência e evitar surpresas desagradáveis ao finalizar o processo, reduzindo a taxa de abandono de carrinho.

“Independentemente se a venda é feita no Instagram, no WhatsApp, em marketplaces, na loja virtual própria ou em todos esses canais, o Sinerlog Envios integra a tecnologia a favor dessa logística”, explicou o CEO da Sinerlog, Fábio Baracat.

“O objetivo é facilitar o frete para vendedores on-line e e-commerces de todos os portes, nichos e alcances. A solução funciona, inclusive, para Microempreendedor Individual ou Simples Nacional”, ressaltou.

Segundo o executivo, o Sinerlog Envios prevê também o rastreamento das encomendas, com acompanhamento de cada etapa do transporte, desde o momento da postagem até a confirmação de entrega; o compartilhamento das atualizações e do código de rastreio com o consumidor; o serviço de coleta no cliente e a disponibilização de um time especializado de customer care para apoio durante o processo.

https://mundologistica.com.br/noticias/sinerlog-investe-r$-50-mi-no-sinerlog-envios

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Operadores Logísticos ampliam negócios e contribuem para o crescimento do Centro-Oeste, diz ABOL

Segundo a associação, presença dos OLs saltou de 37% em 2020 para 62% no início de 2022; Bravo, Brado, Solistica e Supporte são algumas das companhias com planos e investimentos na região.

O processo de expansão da região Centro-Oeste do Brasil tem levado os Operadores Logísticos (OLs) a apostarem em projetos que prometem alavancar, ainda mais, estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, atualmente já formados pelos municípios mais ricos, segundo Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL).

Empresas como Bravo, Brado, Solistica e Supporte são algumas das filiadas à ABOL cujos planos e investimentos incluem a região, que promete ter o melhor desempenho econômico entre 2020 e 2023.

Nesse mesmo período, os OLs vêm apresentando uma maior presença e representatividade no Centro-Oeste. O setor passou de 37% para 62% entre 2020 e início de 2022, com novas instalações, como armazéns e centros de distribuição, transit points e escritórios administrativos, conforme revela pesquisa realizada pela ABOL, em parceria com o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOs).

De acordo com a associação, o cenário positivo é uma prova da sinergia entre a região e as atividades que mais cresceram durante a pandemia. Enquanto o PIB do Mato Grosso, por exemplo, subiu 10,3% em 2022, a Receita Bruta dos OLs representa 2% do PIB brasileiro.

A previsão do Banco do Brasil é de que o estado seja o líder em crescimento este ano, sendo o dinamismo oriundo de outros setores, como o de serviços, que reflete o bom desempenho do agronegócio. O estudo da ABOL revela que os Operadores Logísticos estão na quarta posição em faturamento entre os segmentos de serviço no país.

“Temos acompanhado o interesse das empresas em se instalarem ou expandirem serviços oferecidos na região Centro-Oeste e não é para menos, já que são estados cujo crescimento tem demandado investimentos expressivos para que possam se manter em destaque no mercado” comentou a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha.

De acordo com ela, uma vantagem é que os OLs atendem diferentes nichos, da indústria de base à de transformação, incluindo mercadorias de altíssimo valor agregado. “O setor agrícola (commodities), por exemplo, é atendido por 37% dos Operadores. Em média, um OL atende clientes de oito setores diferentes”, ressaltou.

No caso da Bravo, por exemplo, Goiás faz parte da trajetória de investimentos em busca do aumento da capacidade e expansão de novas unidades na região. Os centros de distribuição de Dourados (MS), Rio Verde (GO) e Querência (MT) foram inaugurados em 2022 e 2023 e possuem uma movimentação prevista de 80 mil tons/ano. O objetivo é melhor atender os clientes e prospectar novas oportunidades no setor, que movimenta mercadorias como defensivos agrícolas e agroquímicos.

Já a Brado deve inaugurar, no segundo semestre deste ano, um corredor intermodal — com base ferroviária — ligando Anápolis (GO) ao Porto de Santos. Serão exportados a partir do terminal goiano: proteína animal congelada (em contêiner Reefer), insumos da siderurgia e mineração, alimentos, açúcar, farelo de soja e grãos diversos em contêiner. Também será movimentado o algodão cultivado na Bahia, que representa 27% da produção brasileira.

Além disso, o corredor vai focar nas importações. A partir dos terminais de Santos e de Cubatão, serão captados insumos essenciais para o abastecimento do agronegócio e das indústrias de Goiás (como agroquímicos, peças de máquinas, equipamentos e plásticos).

“Um levantamento recente mostra que o volume de produtos industrializados exportados pelo Centro-Oeste teve alta de 1.100% em 15 anos, ajudando o PIB industrial da região a alcançar R$ 71,6 bilhões. Ou seja, isso mostra que os OLs vão contribuir ainda mais para que a região se mantenha em crescimento”, afirmou Marcella.

A Supporte opera no Porto Seco do Cerrado desde 2016, mas em 2021 mudou as instalações para uma estrutura nova para atender aos segmentos mais exigentes, como os regulados pelo MAPA e ANVISA. Os clientes da empresa contemplam insumos e matéria-prima, fertilizantes, irrigação e maquinário agrícola.

A Solistica conta com armazenagem em Aparecida de Goiânia dedicada à saúde humana e animal. A área conta com controle de temperatura e câmara fria, 12 docas e 40 colaboradores. Além disso, atende o segmento fármaco em armazém de 4500 m², 36 docas, 35 veículos para coleta/entrega e 130 colaboradores. A empresa dispõe também de unidades em Campo Grande (3,2 mil m², 33 colaboradores e 8 docas), Cuiabá (6,09 mil m², 29 colaboradores e 22 docas) e Brasília (7 mil m², 52 colaboradores e 14 docas)

“Goiás é o segundo maior polo farmacêutico do Brasil e da América Latina, respondendo por 25% da produção nacional de medicamentos, especialmente na cidade de Anápolis, onde estão instaladas as principais indústrias do setor no país, incluindo a automotiva, que também é intensivamente atendida pelos OLs”, disse a diretora da ABOL.

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Levo prevê faturamento de 200 mi em antecipação de recebíveis para entregadores

Atualmente com 40 mil entregadores cadastrados, startup também espera um crescimento de 50% da base.

