Mercado Livre: receita líquida cresce 56,5% atingindo US$ 2,6 bilhões no 2º trimestre

O Mercado Livre atingiu um novo recorde de receita total no segundo trimestre de 2022, superando a performance do primeiro trimestre. A receita líquida alcançou US$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2022, crescimento de 52,5%, em dólar, e de 56,5% em moeda constante, na comparação com o mesmo período de 2021. O Brasil representa cerca de 56% da receita líquida total do Mercado Livre, tendo alcançado US$ 1,4 bilhão e crescimento de 52,5%.

Segundo a companhia, a receita líquida do negócio de commerce aumentou 23,0% em dólares na comparação anual, para US$ 1,4 bilhão, impulsionada pelo marketplace, expansão da publicidade digital e pelos 41 milhões de compradores únicos no trimestre. Os consumidores se mantêm ativos, gerando crescimento na quantidade de itens por comprador em relação ao trimestre passado. Já a receita líquida de fintech cresceu 112,5% em dólares, chegando a US$ 1,2 bilhão, ano contra ano — superando a marca de US$ 1 bilhão pela primeira vez, com o aumento da relevância dos serviços financeiros no ecossistema.

No segundo trimestre, o Mercado Pago ultrapassou 38 milhões de usuários ativos, alta de 26,3%, com crescimento em todos os mercados da região, sobretudo nos serviços de pagamento via código QR, transferências dentro do ecossistema e usuários de crédito.

“Observamos um trimestre forte em todos os negócios, refletindo a melhora contínua da rentabilidade com resultados recordes em receita líquida e lucro bruto. Como consequência desse desempenho consistente, seguimos firmes em nosso propósito de ampliar o acesso ao comércio e aos serviços financeiros”, afirma André Chaves, vice-presidente sênior de Estratégia e Desenvolvimento Corporativo do Mercado Livre.

Ainda segundo ele, a operação de marketplace alcançou resultados sólidos, com crescimento das vendas e da base de compradores. “Já o Mercado Pago mantém forte ritmo de crescimento, com sua base de usuários em ascensão e aumento no volume de pagamentos da conta digital e adquirência. Nossa estratégia continua priorizando o equilíbrio entre crescimento rentável e gestão de caixa, apoiando o investimento em tecnologia para o desenvolvimento de produtos, sempre com foco na diferenciação no longo prazo”, completa.

Commerce no Mercado Livre
O volume de vendas (GMV) do marketplace atingiu US$ 8,6 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 21,8%, em dólar, e de 26,2% em moeda constante. Ao todo, foram vendidos 275,2 milhões de itens, sendo 6,7 itens por comprador, o que representa um crescimento de 12,3% — com destaque para Argentina, Brasil e México.

Ainda segundo a empresa, o volume total de anúncios registrados na plataforma chegou a 300,5 milhões. O Brasil se destaca na região com incremento de 18,6% no GMV, em moeda constante, e 143 milhões de itens vendidos no período — sendo 6,6 itens por comprador, o nível mais alto da média histórica para o segundo trimestre.

Com o Mercado Envios, 264,1 milhões de itens foram enviados na região, aumento de 26,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram significativos os avanços na execução e velocidade do Mercado Envios, cuja penetração atingiu 98,6% de toda operação, acima dos 97,3% registrados no mesmo trimestre de 2021. Desse total, mais de 91,1% correspondem à rede gerenciada do Mercado Livre — sendo 38,6% dos envios via modelo fulfillment. Do volume geral de mercadorias, cerca de 80% foi entregue em até 48 horas e cerca de 55% no mesmo dia ou no dia seguinte à compra.

Fintech
A carteira de crédito atingiu quase US$ 2,7 bilhões — era de US$ 2,4 bilhões ao final do primeiro trimestre de 2022. No período, o Mercado Crédito concedeu mais de US$ 2 bilhões em créditos, o que representa mais do que o triplo do valor registrado no segundo trimestre de 2021, atingindo mais consumidores e vendedores.

Já o volume total de pagamentos (TPV) via Mercado Pago atingiu US$ 30,2 bilhões pela primeira vez, crescimento de 72,1%, em dólar, e de 83,9% em moeda constante. Esse aumento é observado tanto em adquirência, como no uso da carteira digital. Já o volume total de transações (TPN) no período cresceu 72,9%, ano contra ano, superando cerca de 1,2 bilhão no segundo trimestre, o terceiro trimestre consecutivo com TPN acima de 1 bilhão.

O volume total de pagamentos via Mercado Pago, fora da plataforma do Mercado Livre, atingiu US$ 21,2 bilhões, crescimento de 104,7%, em dólar, e de 135,5% em moeda constante.

O total de pagamentos processados pode ser dividido entre o volume total de cobranças processadas e o volume total de transações de contas digitais. O primeiro inclui cobranças na plataforma do Mercado Livre, cobranças online e cobranças processadas por meio das maquininhas de cartão Point e dispositivos QR, que totalizaram US$ 20,8 bilhões, crescendo 48,5% em dólar, ano contra ano, e 49,4% em moeda constante. No segundo trimestre, foram vendidas 1 milhão de maquininhas, impulsionando o volume de pagamentos por dispositivo, especialmente no Brasil e no México.

O volume de transações por meio da carteira virtual, que inclui ainda transferências entre usuários do Mercado Pago, transações de cartão de crédito, débito e pré-pago, cresceu 166,7% em moeda constante, na comparação anual, totalizando mais de US$ 9,3 bilhões.

Ao final de junho, mais de 22,4 milhões de usuários contavam com contas com recursos investidos, que reúne os usuários de conta digital com rendimento, alta de quase 30%, ano contra ano, nos três principais mercados (Brasil, México e Argentina). No Brasil, único país que oferece carteira de criptomoedas atualmente, a base de usuários do serviço acumula mais de 1 milhão de pessoas.

No período, foram distribuídas mais de 684 mil apólices de seguros, volume 230% maior do que aquele registrado no segundo trimestre do ano passado, representando penetração de quase 8% do total de usuários. No Brasil, a distribuição de seguros para cartão e para pagamentos via Pix reforçam a oferta de seguros do Mercado Pago, que lançou um novo serviço de seguro para vida no país, em linha com a expansão da proposta de valor em todos os principais mercados.

Desempenho financeiro
O lucro bruto do Mercado Livre foi de cerca de US$ 1,3 bilhão, aumento de 70,3% em dólar na comparação com o mesmo período do ano anterior. As margens brutas seguem crescendo, ano a ano e trimestre contra trimestre, à medida que escalamos nossos negócios. O lucro líquido bateu os US$ 123 milhões, alta de 79,8%, com melhora na margem total, ano contra ano. Já o resultado operacional foi de US$ 250 milhões, crescimento de 50,6% em dólares, atingindo novo recorde no trimestre, com margens similares na comparação com o ano anterior.

