Sem frete “justo”, não há como manter a sustentabilidade do setor, alerta Setcemg

Além da pressão dos embarcadores, defasagem no valor do frete aumentou para 15,3% de acordo com a última sondagem do DECOPE-NTC.

Em meio ao mercado extremamente competitivo, as empresas de transporte de cargas enfrentam um grande desafio que, inclusive, ameaça a sustentabilidade do setor: o frete. O alerta é do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg).

A última sondagem feita pelo Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas (DECOPE) da NTC&Logística revelou que a defasagem no valor do frete aumentou no TRC, alcançando 15,3%, sendo 12,6% no transporte de carga fracionada (no qual as cargas de vários clientes são compartilhadas no mesmo veículo) e de 17% na carga lotação (a carga de um único embarcador ocupa toda a capacidade do veículo).

Para o presidente do Setcemg, Antonio Luis da Silva Junior, este cenário traduz bem como está o mercado de transporte rodoviário brasileiro. Ele ressaltou que, mesmo com a estabilidade dos preços dos insumos nos primeiros seis meses do ano, o acumulado ainda não foi recuperado.

O executivo citou como exemplo o diesel, que acumula uma alta de 18,2% em média nos últimos 12 meses. Já os preços dos veículos acumulam um aumento de 76,5% nos últimos 36 meses.

“Nosso setor vive momentos complicados: pressão constante para a redução de fretes por parte dos embarcadores, crescente aumento dos custos diretos, prazos excessivos e investimentos cada dia maiores e mais caros”, enfatizou o presidente do sindicato.

DESAFIOS

De acordo com o presidente, o setor também lida com outros complicadores. “Temos, ainda, a inclusão de vários custos e exigências que não compunham nossas planilhas de custo, além de uma concorrência desesperada por faturamento e sustentação de vaidades, que dão força e tranquilidade aos negociadores de fretes. A consequência é o desgaste e o enfraquecimento de nosso setor”, afirmou.

Ele lembrou também que as empresas de transporte de cargas, importantes para a economia e o desenvolvimento do país, ficam expostas a outros fatores que impactam, diretamente, os custos operacionais das empresas, como a oscilação dos preços dos combustíveis, pedágios, manutenção de veículos e salários dos motoristas. “Então, estabelecer uma tarifa de frete justa que cubra esses custos e, ao mesmo tempo, seja atraente para os clientes, é uma tarefa árdua.”

Na avaliação do presidente do Setcemg, a necessidade da prática de preços justos e competitivos, aliada à necessidade de cobrir os custos operacionais e garantir a sustentabilidade do negócio, forma um delicado equilíbrio que muitos gestores se esforçam para manter.

“Transporte é custo, principalmente nos produtos de baixo valor agregado, e a transportadora que não se preocupar em ser competitiva nos custos e na qualidade, precificando corretamente o serviço e considerando todas as variáveis e fatores que afetam sua produtividade, não sobreviverá, e levará com ela as empresas que disputam clientes ou faturamento sem praticar seus custos reais”, ressaltou.

Junior reforçou que a própria história vivenciada pelo setor confirma que, sem resultados e sem um cuidado permanente com os custos, as empresas padecem, independentemente do tamanho que alcançaram. “São várias as transportadoras que desapareceram nos últimos 20 anos, e garanto que todos nós temos alguma como exemplo do que não devemos fazer”, afirmou.

Para evitar o fechamento das empresas do mercado, segundo o dirigente, é importante a união. “Sozinhos não conseguiremos. Temos de criar parcerias e uma concorrência construtiva, nivelada por cima e forte. Só assim teremos argumentos para discutir de igual para igual com nossos contratantes e cobrar fretes condizentes com o serviço que prestamos.”

O presidente do Setcemg reforçou que a sindicalização, o associativismo e as câmaras setoriais são apenas alguns dos caminhos para a profissionalização, para a capacitação em formar preços justos e planejar sua empresa para o futuro. Além disso, possibilitam a troca de informações e ideias e, principalmente, com quem está obtendo bons resultados.

Fonte: “Frete “justo” é essencial para sustentabilidade do setor (mundologistica.com.br)

 

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Tecnologia reduz em até 48% tempo de cotação de frete

Tradicionalmente, o processo do chamado BID de Transporte pode levar até 32 dias; simulação acelerada da DATAFRETE, por meio de automação, finalizou ações em até 12 dias.

Um dos grandes gargalos das empresas no processo logístico é o chamado BID de Transportes. É nesta etapa que indústrias e e-commerces contratam as transportadoras que serão responsáveis por levar seus produtos até o consumidor.