Principal solução de gestão operacional e financeira para operadores logísticos e entregadores no Brasil, a Levo projeta ampliar o número de soluções oferecidas por meio do seu aplicativo. Para isso, a companhia pretende lançar ainda neste ano diversos serviços com o objetivo de padronizar, aprimorar e simplificar operações last mile. Com isso, a empresa passa a atuar para além da antecipação de recebíveis aos entregadores, que neste ano deve atingir a marca de R$ 200 milhões após a criação de um FIDC próprio, no qual já foi levantado R$ 10 milhões e permite à empresa realizar operações mais complexas e personalizadas.

Com foco no controle e eficiência operacional para o operador logístico, as novas soluções permitem centralizar e otimizar as rotinas operacionais por meio de um sistema ERP, simplificando e padronizando a interpretação de dados estratégicos numa mesma interface visual. Além disso, a startup idealizou funcionalidades que ajudam esses players a reforçarem o engajamento de frota, além de mitigar riscos jurídicos trabalhistas.

“Diferente de outras startups que só fazem antecipação de recebíveis, a Levo tem um ecossistema de soluções desenhadas para atender necessidades específicas e que sanam os diversos desafios e rotinas operacionais no dia-a-dia de operadores logísticosempresas de delivery e até mesmo de outros perfis de companhias que contratam e operam com entregadores autônomos/terceirizados. Em suma, queremos ajudar essas corporações a se profissionalizarem e se formalizarem neste mercado”, diz Rafael Tolini, CEO e cofundador da Levo.

Próximos passos

Atualmente presente em mais de 20 estados e 300 cidades do país com uma base de 40 mil entregadores, a startup estima que este número cresça ao menos 50% até o final do ano. Para isso, novas ferramentas como emissão de NF, um banco digital para reduzir custos e tempo gasto para operar pagamentos, além de uma rede conveniada que irá oferecer descontos, benefícios e promoções aos usuários já estão em andamento.

Todo esse trabalho para o desenvolvimento de novas vertentes de negócios também será refletido internamente na corporação. Atuando com uma equipe de 22 colaboradores, a Levo pretende aumentar esse número em 50% até o final de julho.

“Estamos buscando sobretudo programadores para o desenvolvimento das soluções, além de profissionais com experiência em áreas como customer success e de operações”, afirmaTolini.

https://exame.com/bussola/levo-preve-faturamento-de-200-mi-em-antecipacao-de-recebiveis-para-entregadores/

 

 

Setor logístico busca obter uma regulação própria

Falta de um regramento legal gera burocracia para o setor.

Pode parecer um contrassenso que um segmento atualmente livre de regras esteja em busca de legislação própria. Entretanto, a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) tem como uma das principais bandeiras a aprovação do Projeto de Lei 3757/20, que busca normatizar a atividade de forma ampla e nacional.

Segundo importantes representantes do ramo reunidos em evento promovido pela entidade no início de abril, a criação de um marco regulatório tem três principais funções: resolver problemas comuns à atividade, melhorar o ambiente de negócios e garantir segurança jurídica aos envolvidos.

De autoria do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), o PL propõe a criação da figura do Operador Logístico (OL) no Brasil – que hoje atua sem um regramento jurídico claro, possuindo diversas Classificações Nacionais de Atividade Econômica (CNAE) – e a atualização do Decreto de 1903 sobre o estabelecimento de Armazéns Gerais no País.

O texto tramita em caráter conclusivo, sendo examinado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Na análise do advogado especialista em políticas de regulação, Luís Felipe Valerim Pinheiro, a falta de um regramento legal gera burocracia e ineficiência aos processos logísticos: “O fato de a atividade não ter um CNAE, por exemplo, gera problemas de ordem trabalhista e sindical, dos órgãos intervenientes”.

Um segundo papel do PL, destaca Pinheiro, é aprimorar a eficiência, “pois nesse tipo de dispositivo incluem-se as lógicas para a melhora a locação de riscos sobre a atividade e as responsabilidade sobre prazos e perdas. “Quando um setor tem um marco regulatório e o seu ministério, ele tem a quem reportar. Hoje, o setor não tem esse capitaneador de política pública”, destaca.

Com integração de todos os atores que envolvem o transporte e infraestrutura portuária, a partir da recente criação do Ministério de Portos e Aeroportos, o governo federal sinaliza o interesse no tema. De acordo com o diretor de gestão e modernização da Portuária da Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários, Otto Burlier, a pasta debate neste momento um novo programa de investimentos, focado na sustentabilidade e na inovação.

“Vivemos em um ambiente de restrições orçamentárias, em um país que tem muitas necessidades, por isso trabalhamos muito para atrair também investimentos privados”, explica o dirigente. Segundo ele, o objetivo maior “é contribuir para aumentar a competitividade econômica brasileira, regulamentar a BR do Mar e melhorar a eficiência e a padronização”, completa Burlier.

“Fica difícil se imaginar que qualquer atividade hoje em dia prescinda de um operador logístico, seja alguém em um hospital precisando de medicamento, seja o agronegócio ou alguém precisando de uma peça da indústria mecânica”, sublinha o vice-presidente Jurídico da DHL, Eduardo Nogueira. Nesse sentido, a padronização das regras visa “regular para desburocratizar”.

O diretor executivo da Tecon Salvador e Centro Logístico, Wilson Sons, avalia que a regulação da operação logística se faz necessária por integrar diversos serviços. Para ele, a falta de regras próprias deixa o setor sujeito a um sem número de entendimentos dos órgãos reguladores que envolvem todas as áreas envolvidas “seja transporte, seja armazenagem, seja gestão de estoque, ou mesmo a grande gama de serviços acessórios advindos dessas três atividades”. “E cada órgão regulatório tem suas interpretações e entendimentos, apenas olhando para um pedaço e não para o todo”, ressalta.