A base geral de usuários únicos ativos do ecossistema atingiu 84,3 milhões ao final do trimestre, alta de 11% em comparação com o mesmo período de 2021 — sendo 3,5 milhões de novos usuários incorporados somente no segundo trimestre deste ano.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-livre-receita-liquida-cresce-bilhoes-trimestre/#:~:text=O%20Mercado%20Livre%20atingiu%20um,o%20mesmo%20per%C3%ADodo%20de%202021.

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Amazon (AMZN34) vende mais que o esperado no 2º trimestre e ações disparam no after market

Entre abril e junho, a varejista teve um prejuízo de US$ 2 bilhões ante o mesmo intervalo do ano anterior.
Em continuidade à agitada semana de balanços corporativos nos Estados Unidos, a Amazon (AMZN34) apresentou números considerados sólidos após o pregão desta quinta-feira (28).

A varejista apresentou um prejuízo de US$ 2 bilhões no segundo trimestre deste ano, mas o que chamou a atenção foi o crescimento de 7% nas vendas totais, para US$ 121,2 bilhões, em um ano. Por volta de 17h30, os papéis da Amazon subiam 13% no after market da Nasdaq.

Na visão dos investidores, que passam a digerir a segunda perda trimestral consecutiva da empresa, o crescimento da receita é um ponto positivo em meio ao ambiente inflacionário e de aumento de custos.

A companhia sediada em Seattle, com isso, frustra no resultado líquido, mas bate a expectativa de Wall Street, que esperava que a Amazon tivesse uma receita de US$ 119 bilhões no segundo trimestre.

Vale ressaltar, entretanto, que na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o crescimento do faturamento ficou abaixo da inflação no período, que atingiu 9,1%. Ou seja, não houve crescimento real.

No início do ano, a empresa revelou que esperava enfrentar US$ 4 bilhões em custos adicionais no primeiro trimestre, mais US$ 2 bilhões no segundo trimestre, como resultado da queda da produtividade da operação em função da conjuntura mais difícil.

O CEO da companhia, Andy Jassy, afirmou, em comentário no resultado, que os negócios foram impactados pelo aumento dos preços na economia.

“Apesar das contínuas pressões inflacionárias nos custos de combustível, energia e transporte, estamos progredindo nos custos mais controláveis, principalmente melhorando a produtividade de nossa rede de atendimento”, comentou o ex-presidente-executivo da Amazon Web Services (AWS).

AWS segura a barra da Amazon – mais uma vez
A divisão do serviço de computação em nuvem mais uma vez não decepcionou.

Entre abril e junho, as vendas líquidas da AWS cresceram 33%, para US$ 19,73 bilhões. O crescimento foi maior do que o das despesas, que avançaram 31%, para US$ 14,02 bilhões. Com isso, o lucro operacional somou US$ 5,71 bilhões, alta de 36,2% na comparação anual.

Aqui, as vendas da vertical da Amazon superaram a expectativa dos analistas, que aguardavam US$ 19,56 bilhões. O lucro, porém, ficou abaixo, uma vez que era esperado em US$ 6,04 bilhões.

Percebe-se, com isso, que o mercado subestimou a capacidade de crescimento das vendas da Amazon durante um período mais difícil da economia americana – que acaba de entrar em recessão técnica, quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos.

As contas dos analistas, entretanto, foram mais amenas em termos de custos e despesas do que o reportado pela varejista. O que sustenta o ponto da resiliência do negócio – embora, no fim das contas, a companhia tenha dado prejuízo.

O balanço do segundo trimestre também aponta para a perda de US$ 3,9 bilhões relacionada ao investimento na Rivian Automotive (RIVN), empresa americana de carros elétricos. No ano, as ações da empresa caem 67%.

Os papéis da varejista também passam por uma montanha-russa. No acumulado do ano, até o fim da sessão desta quinta, a baixa era de 29%. Nos últimos dois meses, porém, ensaiam uma recuperação, com alta de mais de 30%.

Segundo dados compilados pela Refinitiv, apresentados na plataforma do TradeMap, o preço-alvo mediano para as ações da Amazon, segundo 51 analistas, é de US$ 170, upside de 22%.

Fonte : https://trademap.com.br/agencia/empresa/amazon-amzn34-agrada-resultado-segundo-trimestre

BBM Logística registra receita bruta de R$ 422,7 milhões no primeiro trimestre de 2022

A BBM Logística, anunciou na última terça-feira (17), os resultados do 1º trimestre do ano de 2022. Entre janeiro e março, a companhia alcançou receita bruta de R$ 422,7 milhões, uma alta de 19,7% em relação ao mesmo período de 2021. De acordo com a BBM, esse foi o melhor desempenho em um primeiro trimestre da história da companhia.

Entre as áreas que mais avançaram, um destaque para o E-commerce, que registrou crescimento de 33% – com 3,3 milhões de pedidos entregues –, e as atividades de Internacional, com alta de 247% nos primeiros três meses do ano. Outros pontos altos foram os setores de Contratos Dedicados (DCCs) florestais, que tiveram alta de 26%, e os industriais, com crescimento de 25%.

Diante do cenário tenso para os operadores – marcado pela inflação e o aumento constante do diesel –, o comunicado da BBM à imprensa destaca que a companhia se dedicou a recompor preços junto aos clientes (alcançando 90% da base da carteira) e em iniciativas para aumentar eficiência operacional e reduzir custos.

“O foco foi recompormos margens, corrigindo preços e buscando iniciativas para aumentar a eficiência operacional e reduzir custos. Os impactos positivos nos resultados começaram a ser registrados principalmente a partir do final do trimestre, mas há boas expectativas de reflexos mais relevantes ao longo dos próximos meses.” – André Prado, CEO da BBM Logística.

CONTRATOS E ACORDOS COMERCIAIS

Os resultados do primeiro trimestre deste ano foram impactos pelos contratos de parceria fechados pela BMM para produtos estratégicos nas operações de Carga Lotação (FTL)/Intermodal, Rodoviário Internacional, Cargas Fracionadas (LTL) e E-commerce.

A divisão de Contratos Dedicados Florestal e Agro (DCC F&A) fechou dois acordos com a maior produtora e exportadora de papéis do país – um deles para transporte rodoviário e florestal de toras de madeira das áreas florestais e pátios externos para as fábricas e clientes e o outro para carregamento de madeira e apoio ao transporte florestal.

