Sequoia (SEQL3), de logística, pede recuperação extrajudicial

A Sequoia Logística e Transportes (SEQL3) informou nesta sexta-feira (11) que, em conjunto com a Transportadora Americana, distribuiu pedido de homologação de Plano de Recuperação Extrajudicial no estado de São Paulo.

Segundo a companhia, a medida visa dar início a processo de reestruturação de dívidas não-financeiras, inclusive mediante conversão e reperfilamento de créditos quirografários da ordem de aproximadamente R$ 295 milhões, decorrentes de contratos firmados com fornecedores, prestadores de serviços, locadores de armazéns, entre outros.

“Na sua maioria, trata-se de créditos cujos titulares não mais fornecem ou prestam serviços para a Sequoia Logística e Transportes S.A. e/ou a Transportadora Americana S.A.”, afirmou a companhia em comunicado.

A recuperação extrajudicial não impactará adversamente clientes ou colaboradores, segundo a Sequoia, na medida em que o plano envolve em sua maioria credores inativos.

De acordo com a empresa, o plano também não abrange dívidas trabalhistas, dívidas bancárias e de emissões de debentures, tampouco abrange dívidas das empresas do Grupo Move3.

“As assembleias gerais de debenturistas das debêntures objeto da 3ª, 4ª, 6ª e 7ª emissões estão sendo imediatamente convocadas para a solicitação dos waivers para cláusulas de vencimentos antecipados que sejam condizentes com o momento da companhia”, disse.

A execução das obrigações previstas no plano está sujeita à confirmação do Plano de Recuperação Extrajudicial pelo juízo competente.

O Plano de Recuperação Extrajudicial contempla apenas a Sequoia Logística S.A. e a Transportadora Americana S.A., cujos credores quirografários não-financeiros poderão optar pelo recebimento de seus créditos dentre a seguintes opções:

  • Opção 1: conversão integral dos créditos em ações da Sequoia (SEQL3), negociadas na B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão, com preço de exercício por ação objeto da conversão de R$ 8,00;
  • Opção 2: pagamento em 36 parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira parcela após o prazo de carência, com início em 60 meses contados da homologação judicial do Plano;
  • Opção 3: deságio de 70%, com o pagamento do saldo em 84 parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira parcela após o prazo de carência de 12 meses contados da homologação judicial do Plano;
  • Opção 4: deságio de 50%, com o (i) pagamento em dinheiro à vista de 2/5 do saldo, a ser realizado dentro de 120 dias corridos a contar da homologação do Plano, ou 31 de janeiro de 2025, o que ocorrer primeiro; e (ii) pagamento em dinheiro de 3/5 do saldo, em 15 prestações mensais e consecutivas, com início 30 dias corridos após o pagamento em dinheiro à vista do item (i);
  • Opção 5: 2 deságio de 70%, com o pagamento do saldo em dinheiro à vista, a ser realizado dentro de 30 dias corridos a contar da homologação do Plano.

Fonte: “Tudo sobre Sequoia: informações e últimas notícias – Money Times

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Americanas tem melhor ciclo de caixa desde o início da crise

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A Americanas, em recuperação judicial há um ano e meio, conseguiu estender o prazo de pagamento a fornecedores para o maior intervalo desde o início da crise na companhia. Esse período é fundamental para uma empresa de consumo, porque afeta diretamente o ciclo financeiro. As informações constam em relatório mensal das atividades, que a rede tem que publicar ao mercado depois que entrou em recuperação.

Quanto maior o período negociado para pagar a indústria e menor o prazo de receber dos clientes, mais dinheiro disponível terá uma companhia no caixa. E menor será a dependência da varejista a financiamentos no mercado.

Os dados publicados mostram que a empresa pagou fornecedores em 27 dias em maio, versus 17 dias em abril — há cerca de um ano, na metade de 2023, o pagamento era praticamente à vista, em seis dias. Em outubro, caiu para dois dias, ou seja, praticamente sem fôlego, e elevando a necessidade de se financiar no mercado.

O prazo, no entanto, ainda está abaixo daquilo considerado normal numa empresa em boas condições financeiras. Normalmente, varejistas de lojas físicas tradicionais tem entre 60 e 90 dias para pagar a indústria.

Antes da recuperação judicial, na antiga diretoria, a Americanas operava um modelo incomum, com prazos de pagamento que superavam os 100 dias, 120 dias, por conta de uma negociação que envolvia fabricantes e bancos, e que ajudava a sustentar um esquema de fraude envolvendo transações financeiras e bonificações.

Além do prazo de pagamento a fornecedores, a empresa publicou o prazo de recebimento do dinheiro da venda, em 33 dias, dentro da média dos últimos meses.

Outro indicador, que trata do tempo de estoque das mercadorias — que indica o quanto um estoque gira na empresa — foi a 108 dias em maio, abaixo dos 121 em abril.

Esses prazos de pagamento e recebimento, além do período de estoques, constituem o ciclo de caixa ou financeiro de uma varejista.

O plano de recuperação judicial, que determina regras determina regras de fornecimento de produtos para os credores colaboradores da empresa, tende a trazer alívio de caixa para a empresa, e foi homologado em fevereiro.

A Americanas ainda informou no material o número de lojas em operação no grupo em maio, num total de 1.703 pontos, sendo que um ano atrás, em maio de 2023, eram 1.842. Ou seja, em 12 meses, o total foi reduzido em 139 unidades. Isso equivale a menos de 8% do total de lojas que a rede tinha antes da crise.

Fonte: “https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/06/19/americanas-tem-melhor-ciclo-de-caixa-desde-o-inicio-da-crise.ghtml”

 

 

 

 

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