O que propõe o projeto de lei
O PL 3757 foi apresentado em julho de 2020 na Câmara dos Deputados Federais e tem dois objetivos principais:

1  Criar a figura do Operador Logístico (OL) no Brasil
2  Atualizar o Decreto sobre o estabelecimento de Armazéns Gerais no país, de 1903.
Autor do projeto
Deputado Hugo Leal (PSD-RJ)
Justificativa
Atualmente, o setor atua sem um regramento jurídico claro, possuindo diversas Classificações Nacionais de Atividade Econômica (CNAE).
Descrição
Pelo texto aprovado, a operação logística compreenderá serviços como recebimento de produtos, carga, descarga, armazenagem, gerenciamento de estoque, fracionamento, etiquetagem, separação, processamento de pedidos e transporte em qualquer modal.
A atividade independerá de concessão, permissão, autorização, licença ou registro, exceto quando a mercadoria possuir leis específicas de transporte e armazenagem.

Direitos e deveres
O texto contém regras sobre os contratos de operação logística, responsabilidades e direitos do operador e das empresas de armazenagem. Entre elas estão:
 Os contratos de operação logística envolvendo atividades de transporte deverão conter, entre outras cláusulas, o prazo de entrega ou os critérios para a sua definição;
 O OL terá direito à indenização pelas despesas que houver comprovadamente efetuado com a conservação e transporte da mercadoria. Também tem direito de retenção das mercadorias para garantia do pagamento de frete e outros custos;
 O OL é responsável, perante seus contratantes, pelas ações ou omissões de seus empregados ou contratados;
 Fica excluída a responsabilidade do OL por avarias, deteriorações ou perecimento da mercadoria nos casos de inadequação da embalagem e vício oculto da mercadoria;
 Prescreve em 12 meses o direito à reparação pelos danos relativos aos contratos de operação logística, a partir do conhecimento do dano pela parte interessada; e
 Nas atividades de transporte e de armazenamento, a responsabilidade do OL não excederá o valor da mercadoria indicado na nota fiscal.

Títulos
O projeto prevê ainda a habilitação de empresas de OL para emissão de dois tipos de “títulos armazeneiros”. O primeiro é o conhecimento de depósito, que atesta que a mercadoria existe e está armazenada na empresa. O segundo é o warrant, que confere direito de penhor da mercadoria ao seu proprietário.
Os dois títulos poderão ser negociados por meio de endosso. Qualquer constrição judicial, como penhora ou arresto de bens, incidirá sobre os títulos, e não sobre as mercadorias. Estas só poderão sofrer restrição judicial em caso de falência do contratante ou de perda de título armazeneiro.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Conceito de OL pretendido a partir da aprovação do projeto (taxonomia)
“O Operador Logístico (OL) é a pessoa jurídica capacitada a prestar, por meios próprios e/ou por intermédio de terceiros, os serviços de transporte (em qualquer modal), armazenagem (em qualquer condição física ou regime fiscal) e gestão de estoques (utilizando sistemas e tecnologia adequada)”.
Internacionalmente, o OL é conhecido como “3PL” (Third Party Logistics Provider), ou seja, aquele que oferece soluções logísticas integradas aos seus clientes, donos da carga. A importância do OL, enquanto “one-stop-shopping” está justamente em atender necessidades e demandas por vezes específicas, da forma mais adequada possível, demonstrando versatilidade e adaptabilidade.
Fonte: Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL)

Fonte : https://www.jornaldocomercio.com/cadernos/jc-logistica/2023/05/1104656-setor-logistico-busca-obter-uma-regulacao-propria.html

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Nova rota aérea de carga China-Brasil promove comércio eletrônico

A abertura de uma nova rota aérea de carga ligando Shenzhen, no sul da China, a São Paulo, nesta segunda-feira, 3, deverá estimular o comércio eletrônico entre os dois países.

A rota aérea foi lançada pelo Aeroporto Internacional Shenzhen Bao’an e pela Rede Cainiao, o braço logístico do gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba Group. A rota terá dois voos semanais conduzidos pelos aviões de carga Boeing 747 da Atlas Air.

O primeiro voo com 100 toneladas de produtos de comércio eletrônico decolou da cidade de Shenzhen no domingo, carregando produtos especializados de comércio eletrônico em Shenzhen.

Desde o início deste ano, o Aeroporto Internacional de Shenzhen Bao’an tem cooperado com companhias aéreas e operadores logísticos para abrir novas rotas aéreas transfronteiriças, com o volume de transporte aéreo de produtos transfronteiriços aumentando em 70% ano a ano, disse o aeroporto.

O comércio bilateral entre a China e o Brasil atingiu US$ 171,49 bilhões em 2022, um aumento anual de 4,9%, de acordo com as estatísticas da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês).

Cainiao constrói o Air Cargo Hub
Uma empresa de logística chinesa lançada por Alibaba anunciou um acordo de cooperação com o Aeroporto Internacional Shenzhen Bao’an para construir em conjunto o primeiro centro nacional de carga aérea para o Cainiao international express e introduzir mais rotas internacionais de carga aérea, aumentando a capacidade dos cargueiros completos.

Para melhorar a cooperação entre as partes, a Cainiao e a Atlas Air lançaram a rota de voos charter de carga China Shenzhen-Brasil São Paulo. Esta é a primeira rota de carga internacional de carga de Shenzhen para a América do Sul.

A aeronave Boeing 747 de carga opera dois voos por semana com uma capacidade de carga superior a 220 toneladas por voo. Ele oferece serviços de transporte para comércio eletrônico transfronteiriço e mercadorias de comércio em geral, tais como eletrônicos e semicondutores.

Depois que o centro for colocado em uso, o tempo de entrega de encomendas será ainda mais otimizado. As encomendas e mercadorias de Shenzhen e do sul da China entraram nos aeroportos mais rapidamente após serem coletadas pelo serviço de linha rápida da Cainiao, que pode entrar diretamente no centro para distribuição.

Por outro lado, o centro integra funções de transferência que podem transportar encomendas e mercadorias para outros portos ou aeroportos, melhorando a eficiência.

A Cainiao criou seis centros logísticos inteligentes no mundo inteiro, cobrindo mais de três milhões de metros quadrados de armazéns transfronteiriços.

Eles utilizam mais de 240 aviões fretados por mês para o transporte de troncos e colaboram com mais de sessenta portos globais para estabelecer um sistema inteligente de desembaraço aduaneiro e construir uma rede logística global de alta qualidade.

Seus produtos logísticos acessíveis estão disponíveis em vinte países, ajudando os comerciantes transfronteiriços a reduzir os custos de transporte.

