Chinesa Shein desfila em novo canal

Experiências Físicas Entram na Estratégia da Marca.

Presente no país há dois anos, a varejista de moda online SHEIN pretende dar novos passos rumo à sua expansão no mercado brasileiro. A operação, antes restrita ao site e aplicativo, ganhou uma pop-up store (loja temporária) no Rio de Janeiro (RJ). “Não temos planos de abrir lojas físicas por enquanto, mas consideramos pop-ups para o ano de 2022, para ter mais oportunidades de comunicação aprofundada com nossos usuários e oferecer aos clientes atividades offline interessantes com a marca”, revela a SHEIN, com exclusividade ao Jornal Giro News. Com 485 m² e três mil itens, a primeira unidade no Brasil funcionou entre os dias 19 e 27 de março, no shopping carioca Village Mall. “Tivemos aproximadamente 1.000 visitas diárias à loja.”

Brasil Ganha Espaço no Negócio


  Além de permitir a experiência presencial com as peças, a pop-up store reforçou a presença digital da marca, gerando impacto positivo nas redes sociais. “O Brasil tornou-se um mercado chave para a SHEIN. Desde o início de 2022, começamos a montar um time brasileiro para nos aproximarmos cada vez mais do público.” As próximas cidades a receberem as lojas temporárias ainda estão sendo definidas, bem como o cronograma de aberturas. Segundo a marca, não há planos de instalação de lojas definitivas ou centros de distribuição no país. “No momento, queremos trabalhar em estreitar nossa colaboração com nossos parceiros de negócios.” A estratégia também inclui ativações com influenciadores.

Consumidores Ditam Tendências

Com atuação em mais de 150 países, a SHEIN registra crescimento global acima de 100% na taxa de visitantes mensais. “As metas a longo prazo são estabelecer um bom relacionamento com o público brasileiro, estabelecer novas e maiores parcerias, auxiliar no desenvolvimento da cadeia produtiva e logística do país e estar presente em todas as tendências de moda.” Na visão da marca, os consumidores brasileiros têm uma demanda crescente por moda e criam tendências próprias, como o uso de cores. “A SHEIN vislumbra um mercado que busca a modernização, um modelo de consumo cada vez mais pautado pelas tendências das redes sociais e cada vez mais diversificado, trazendo temas como diversidade, inclusão e diferentes públicos para a moda.”

 

Fonte : https://www.gironews.com/varejo-digital/shein-desfila-em-novo-canal-67691/

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Receita Federal prepara MP para combater ‘camelódromo virtual’

Movimento reflete ação de varejistas e indústrias para fechar cerco a sites estrangeiros.

A Receita Federal trabalha na elaboração de uma medida provisória (MP) para combater o chamado “camelódromo virtual”, disse no ultimo dia 23, o secretário da autarquia, Julio Cesar Vieira Gomes. Como antecipou o Valor em fevereiro, esse movimento reflete uma ação liderada por grandes varejistas brasileiras e indústrias, junto aos órgãos de governo, para fechar o cerco às plataformas estrangeiras que estariam importando mercadorias falsificadas, ou sem o devido pagamento de impostos.

Essas operações on-line, chamadas pelo mercado de “camelódromo virtual”, estariam enviando produtos do exterior para o Brasil burlando a legislação tributária de duas maneiras. Na primeira delas, lojistas hospedados nessas plataformas se classificariam como pessoas físicas. Assim, se aproveitariam de uma regra que permite que itens que custam até US$ 50 (cerca de R$ 250) não paguem impostos para ingressar no país, desde que também sejam endereçados a pessoas físicas.

Na segunda, essas empresas subnotificariam o valor dessas mercadorias, caso elas custem acima de US$ 50, justamente para não pagar os devidos impostos. Isso leva consumidores e lojistas a importar dezenas de produtos em compras “picadas”, até este limite em dólar, e revendê-los no país. A atividade cresceu fortemente com a crise após a pandemia, pelos baixos preços, oferecimento de frete grátis pelos sites e “apps” e promessas de envio rápido.