Com prazos de vigência de seis anos e possibilidade de renovação, esses dois contratos envolverão uma movimentação mensal acima de 400 mil toneladas – de acordo com os preços atuais, a operação gerará uma receita próxima de R$ 1 bilhão no período. Somente a operação de transporte de longas distâncias representa o maior contrato assinado na história do grupo BBM.

Ainda na área de DCC F&A, a companhia finalizou a renovação da frota em Butiá, Operação Florestal no Rio Grande do Sul, que deverá trazer maior eficiência operacional e menor custos para os próximos períodos.

Nos Contratos Dedicados Indústria (DCC Industry), vale ressaltar a expansão das operações de gases em São Luís (MA), que se soma à unidade de Imperatriz no estado, como parte da estratégia de ampliação de negócios no Nordeste. Também entraram em operação em Paulínia (SP) mais 15 cavalos mecânicos 6×2 para atendimento ao segmento químico.

No segmento de Gestão de Transportes (TM), a atividade de Cargas Fracionadas (LTL) registrou em março o maior faturamento da história. A receita líquida do segmento totalizou R$ 225,2 milhões, alta de 11,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

AQUISIÇÕES E EMISSÃO DE DEBÊNTURES

As aquisições também permanecem como parte da estratégia da companhia para expandir as atividades. Nos últimos anos, a BBM adquiriu empresas de altíssima reputação como Transeich (2018), Translovato (2019), Translag (2020) e Diálogo (2020).

“Mais de 30 empresas foram analisadas ao longo do 1º trimestre de 2022, com foco em oportunidades que permitam ampliar nosso leque de soluções aos clientes”, explica André Prado. “Continuamos avaliando potenciais aquisições que complementem o portfólio de serviços e a abrangência geográfica, bem como acompanhando o desenvolvimento do setor para definir o melhor momento de concretizar novos negócios.”

Na seunda-feira (16), a BBM realizou a primeira integralização da 3ª emissão de debêntures no montante de até R$ 200 milhões.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/bbm-logistica-registra-receita-bruta-de-r$-4227-milhoes-no-primeiro-trimestre-de-2022

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Via (VIIA3) tem queda de 90% no lucro do 1T22, a R$ 18 milhões, acima da expectativa

Via (VIIA3) encerrou o primeiro trimestre de 2022 com lucro líquido contábil de R$ 18 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 90% ante mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (9).

Já o lucro líquido operacional foi de R$ 86 milhões, queda de 52,2% na comparação com os R$ 180 milhões do mesmo ciclo do ano passado.

“No primeiro trimestre de 2022, houve R$ 29 milhões de incentivo de subvenção de maneira recorrente. Já no primeiro trimestre de 2021, houve efeito do incentivo de subvenção recorrente de R$ 33 milhões e R$ 117 milhões de períodos anteriores, totalizando R$ 150 milhões”, diz a Via para justificar a queda.

Mesmo assim, o número veio acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que apontava prejuízo de R$ 112 milhões.

“Esse avanço da margem acontece em razão dos fortes ganhos de produtividade e bom controle de despesas. Na linha do EBITDA, os ajustes não recorrentes relacionados à atualização dos processos trabalhistas (legado) foram de R$ 85 milhões no trimestre”, explica a empresa.

“A variação é explicada pelo decréscimo de 3,5% na receita das lojas físicas, apesar do avanço de 2,8% na receita online”, diz a Via.

Fonte : https://www.moneytimes.com.br/via-viia3-tem-queda-de-90-no-lucro-do-1t22-a-r-18-milhoes-abaixo-da-expectativa/

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Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3), Americanas (AMER3) e mais: O que esperar das varejistas no 1T22?

Na análise do Bradesco BBI, a temporada de balanços referentes ao primeiro trimestre de 2022 mostra mais uma safra de resultados “mistos” para as empresas de varejo.

As empresas deste setor começaram a divulgar seus números nesta semana, começando pela Grendene (GRND3) em 28 de abril.

A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) anuncia seus números na segunda-feira (02), seguida pela maioria das outras nas duas semanas seguintes, com uma “super quinta-feira”, em 5 de maio, – quando serão reportados os balanços de oito empresas.

O que esperar dos balanços?

Richard Cathcart e Flávia Meireles, analistas do BBI, esperam ver um impulso mais forte da receita líquida e uma demanda mais consistente entre os nomes de vestuário, embora vários ainda sofram pressão de margem.

Em contraste, os analistas destacam que as categorias de ticket alto devem permanecer sob pressão.

“Esperamos que o crescimento do comércio eletrônico diminua, mas também esperamos ver sinais de recuperação de margem – particularmente em Magalu e Via – uma vez que a administração das companhias fez ajustes para se adequar à realidade de um ambiente de demanda mais fraco”, completam.

Cathcart e Meireles ressaltam que a Americanas S.A. (AMER3) deve registrar a maior taxa de crescimento de GMV (volume bruto de mercadorias), de 18%.

Quais ações comprar?

Arezzo, Lojas Renner (LRNE3) e Petz (PETZ3) são as ações favoritas dos analistas do BBI para o setor varejista.

Disclaimer

Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Fonte : https://www.moneytimes.com.br/magazine-luiza-mglu3-via-viia3-americanas-amer3-e-mais-o-que-esperar-das-varejistas-no-1t22/

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UPS supera estimativas de lucro em meio ao boom do comércio eletrônico

A United Parcel Service (NYSE:UPS) reportou lucros trimestrais acima do esperado, já que a empresa de entrega de encomendas aumentou os preços para lucrar com um boom no setor de comércio eletrônico.

A United Parcel Service também é negociada na B3 através do ticker (BOV:UPSS34).

Desde que assumiu o comando da UPS em junho de 2020, a CEO Carol Tome pressionou a empresa a adotar uma estratégia “melhor, não maior”, que prioriza entregas lucrativas em vez de volume.

A UPS também aprimorou seu foco em segmentos da indústria que geram mais receita e lucro, incluindo empresas de saúde e pequenas e médias empresas (SMBs).

“A agilidade de nossa rede e a execução contínua de nossa estratégia proporcionaram mais um trimestre de forte desempenho financeiro, colocando-nos no caminho para atingir nossas metas financeiras consolidadas para 2022”, disse Tome em comunicado.

As ações negociadas na NYSE da empresa com sede em Atlanta subiram 3,4% nas negociações de pré-mercado.

A UPS divulgou lucro ajustado no primeiro trimestre de US$ 3,05 por ação, em comparação com as expectativas médias dos analistas de US$ 2,88 por ação, segundo dados da Refinitiv.