A instalação terá um papel fundamental na racionalização e otimização dos processos de separação de pacotes e desembaraço aduaneiro para importação e exportação de mercadorias no aeroporto.

Também aproveitará as capacidades logísticas inteligentes da Cainiao, com soluções e equipamentos como o dispositivo portátil da Cainiao – LEMO PDA, sistema digital de desembaraço aduaneiro e sistema de gerenciamento de armazém (WMS).

As mercadorias enviadas via aérea de Shenzhen e da região sul da China podem entrar diretamente no aeroporto para carregamento em aviões de carga. As mercadorias em trânsito também podem ser transferidas sem problemas para outros portos e aeroportos através do centro de carga aérea.

Com o avanço, o centro de carga aérea deverá proporcionar um aumento de 20-30% na eficiência do processamento de encomendas e a capacidade de conduzir operações 24 horas por dia, 7 dias por semana, durante as estações de pico.

“Esta colaboração entre Cainiao e o Aeroporto de Shenzhen representa um marco significativo ao estabelecer centros de carga aérea em aeroportos internacionais chave para integrar nossas tecnologias de logística inteligente e rede global dentro da cadeia de valor”, disse o Dr. Ding Hongwei, vice-presidente da Rede Cainiao, o braço logístico do Grupo Alibaba.

“Ao aproveitar a extensa infraestrutura e rede logística internacional da Cainiao, otimizaremos ainda mais a cadeia de valor da logística internacional em Shenzhen e, mais amplamente, na região do sul da China. Os comerciantes, por sua vez, se beneficiarão de serviços de transporte marítimo internacional de mais fácil acesso quando venderem globalmente”.

“Temos o prazer de anunciar o lançamento de novas rotas internacionais de carga com a Cainiao”, disse John Dietrich, presidente e chefe executivo da Atlas Air Worldwide. “Através de uma cooperação aprofundada com a Cainiao, seremos capazes de servir melhor as marcas chinesas à medida que exportam para o resto do mundo”.

Fonte: CAACNEWS; GD.GOV

Fonte : https://exame.com/mundo/nova-rota-aerea-de-carga-china-brasil-promove-comercio-eletronico/

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Foco da GOLLOG em 2023 será a parceria com o Mercado Livre, diz novo diretor-executivo

No início deste ano, a GOLLOG – unidade de transporte de cargas e encomendas da GOL – completou 22 anos de atividades. Para comemorar, a companhia anunciou Rafael Martau como novo diretor-executivo da companhia.

Ao todo, Martau possui 21 anos de carreira dedicada ao mercado de logística. Essa jornada inclui passagens por empresas como Bomi, Grupo Luft, AGV – atual Solistica – e BLS.

Em entrevista exclusiva para a MundoLogística, o novo diretor-executivo falou sobre esse desafio na trajetória profissional, algumas particularidades da atuação GOLLOG no Brasil e os planos da companhia para este ano.

MUNDOLOGÍSTICA: No início deste ano, a GOLLOG anunciou, entre outras novidades, a sua chegada para a cadeira de diretor-executivo. O que te motivou a aceitar esse desafio?
RAFAEL MARTAU: A GOLLOG vive um momento único da sua trajetória de recém completados 22 anos. Passou de um departamento de cargas da GOL para um Operador Logístico Multimodal. Deixou de usar somente o porão das aeronaves para ter cargueiros próprios, tornando-se até o final do ano passado, com a parceria com o Mercado Livre, uma das maiores do Brasil, com 100% das cargas para o uso doméstico. Fazer parte do Time de Águias GOLLOG, para juntos continuarmos esse ritmo de crescimento, sem dúvida alguma foi minha maior motivação nesta tomada de decisão.

O que você ressaltaria como diferencial da GOLLOG, em termos de operações?
A multimodalidade integrada com tecnologia nos trouxe diferencias entre as Companhias aéreas de carga. Criamos produtos inovadores para a pessoa física, integrados com os lockers para a retirada das encomendas, que estão nos trazendo um incremento positivo nesse mercado. Transporte de animais e pets, com o espaço pet em nossos terminais, é outro produto que posso dar como exemplo.

A companhia está comemorando 22 anos de atividades em 2023, com a oferta de diferentes modalidades de serviço. Alguma delas será prioridade da companhia neste ano?
Nossa prioridade é a implementação da operação do Mercado Livre, iniciada em setembro de 2022, sem impacto no que já está voando. O projeto com o MELI é inovador e irá aumentar consideravelmente a capacidade de carga aérea no Brasil. Sem sombra de dúvidas, será uma mudança grande no cenário brasileiro de logística e de e-commerce. Hoje temos 2 aviões em operação, o terceiro já chegou e começa a operar em março e até o final de 2023 serão mais 3 aeronaves compondo a frota cargueira.

Há alguma novidade prevista para ser lançada em breve para expandir a atuação da GOLLOG?
Temos a intenção de aumentar nosso portifólio de serviços com sinergia ao que já fazemos hoje. A expansão de nossa capilaridade de entrega no last mile, com certeza é a prioridade para a GOLLOG em 2023. Vamos expandir a rede de franqueados, assim como avançar na integração com o Grupo Comporte, que hoje tem dentro de sua frota, aproximadamente 1.000 ônibus que já atuam no transporte de carga usando os bagageiros. Inserir essa malha em nosso serviço de last mile vai nos agregar competitividade, abrangência e eficiência.

Pensando em um cenário de estímulo a diferentes modais em um país predominantemente rodoviário, como a GOLLOG pretende se posicionar para atender o mercado brasileiro?
Obter o certificado de OTM foi um passo nesse sentido, para manter a GOLLOG neste cenário como um player capacitado para prover soluções logísticas de forma completa e integrada. Sabemos que o mercado pede prazos cada vez mais curtos com preços cada mais competitivos e nosso objetivo é ser, para nossos parceiros atuais, um provedor de soluções eficiente.

Fonte : https://mundologistica.com.br/entrevistas/foco-da-gollog-sera-a-parceria-com-o-mercado-livre

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Entregas expressas procuram ir além do B2B

Empresas especializadas no transporte de encomendas preveem grandes desafios a enfrentar neste ano.