A afirmação de Gomes foi feita em evento realizado ontem pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, em Brasília. Em vídeo transmitido no encontro, o CEO da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki, disse que o tema já foi levado por entidades empresariais aos ministérios da Justiça e da Economia e à Procuradoria-Geral da República. Entre as entidades estão a Abinee, do setor elétrico e eletrônico, a Eletros, dos fabricantes produtos eletroeletrônicos, a Abrinq, da indústria de brinquedos, e o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), a maior entidade do setor, com 70 redes associadas.

Nos cálculos apresentados por Ostrowiecki, uma caixa de som produzida no Brasil custa R$ 231, com a consequente incidência de todos os impostos, e a mesma caixa sai por R$ 100 se for enviada ao país por alguma dessas grandes plataformas. Ostrowiecki ainda afirmou que, segundo a própria Receita, mais de 700 mil dessas encomendas chegam ao país por dia, com perda tributária de cerca de R$ 80 bilhões ao ano.

“Ninguém está falando em proteger as empresas nacionais, mas simplesmente em ter regras iguais para todos”, afirmou. Segundo ele, são as “grandes plataformas da Ásia” que se aproveitam de “brechas” na lei.

Fontes afirmam que o foco da ofensiva são grupos como a AliExpress, da chinesa Alibaba, Shopee, da Sea Limited, de Cingapura, as americanas Wish e Shein, Mercado Livre, sediado na Argentina, e a OLX Brasil, com 50% do negócio nas mãos da sul-africana Naspers. Esses negócios vêm crescendo de forma acelerada, especialmente após a crise de 2015, ampliando ganho de participação de mercado sobre redes tradicionais, o que vem incomodando as empresas.

Relatório do Goldman Sachs publicado ontem relata que a Shopee já teria 5% de participação de mercado no Brasil em dois anos de atuação, e essa fatia pode ter chegado a um dígito alto no fim de 2021 (faixa de 9%).

A possibilidade de que avance uma MP é o primeiro sinal mais claro do aumento da ofensiva de varejistas e fabricantes locais sobre negócios informais no país e plataformas estrangeiras. Essas plataformas são acusadas de hospedar lojistas que não emitem nota fiscal e teriam sistemas de controle falhos para barrar irregularidades. Esse é um dos pontos centrais das críticas de varejistas. Redes brasileiras também operam “marketplaces” que vendem itens importados, mas vem afirmando a interlocutores do governo que possuem sistemas de controle mais sólidos.

O Valor apurou que, nas últimas semanas, representantes do IDV se reuniram com políticos, membros da Receita Federal, Polícia Federal, órgãos do MJ e a PGR. Há estudos encaminhados com sugestões de ações, como a responsabilização criminal das transportadoras pelo ingresso de importados ilegais, e exigência de notas fiscais de itens despachados pelos Correios. Outra sugestão envolveria rever a lei do limite de importação de US$ 50.

As plataformas estrangeiras vêm montando suas estratégias de defesa, segundo fontes. O Valor apurou que o Mercado Livre tem se colocado à disposição do setor e de órgãos do governo para colaborar. Também tenta reforçar a percepção de que não faz parte do grupo de plataformas alvo da MP, por ter aprimorado controles internos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/24/receita-federal-prepara-mp-para-combater-camelodromo-virtual.ghtml

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Principais varejistas brasileiras montam ofensiva contra ‘marketplaces’ estrangeiros

Foco está nas plataformas que vendem produtos da Ásia como Aliexpress, Shopee e Shein.

As principais varejistas brasileiras organizam um movimento para combater “marketplaces” (shopping virtuais) que, na visão delas, vendem produtos falsificados ou sem a devida cobrança de impostos. O foco está nas empresas estrangeiras que trazem produtos da Ásia, apurou o Valor. As estrangeiras rebatem e já têm linhas de defesa para reagir à investida das brasileira.

