Mercado Livre compartilha insights para alavancar as vendas no setor de moda

No segundo dia do Mercado Livre Experience 2023, Lys Prol e Carolina Pissardo, Gerente do Marketplace de Moda e Head de Fashion e Esportes do Mercado Livre, subiram ao palco do evento para apontar insights importantes que alavancam as vendas no setor de moda do marketplace. Já consolidado pelos consumidores do setor, o e-commerce tem cada vez mais ganhado inovações tecnológicas para melhorar a experiência nas plataformas e também atrair consumidores.

Em estudo recente realizado pelo Mercado Livre sobre a categoria de moda, foi identificado que 68% dos compradores acessam diariamente o marketplace e mais de 65% se informam bastante sobre o produto antes de concluir a compra. Esse hábito inclui a busca por novos produtos e marcas, que muitas vezes são destaque para influenciar a decisão de compra. No Mercado Livre, por exemplo, 50% dos impactos em publicidade são alcançados no setor de roupas e calçados, enquanto 36% são em acessórios de moda. Além disso, esses consumidores também são adeptos da compra repetida, onde 58% voltam para o site para garantir novos produtos.

Durante o painel, foram apresentados dados sobre uma das datas mais importantes para o varejo: a Black Friday, que, segundo os dados apresentados, possui cerca de 50,7 milhões de usuários navegando no site durante o período e 2,6x mais publicações visitadas, se comparado a uma semana regular. A ideia é preparar os sellers para se projetar para o momento, pois a previsão é de que 2023 será um ano histórico, já que não terá outro evento concorrente no período, como no caso de 2022 com a Copa do Mundo.

Portanto, a estimativa é crescer mais 23%, seguido pelo Natal, que deverá ter 14% de aumento nas compras no mês de dezembro em relação aos números do ano passado.

Além disso, também foram apresentadas ferramentas poderosas do ecossistema para alavancar as vendas dos sellers, as dicas foram voltadas para investimento em cupons, ficar de olho nas fashion trends e os clips – uma novidade, espécie de reels dentro do site, que possibilita os vendedores a produção de vídeos curtos para exibir melhor o produto.

Os clips geram cinco vezes mais visibilidade para os anúncios, um conteúdo que segmenta uma audiência específica para itens específicos. Para as palestrantes, essa é uma dica de ouro para a Black Friday e o Natal. Através deles, é possível levar o usuário até o anúncio do item exibido de uma maneira mais rápida e interativa. Para os sellers do setor fashion, é uma oportunidade de negócio, pois o consumidor poderá ver o caimento das peças, ideias para montagem de looks, cores e demais aspectos das peças.

Entre os insights, também foi destacado a importância de preparar o estoque, seguir de olho nas tendências e produtos que estão em alta na demanda dos consumidores. A organização da operação, uma boa descrição do produto com a tabela de medidas, fotos padronizadas e bem iluminadas, agilidade na resposta das dúvidas e o cuidado com a reputação do vendedor são outros pontos de atenção para impulsionar as vendas nas datas de maior demanda.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-livre-compartilha-insights-para-alavancar-as-vendas-no-setor-de-moda

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62% dos consumidores que fazem até cinco compras mensais usam e-commerce

Estudo traçou o perfil dos consumidores do mercado online e seus hábitos de consumo. O cenário é otimista.

e-commerce brasileiro tem passado por um crescimento nos últimos anos e atraído consumidores. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre 2019 e 2022, foram movimentados cerca de R$ 450 bilhões. Para 2023, a expectativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) é que o setor encerre o ano com uma movimentação de R$ 186 bilhões.

Os motivos que levam os consumidores a recorrerem ao e-commerce são diversos. Existe a comodidade de poder fazer compras sem a necessidade de sair de casa. Há também a possibilidade de comparar os preços antes da escolha. Além disso, o cliente, antes mesmo de efetuar suas compras, têm disponíveis as avaliações de outras pessoas, o que ajuda na tomada de decisão. Diante desse cenário, o e-commerce se expande em diferentes plataformas e alcança clientes de todo o Brasil.

