China analisa fluxo pós-covid com festival de compras ‘618’

A China está pronta para obter uma imagem de como a política de zero COVID-19 do país e a desaceleração da economia afetaram o desejo dos compradores de fazer alarde, à medida que as plataformas de comércio eletrônico se preparam para relatar as receitas a partir do “618” festival de compras neste fim de semana.

Finalizando em 18 de junho, “618” é o segundo maior evento de compras da China em vendas após o Dia dos Solteiros de 11 de novembro, com os caçadores de pechinchas adiando as compras em antecipação a descontos em várias marcas.

No ano passado, o Alibaba Group Holding Tmall, JD.com e Pinduoduo atingiram um valor combinado de 578,4 bilhões de yuans (US$ 85,89 bilhões) em vendas no 618, um aumento de 26,5% em relação no ano anterior, mostram os dados da Syntun.

Mas a segunda maior economia do mundo foi prejudicada nos últimos três meses pelos esforços do governo para combater as repetidas ondas da covid-19, que levaram dezenas de cidades a impor medidas de bloqueio de intensidade variável, reduzindo os gastos, impactando os meios de subsistência e interrompendo fortemente o fornecimento.

Muitas cidades afrouxaram as restrições em junho e disseram que querem estimular o consumo para revitalizar a economia, com incentivos que incluem vouchers, subsídios para compradores de carros e pagamentos digitais em yuan.

Reconhecendo que as marcas foram atingidas pela pandemia, Alibaba e JD.com estão oferecendo medidas de suporte aos comerciantes, como prometer acelerar as transferências de depósitos de pré-venda para ajudar na liquidez dos comerciantes.

Eles também estão incentivando as marcas a oferecer seus maiores descontos de todos os tempos na esperança de estimular os gastos, com o JD.com estipulando que os compradores podem obter 50 yuans de desconto para cada 299 yuans que gastarem. Alibaba tem uma oferta semelhante. Os fornecedores pagam a conta desses descontos.

Algumas empresas e agentes disseram à Reuters, no entanto, que planejavam participar menos dos descontos este ano, porque eles ou seus clientes não tinham condições de pagar.

Fang Jianhua, fundador e presidente da IDG Capital e da marca de roupas Inman Apparel, apoiada pelo Alibaba, escreveu um artigo no WeChat no mês passado lamentando como os varejistas, especialmente em Xangai, estavam sofrendo no ambiente atual com a perda de vendas e que ele planejava “ficar de lado” para 618 – uma expressão chinesa de inação.

Em vez de descontos, Fang planeja “se concentrar em como usar nossos produtos e serviços para construir conexões emocionais com milhões de clientes”, disse ele sem dar detalhes.

Ainda assim, o evento está vendo uma tendência de varejistas, da fabricante de massas Barilla à marca de xampu Ryo, oferecer pacotes de “estoque”, contendo o que constituiria pedidos em massa de seus produtos.

Muitos compradores em cidades como Xangai e Pequim, que sofreram medidas de bloqueio pandêmico, correram para estocar alimentos e necessidades diárias, mesmo depois que as restrições de movimento diminuíram devido ao medo de que o bloqueio acontecesse novamente. O evento 618 foi idealizado pelo JD.com em 2004 para comemorar seu aniversário.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/china-analisa-fluxo-pos-covid-com-festival-de-compras-618/

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A evolução do e-commerce na nova era pós-covid

As descobertas atualizadas do relatório Winning Omnichannel, da Kantar, revelam as mudanças de comportamento e as oportunidades para as marcas atenderem às novas necessidades dos consumidores. De janeiro a setembro de 2021, o crescimento do fast-moving consumer goods (FMCG) – ou bens de consumo rápidos, produtos embalados como alimentos, bebidas, itens de higiene, etc. – desacelerou para apenas 0,8%.

As compras de supermercado em casa permanecem 8,4% mais altas do que eram antes do covid-19. Enquanto isso, o e-commerce continua liderando o crescimento do canal, embora em um ritmo mais lento: registrou um crescimento de 17% de janeiro a setembro de 2021, em comparação com um aumento impressionante de 42% no ano anterior.

O estudo é baseado nos painéis de compras domésticas da Kantar em sete grandes mercados mundiais (Reino Unido, França, Espanha, China Continental, Indonésia, Brasil e México), que representam 29% da população global. Isso mostra que as tendências pré-pandemia estão retornando, mas que a atenção aos comportamentos que permanecem predominantes desde a pandemia, como trabalhar em casa e o retorno da socialização presencial, é essencial.

A adaptação do e-commerce

Mesmo sendo a maior história de sucesso da pandemia, o e-commerce precisará se adaptar em 2022 se quiser continuar seu crescimento estelar. As plataformas precisarão encontrar novos compradores para obter sucesso adicional, de acordo com a Kantar.