A percepção entre as empresas especializadas no transporte de encomendas é a de que enfrentarão um grande desafio em 2023. Com expectativa de crescimento abaixo do Produto Interno Bruto (PIB), as companhias estão empenhadas em ampliar sua participação no mercado e investem para ganhar eficiência nas operações.
No caso da Jadlog, por exemplo, o objetivo é buscar uma integração muito rápida com o cliente, diz o CEO Bruno Tortorello. “Também investimos em segurança da informação contra invasões para roubo de dados. Com essa estratégia, crescemos 20% no ano passado em faturamento e vamos repetir esse crescimento neste ano”, afirma.

Tortorello acredita que 2023 será um ano difícil, de baixo crescimento econômico e alto endividamento, o que afeta o consumo. “Mas seguiremos com os cuidados que toda empresa precisa ter em anos assim, que é racionalizar investimentos e buscar mais eficiência nas operações”, explica.

Ele destaca que o segmento de e-commerce cresceu de forma expressiva durante a pandemia e vem se ajustando com o fim do distanciamento social. No B2B, negócios entre empresas, houve avanço e as vendas retomaram o patamar pré-pandemia. No ano passado, o segmento cresceu 20% e tem mantido esse ritmo. Avança menos do que o B2C – voltado ao consumidor final –, que cresceu 50%.

“A Jadlog nasceu com o B2B, mas tem crescido bastante alavancada pelo B2C”, afirma o executivo. Para entender cada vez mais o consumidor final, a empresa conta com a experiência e os investimentos da GeoPost, holding controlada pelo grupo La Poste (correios franceses), que desde 2020 detém 98% do capital da Jadlog.

De acordo com Tortorello, o B2C representava 20% dos negócios da Jadlog em 2016 e hoje já chega a 70%, com potencial de avançar mais. Por isso, a empresa tem investido mais no segmento, buscando viabilizar o e-commerce como um todo. Uma das iniciativas nesse sentido foi criar uma rede de três mil pontos locais, onde o consumidor pode retirar sua encomenda no dia e horário que escolher. Segundo ele, hoje a empresa tem a maior abrangência no país depois dos Correios e alcança 5.300 municípios.

Também especializada em soluções logísticas para transporte de mercadorias, a Jamef segue a mesma estratégia. De acordo com o CEO da empresa, Ricardo Botelho, com o fortalecimento do e-commerce durante a pandemia, a companhia, que atua principalmente na cadeia B2B, ampliou o atendimento ao consumidor final.

“Na pandemia, o B2C chegou a representar 45% de toda a carga que a empresa transporta. Com o fim do distanciamento social, esse segmento voltou aos patamares anteriores e hoje representa 30% do que é transportado, ficando os 70% restantes com o B2B”, informa. Com o aumento da demanda pelo comércio eletrônico, cresceu também a necessidade de maior controle da operação e de ganho de eficiência no manuseio da carga, o que impulsionou o desenvolvimento tecnológico.

Para enfrentar esse cenário, a Jamef investiu R$ 30 milhões num grande centro operacional em Osasco, na Grande São Paulo, que terá software de separação automática de pacotes cuja capacidade é duas vezes superior à do centro de Barueri. A expectativa é de movimentar em média 60 mil volumes diariamente nesse centro, podendo chegar a 102 mil volumes/dia, em datas estratégicas, como Natal e Black Friday. A empresa também procurou aumentar a proximidade com o consumidor final e implantou uma rede de postos avançados, para dar agilidade ao processo de entregas B2C.

Especializada no transporte de carga tradicional, com maior valor agregado, a empresa utiliza protocolos de segurança e gerenciamento de risco, com escolta quando necessário. “Neste ano, devemos manter dois dígitos de crescimento, com o aumento de nossa participação dentro do segmento de entregas expressas”, diz Botelho. A Jamef vai investir R$ 12 milhões em tecnologia, com foco em ampliar a integração com o cliente, para que ele tenha em tempo real o posicionamento da carga. “Dentro do B2B, queremos dar a máxima eficiência e capilaridade: nosso papel é tirar o produto da fábrica e entregar diretamente aos pontos de venda, sem necessidade de distribuidores”, diz.

Glaucia Megna, diretora de vendas da FedEx no Brasil, também destaca a importância do e-commerce para o segmento. Ela acredita que o desempenho do mercado de entrega expressa está mais condicionado ao vigor da economia do que os demais tipos de serviço, mas afirma que a popularização do comércio eletrônico, muito por conta dos novos hábitos de compra adquiridos durante a pandemia, é um fator positivo para o segmento expresso.

“As empresas precisam estar preparadas para atender seus clientes na velocidade que eles precisam. Mesmo com o fim da pandemia e o menor crescimento do comércio eletrônico, esse é um tipo de serviço que continuará em evidência e com muitas oportunidades de avançar, o que também beneficiará o segmento expresso”, afirma.

De acordo com ela, na FedEx, o e-commerce é um dos pilares de crescimento em todo o mundo e, no Brasil, é uma das prioridades operacionais. Por isso, a empresa procura sempre melhorar a sua estrutura e o portfólio de produtos. Um dos investimentos mais recentes foi a modernização das infraestruturas do centro logístico em Cajamar (SP) e a abertura de dois novos centros logísticos: um em Serra (ES) e outro em Conde (PB). Outros investimentos foram feitos na automatização das suas instalações, para padronizá-las em termos de tecnologia e segurança, tendo como referência as instalações da empresa nos Estados Unidos.

Apesar do cenário positivo, a empresa anunciou cortes em suas equipes, com o desligamento de mais de 10% de seus executivos em nível mundial, incluindo o Brasil. “É sempre uma decisão difícil, mas temos a obrigação de ajustar nossas estruturas para nos alinharmos às novas demandas dos clientes e realidades do mercado”, diz Megna.

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Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/30/entregas-expressas-procuram-ir-alem-do-b2b.ghtml

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Centros de distribuição investem em novas unidades

Otimização da cadeia de suprimentos demanda maior atenção à tecnologia, produtividade e processos.

Em um ambiente de incerteza na economia, os centros de distribuição (CDs) mantiveram investimentos em tecnologia, inovação, produtividade e processos, em busca de otimização na cadeia de suprimentos. A DHL Supply Chain, uma das líderes em contratos logísticos no país, é uma das que devem liderar o processo nos próximos anos.

