Anúncios em streaming devem quintuplicar nos próximos 5 anos

Estudo da Comscore mostra que brasileiros com TVs conectadas preferem ver propaganda para economizar em assinatura.

As plataformas de streaming voltadas para o entretenimento se destacaram nos dois anos de pandemia de covid-19. A presença de crianças e adolescentes em casa, além de uma programação de TV aberta que não atendia às necessidades das famílias, foram dois dos motivos pelos quais passou a valer a pena assinar canais de filmes e séries.

Não demorou para que novas opções surgissem e pusessem a renda em xeque. Mas o mercado logo encontrou uma alternativa que conciliava todos os interesses: inserir anúncios em troca de assinaturas grátis ou mais em conta. Deu tão certo que 45% dos brasileiros que possuem dispositivos de TV conectada (CTV) aprovam e preferem essa opção.

É justamente o crescimento nas vendas de CTVs que deu novo fôlego ao mercado publicitário com foco no streaming. A previsão da Comscore, empresa especializada em mídia, é de que os investimentos sejam quintuplicados nos próximos 5 anos.

“A TV virou a TV conectada e o out of home virou o digital out of home. Ambos distribuem mídia e conteúdo digitalmente e em tempo real, e sua adoção já se tornou massiva”, avalia Gustavo Souza, diretor de Produtos de Publicidade do Google Brasil.

Para a gigante da tecnologia, com essa nova dinâmica de consumo, menos passiva à programação, a atenção teve de ser reconfigurada. Assistir à televisão passou a ser, além de um hábito, uma escolha.

“Antes, a televisão era sinônimo de vídeo, agora o vídeo está em tudo. Essa mudança contou com um fator de aceleração: a pandemia de covid-19. Naquele momento, foi por meio do vídeo que as pessoas conseguiram se comunicar, se entreter, ter acesso à educação, manter seus negócios e saber o que estava acontecendo no mundo. As lives de música no Brasil, que bateram recordes de audiência no YouTube, são um registro disso. A relação com o consumo foi ressignificada”, afirma Luciano Eugenio, head de Soluções de Publicidade de YouTube e DV360.

Estudo sobre CTVs e publicidade

Em setembro deste ano, Ingrid Veronesi, country manager Brasil da Comscore, apresentou o estudo “Panorama CTV” no 3º Data Collaboration Summit São Paulo, realizado pela LiveRamp Brasil. Pertence a esta pesquisa a informação de que quase metade dos brasileiros com TVs conectadas preferem assinaturas grátis ou mais baratas em pacotes com anúncios. Mas o estudo, com dados de 2023, permite outros insights.

Antes, porém, é preciso entender o que são as TVs conectadas. Diferentemente do conceito que deu origem ao aparelho no passado, a CTV, sigla em inglês para connected TV, é qualquer dispositivo conectado à internet por meio do qual é possível assistir a vídeos, ouvir áudios e navegar pela web. Estes dispositivos podem ser smatvs com wi-fi, consoles de games e streaming integrados, como Apple TV ou Google Chromecast, por exemplo.

A pesquisa conduzida pela Comscore revelou que 50% da população brasileira digital é espectadora de CTV e 12% dos domicílios possuem 4 dispositivos conectados. No entanto, 9 em cada 10 entrevistados afirmam assistir à CTV em uma smartv, sendo o principal dispositivo para este tipo de consumo.

Os dados da plataforma de e-commerce do Mercado Livre no Brasil evidenciam que as vendas devem crescer: de janeiro a setembro de 2024, as buscas por smartvs cresceram mais de 200% em comparação ao mesmo período de 2022.

O que torna a CTV atrativa para a publicidade

O estudo “Panorama CTV” descobriu que 71% dos espectadores optam por maratonar séries ou ver filmes de uma só vez. Ou seja, a atenção deles está focada nos programas de sua preferência. Em média, cada domicílio com CTV possui 8,2 assinaturas de streaming entre as quais 3,5 são gratuitas e 4,7 são pagas. Além disso, famílias com crianças em casa tendem a ter, em média, um número maior de assinaturas pagas (5) em comparação às famílias sem crianças (4,1).

A maioria dessa audiência assiste tanto a programas na TV conectada quanto na TV aberta, entretanto, percebe que as propagandas exibidas em TV aberta são mais predominantes (70%) e interruptivas (60%). Os dados são uma janela de oportunidade para o mercado publicitário, uma vez que audiência entende que os anúncios no streaming interferem menos em sua experiência visual.

Além disso, a maioria (62%) se lembra mais dos anúncios antes do programa ou filme começar, 36% descobriram um novo produto por meio desse anúncio e 32% buscaram mais informações sobre algo anunciado.