Diante desse cenário, a Bornlogic em parceria com a Opinion Box realizou um levantamento sobre as principais tendências para o segmento. Ao entrevistar 2129 pessoas de todo o Brasil que fizeram compras online nos últimos seis meses, em setembro de 2021, o relatório revela que um a cada três afirma comprar apenas via e-commerce e que a frequência de aquisição aumentou 71% no último ano.

e-commerce

Para 2022, 49% pretendem comprar ainda mais, tendo as restrições causadas pela pandemia, praticidade, preços e promoções específicas como motivadores. Além disso, apenas 4% desejam comprar menos pela internet, o que significa que o brasileiro realmente aderiu ao fenômeno e pretende continuar fiel a ele.

A pesquisa também elenca as quatro categorias mais compradas online e que, consequentemente, quebraram a barreira do “quero experimentar antes de comprar”:
● Alimentos e bebidas;
● Eletrônicos;
● Telefonia;
● Eletrodomésticos.

As redes sociais podem ser aliadas

Para o estudo da Bornlogic com a Opinion Box, 26% usam redes sociais, como o Instagram e o Facebook, para fazerem compras, e 65% afirmam que tem o hábito de pesquisar por produtos nas redes sociais, sendo que 10% usam as redes como primeira opção de pesquisa.

Dessa forma, uma alternativa que pode trazer bons resultados são os anúncios, opção para quem quer encurtar a jornada de compra e atingir em cheio o público-alvo. Uma prova de sua relevância social é que o Instagram foi uma das redes responsáveis por popularizar a profissão de influencer e é lá, ainda, que estão aqueles com maior poder sobre a decisão do cliente.

Concomitante a isso, o TikTok, rede de vídeos curtos, que vem batendo recordes de downloads e números de usuários pelo mundo, é uma oportunidade que segue crescendo e, na opinião do consumidor, pode ser um bom canal para o marketing de influência.

A pesquisa com os clientes brasileiros mostra que a hora de atuar com omnicanalidade é essa: desde o boom do e-commerce impulsionado pela pandemia, com todo tipo de loja fechando as portas e precisando recorrer ao on-line, algumas estratégias nesse sentido se popularizaram e se consolidaram.

“Um novo mundo de opções se abre quando misturamos o varejo físico com o digital. Os consumidores já sabem disso e estão contando com as marcas que conseguem oferecer experiências híbridas”, reforça o estudo.

Ao unir essas tendências, as companhias poderiam investir em tecnologias de realidade virtual e aumentada, uma vez que 21% das pessoas consultadas assume que gosta do varejo físico porque há o atendimento ao cliente em sua essência. Logo, que tal, desenvolver sistemas que simulem essas interações e dê dicas de produtos?

Meios de pagamento e tecnologia

Ao perguntar especificamente sobre e-commerce, o relatório obteve que 71% utilizam o smartphone para fazer compras online, sendo o Pix o destaque entre os meios de pagamento: apenas 1% dos consumidores diz não conhecer o formato, enquanto 86% conhecem e utilizam no dia a dia.

Em seguida, o pagamento por carteiras digitais é o mais usado no e-commerce brasileiro, seguido pelo QR Code. WhatsApp Pay e ferramentas com base em reconhecimento facial têm menor adesão, mas são conhecidas pela maioria das pessoas.

Por fim, ao passo que os meios de pagamento evoluem, ainda existem alguns entraves que impedem uma parcela dos clientes de se entregarem ao e-commerce para valer, são eles:

● Valor do frete;
● Avaliação negativa de outros clientes;
● Fraude;
● Prazo de entrega;
● Medo de informar dados pessoais.

Problemas de logística, satisfação e cibersegurança, aparentemente, de acordo com a pesquisa, são as principais lacunas a serem preenchidas pelos players. Além disso, há um alerta: de nada adianta a tecnologia seguir avançando se os consumidores não aderem a elas ou saem insatisfeitos após o uso.

É fato que o e-commerce já atingiu o seu auge, mas é possível que, no decorrer dos anos, o fenômeno siga ganhando espaço no mercado. A questão é que os consumidores vão ficando cada vez mais exigentes e esperam experiências diferenciadas. Estar no ambiente digital apenas por estar não é mais suficiente.

Os hábitos de consumo mudam constantemente e é fundamental estar preparado para o que der e vier. Agora, a concorrência está a poucos cliques de distância e com uma estratégia para cada público. A vez será de quem soube otimizar processos e oferecer produtos no momento e local corretos.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/02/18/evolucao-e-commerce-pos-covid/?utm_campaign=news-cm-210222&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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