A empresa, braço de armazenagem e distribuição da alemã DPDHL, vai desembolsar R$ 800 milhões até 2025 na construção de CDs sustentáveis, na modernização de sua frota de transporte (eletrificação) e na automação e robotização de suas operações. Neste ano, a DHL Supply Chain já colocou em operação um CD em Aparecida de Goiânia (GO), outro em Viana (ES) e mais um em Itapoá (SC), totalizando uma área de 31 mil metros quadrados (m²).

Até dezembro, a empresa vai erguer outros 120 mil m² em Extrema (MG), distribuídos em mais de um armazém. Em 2024, de acordo com Marcos Cerqueira, vice-presidente de saúde da DHL Supply Chain, Minas Gerais deve ganhar outro CD de 100 mil m² e, para 2025, a empresa adquiriu um terreno de 300 mil m² em Jundiaí (SP), onde construirá um armazém de 138 mil m².

Com essas novas unidades, o estoque da empresa deve se aproximar de 1,5 milhão de m² no país, a maior parte concentrada na região Sudeste. Cerqueira ressalta que, em 2022, a DHL inaugurou uma área de armazenagem de 45 mil m² em sua filial de transportes em Jandira/Barueri (SP).
“Nosso objetivo é continuar a atender setores com perspectivas de crescimento, onde ainda há espaço para maior penetração, como é o caso do e-commerce, e onde há demanda reprimida, como o setor de tecnologia. Nosso negócio é resiliente”, diz Cerqueira. Outros segmentos que têm animado a DHL são: varejo, saúde, consumo e automotivo. A companhia atende 200 empresas no país.

A ID Logistics Brasil, que tem 55 operações espalhadas entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Espírito Santo, também acaba de colocar em operação o primeiro CD no Brasil em parceria com a Diageo, líder mundial no segmento de bebidas alcoólicas premium. De acordo com Gilberto Lima, CEO da empresa, a operação amplia a parceria internacional entre ambas as companhias. A Diageo é hoje dona das marcas Johnnie Walker, Tanqueray, Smirnoff, Ypióca, Baileys, Don Julio e Guinness, entre outras.

O novo CD da ID Logistics Brasil, subsidiária da multinacional ID Logistics, presente em 18 países, se soma a outros seis que a empresa loca em Extrema (sul de Minas Gerais), cidade considerada estratégica devido à facilidade de acesso às principais regiões do país e aos benefícios fiscais concedidos pelo município, onde a empresa conta com 130 mil m² de armazéns.
Lima informa ainda que, até o fim do ano, a empresa vai iniciar operações em outros quatro CDs que se encontram em construção na mesma cidade mineira. Embora a ID Logistics Brasil não conte com CDs próprios no país, Lima diz que está em estudo a construção de um que será destinado a um cliente que a companhia tem no Brasil e no exterior.

“O estudo de viabilização que vai definir o tamanho e o montante de investimento necessário deve ser concluído até o fim de março”, afirma Lima. Se o projeto vingar, o armazém será construído em Minas. “A decisão para erguer um CD passa por um contrato de pelo menos dez anos com o cliente.”
O grupo ID Logistics, que em 2022 faturou 2,5 bilhões de euros, opera mais de 355 CDs (8 milhões de m²) em 18 países da Europa, América, Ásia e África. A sua subsidiária no Brasil administra quase 900 mil m² de armazenagem, destinados a players de grande porte nos segmentos de varejo, industrial, FMCG (fast moving consumer goods), cosméticos e e-commerce. Entre seus principais clientes estão a Danone, Unilever, Privalia, Carrefour, Nívea, Heineken, Ambev e, agora, a Diageo.

A RaiaDrogasil (RD) é outra que acabou de iniciar operações de um novo centro de distribuição de 17 mil m² em Cuiabá (MT). Trata-se do décimo segundo CD da rede, que, além de atender Mato Grosso, suprirá o Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre. “É um investimento que possibilitará o abastecimento das farmácias dessas regiões com maior agilidade e entregas mais rápidas para os clientes de 200 farmácias da rede”, diz Erivelton Marcos Oliveira, diretor-executivo de supply chain da RD. Segundo ele, o investimento no novo armazém foi de R$ 56 milhões.

Ainda neste ano, a RaiaDrogasil vai abrir mais dois CDs, um no Pará e outro no Amazonas, com os quais serão 14 CDs em todo o Brasil. “O de Manaus (AM) será um modelo novo de tudo o que temos atualmente. Será menor, de 3,5 mil m², mas vai atender cerca de 50 farmácias”, diz Oliveira. Segundo ele, a logística para o Amazonas tem desafios que precisam ser vencidos, como a ausência de rotas rápidas via malha rodoviária, o que obriga o uso de transporte aéreo, que é mais caro. “A instalação dessa nova operação funcionará como um hub para abastecer de forma mais rápida as nossas farmácias do Amazonas.”

Oliveira diz que o vetor de inauguração de novos CDs está diretamente ligado à expansão das farmácias da companhia. Desde a fusão da Raia e da Drogasil, em 2011, foi triplicado o número de farmácias da rede no país. E, desde 2018, a empresa vem investindo na transformação digital, inserindo milhões de consumidores aos canais de e-commerce. “Tudo isso mexeu com a estrutura logística da RD e foi preciso investir em reformas, ampliação e inauguração de novos CDs. A logística é uma peça-chave na estratégia 2025 de ser a empresa que mais promove saúde e bem-estar para a sociedade.” Para Oliveira, a logística está agora em um patamar de destaque na RD.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/30/centros-de-distribuicao-investem-em-novas-unidades.ghtml

Operadores logísticos apostam em geolocalização das encomendas

Aquisições para expandir atuação e tecnologia para agilizar tempo de resposta ao cliente sustentam estratégias para superar incertezas da economia.

Altamente fragmentado, o que favorece um intenso movimento de fusões e aquisições e a abertura de novas frentes de negócios, o mercado brasileiro de operadores logísticos mantém bom ritmo de crescimento neste ano, mesmo num cenário de economia ainda instável.