As reuniões sobre a questão vêm sendo lideradas pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne 75 varejistas como Americanas, Casas Bahia, Magazine Luiza, Renner e Riachuelo. Na semana passada, houve encontro virtual com, pelo menos, 50 associadas para tratar do impacto fiscal da sonegação e discutir “propostas judiciais e administrativas” contra as plataformas estrangeiras, segundo documento do IDV apresentados na reunião.

Fontes afirmam que há um antigo incômodo das redes com grupos como AliExpress, da chinesa Alibaba, Shopee, do Sea Group, de Cingapuraas americanas Wish e Shein, Mercado Livre, sediado na Argentina, e a OLX Brasil, com 50% do negócio nas mãos da sul-africana Naspers. A decisão pela ofensiva partiu do avanço da operação desses grupos no país, dizem fontes.

O material, feito com apoio da consultoria McKinsey e do escritório Mattos Filho Advogados, e obtido pelo Valor, lista ações possíveis nas áreas concorrencial, tributária, criminal, das relações de consumo e do Marco Civil da Internet.

O IDV, que reúne grandes varejistas, estuda entrar com representação no Cade nas próximas semanas

O IDV avalia entrar nas próximas semanas com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), alegando infração à ordem econômica pelas plataformas estrangeiras.

Ainda neste mês, também deve ser pedida reunião com o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça. A ideia é apresentar o estudo do IDV ao CNCP. “Já houve contatos com alto escalão do governo, informalmente, e com lideranças estaduais para ver se há espaço para trabalhar alteração em legislação sobre cobrança de impostos pelos ‘marketplaces’”, diz o diretor de uma rede. O plano é começar pelo Cade e “depois entrar pela mudança na lei”.

Procurado, o IDV confirma que há um relatório sobre o tema da venda de lojistas internacionais, mas não comenta eventuais ações em desenvolvimento.

Uma fonte próxima ao IDV afirma que “apenas 5% das remessas foram fiscalizadas pela aduana em 2020 e 7% das remessas são efetivamente declaradas”, diz. “Ou seja, há um ‘mar’ de produtos que entram sem qualquer análise, e isso só aumentou após a pandemia”.

“Como a compra de até US$ 50 é isenta de imposto de importação, lojistas informais ou pessoas físicas compram de outros informais, até esse limite de US$ 49,99 por pacote para fugir da fiscalização”, diz. “São milhares de pacotes, favorecidos pela oferta de frete grátis”.

Uma proposta em análise pelas redes é a emissão de nota fiscal, pelo microempreendedor individual (MEI), na venda para pessoa física. Isso só é obrigatório na venda para empresas, mas envolveria mudança na lei de micro e pequenas empresas. Outro caminho do IDV é trabalhar junto às assembleias legislativas estaduais para aprovar lei que atribui aos “marketplaces” a responsabilidade solidária por pendencias fiscais de seus lojistas no pagamento do ICMS.

Alguns Estados já responsabilizam as plataformas, por meio de legislações específicas. As plataformas, por sua vez, rejeitam a responsabilidade solidária, alegando que são apenas intermediárias.

O texto em discussão pelas redes também propõe atuar na mudança no artigo 19 do Marco Civil da Internet, que trata de liberdade de expressão. Pelo artigo, um provedor de internet somente pode ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo de lojistas se, após ordem judicial, não tomar providências.

Para o IDV, o texto está sendo usado de forma distorcida para isentar os “marketplaces” da responsabilidade. Estes dizem que se trata de liberdade de expressão (de publicação de conteúdo).

Como é ano eleitoral, redes ligadas ao IDV disseram ao Valor que não há espaço agora para colocar toda a agenda na mesa dos governos federal e estadual. O caminho, então, seria endurecer a cobrança por maiores controles aduaneiros, e pressionar agências reguladoras com poder de autuar e multar empresas. Fonte próxima ao Ministério da Justiça diz que essas fiscalizações cresceram desde a pandemia, assim como a aproximação entre alguns sites e as agências, na busca de maior cooperação.