A empresa de entrega reafirmou sua previsão de receita anual de cerca de US$ 102 bilhões. Ela espera margem operacional ajustada consolidada de cerca de 13,7% e retorno ajustado sobre o capital investido acima de 30%.

A UPS registrou receita trimestral de US$ 24,4 bilhões, superando as expectativas dos analistas de US$ 23,78 bilhões, segundo dados do IBES da Refinitv.

A receita de seu segmento doméstico aumentou 7,7%, para US$ 15,1 bilhões.

A UPS disse que planeja dobrar sua recompra de ações em 2022, elevando a meta para US$ 2 bilhões para o ano.

Com informações de Reuters

Fonte : https://br.advfn.com/jornal/2022/04/ups-supera-estimativas-de-lucro-em-meio-ao-boom-do-comercio-eletronico

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Americanas (AMER3), Magalu (MGLU3) ou Via (VIIA3): qual saiu fortalecida após a difícil temporada de balanços para o setor?

Como previsto, os resultados do quarto trimestre de 2021 das empresas com grande exposição ao e-commerce não empolgaram os investidores. Pelo contrário, mostraram os desafios que as companhias enfrentaram no período e, mais ainda, evidenciaram o que está por vir para as empresas.

Ainda que nenhuma das principais companhias listadas na B3, caso de Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), tenha conseguido “brilhar”, as duas primeiras sentiram mais fortemente o impacto da deterioração dos indicadores macroeconômicos, que afetou diretamente as categorias de bens duráveis, enquanto a Americanas acabou se destacando positivamente por ter um portfolio de produtos de maior recorrência, de valores mais baixos, já há mais tempo.

A tendência das empresas, por sinal, é por diversificação de categorias, o que inclusive levou o Magalu a exaltar a expansão para outros horizontes (como roupas e alimentos) e o destaque positivo para o 3P (marketplace) em seu resultado, enquanto a alta no 1P (estoque próprio) foi tímida. Contudo, as margens menores com as novas frentes, as bases de comparação após um 2020 muito forte, o cenário concorrencial e a deterioração macro seguem sendo fatores de atenção e levando a uma maior cautela dos investidores.

As vendas totais do Magazine Luiza no trimestre, medidas pela sigla GMV, ou volume bruto de mercadorias, somaram cerca de R$ 15,5 bilhões no quarto trimestre, um aumento de cerca de 4% na base anual, quando a expansão sobre mesma etapa de 2020 tinha sido de 66%. A rival Via, por sua vez, divulgou queda de 7% no GMV nos últimos três meses do ano passado, na comparação anual. Já a Americanas se destacou positivamente nas vendas totais, conforme destacado no quadro abaixo:

Como ressaltado acima, entre as três, a primeira a soltar resultados, a Americanas, foi a que mais se destacou positivamente. Isso ainda que, na ocasião da divulgação dos resultados, no final de fevereiro, a companhia tenha sofrido com a interrupção do serviço de e-commerce por alguns dias, o que acabou ofuscando os números de seu balanço.

Conforme destaca a XP, o principal destaque do resultado foi o crescimento de receita, com resiliência das lojas físicas e um crescimento robusto do canal online. Entre outubro e dezembro, o volume total de vendas da Americanas foi de R$ 18,1 bilhões, um crescimento de 28,3% frente ao igual período de 2020, com um crescimento de 36% do canal online e de 11% das lojas físicas (vendas mesmas lojas em alta de 4,1%). No consolidado do ano, o GMV total da Americanas foi de R$ 55,3 bilhões, um crescimento de 32,8%.

O Itaú BBA ressaltou que a varejista manteve a sua jornada de ganhos de participação de mercado, apesar dos ventos macroeconômicos contrários. Seu sólido desempenho tanto nos canais de vendas físicas quando no digital aumentou sua resiliência, apontaram os analistas, em um momento em que alguns concorrentes foram enfraquecidos pelas condições de mercado.

As lojas físicas continuaram abaixo do potencial máximo dado contexto da pandemia e os desafios macroeconômicos, mas em linha com as expectativas. O e-commerce, no geral, ficou um pouco melhor do que o esperado.

Contudo, esse desempenho acima também gerou “efeitos colaterais”. A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, ou o Ebitda, sobre a receita líquida) seguiu pressionada, a 11,8%, uma queda de 4,3 pontos percentuais na base anual, principalmente devido à maior participação do online, investimentos no nível de serviço e reforço dos times de dados e tecnologia.

Já no caso da Via, o forte controle de despesas acabou levando a um impacto positivo nas margens, com uma alta de 2,1 pontos na base anual da margem Ebitda, de 5,8% no quarto trimestre de 2020 para 7,9%. Mas nem por isso a visão de analistas para a empresa foi muito promissora, com um especial destaque para os dados de vendas fracos nas lojas físicas, ainda que esperados, sendo colocados como um ponto de atenção.

Os analistas da XP destacaram que a margem ficou acima do esperado, mas também fizeram menção à dinâmica de crescimento de receita, que continua sendo impactada pelo cenário macroeconômico desafiador, forte base de comparação e restrições relacionadas à Covid-19, com declínio geral das vendas, muito impactadas pela baixa de 24% das lojas físicas. Enquanto isso, o canal online cresceu 20%, impulsionado pelo 3P, com alta de 68% na base anual.

O Bradesco BBI revisou para baixo as suas estimativas para a Via após o balanço, além de reduzir o preço-alvo de R$ 6 para R$ 5 (ainda um potencial de alta de 19% frente o fechamento da véspera). Para eles, o conjunto de resultados, no geral, tem o potencial de reforçar as preocupações dos investidores em relação à demanda de eletrônicos e eletrodomésticos e até que ponto isso pode impactar os resultados da Via ao longo dos próximos trimestres.

Além disso, “embora o marketplace tenha tido um bom desempenho em 2021, a diversificação de categorias ainda é muito mais limitada do que em Mercado Livre (MELI34) e Americanas”, destacaram os analistas. Na sessão pós-balanço, as ações fecharam em queda de 4,11%.

Em teleconferência com analistas no dia 10 de março, a diretoria da Via Varejo afirmou que o ano de 2022 começou ainda com os impactos da nova onda de Covid-19. Contudo, destacou algumas notícias positivas, apontando que, a partir do início de fevereiro, iniciou-se uma melhora significativa no fluxo de pessoas e nas vendas, o que vinha se mantendo até então.

3P em alta, margens em baixa

Já a maior decepção pós-balanço acabou ficando com o Magazine Luiza, que viu suas ações caírem mais de 8% após o resultado.