Frequência das compras online

Questionados sobre a frequência das compras feitas pela internet, 33% disseram que usam o e-commerce pelo menos uma vez ao mês, enquanto 23% compram uma vez a cada duas semanas, contra 15% que compram na internet menos de uma vez ao mês. Houve um aumento no número de clientes que usam o comércio digital para suas compras ao menos uma vez por semana; se em 2022 o percentual era de 12%, em 2023 aumentou para 17%. Já aqueles que compram várias vezes por semana no mundo virtual representam 12%.

Considerando um mês normal, os clientes foram questionados quantas compras são feitas normalmente com o uso da internet. A grande maioria deles, 62%, afirmou fazer de duas a cinco aquisições no comércio virtual. 21% fazem apenas uma compra ao mês. 13%, entre seis e 10 compras, enquanto aqueles que adquirem entre 11 e 20 produtos pela internet durante o mês representam 3% da pesquisa. Já 1% dos ouvidos afirmam que fazem mais de 20 compras mensais pelo e-commerce.

Quais as plataformas preferidas do consumidor?

Independentemente da frequência, os consumidores que fazem suas compras online têm suas preferências. Os sites e lojas virtuais são os preferidos deles, uma vez que essa escolha é feita por 63% dos entrevistados. Já marketplaces, como Americanas e Amazon, retêm 60% dos clientes. Os aplicativos próprios das lojas ocupam o terceiro lugar, com 49%, enquanto os agregadores ficam o quarto lugar, com 36% dos votos.

As redes sociais e sites de classificados empatam no quinto e sexto lugar, com 12% dos votos. O WhatsApp também aparece nas escolhas dos clientes em sétimo lugar, com 9%. Por último, as demais plataformas, 1%.

Os dados são de uma pesquisa que traçou o perfil dos consumidores do mercado online e seus hábitos de consumo, a partir de entrevistas feitas em maio de 2023, com 2.088 consumidores acima de 16 anos de todo o Brasil, de todas as classes sociais. A pesquisa foi feita pela Opinion Box com a Octadesk. Todos os entrevistados fizeram ao menos uma compra online nos seis meses que antecederam a pesquisa.

O que motiva as compras online? E as nas lojas físicas?

Para entender o aumento das compras no e-commerce é importante entender primeiro o que leva o consumidor a optar pelo mercado digital. O preço mais baixo na internet, comparado ao das lojas físicas, ocupa a primeira posição, com 58%. A praticidade de poder comprar sem sair de casa também está entre os motivos para 57% dos consumidores. Outro fator de influência para 56% dos clientes são as promoções encontradas apenas no comércio virtual.

Por outro lado, existem comodidades nas lojas físicas que também atraem o consumidor, e a entrega do produto na hora foi escolhida por 57% dos entrevistados pelo estudo. Além disso, 55% consideram a possibilidade de poder ver e trocar seus itens comprados. 23% optam pelas lojas físicas por uma questão de segurança. Enquanto isso houve um empate entre aqueles que gostam de negociar diretamente com o vendedor e os que apreciam a experiência de ir até o local para conhecer a loja, ambos com 20%.

O que o passado nos mostra sobre compras online, e o que esperar do futuro?

As compras pela internet são novidade para parte dos ouvidos pelo levantamento. 27% disseram que começaram comprar online entre dois e cinco anos. Os brasileiros que usam o e-commerce há dois anos são 18% dos ouvidos pelo estudo, o mesmo percentual daqueles que consomem nesse mercado há mais de 10 anos. Os que aderiram a essa modalidade nos últimos 12 ou seis meses empataram no percentual, com 6% cada. Os clientes mais antigos, que compram online entre cinco e 10 anos, são 25% dos ouvidos.

54% dos consumidores ouvidos contam ter a intenção de aumentar a frequência de compras pela internet nos próximos 12 meses. O cenário aponta para um crescimento do e-commerce. Agora, basta as empresas se prepararem para atender essa demanda crescente.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/09/62-consumidores-usam-e-commerce/?utm_campaign=cm_news_090823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Como Shein e Shopee usam games para ‘prendê-lo’: conheça a gamificação do varejo

Apps utilizam estratégias para usuário acessar serviço todos os dias e deixar comentários sobre produtos

Antes de dormir, a artesã Simone Tomaz, 60, abre o aplicativo da Shopee e se distrai com joguinhos ao estilo do popular “Candy Crush” no próprio app. Não é só diversão: enquanto joga, ela acumula pontos que podem ser utilizados para compras. Entre uma fase e outra, assiste a anúncios que também garantem pontos e adiciona sugestões de produtos ao carrinho para comprar mais tarde. “Tem toda uma estratégia. O aplicativo fala para acessar uma loja nele por 30 segundos e ganhar moedas. Aí, vejo uma coisa interessante e adiciono ao carrinho”, descreve.