Há varejistas no país, que operam com seus marketplaces, e também vendem produtos de lojistas internacionais, como itens de moda, brinquedo e acessórios. Mas alegam que trazem menos volumes ao país do que as concorrentes estrangeiras, e a política de frete grátis nessas compras é mais restrita. Ainda dizem que utilizam sistemas para tentar identificar itens falsificados. Também existem intermediadores nacionais, com lojas próprias em alguns marketplaces locais e estrangeiros, que prometem fazer a chegada da compra até a casa do cliente. Esses negócios também vêm acendendo sinal de alerta no IDV, dizem fontes.

O documento do instituto calcula uma evasão fiscal de R$ 19 bilhões a R$ 20 bilhões na venda de lojistas internacionais em 2020 – 80% a 90% deles são da Ásia. Nas redes brasileiras, essa evasão varia de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões. Foram 47 milhões de pedidos de brasileiros a lojas internacionais, intermediadas por “marketplaces” em 2020, diz o documento. É como se um a cada cinco brasileiros tivesse feito uma encomenda no ano.

Para plataformas estrangeiras, a questão é comercial. “Elas [brasileiras] estão assim porque estão perdendo venda e, num ambiente de consumo mais difícil, não têm acesso à base de ‘sellers’ [vendedores] competitivos que os outros têm. Porque há lojistas que vendem itens baratos e dentro da lei, pois têm uma estrutura de custos lá fora menor do que no Brasil”, diz o diretor de relações com mercado de um site chinês. “Nós estamos trazendo aos brasileiros milhares de lojas que trabalham corretamente. Há produtos ilegais que passam pelos controles? Há, mas existe um trabalho para melhorar isso”.

O Goldman Sachs estimou, em recente relatório, que a Shopee deve chegar a 20% de participação no mercado brasileiro on-line em 2025 (estaria hoje em “um dígito alto”). Outros relatórios de analistas vêm destacando o Mercado Livre como o maior competidor de Magazine Luiza, Americanas e Via.

Procurado, o Mercado Livre diz que apoia ações que inibam a entrada de produtos piratas e falsificados, e que investiu US$ 100 milhões em tecnologia de “machine learning”, que auxilia na análise de dados e identificação de irregularidades. Ainda afirma que só 5% dos lojistas da sua base não são formalizados. “Nós formalizamos 135 mil novos empreendedores pequenos desde a pandemia, e isso é mais [do que o total de lojas dos associados] do IDV. Então geramos renda e emprego”, afirma Ricardo Lagreca, diretor jurídico do Mercado Livre no Brasil.

Segundo ele, o grupo tem informatizado a estrutura de controle para identificar “o máximo possível” de lojistas e produtos. “Cerca de 95% das baixas que fazemos já são automatizadas”. O Mercado Livre vem reforçando, nos bastidores, dizem fontes, que não pode ser comparado a plataformas sem estrutura de distribuição local e que não geram emprego nem pagam tributos. O Mercado Livre não se vê como operação estrangeira.

Segundo o diretor, foram recolhidos R$ 1,2 bilhão em tributos pelo grupo em 2020, e neste ano será “perto do dobro”. Pela plataforma, passaram R$ 48 bilhões (em valor transacionado) no país. A empresa disse, no ano passado, que janeiro de 2020 a julho de 2021, um programa interno de proteção às marcas permitiu a exclusão de cerca de 30 milhões de anúncios irregulares.

Três advogados especializados em lei antitruste, ouvidos pelo Valor, entendem que, se as redes locais alegarem concorrência desleal, isso é tema tutelado pela Lei de Propriedade Intelectual, de 1996, “ou seja, é algo no âmbito civil ou até criminal, e não no Cade”, diz um ex-conselheiro. “Você pode dizer que é uma infração à ordem econômica dentro da ideia mais ampla, como define o artigo 36 da lei que estrutura o sistema brasileiro de defesa da concorrência. E alegar que a sonegação gera uma assimetria de condições competitivas e desequilíbrio do mercado. Mas o Cade já deixou claro, em vários momentos, que não avalia matéria tributária”, diz um advogado especializado na área. Procurado, o Cade não se manifestou.