“Em decorrência do período sazonal mais forte, era esperado que a operação de varejo físico voltasse a ter um bom desempenho, porém isso não aconteceu. Vimos um aumento das despesas desproporcional ao nível de retomada das vendas. Já no canal online, a companhia, mais uma vez, reporta bons números sustentados pelo excelente resultado no 3P, mas que não contribuem tanto para a recuperação das margens operacionais consolidadas”, avaliaram os analistas do Banco Inter.

Por outro lado, o Magazine Luiza teve a oportunidade de fortalecer seu ecossistema, integrando as últimas aquisições, bem como demonstrou evolução de seus serviços financeiros garantindo novas fontes de faturamento, complementou a casa de análise.

No trimestre, as vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace, cresceram 4% na comparação anual, como reflexo mais uma vez do avanço de 60% do marketplace, enquanto o estoque próprio teve modesta alta de 1%, Contudo, houve queda de 18,4% das vendas totais nas lojas físicas; no critério vendas nas mesmas lojas, a queda foi de 22,8%.

Já a margem Ebitda ajustada foi de 2,6% no quarto trimestre, baixa de 2,6 pontos percentuais na comparação anual; em 2021, a margem foi de 4,2%, queda de um ponto percentual.

A queda das vendas nas lojas levou a uma revisão de números para baixo por algumas casas, como o Bradesco BBI, que reduziu o preço-alvo da ação após o balanço, de R$ 11 para R$ 9 (ainda uma alta de 31%), mantendo recomendação neutra. Isso apesar dos analistas saudarem a maior diversificação de produtos nas plataformas da empresa, mostrando também os resultados das aquisições feitas recentemente.

Colocando todos esses pontos na balança, a avaliação é de que as margens em queda devem seguir como uma preocupação.

A recomendação da XP segue neutra para o papel MGLU3, por esperar uma continuidade de resultados pressionados pelo cenário macro no curto prazo, ainda com um preço-alvo de R$ 12 (upside de 75%).

O Itaú BBA ressaltou que, nos últimos dois anos, o Magazine Luiza foi favorecido por um cenário atípico que impulsionou seus números de crescimento e resultados. Agora que esse ambiente se normalizou, vê a empresa sofrendo os impactos de uma base de comparação difícil e a necessidade de readequar sua estrutura para um cenário mais normalizado de operação – levando a algumas despesas pontuais durante o quarto trimestre de 2021 que não foram contabilizadas.

“Apesar da recente pressão sobre o desempenho das ações, não vemos gatilhos de curto prazo para uma recuperação neste momento”, apontaram os analistas. A recomendação da casa para a ação, contudo, segue outperform (desempenho acima da média do mercado) para o papel, também com preço-alvo de R$ 12.

Em teleconferência pós-resultado, Frederico Trajano, CEO do Magalu, apontou o cenário difícil em meio à inflação, ressaltando que a renda média do comprador da empresa é de R$ 2.500, público este que perdeu muito poder de compra. “Um Brasil com impacto inflacionário é um país de poucos”, com exceção dos clientes premium, afirmou. “Esperamos que a situação se normalize rapidamente”, e que haja queda da inflação e distribuição de renda, disse.

Ele afirmou que em janeiro de 2022 houve crescimento de 40% no negócio on-line, fruto de fatores como avanço na base de clientes ativos. Entre outros impactos positivos, citou a melhoria de UX (user experience), que leva a conversão.

Apesar do bom desempenho do online, o executivo disse enxergar uma mudança mais expressiva no cenário macroeconômico apenas no segundo semestre de 2022. Ele ponderou que “pode acontecer de tudo”, mas disse que não espera “grandes surpresas”.

Empresas investem no online, com ajustes

Com muitos desafios pela frente, uma estratégia segue certa: o investimento em experiência do cliente e em digitalização, ao mesmo tempo em que há ajuste nas políticas de forma a sustentar a rentabilidade das operações. Na teleconferência com analistas pós-resultado, a diretoria da Via afirmou que o marketplace e a estratégia omnicanal (abordagem dos clientes por canais diversos) serão fundamentais para impulsionar o crescimento da rede nos próximos anos, trazendo novos clientes e aumentando o lifetime value (valor que o cliente gera à empresa ao longo do tempo) dentro do ecossistema da empresa.

Roberto Fulcherberguer, CEO da Via, afirmou que os vendedores online são o ponto chave da melhora do desempenho da empresa no segmento e também no conjunto.

Enquanto isso, a Americanas promoveu mudanças em políticas para vendedores em sua plataforma em fevereiro. A empresa introduziu um sistema de cobrança de comissão que varia de acordo com a categoria do produto. Antes, o percentual era aplicado de forma linear.

No Magalu, a empresa reviu a política de frete grátis, que em setembro oferecia até 100% de desconto para os vendedores na plataforma. A partir de fevereiro o desconto passou a ser de até 75%. Já a comissão cobrada dos vendedores teve percentual mantido, mas a empresa agregou uma tarifa de R$ 3 a ela, apontou o responsável pelo marketplace do Magazine Luiza, Leandro Soares, “para ficar economicamente viável”.

Segundo Trajano, do Magalu, o cenário macroeconômico atual não muda a estratégia da companhia de expandir seu ecossistema em torno do marketplace, oferecendo serviços completos, incluindo financeiros e de publicidade, para vendedores na plataforma.

Porém, na frente de aquisições, a ordem agora é para que as equipes se concentrem em seu próprios ativos. “Vamos parar um pouquinho com novas operações e focar em fazer o melhor com aquilo que já esta no ecossistema”, disse o CEO.

Os desafios de logística também estão no radar das companhias. Trajano afirmou na teleconferência que, com a alta recente dos combustíveis, intensificada com a disparada do petróleo em meio à guerra na Ucrânia, o maior custo de distribuição será com transporte. Assim, produtos que percorrem grandes distâncias não têm como ser rentáveis. O foco em logística deve se basear em uma base de vendedores descentralizada e local, cada vez mais para fora do eixo Rio-São Paulo.

A XP destacou em levantamento que, apesar do e-commerce não ser o mais impactado dentro do setor varejista com a alta da commodity, as companhias do segmento também devem ser afetadas.

Qual empresa sai fortalecida?

O Credit Suisse reforça que a dinâmica do setor nos próximos meses deve continuar desafiadora. Porém, os analistas do banco apontaram que a Americanas merece uma menção especial como “prova de força” frente os pares após a divulgação dos resultados.

O curto prazo não é a base da visão construtiva sobre o nome, avaliam, mas os analistas do banco suíço acreditam que a “Americanas se destaca um pouco da multidão”. Com isso, na ocasião da divulgação dos resultados, reiterou recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ativos, com preço-alvo de R$ 41,77, um potencial de alta de 21% em relação ao fechamento da véspera.