Ela é a cliente ideal de uma estratégia utilizada há anos por diferentes marcas, hoje aperfeiçoada por empresas como as chinesas Shopee e Shein. Como as redes sociais, o desejo das marcas é manter o consumidor o máximo de tempo possível no aplicativo e fazê-lo retornar, como um jogo de videogame em que é necessário passar de fase. É a “gamificação” do varejo.

“A grande estratégia por trás disso, a diversão e o entretenimento, é gerar algum tipo de engajamento para que a pessoa volte e continue comprando ou indique alguém”, pontua o professor de game design do curso de Sistemas da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Vicente Martins Mastrocola. Na Shopee, por exemplo, 95% dos pedidos são feitos via smartphone. Os usuários passam, em média, 25 minutos só nos joguinhos do app todos os dias, segundo a empresa.

A ideia fundamental da gamificação é tão velha quanto os cartões de fidelidade que os restaurantes dão a clientes e os programas de milhagem das companhias aéreas. Mas ganham uma roupagem moderna e cada dia mais sofisticada com os apps de compras, que conseguem reunir um volume gigantesco de dados sobre o comportamento e preferências dos clientes. E não é coincidência que se concentrem nos celulares: eles são uma ferramenta preciosa para o marketing dessas empresas, explica o professor Mastrocola.

“O app está vinculado ao seu smartphone e pega alguns tipos de dados que o computador não pega, como geolocalização. Por isso, as marcas querem tanto que você compre pelo app e não pelo site e fazem um sistema de recompensa diferenciado. Alguns apps vinculam o login à conta de Gmail e do Facebook, porque, aí, têm acesso a mais dados”, avalia.

Graças à gamificação, o consumidor também encontra dezenas de comentários e fotos sobre os produtos nos aplicativos. Quem comenta, envia fotos da encomenda e ganha curtidas, recebe mais pontos nos apps. É a lógica das redes sociais aplicada ao consumo. “Eu não mandava avaliações quando comprava online antes, mas agora faço porque isso dá moedas”, reconhece Simone, do início da reportagem.

Só a gamificação, porém, não basta para convencer o cliente, destaca Mastrocola, da ESPM. “Ela é uma das muitas ferramentas para manter o consumidor engajado”, diz. E lembra que o preço baixo não deixa de ser um motor poderoso: “A boa e velha promoção, entrar no site e ter 30% de desconto, ou ‘pague um, leve dois’, é uma das coisas mais antigas que temos em marketing”.

A Shein, por exemplo, apoia-se em três pilares para tomar o mundo: preços baixos, oferta de estilo e marketing nas redes sociais, avalia a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. Além de cobrar menos, em geral, do que as outras lojas de fast fashion, ela utiliza grandes bases de dados para guiar seus novos designs e investe alto em propagandas nas redes sociais. Outra aposta da marca é a inclusividade, especialmente para o tamanho plus size.

Como é o sistema de games e pontos das marcas
Shein
Cada cem pontos da Shein valem um dólar. Há várias maneiras de conquistá-los. Só de entrar no app todos e fazer um check-in, o usuário ganha pontos — e, assim, a marca fideliza o consumidor e garante que ele sempre verá promoções. Também é possível participar de jogos para ganhar pontos e cupons. Comentar um post garante cinco pontos, anexar uma foto vale dez e um comentário com informações de tamanho, dois. Confira o sistema de pontos completo da Shein.

Shopee
Comprar com cupons de cashback ou com vendedores indicados garante uma moeda Shopee a cada real gasto na plataforma. Como na Shein, também é possível ganhar pontos avaliando produtos e deixando comentários com foto — o que vale de cinco a dez moedas. O check-in diário no app participar de jogos é outra forma de acumular pontos.

Mercado Livre
O Mercado Livre aposta em um sistema de níveis de consumidor. Quanto mais você compra, mais avança na hierarquia e tem acesso a diferentes benefícios. São seis níveis, e as vantagens variam de descontos no frete a partir de determinado valor a acesso a serviços de streaming, como Disney+ e Star.