Grupos locais e plataformas estrangeiras acumulam divergências há anos, que ficaram mais explícitas em 2019, quando o setor discutiu um guia de autorregulação, com intermediação direta da Senacon. Nesse debate, negócios sediados fora do país foram contra a responsabilização das plataformas por anúncios de produtos falsificados, alegando liberdade d e expressão. Shopee, AliExpress, OLX, Wish, Shein não aderiram ao guia. O Mercado Livre aderiu em 2021 e segue orientações do guia.

O guia atribui a responsabilidade pela aplicação dos direitos de propriedade só às empresas donas dos produtos e marcas. O IDV era favorável à corresponsabilidade, e a divergência rendeu reuniões tensas entre as partes em 2019. No dia 23 próximo haverá uma reunião no CNCP e a ideia é apresentar o seguinte: aqueles que não atuarem seguindo recomendações do guia, terão que deixar o guia.

A Shopee diz em nota que tem“ medidas de triagem proativa” para identificar violações e “fornece procedimentos” para que donos de marcas peçam remoção de infrações. Fala que “está comprometida em ajudar as pequenas e médias a crescer e prosperar [no mercado] on-line”. Diz que mais de 85% das suas vendas são de vendedores locais, que a venda de itens falsificados ou que infrinjam a propriedade intelectual é proibida e exige que vendedores sigam leis locais. “Nossa equipe no Brasil atende mais de 1 milhão de vendedores locais registrados”, diz.

A Shein afirma que “opera e continuará operando em conformidade com todas as leis locais dentro das [suas] operações comerciais”. Wish não respondeu aos contatos.

OLX relata que auxilia no desenvolvimento do país e disponibiliza um espaço a usuários com respeito aos termos e condições de uso, e com negociação direta entre vendedor e comprador. Afirma que há anúncios gratuitos e sua receita advém de espaços opcionais de destaque das ofertas.

Ainda informa que apoia iniciativas que promovam um ambiente saudável de concorrência e medidas que auxiliem no combate de práticas ilícitas. E entende que sempre há melhorias que podem ser implementadas no setor e no ambiente legislativo. A OLX diz que o IDV tem papel importante nesse aprimoramento e que está à disposição para uma discussão com o instituto.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/02/14/grandes-redes-montam-ofensiva-contra-marketplaces-estrangeiros.ghtml

Penetração das compras online no varejo atinge maior nível desde 2018

Índice indica que compras online se tornaram hábito de consumo entre os brasileiros.

As compras realizadas pela internet se tornaram um hábito comum do consumidor e seguem em evolução, com crescimento de 10,86% no acumulado até outubro, em relação ao mesmo período de 2020. Segundo o índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), as vendas pelo e-commerce cresceram 19,03% em outubro e 21,92% no faturamento, na comparação com 2020.

No período acumulado entre janeiro e setembro 2021, a penetração média no comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção) foi de 12%.

“A penetração das compras online no varejo atingiu, na média de 2021, o maior índice do histórico desde 2018, evidenciando que as compras online vieram para ficar no hábito de consumo do brasileiro. Em 2020, ano afetado pelo confinamento devido à pandemia, esse índice médio tinha alcançado o valor recorde, até então, de 9,6%”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.

No acumulado dos últimos 12 meses, a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 11,5%. Esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 11 de novembro.

Por região

Quando a comparação do índice de vendas é por região, considerando a comparação entre outubro de 2021, com o mesmo mês do ano passado, o desempenho foi: Norte (32,33%); Nordeste (28,61%); Centro-Oeste (28,50%); Sul (21,99%); e Sudeste (15,03%).

Já no acumulado do ano, a configuração ficou assim: Centro-Oeste (27,78%); Norte (25,98%); Nordeste (22,28%); Sul (19,95%); e Sudeste (4,90%).

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43,8%); móveis e eletrodomésticos (27,7%); e tecidos, vestuário e calçados (10,1%) foram as categorias mais vendidas em setembro. Na sequência, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,7%); outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,7%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2,3%). Esses dados foram feitos com base na Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/11/24/penetracao-compras-online-no-varejo-maior-nivel/