Em relatório posterior, após rodada de reuniões com investidores locais sobre o setor de varejo, o mesmo Credit reiterou que muitos deles seguem céticos em relação ao e-commerce.

No caso do Magazine Luiza, o Credit avalia que todos os olhos permanecem voltados para a dinâmica de curto prazo. “Os que estão comprados na Magalu acreditam que a empresa ganhará market share [participação de mercado] em eletroeletrônicos com os desafios recentes da Via. Mas isso provavelmente não acontecerá no curtíssimo prazo, na opinião deles”, aponta o banco suíço. Os analistas ressaltam que os investidores ficaram desapontados com a dinâmica das vendas nas mesmas lojas, mas o que mais os incomodou foi a rentabilidade.

Enquanto isso, a Via, entre as empresas de e-commerce, foi o nome mais discutido. Alguns dos investidores ainda carregam uma posição negativa em VIIA3, enquanto o restante busca entender quais serão os próximos passos para a empresa.

“A visão geral é que a empresa foi empurrada para um impasse após o aumento maciço da provisão de despesas trabalhistas anunciado no terceiro trimestre de 2021, que provavelmente continuará consumindo muito caixa ao longo de 2022 em diante. Além disso, os investidores acreditam que a situação do balanço da empresa não é confortável e que limitará a capacidade da Via de investir no crescimento e provavelmente a levará a perda de market share, principalmente no segmento online”, aponta.

Em geral, aponta o Credit, o sentimento em relação à tese de investimento permanece negativo entre os investidores. O banco tem recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para VIIA3, com preço-alvo de R$ 5,50 (ou upside de 31%). Já para o Magalu, a recomendação é outperform, com preço-alvo de R$ 15 (potencial de alta de 118%).

O Citi, por sua vez, tem recomendação de compra para Americanas, ainda que tenha reduzido o seu preço-alvo de R$ 48 para R$ 47 no final do mês de março, ainda uma alta de 36% frente o fechamento da véspera. Após reunião com o time de relações com investidores da companhia, os analistas destacaram a visão construtiva da empresa para 2022 como um todo. A companhia, por sinal, registrou um crescimento do GMV online de 40% em janeiro, versus 20% da indústria em geral.

Os gestores da Americanas destacaram estarem mais construtivos com as margens neste ano com a fintech Ame (aplicativo que surgiu como uma plataforma de cashback) e expectativa de crescimento das lojas físicas. Apesar de verem o cenário macroeconômico como desafiador para o consumo discricionário em geral, a diversificação da Americanas e a sua exposição a itens de “cauda longa”  (que envolvem produtos de valores menores, mas que fomentam a recorrência de compras na plataforma) são apontados como fatores positivos.

Já para a Via e para o Magalu, a recomendação do Citi é neutra, com preços-alvo respectivos de R$ 5 (upside de 19%) e R$ 6,80 (queda de 1% frente o último fechamento), destacando a alta exposição da primeira à categoria de eletroeletrônicos. Já para o Magalu, o banco aponta que, embora a gestão da empresa esteja confiante em melhorar suas margens durante 2022, o banco segue cauteloso em meio às incertezas e falta de catalisadores de curto prazo.

Após o resultado, e também destacando as tendências dos canais de vendas, o Morgan Stanley reduziu na última semana a recomendação de Magalu de overweight (exposição acima da média do mercado) para equalweight (exposição em linha com a média do mercado).

Um pilar fundamental da recomendação anterior mais positiva do Morgan foi a tese do crescimento de lojas e alavancagem operacional financiando multicanalidade, marketplace e outras iniciativas de digitalização.

“Nosso ‘exame de saúde’, contudo, mostra falhas nesta tese, com 101% de crescimento de GMV no acumulado em dois anos, mas alta de apenas 6% de vendas de lojas em dois anos. Essa combinação levou a uma queda das margens Ebitda de 4,2 pontos percentuais frente os níveis de 2019 (para 4,2%), com a pressão das lojas superando qualquer aumento de iniciativas mais recentes em fintechs e outros serviços”, apontaram os analistas.

“Vemos visibilidade limitada em torno de quando o equilíbrio de vendas e margens pode se alterar, pois o cenário para eletrônicos permanece pressionado. Enquanto o Magalu vem diversificando sua exposição em categorias, os eletrônicos continuam sendo uma vertical chave para suas lojas e operações de comércio eletrônico de 1P”, avaliam. Além do corte de recomendação, o preço-alvo foi cortado de R$ 13 para R$ 7,50 (ainda uma alta de 9%).

Para Via, a recomendação do Morgan é underweight (exposição abaixo da média do mercado), com preço-alvo de R$ 4 (downside de 4,5%), diminuição em relação aos R$ 5 anteriores. Já para a Americanas, a recomendação é equalweight, assim como para o Magalu, com o target sendo cortado de R$ 43 para R$ 36 (ou potencial de alta de 4%).

Os analistas do Morgan avaliam que, para a Via, o cenário-base é de que a varejista continue sendo um player relevante em suas principais categorias, mas entrar no “top 3” no online provavelmente será mais desafiador. Já para Americanas, os analistas celebram a fusão das lojas físicas e operações online realizada ano passado, mas aguarda esclarecimentos sobre as vendas combinadas da empresa e as perspectivas de margem.

Isso em um cenário em que a concorrência segue sendo monitorada de perto pelos analistas. Enquanto o Mercado Livre (MELI34se destaca no segmento como um player tradicional, outras companhias como Shopee e Aliexpress ganham cada vez mais expressividade por aqui. Cabe ressaltar ainda que, na semana passada, o Mercado Livre anunciou que investirá R$ 17 bilhões no Brasil em 2022, avanço de 70% ante 2021, como parte da estratégia de crescimento e consolidação dos negócios no país. Já nesta semana, a Shopee anunciou a sua saída da Índia, o que, na visão de analistas, pode levar a varejista asiática a ampliar seus esforços no Brasil.

Desta forma, analistas têm aumentado a cautela com as ações do setor, ainda que, mesmo com os constantes cortes de preços-alvo, haja um potencial de valorização considerável olhando para os targets médios, conforme apresentado no quadro abaixo, com recomendações compiladas pela Refinitiv.