Quando as compras online se tornam um vício
“Olá, estou perdendo minha esposa para o aplicativo, ela não liga pra mim. Vive me pedindo dinheiro para comprar roupas e acessórios no aplicativo. Nosso casamento está prestes a acabar, sem falar que ela anda influenciando a própria filha menor e um monte de amigas”, diz um comentário registrado no site do Reclame Aqui. Talvez seja uma brincadeira irônica do usuário, mas também pode ser lido com a manifestação de um problema real.

Coordenador do grupo Devedores Anônimos de Belo Horizonte (DA BH), Vicente* não culpa as empresas ou as estratégias de gamificação pela compulsão em compras dos colegas. Mas avalia que as vendas online são parte do problema: “O perfil mais comum de devedor é o gastador compulsivo. Um dos grandes problemas deles são as propagandas na internet. A verdade é que as empresas querem vender, faz parte do objetivo delas fazer com que as pessoas gastem”, pondera.

Os DA utilizam a metodologia de passos dos Alcoólicos Anônimos (AA). As reuniões de BH, online, ocorrem às 19h30, aos sábados. A agenda e o link para participar no Zoom estão na página da instituição.

*Nome fictício.

Fonte : https://www.otempo.com.br/economia/como-shein-e-shopee-usam-games-para-prende-lo-conheca-a-gamificacao-do-varejo-1.2858948

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Via Varejo planeja criar crédito pessoal para quem “está sem banco”

A Via Varejo está trabalhando nos últimos dois anos para reformular todo o negócio da empresa e se tornar cada vez mais digital. A empresa viu em um de seus serviços mais antigos um grande caminho para o crescimento: o famoso carnê criado pelas Casas Bahia.

Agora, após 60 anos do lançamento do crediário pela varejista, ele volta a ser o serviço principal da expansão da Via Varejo que direciona o olhar para uma parcela de consumidores brasileiros que não possuem conta bancária. E que, podem virar clientes parcelando a compra de eletrodomésticos, entre outros produtos.

O carnê de papel no formato que é conhecido atualmente e que é entregue aos consumidores nas lojas, permanece e continua firme e forte como integrante da estratégia, pois a digitalização ainda não é uma realidade para todos.

De toda a receita da empresa, 33% é oriunda deste tipo de crediário. Deste total, metade é representado pelos carnês impressos.

É um número expressivo, porém antes da pandemia, a porcentagem era de 80%, o que mostra que as classes menos abastadas estão mais presentes no mundo digital.

“Na essência fomos a primeira companhia a conceder crédito. Temos um crediário próprio e isso nos dá a chance de penetrar em uma camada da população em que o cartão de crédito não chega”, disse o presidente da Via, Roberto Fulcherberguer, em entrevista ao Estadão.
O crediário, que por definição é originário das lojas físicas, a empresa lançou no ano passado, a versão digital. A modalidade é na verdade um empréstimo que a empresa concede aos clientes para compra de algum produto.

A compra pode ser parcelada em até 24 vezes. Isto faz com que mesmo os consumidores que não possuam crédito, consigam comprar.

A Via Varejo considera que o grande trunfo do carnê seja ele digital ou físico, é a fidelidade dos clientes. “Mais de 50% daqueles que compram no crediário voltam e muitos antes de terminar de pagar”, diz o presidente da Via.

Roberto diz também que o crédito concedido na vida digital do cliente, pode impulsionar o e-commerce e atingir novos públicos.

“O e-commerce responde por apenas 10% do mercado e principalmente nos grandes centros onde as pessoas têm um cartão no bolso”, diz o executivo.

Fonte : https://fdr.com.br/2021/08/10/via-varejo-planeja-criar-credito-pessoal-para-quem-esta-sem-banco/

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Inclusão de desbancarizados no varejo

A pandemia de Covid-19 trouxe um grande impacto em todos os aspectos sociais. Para o mercado, ela acelerou processos, principalmente os voltados à tecnologia. A crise foi um verdadeiro Cisne Negro que nos ensinou uma adaptação urgente. À luz da economia, devido ao auxílio emergencial iniciado após o isolamento social aqui no Brasil, o BC (Banco Central) constatou que mais de 60 milhões de brasileiros não têm conta em banco, o que impede que essas pessoas tenham uma série de benefícios, além de facilidade em adquirir crédito.