“Para os publishers de streaming, capturar a atenção do espectador é fundamental para preservar o investimento do anunciante. Isso requer moldar intervalos comerciais de CTV que reflitam uma experiência semelhante à da TV, projetada para reter os espectadores. O público do streaming está menos disposto a tolerar experiências de intervalo comercial abaixo da média, com anúncios repetitivos que não tenham relevância”, observa Márcia Byrne, managing director para América Latina da Integral Ad Science (IAS), plataforma de medição e verificação de publicidade digital.

Na perspectiva da executiva, a entrega de uma experiência de visualização de qualidade, incluindo a limitação de frequência. “É possível, com o servidor de anúncios certo, capacitar os publishers de streaming a estabelecer um caminho para o crescimento futuro da receita publicitária de CTV”, afirma Márcia.

Retail Media

Utilizando ferramentas de tecnologia mais precisas e avançadas para entender hábitos de consumo, hipersegmentar a audiência e promover comunicação assertiva com conversão, o retail media também está de olho nas oportunidades geradas pelo streaming.

Mario Meirelles, diretor sênior de Mercado Ads no Brasil, diz que a empresa foi pioneira em expandir as capacidades de retail media para o audiovisual. “Primeiro, com o lançamento do Mercado Play, em 2023, com a solução de publicidade Video Ads, a partir do qual passamos a oferecer aos anunciantes uma opção altamente eficiente para as suas campanhas de awareness, tornando, assim, o Mercado Ads uma plataforma capaz de abranger todas as etapas do funil de vendas”, pontua.

O segundo movimento foi a parceria com a Disney+ para comercialização de anúcios na plataforma de streaming, noticiado em reportagem exclusiva da Mercado&Consumo. De acordo com o executivo, a parceria representou um marco significativo tanto para Mercado Ads quanto para a publicidade digital na América Latina, permitindo integrar as avançadas soluções de audiência da Disney à segmentação de dados comportamentais, geográficos e transacionais coletados por meio da audiência massiva que utiliza o ecossistema do Mercado Livre.

De acordo com os dados mais recentes do Mercado Ads, a plataforma reuniu até o segundo trimestre deste ano 206 mil anunciantes.  Entre as soluções lançadas pela vertical de negócios estão: Product Ads, Video Ads, Display Ads Programmatic e Brand Ads.

YouTube e DOOH

Dados internos do Google Brasil mostram que o brasileiro consome conteúdo local. Segundo esse levantamento, 80% do tempo gasto pelas pessoas no YouTube na CTV acontece em vídeos de criadores. Nos últimos 3 anos, o tempo de conteúdo assistido na televisão desses criadores cresceu mais de 400%. Esses números motivam os youtubers, como são chamados os criadores de conteúdos da rede, a melhorar a qualidade da entrega para visualização em telas maiores.

Para a big tech, essa dinâmica já afeta as mídias digitais. Um estudo da Kantar, citado por Google Brasil, aponta que 50% das campanhas veiculadas em out of home no Brasil já são digitais e podem alcançar 70% em grandes centros como São Paulo.

Em meio às inúmeras ofertas de publicidade, a empresa criou uma vertical de negócios para condensar os formatos de anúncios e distribui-los segundo a necessidade do anunciante. O Display & Video 360 (DV360) é a plataforma de mídia programática do Google, que unifica a compra de mídia digital por meio de uma visão centralizada e recorre à Inteligência Artificial para tornar as campanhas mais eficientes.

Segundo o Google, além dos tradicionais formatos de display e vídeo e do acesso exclusivo ao YouTube, a plataforma também passou a ofertar acesso ao inventário dos outros players de streaming em TV conectada e telas de digital out of home (DOOH). Dessa forma, a ferramenta publicitária do Google passa a ter acesso a um inventário com mais de 110 mil telas DOOH em 25 estados brasileiros e a mais de 2 mil telas de cinema em todo o Brasil.

Projeções do mercado

Para Ingrid Veronesi, da Comscore, a recorrência dos anúncios no streaming, desde que equilibrada e ajustada à legislação, não leva a audiência a desistir das assinaturas e torna-se uma vantagem competitiva criada com proteção aos dados coletados.

Olhando para o mercado publicitário, os especialistas ouvidos na pesquisa da Comscore indicaram que o investimento em CTV poderá aumentar significativamente na medida em que sejam desenvolvidos novos formatos de publicidade específicas para este meio. Do total do orçamento publicitário previsto, o prognóstico para os próximos 5 anos é de que:

  • A TV não conectada perderá investimentos, passando dos atuais 40% a 60% do orçamento para uma redução de 20% a 40%;
  • O digital poderá alcançar até 80% do orçamento, saindo dos atuais 40% a 50% do total investido em publicidade;
  • O vídeo digital, cuja fatia é estimada entre 30% a 40% do total, poderá variar entre 40% e 70% em 5 anos;
  • Hoje, as campanhas para CTV representam algo entre 3% a 10% do orçamento publicitário, mas deverão chegar à faixa de 25% a 50% do orçamento nos próximos anos.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2024/marketing/anuncios-em-streaming-devem-quintuplicar-nos-proximos-5-anos/”

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Como a Shopee está expandindo negócios em retail media

Marketplace lança opções de mídia para não vendedores a fim de oferecer mais valor para as marcas e enriquecer a experiência do consumidor na plataforma.