Mais do que apenas fechar o contrato, o BID envolve etapas que iniciam no lance, enviado para diversas transportadoras, passando pelo levantamento das melhores ofertas, alinhamento de informações e, enfim, a contratação efetiva. A análise é da DATAFRETE.

De acordo com a companhia, um processo do BID de transporte tradicional pode levar 32 dias para ser concluído. Com a pressa cada vez mais evidente para a distribuição, a tecnologia vem se firmando como uma ferramenta essencial para acelerar o processo.

“Quando a empresa automatiza o BID, pode contar com uma funcionalidade que chamamos de Simulação Acelerada. Através dessa ferramenta, muitas das etapas deixam de ser feitas manualmente, passando por uma varredura automática do sistema, comparando cenários de acordo com as propostas recebidas e, assim, elegendo o melhor fornecedor em cada caso”, explicou o especialista em Logística da empresa, André Vieira.

Especialistas da DATAFRETE simularam um cenário em que são feitos cinco mil registros com cinco transportadoras diferentes. Considerando um processo ideal, com informações básicas sobre a carga e as transportadoras, o tempo médio para um BID com cinco transportadoras tem as seguintes etapas e prazos:

ETAPA 1

Edital de licitação (1-2 dias): a empresa que precisa do serviço cria um documento que descreve suas necessidades, regras e informações básicas. Esse documento é enviado aos possíveis fornecedores do mercado.

ETAPA 2

RFI (Request for Information) (2-5 dias): as empresas interessadas em participar respondem com informações solicitadas pela empresa contratante para entender melhor suas capacidades e propostas.

ETAPA 3

RFQ ou RFP (Request for Quotation ou Request for Proposal) (2-5 dias): fase focada nos aspectos financeiros, onde as empresas concorrentes apresentam suas propostas comerciais com valores detalhados para o serviço solicitado.

ETAPA 4

Simulação de cenários (5-15 dias): fase para confecção de cenários para comparação das propostas e.

ETAPA 5

Fechamento (1-5 dias): negociação de termos e condições do serviço, elaboração e assinatura do contrato.

Tempo total estimado: 11-32 dias.

Com a simulação acelerada por meio do sistema de gestão logística da companhia, a DATAFRETE explicou que o processo 3 deste cenário pode ser feito de forma automática, em cerca de uma hora. Com isso, há uma redução de pelo menos 48% no tempo de realização do BID.

“Neste mesmo cenário, foi demonstrado uma capacidade de redução de 12% sobre a conta frete, que em valores absolutos foram estimados em R$ 259 mil dentro de 12 meses, mantendo ou reduzindo os prazos de entrega”, reforçou André.

IMPACTO PARA ALÉM DOS CUSTOS

Segundo a companhia, as empresas ganham em tempo e otimização de recursos com a automação. Entregas que poderiam levar semanas para serem concluídas passam a ter suas datas antecipadas.

“Além disso, a automação proporciona um comparativo muito preciso, o que reduz custos em diversas etapas da logística. Temos clientes, por exemplo, que tiveram reduções de 13% nos custos de operações e 3% no valor do frete em si. Na soma, a operação torna-se eficiente em vários aspectos, dando à equipe mais tempo e estrutura para um trabalho estratégico”, disse o especialista.

Fonte: “Tecnologia reduz em até 48% tempo de cotação de frete  (mundologistica.com.br)

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Como o frete pode ser um aliado do aprimoramento do CX?

Tempo é dinheiro. E na corrida da entrega mais rápida – serviço cada vez mais apreciado entre os consumidores – o valor do frete pode ser um aliado ou inimigo. Prova disso é que o estudo da Moonsend, feito em 2020, constatou que o preço salgado é motivo de desistência de 60% dos carrinhos virtuais. Mas tem como superar esse gargalo? Como o e-commerce pode trabalhar nisso?

Essa questão é comercialmente relevante, pois o usuário fica com a sensação de que está pagando a mais ou de que está arcando com um custo que deveria ser apenas da loja. Entretanto, um varejista, para lucrar, necessita incluir todos os custos possíveis na formação do seu preço de venda, o que acaba recaindo no valor do produto, muitas vezes.

Outro ponto importante são as interfaces de usuário complexas e experiências de checkout desajeitadas. Algumas saídas apresentadas pelo levantamento são configurar um e-mail automatizado de abandono de carrinho e oferecer frete grátis. Isso pode realmente fazer a diferença e ajudar a recuperar mais de 20% do público, de forma que até mesmo o atendimento ao cliente acaba ganhando com essas medidas.