A preocupação de algumas empresas é ampliar o controle da geolocalização das encomendas que estão com seus entregadores. A Temp Log, que atua com armazenamento, fracionamento e transporte de produtos para a indústria farmacêutica (movimenta 40% da toxina botulínica que circula no país), tem entre suas prioridades a gestão do atendimento no pós-venda.

“O objetivo é agilizar o tempo de resposta ao cliente, com a revisão dos aplicativos móveis de rastreabilidade das entregas”, explica Ricardo Canteras, diretor comercial da Temp Log. “Em cinco anos”, diz ele, “não será mais possível fazer logística sem data e hora das entregas.”
No caso da JSL, uma das maiores empresas de logística do país, controlada pelo grupo Simpar, a base de crescimento nos próximos meses vem dos contratos fechados nos segmentos de papel e celulose, mineração, automotivo, alimentos e bebidas, aponta Ramon Alcaraz, CEO da companhia.

No front interno, a estratégia consiste em buscar sinergias com os atuais clientes para ampliar a participação nas operações de cada um. “No ano de 2022, celebramos R$ 6 bilhões em novos contratos com prazo médio de 50 meses, sendo 93% em clientes já existentes”, informa. A frente internacional é outro ponto de destaque. O plano de expandir no exterior começou com a operação na África do Sul, na qual já foram destinados investimentos de cerca de R$ 140 milhões.

Para complementar a atuação nessas duas frentes, a JSL busca aumentar a competitividade com a diversificação de seu mix de serviços. No início de março, a empresa anunciou a aquisição da IC Transportes. A operação, no valor total de R$ 587 milhões, abre a possibilidade de atuar nos mercados de grãos, fertilizantes e combustíveis.

Com 370 clientes, a IC Transportes é uma das maiores empresas do setor, com uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão em 2022. “A IC Transportes se torna a segunda maior empresa do grupo Simpar, e vai melhorar nosso portfólio em segmentos em que não estávamos presentes”, diz Alcaraz.
Também empenhada em fortalecer suas operações, a Multilog aposta no crescimento orgânico e em novas aquisições, segundo seu presidente, Djalma Vilela. Fundada em Santa Catarina, a empresa tem unidades distribuídas no Nordeste, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em 2022, a Multilog foi às compras. Adquiriu a Martins Medeiros, na região Nordeste, e a Apoio Logística, aquisições que permitiram ampliar a estrutura comercial em São Paulo e Santa Catarina. “Com isso, encerramos 2022 com a marca de R$ 1 bilhão em faturamento, alcançando a meta prevista para 2025”, conta Vilela.

A Multilog opera todos os serviços de logística para diversos segmentos (alimentos, bens de consumo, saúde, químico, automotivo e agronegócio), com 38 unidades em pontos de fronteiras secas no Mercosul, 2,2 milhões de metros quadrados em áreas de armazenagem, incluindo 13 unidades alfandegadas e 15 centros de distribuição.

“Em 2023, devemos seguir expandindo nossa atuação com investimentos na estrutura de operações e em tecnologia e olhando o mercado sob perspectiva de novas aquisições”, diz Vilela. “A previsão é alcançar R$ 1,4 bilhão em faturamento, dos quais 50% provenientes da operação de transportes e centros de distribuição”, assinala.

Com as dificuldades da economia brasileira, os operadores logísticos estão adotando medidas ao longo deste ano que visam flexibilizar contratos, revisar as cadeias de suprimentos, fazer uso mais intensivo de dados, executar o compartilhamento de capacidade e, também, fomentar a multimodalidade, como explica Marcella Cunha, diretora-executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol).

As expectativas para 2023 são positivas e se baseiam na tendência de crescimento registrado em anos anteriores, comenta. Em 2021, por exemplo, de acordo com pesquisa realizada pela Abol e pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a receita operacional bruta das empresas brasileiras de logística atingiu R$ 166 bilhões, desempenho que garantiu dois milhões de empregos, entre diretos e indiretos, o equivalente a 2% do total de pessoas ocupadas no país, assinala a diretora.

“Mas a inflação de insumos, especialmente de combustíveis, segue como uma preocupação das empresas para este ano”, afirma. “As altas de preço do diesel devem seguir ao menos até o primeiro trimestre deste ano. Não sabemos qual será o impacto no médio e longo prazos. Por isso, todo esforço deve ser feito para mitigar a alta de custos”, diz.
Para a Abol, o fundamental é priorizar os colaboradores e clientes, investir em tecnologias estratégicas para alavancar o negócio – como o data analytics –, ter persistência, fortalecer o networking e melhorar os controles e a gestão interna.

Segundo Marcella Cunha, o segmento alimentício é o que tem apresentado maior estabilidade em momentos de crise, mas setores como o agronegócio, autopeças e varejo devem puxar o crescimento. “O ganho de competitividade está atrelado à melhoria de processo aplicando engenharia, eficiência interna na cadeia de custos e produtividade”, acentua.

A DHL Supply Chain, que faz parte do grupo alemão Deutsche Post DHL, concentra seus esforços em melhorar a flexibilidade e agilidade dos processos logísticos, destaca Solon Barrios, vice-presidente de transportes da subsidiária brasileira. Em fevereiro, a empresa anunciou investimentos de R$ 800 milhões no Brasil até 2025, destinados a impulsionar novas oportunidades nos mercados de transporte, e-commerce e saúde.

Parte dos investimentos visa apoiar a modernização e expansão de áreas de armazenagem em cinco Estados (São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás), com destaque para sua operação de Extrema, no sul de Minas. “Em transporte, nosso plano inclui a expansão da rede nacional de hubs de transbordo e consolidação de carga, o investimento em sistemas de gestão de frota e análise de dados e ampliação da frota elétrica, que já supera atualmente 80 veículos”, conta Barrios.

A tecnologia tem sido ponto forte das alternativas adotadas pelos operadores logísticos. A norte-americana Penske, que neste ano completa 25 anos de operação no país, conseguiu consolidar-se em um mercado extremamente desafiador e competitivo, afirma Paulo Sarti, diretor-presidente da filial brasileira. A empresa foi bem-sucedida graças à estratégia de asset light (sem muitos ativos, como imóveis), de modo a destinar a maior parte dos investimentos a soluções tecnológicas.