Para a Via, que é vista com maior ceticismo, o potencial de alta frente o preço-alvo se apresenta como maior, mas também deve-se considerar a queda de quase 20% dos ativos no acumulado de 2022 (elevando o potencial de valorização enquanto algumas casas ainda não reavaliam suas projeções). Já MGLU3 acumula queda de 5% em 2022 (ainda que com uma boa recuperação em março); a Americanas, por sua vez, desponta com alta de mais de 11% no ano, sinalizando as visões do mercado mais positivas para os papéis AMER3, que foram reforçadas após o resultado do quarto trimestre de 2021.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/mercados/americanas-amer3-magalu-mglu3-ou-via-viia3-qual-saiu-fortalecida-apos-a-dificil-temporada-de-balancos-para-o-setor/

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Méliuz tem prejuízo líquido consolidado de R$ 34,3 milhões em 2021 e reverte lucro de 2020

O Méliuz reportou um prejuízo líquido consolidado de R$ 34,3 milhões no acumulado de 2021. Com isso, reverteu o lucro líquido de R$ 19,7 milhões registrado no ano anterior.

Excluindo os itens extraordinários, no valor de R$ 28,3 milhões, contabilizou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 34,9 milhões negativos em 2021, contra R$ 30,3 milhões positivos em 2020.

Em 2021, as despesas operacionais totalizaram R$ 331,3 milhões, crescimento anual de 242%. Já as com comercial e marketing subiram 264%, para R$ 47,2 milhões na mesma base comparativa. “O aumento dessas despesas ao longo de 2021 foi imprescindível para colocar o Méliuz em uma posição favorável frente aos concorrentes. Abrimos novas frentes de geração de valor que, gradativamente, vão impactar positivamente o resultado”, justificou a companhia.

A receita líquida total da empresa foi R$ 263,5 milhões no acumulado de 12 meses, mais que o dobro do registrado em 2020, quando chegou a R$ 125,4 milhões. Entre outubro e dezembro, a cifra foi de R$ 97,7 milhões, 126% superior na comparação anual.

No acumulado do ano passado, o GMV (valor bruto de mercadorias) total chegou a R$ 5,5 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões referentes ao Méliuz, 77% superior ao valor de 2020. Além disso, R$ 852,3 milhões foram referentes ao shopping internacional e R$ 161,3 milhões à Promobit.

Na base trimestral, considerando apenas o Méliuz (excluindo as outras empresas do grupo), o GMV atingiu R$ 1,7 bilhão, crescimento de 76% contra o mesmo período do ano anterior.

A companhia finalizou 2021 com 22,4 milhões de contas, crescimento de 8,4 milhões em comparação a 2020. Em 2021, foram abertas 33 mil novas contas por dia útil, aumento de 69% na mesma base comparativa. O número de usuários ativos praticamente dobrou, com 9,4 milhões no final do período, contra 5,3 milhões em dezembro de 2020.

Em 2021, o número acumulado de cartões cobranded solicitados atingiu 7,2 milhões ante 3,1 milhões no ano anterior. O Volume Total de Pagamentos (TPV) de 2021 foi de 3,2 bilhões, contra 942 milhões em 2020. Já na base trimestral, o TPV realizado foi de R$ 947 milhões nos últimos três meses do ano contra R$ 506 milhões no quarto trimestre de 2020.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/meliuz-prejuizo-liquido-consolidado-2021/

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Magazine Luiza (MGLU3): “Expandir o marketplace será o foco para superar dificuldades em 2022”

O consenso Refinitiv esperava que o Magazine Luiza (MGLU3) entregasse um prejuízo líquido de R$ 16,5 milhões no 4T21. Nesta segunda (14), a varejista divulgou que seu lucro líquido contábil foi de R$ 93 milhões, uma queda de 57,6% na comparação com o 4T20. Com ajustes de valores não recorrentes, o valor caiu para um prejuízo líquido de R$ 79 milhões.

Em entrevista ao Suno Notícias, o vice-presidente de negócios do Magazine Luiza, Eduardo Galanternick, afirmou que o ano de 2021 foi importante para a empresa avançar nas suas estratégias de longo prazo, ainda que o cenário macroeconômico do País tenha sido mais duro e imposto dificuldades.

“Desde 2019, o principal motor do Magalu é o marketplace. Nesses dois anos, as vendas na plataforma quadruplicaram e chegaram a R$ 13 bilhões em 2021. Comparado com 2020, o crescimento foi de 69%. É uma grande conquista e coloca 2021 como um ano importante para a estratégia”, diz Galanternick.

Sobre o prolongamento do cenário de inflação e juros em alta no Brasil, o VP de negócios afirma que o que cabe à empresa é reagir com medidas de curto prazo, como uma análise mais minuciosa sobre o repasse dos preços, o parcelamento de compras sem juros, os subsídios com descontos, entre outros ajustes que buscam mitigar os efeitos e compensar parte das perdas com boas vendas.

Mas o foco da empresa agora, segundo Galanternick, está no avanço da estratégia de longo prazo. “Temos uma visão construtiva para este ano. No segundo semestre vai acontecer a Copa do Mundo, que é um evento importante para as vendas do Magalu. Temos que focar no que está em nossas mãos”, diz.

Embora não tenha aberto os valores, a empresa informou que em fevereiro de 2022, pela primeira vez, as vendas do marketplace do Magalu superaram o faturamento das lojas físicas.

Em 2021, a participação do e-commerce total chegou a 71,5% das vendas totais da varejista. Para 2022, é nessa expansão da plataforma marketplace que o Magazine Luiza vai focar para superar as dificuldades do cenário macroeconômico do país.

Segundo o VP de negócios, o crescimento dos sellers para a aceleração do 3P em conjunto com a estratégia de logística para diminuir os custos e o tempo das entregas é o movimento da empresa para se diferenciar de seus concorrentes.

“Os mesmos diferenciais competitivos do modelo de negócio multicanal que fizeram o Magalu atingir de maneira sustentável a liderança no 1P brasileiro estão sendo utilizados para alavancar nossa operação de 3P. Atualmente, temos mais de 160 mil sellers, a maior parte deles pequenos varejistas locais, que estão integrados à nossa plataforma. Eles vendem absolutamente tudo, de maneira formal e legal″, diz o Magalu em seu balanço financeiro.

Veja os números do balanço do Magazine Luiza

Magazine Luiza está de olho nos pequenos empreendedores

Galanternick destaca que o Magazine Luiza acredita na força dos comércios locais. Mais do que focar em sellers que já estão no ambiente digital, a varejista quer captar aqueles que ainda não fizeram a digitalização dos seus negócios.

“Cidades menores ou mesmo capitais mais distantes ainda impõem desafios de prazos mais longos e cobranças de fretes. Com a captação desses sellers, a empresa consegue aumentar o marketplace e integrar essas vendas aos pontos de logística das lojas físicas”, explica o VP.

Em 2021, os Parceiros Magalu somaram 96 mil varejistas digitalizados, sendo mais de 50 mil deles captados pelas equipes de lojas físicas. Para a empresa, isso significa maior distribuição geográfica e expansão de sortimentos locais.