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Fonte: Octadesk/Opinion Box

No Brasil não seria diferente. Pesquisa da Octadesk em parceria com a Opinion Box descobriu que 62% dos consumidores desistiram de uma compra pela web ou aplicativo em razão de uma experiência ruim durante o processo de aquisição de um serviço ou produto.

Ou seja, em média, a cada três pessoas que decidem comprar algo, duas desistem por uma experiência negativa. O principal motivo apontado pelos ouvidos pela pesquisa é o alto valor do frete, seguido dos preços elevados e a falta de credibilidade da empresa.

Outros pontos de atenção são a quantidade de etapas que os clientes precisam percorrer em um site ou aplicativo para concluir a compra, a quantidade de informações pessoais exigidas e a necessidade de realizar um cadastro no site.

Como o frete é um custo variável de acordo com o destino de entrega, é natural que ele seja destacado separadamente. Infelizmente, para alguns, essa prática tem resultado na perda de vendas no momento do fechamento do pedido. Fica em vantagem quem oferece isenção de frete e pensa em todos esses processos, como é o caso da Amazon Prime.

Como driblar o preço do frete

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Mariana Roth, líder de Amazon Prime Brasil

De acordo com Mariana Roth, líder de Amazon Prime Brasil, colocar o cliente como o centro de tudo (customer centric) é – e sempre foi – um dos focos da companhia. Logo, entregar uma experiência boa e completa ao consumidor é o grande objetivo. “Temos o compromisso de inovar e entregar excelência operacional, ofertando escolha, velocidade e conveniência”, afirma.

Um bom exemplo disso é o benefício de frete grátis ilimitado do Amazon Prime. “Investimos continuamente na expansão das entregas rápidas e gratuitas: em 2019, no lançamento do Amazon Prime, o frete grátis em dois dias era oferecido para 90 cidades e agora já expandimos para mais de mil cidades”, conta a executiva.

A entrega gratuita em um dia, lançada em 2021, está agora disponível em mais de 100 cidades nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de JaneiroGoiás e São Paulo.

Além disso, a opção de entrega no mesmo dia agora também está disponível para todos os clientes nas cidades do Rio de JaneiroBelo HorizonteBarueri, Osasco e Guarulhos, com o desconto para membros do Amazon Prime.

“Estamos sempre inovando para que possamos oferecer o que eles precisam – quando, onde e como eles desejam. Nossa obsessão pelo cliente é permanente, e se destaca como um dos mais importantes entre os nossos 16 Princípios de Liderança. Por isso focamos na experiência do consumidor, assim, podemos exercitar nossa paixão por inovar e nosso compromisso com excelência operacional e visão de longo prazo”, explica Mariana Roth.

Clientes que não assinam o Amazon Prime contam com entrega gratuita na primeira compra, nas compras acima de R$99 em livros e acima de R$149 em produtos enviados pela Amazon.

No Brasil, o Amazon Prime inclui frete grátis e rápido para todo país em milhões de produtos, sem valor mínimo de compras, e acesso a promoções exclusivas. Oferece filmes e séries de sucesso no Prime Video, mais de 2 milhões de músicas e podcasts no Prime Music, acesso a centenas de livros e revistas digitais no Prime Reading e jogos gratuitos no Prime Gaming. Tudo em uma única assinatura por apenas R$9,90 ao mês, ou R$89 ao ano, podendo ser cancelado a qualquer momento.

CX e frete andam lado a lado

Frete e customer experience (CX) podem se tornar aliados se trabalhados estrategicamente e de forma unificada, de modo que o consumidor note os esforços da companhia para gerar uma experiência do cliente personalizada, intuitiva e atrativa.

“Colaboramos estreitamente e ouvimos atentamente para conquistar confiança. Construído com base no frete rápido, gratuito e ilimitado, o Amazon Prime foi projetado para tornar a vida do cliente melhor a cada dia – tornando-a mais fácil, conveniente e divertida, oferecendo uma combinação entre o que há de melhor em compras e entretenimento. Já são mais de 200 milhões de clientes no mundo aproveitando o frete grátis e rápido através desse programa”, coloca a profissional.

“Vamos continuar trabalhando para criar serviços que tenham impacto positivo, seja para o consumidor, para os funcionários ou para nossos vendedores parceiros. Começamos obcecados pela experiência do cliente, examinando constantemente maneiras de melhorar o valor para eles e introduzindo novos recursos ou serviços que os surpreendem e encantam”, finaliza Mariana Roth.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/05/02/frete-aliado-aprimoramento-cx/?utm_campaign=news-cm-030522&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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