Ter opções, além do dinheiro, para que os clientes concluam os pagamentos se tornou praticamente uma obrigação para as marcas. Essa conjuntura é incontestável, tanto para o negócio como para o consumidor, e há anos facilita a vida de quem não quer esperar para concluir uma compra. Porém, nesse processo há um entrave mais comum do que as pessoas imaginam: os desbancarizados, ou seja, pessoas que não têm conta em banco. Dados de um estudo do Instituto Locomotiva, referentes a janeiro de 2021, mostram que 10% dos brasileiros não tinham conta em banco (16,3 milhões) em janeiro de 2021, enquanto outros 11% (17,7 milhões) não movimentaram a conta no mês anterior, o que totaliza 21% do total sem conta em banco ou com pouco uso.
Felizmente, e para a alegria de muitos, há outras maneiras de inserir esses consumidores na thread das compras. Antes, para uma pessoa conseguir um cartão de crédito ela precisava efetivamente abrir uma conta em banco, hoje essa exigência não é mais um empecilho para inserção desses clientes no mercado. Entretanto, há casos de consumidores que não têm confiança, pois se deparam com altas taxas de juros e têm medo da inadimplência. Devemos lembrar ainda que devido à falta de crédito, o consumidor deixa de realizar uma compra maior. Essa questão tem um impacto direto no ticket médio das empresas.

Os desbancarizados, classificados como invisíveis pelo Banco Central, em sua maioria, fazem parte de classes sociais menos abastadas, como D e E. Uma pesquisa realizada pela Kantar identificou que essas classes tiveram uma variação de consumo no lar, 9% e 14% no primeiro e segundo trimestres de 2020, respectivamente, principalmente pelo fato de 72% dessas pessoas terem recebido o auxílio emergencial. Com a pausa do crédito do governo, o consumo desse público enfrentou queda para 8% e 6% no terceiro e quarto trimestre do ano.

Fato é que esses consumidores são muito importantes para o mercado e precisam de crédito para conquistar seus bens e serviços, e se tiverem uma forma segura de continuar adquirindo e conquistando suas necessidades, comprarão mais. E uma boa maneira de fortalecer o consumo desses clientes é o cartão próprio de loja, tendo em vista a oportunidade de ampliar o prazo de pagamento que o varejo passa a oferecer sem depender de um banco físico. Com isso, o consumidor tem seu poder de compra ampliado por meio do benefício e, consequentemente, começa a aumentar o tíquete médio de compra no lojista.

Pesquisas internas nos mostraram, por exemplo, que quando uma rede apresenta o benefício de uma linha de crédito, o cliente se torna um consumidor fiel da loja. Automaticamente, empresas que oferecem o serviço de crédito para o varejo, auxiliam na fidelização do consumidor. Justamente porque na maioria das vezes, o uso de cartão de loja é exclusivo para o negócio. E quando bem utilizado pela varejista – com descontos exclusivos e vantagens para o cliente que adquiriu o cartão – os negócios aceleram suas vendas.
Em tempos de uma retomada cuidadosa da economia, que aos poucos está voltando a convivência social, a gente se depara com um mercado que tem o desejo de acelerar, inclusive, para alguns setores do varejo que foram prejudicados com o lockdown, isso significa recuperar meses de vendas abaixo da média. Esse ímpeto fortalece a imagem de um mercado competitivo, em que o varejista precisa desenvolver estratégias inteligentes para se destacar ante a concorrência.
Não basta apenas oferecer um bom atendimento, lojas organizadas e que atendam as expectativas dos consumidores; ter opções eficientes de pagamento e de crédito podem fazer a diferença para os negócios nesse retorno do varejo físico e on-line. E como eu disse, um ponto que eu aposto, não só por ter uma visão futura, como por viver numa tendência que se confirma a cada dia, quem investe no cartão de marca, ou cartão de loja, fortalece a imagem da empresa, insere no negócio mais um meio de comunicação com o consumidor e aumenta as chances de fidelização daquele cliente.
*CEO da Uze

Fonte : https://diariodocomercio.com.br/opiniao/inclusao-de-desbancarizados-no-varejo/

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