“Com essa abordagem, podemos oferecer customização para cada cliente, com benefícios tangíveis, como corte de custos, melhorias significativas na gestão do estoque e aumento da competitividade em relação aos concorrentes”, afirma. Está nos planos da Penske implantar ainda neste ano um novo WMS (sistema de armazenagem) e inaugurar um novo hub para a consolidação de cargas.

A Sequoia Logística e Transportes, cuja atuação engloba operações logísticas de e-commerce e tecnologia, investe forte em automação, “o que é cada vez mais crucial para a produtividade, especialmente para uma empresa que atua com hubs logísticos”, diz Bruno Henrique Souza, vice-presidente de operações.

“Além disso, investimos nos processos de comunicação, tanto com os embarcadores quanto com os destinatários”, diz ele. A Sequoia atua tanto no segmento de serviços para consumidores (B2C) como no de venda para empresas. “Nosso diferencial é ser uma empresa one stop shop, com soluções desde coleta, armazenagem, separação, transporte e logística reversa até conserto de aparelhos para alguns segmentos”, indica.

A empresa francesa FM Logistic também utiliza a tecnologia como grande aliada para minimizar os impactos nos custos dos preços dos fretes, além de manter o padrão dos serviços e a competividade no mercado, segundo Ronaldo Fernandes da Silva, presidente da filial brasileira. Uma das soluções é o uso de software de gestão de transporte, que permite a otimização das rotas, a gestão das entregas, o controle do estoque e a redução de erros”, diz. Além disso, as tecnologias de automação de processos e de inteligência artificial ajudam a aumentar a eficiência do transporte e reduzir custos”, afirma.

O Brasil segue sendo um mercado-chave para os negócios da FM Logistic. A expectativa é dobrar o faturamento regional em três anos, diz Silva. A empresa opera com uma área total de armazenagem de 80 mil metros quadrados, em três centros de distribuição multiclientes localizados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Movimenta mais de 105 milhões de toneladas de produtos diversos, especialmente para clientes do e-commerce empresarial. “A perspectiva é seguir no ritmo de crescimento acima de 20% ao ano”, diz.

A preocupação em ganhar mais competitividade nas operações logísticas não mobiliza apenas os responsáveis diretamente pelo armazenamento e entrega das mercadorias aos clientes finais, mas também a outros integrantes da cadeia de suprimentos.

Cinco das principais tradings agrícolas que operam no país – Archer Daniels Midland (ADM), Amaggi, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Company (LDC) – entraram com pedido de aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para criação de uma joint venture no setor de transporte rodoviário.

O objetivo é ganhar mais agilidade e eficiência no escoamento da produção agrícola. Em especial, nos picos de safra, quando os gargalos logísticos ficam mais evidentes em toda a cadeia. “Não existe a pretensão de resolver todos os problemas do setor, até porque eles passam pelas estradas, portos e capacidade de armazenagem. Mas a intenção é minimizar alguns deles para os sócios”, diz Elvio Moro, responsável pelo projeto. A expectativa é que a nova empresa atenda somente 3% do volume total de cargas das cinco tradings. Os outros 97% dos grãos continuarão sob responsabilidade de transportadoras parceiras e motoristas autônomos.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/30/operadores-logisticos-apostam-em-geolocalizacao-das-encomendas.ghtml

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Mercado de condomínios logísticos tem ano de recordes de estoque e absorções

Crescimento do e-commerce e dos serviços digitais são alguns dos motivos que contribuíram para esse cenário.

O mercado de condomínios logísticos de alto padrão terminou o ano de 2022 alcançando vários recordes no Brasil. Foram entregues 3,1 milhões de m² de novo estoque em todo o País. Apesar do grande volume, não houve impacto na vacância, que permaneceu estável em 11,09% em relação a 2021. Isso se deve ao elevado número de negócios realizados. Foram 4,2 milhões de m² de absorção bruta e 2,8 milhões de m² de absorção líquida. Os dados são da pesquisa First Look, realizada pela JLL.

Os preços médios acompanharam a efervescência do mercado, fechando 2022 em R$ 24,29 por m², uma alta de 16,31% em relação ao ano anterior. André Romano, gerente de Industrial, Logística e Data Center da JLL, destaca que o crescimento do e-commerce e dos serviços digitais são alguns dos motivos que contribuíram para esse cenário no mercado de condomínios logísticos. “As políticas de incentivo realizadas por algumas regiões ou Estados, como é o caso de Minas Gerais, também foram fundamentais para fomentar o mercado”, analisa.

Além de Minas Gerais, outras localidades se destacaram fora do eixo Rio-São Paulo, como Espírito Santo e Santa Catarina. No quarto trimestre de 2022, esses Estados registraram absorção líquida de 83 m² e 85 mil m² respectivamente, ficando atrás apenas de São Paulo.

A FedEx foi responsável pela locação de mais de 46 mil m² no Estado capixaba e o Mercado Livre ocupou 39 mil m² no Estado sulista. “Vale ressaltar que novos empreendimentos foram entregues em Espírito Santo e Santa Catarina, logo, devemos ver as negociações em ambos se mantendo aquecidas”, projeta o executivo da JLL.

O Mercado Livre também absorveu mais de 170 mil m² em São Paulo – 112 mil em Araçariguama e 61 mil em Barueri. Outras negociações importantes do quarto trimestre de 2022 envolvendo condomínios logísticos foram a da AGCO, com 41 mil m² em Guarulhos (SP), da Granado, com 18 mil m² em Seropédica (RJ) e da IDLogistics, com 23,4 mil m² em Extrema (MG).

Para este ano, a previsão é que mais 3,3 milhões de m² sejam injetados no mercado de condomínios logísticos de alto padrão. Para Romano, esse volume e a acomodação das empresas deve fazer a taxa de vacância subir até 2 pontos porcentuais. “A maior parte das companhias, sejam empresas de serviços digitais, sejam indústrias, já conseguiu entender a demanda ideal de galpões para atender às suas necessidades logísticas. Neste ano, devemos ver movimentações mais estratégicas”, revela.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/22/02/2023/logistica/mercado-de-condominios-logisticos-tem-ano-de-recordes-de-estoque-e-absorcoes/

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