A varejista já tem mais de 1.481 lojas físicas em diferentes localidades do País e planeja avançar no lançamento de mais unidades ao longo de 2022.  “Nossas lojas são mais do que espaços para entrar e comprar produtos. Hoje elas funcionam como ponto logístico de última milha, ponto de retirada para clientes e também de captação para novos vendedores.”

O “Parceiro Magalu” foi um projeto criado pela empresa no início da pandemia, com o objetivo de ajudar pequenos lojistas analógicos a viabilizar seus negócios no período de lockdown. Desde então, a estratégia cresceu e foi incorporada aos planos de longo prazo da varejista.

A adesão ao marketplace do Magalu por esses pequenos empreendedores disponibiliza para eles sistemas de faturamento, back office, crédito, logística, treinamento, promoção e marketing para o negócio.

Novas fontes de receita do Magalu

Magazine Luiza e KaBuM!. Foto: Divulgação
Magazine Luiza e KaBuM!. Foto: Divulgação

Além das categorias tradicionais do Magazine Luiza, em 2022, a varejista deve focar na expansão de novos negócios. No ano passado, as vendas de produtos de novas categorias representaram 45% das vendas do e-commerce (em termos anualizados), impulsionadas também pelo marketplace.

Entram nessa categoria negócios como Netshoes, Época Cosméticos, KaBuM!, Vip Commerce, entre outros. “Todos os novos negócios vêm gerando resultados positivos, acima das expectativas iniciais, e se mostrando extremamente resilientes às oscilações da economia”, diz a empresa.

A categoria de esportes e moda, com a Netshoes, atingiu uma receita recorde de R$ 5 bilhões em 2021. Já a KaBuM! somou um GMV de R$ 4 bilhões. A categoria beleza, com a Época Cosméticos, arrecadou R$ 1 bilhão em vendas totais, assim como a Vip Commerce.

“Quando a gente olha para esses números, é claro o potencial desse setor não tradicional. Todos eles foram importantes durante o período da pandemia e ganharam tração no ano passado. Agora, vamos olhar para frente, para o longo prazo”, diz o VP de negócios do Magazine Luiza.

Fonte : https://www.suno.com.br/noticias/magazine-luiza-marketplace-vendas-expansao/

Magazine Luiza (MGLU3) tem prejuízo ajustado de R$ 79 milhões no 4T21, apesar de crescimento das vendas

No consolidado de 2021, o Magazine Luiza teve lucro líquido ajustado de R$ 114 milhões, uma queda de 70% em relação a 2020.

Por último, mas certamente não menos importante, o Magazine Luiza (MGLU3) fechou nesta noite a temporada de balanços das empresas ligadas ao comércio eletrônico. A outrora queridinha dos investidores obteve prejuízo ajustado de R$ 79 milhões no quarto trimestre de 2021 e reverteu lucro líquido ajustado de R$ 232 milhões no mesmo período de 2020.

Contabilmente, ou seja, considerando o que a varejista chama de eventos não recorrentes, o prejuízo se transforma em lucro líquido de R$ 93 milhões. Dentre os eventos não recorrentes, estão o reconhecimento de créditos tributários e outras despesas.

Já o Ebitda ajustado, em outras palavras, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, chegou a R$ 243 milhões no período. Isso representa uma redução de 53,5% em relação aos três últimos meses de 2020.

Além disso, a margem Ebitda ajustada do Magalu também apresentou queda, passando de 5,2% para 2,6%. Segundo a companhia, isso se deve à diminuição da margem bruta (a porcentagem de lucro com as vendas), e ao aumento das despesas em relação à receita líquida.

O número ajustado veio pior do que o consenso dos analistas ouvidos pela Refinitiv, que esperavam prejuízo líquido ajustado de R$ 16,5 milhões. A expectativa para o lucro contábil, no entanto, era de R$ 52,93 milhões, menor do que o registrado.

O 2021 do Magalu

No total de 2021, o Magazine Luiza teve lucro líquido ajustado de R$ 114 milhões, ou seja, uma queda de 70% em relação a 2020. Considerando ganhos não recorrentes, o lucro líquido contábil de 2021 foi de R$ 591 milhões, alta de 51% na comparação com o ano anterior.

Assim, o Ebitda ajustado somou R$ 1,48 bilhão no ano passado, queda de 1,9% em relação a 2020. No mesmo período, a margem Ebitda passou de 5,2% para 4,2%.

Cenário macroeconômico desafiou consumo

Os resultados são fruto de um cenário desafiador para a economia, com as expectativas de consumo reduzidas em meio à inflação alta e juros ainda mais altos. A competição entre as varejistas também se acentuou nos últimos tempos, com a busca pela entrega mais rápida se traduzindo em investimentos massivos em logística.

“Apesar das dificuldades que aconteceram a partir do segundo semestre, 2021 foi um ano muito positivo no avanço da nossa estratégia de apostar na nossa plataforma de marketplace como motor de crescimento”, disse ao Seu Dinheiro o vice-presidente de negócios do Magazine Luiza, Eduardo Galanternick.

Uma vez que os desafios enfrentados pelas varejistas não são poucos, a notícia de que o governo decidiu reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) soou como música para o Magalu. A empresa foi avaliada pela XP como uma das que podem se beneficiar da medida – e o vice-presidente concorda.

“De certa forma, [a redução do IPI] tende a gerar mais demanda e aumentar as vendas. Vamos aos pouquinhos, mês a mês, à medida que giramos o estoque”, afirmou Galanternick.

E-commerce respondeu por mais de 70% das vendas

Em 2021, o comércio eletrônico novamente comandou as vendas do Magazine Luiza e foi responsável por mais de 70% do total de R$ 56 bilhões em vendas no ano. Esse total é 27,8% maior do que 2020.

Dentro do e-commerce, o destaque ficou com as vendas de parceiros, o marketplace, que cresceu 68,8% e atingiu R$ 13,1 bilhões em 2021. Já as vendas do estoque próprio do Magazine Luiza subiram 28,4% no comércio eletrônico.

Enquanto o e-commerce segue pujante, o mesmo não pode ser dito das vendas nas lojas físicas. Os números do Magazine Luiza mostram que as vendas nas lojas físicas subiram 5,8% no ano, mas despencaram 18,4% no último trimestre.

Ainda há esperança para MGLU3?

Com os resultados do quarto trimestre misturados, mostrando pontos positivos e negativos, não é fácil prever o que vai acontecer com as ações do Magalu (MGLU3).

Fonte : https://www.seudinheiro.com/2022/empresas/magalu-mglu3-balanco-4t21-2021-flal/

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