A Shopee traz uma novidade para sua operação de retail media e inaugura opções de mídia para marcas que não contam com lojas no marketplace.

Atualmente, a varejista já oferece pacotes de espaços de mídia personalizáveis para mais de 800 marcas. Entre as opções estão campanhas para espaços como banners, lives no app, ativação em jogos Shopee, entre outras.

O intuito da nova estratégia é oferecer mais valor para as marcas, além de enriquecer a experiência e fortalecer vínculo com o consumidor no e-commerce. Há também o desejo de construir relacionamentos sólidos e ajudar as marcas a atingirem seus objetivos de negócio.

“Decidimos expandir os nossos espaços de mídia para que marcas que, tradicionalmente, não tem presença com lojas em marketplaces, como a indústria financeira, de turismo, entre outras, pudessem explorar todo o potencial da Shopee para se conectar com um terço da população brasileira que acessa o nosso app mensalmente”, explica Felipe Piringer, head de marketing da Shopee.

Segundo ele, ao permitir que marcas que não vendem diretamente na nossa plataforma também possam anunciar, a varejista se consolida como um canal estratégico essencial para empresas de todos os segmentos. A Shopee já testou o formato em projetos de parceria criados com marcas como Tinder e Smartfit.

Ainda que o foco não esteja na conversão de novos anunciantes em possíveis vendedores para a plataforma, Piringer reconhece um potencial de sinergia. À medida que as marcas não-vendedoras exploram as soluções de mídia, podem identificar oportunidades de parcerias que façam sentido para seus negócios. Entre elas estão a coleção de produtos da marca parceiras, benefícios exclusivos para os consumidores da plataforma etc.

Porém para o executivo, adotar uma abordagem orgânica em retail media e focada no cliente é a mais sustentável para a Shopee a longo prazo.

Estruturação e planos para 2025

Hoje, os mais de 3 milhões de vendedores da plataforma têm acesso ao Shopee Ads. O conjunto de soluções reúne anúncios de busca por produtos ou lojas, além de espaços como ofertas relâmpago e descobertas do dia na home do aplicativo da Shopee.

Internamente, o marketplace conta com um time de parcerias com especialistas voltados ao atendimento às marcas não vendedoras e suas agências.

Já o processo criativo, conforme descreve o head de marketing, varia com o segmento e envolve colaboração entre o anunciante e diversas áreas da Shopee, como engajamento, live commerce e soluções de marketing, para desenvolver planos de comunicação personalizados e eficazes.

Para o próximo ano, a Shopee deverá manter o foco na co-criação com as marcas. Isso significa explorar espaços personalizáveis para campanhas estratégicas e de alto impacto, que beneficie tanto as marcas quanto os consumidores.

Fonte: “https://www.meioemensagem.com.br/marketing/shopee-retail-media”

 

 

 

 

 

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Com mais maturidade sobre retail media, mercado foca em métricas de desempenho

Diageo e Unilever debateram o tema no 3º Data Collaboration Summit São Paulo, evento da LiveRamp, realizado no Baleia Rooftop.

O retail media esteve presente nas principais estratégias de marketing digital da indústria e do varejo ao longo de 2024, desde a edição da NRF Retail’s Big Show deste ano, que destacou o assunto em janeiro, a dezenas de eventos posteriores dedicados ao setor, sem contar a criação de novos negócios. Com mais maturidade e conhecimento sobre o retail media, o mercado, agora, quer entender melhor as métricas utilizadas para validar as campanhas realizadas com os varejistas parceiros. Este tema foi abordado por Diageo e Unilever no 3º Data Collaboration Summit São Paulo, realizado pela LiveRamp Brasil, no Baleia Rooftop, no Itaim Bibi, região sul da capital paulista.

Durante o evento, mediado por dois executivos da LiveRamp, Thaissa Gentil, head of Sales, e Gabriel Mazzutti, head of Connectivity & Ecosystem, os painelistas deixaram claro que o mercado entendeu a necessidade de captação de dados, a transformação deles em insghits e como as decisões estratégias, inclusive as de marketing, são mais bem-sucedidas ao se pautarem nessas informações. O debate avançou para outro nível e engloba tanto a colaboração de dados primários (em inglês, first-party data) entre indústria e varejo quanto as métricas utilizadas para avaliar os resultados de uma campanha de retail media.

A estratégia só pode ser aplicada em parceria e envolve tecnologia e inteligência de dados. Mas ela vem em consequência da transformação do varejo e dos hábitos de consumo, uma vez que o consumidor passa por diversos canais de compra e acaba impactado em mais de um ponto na sua jornada de compra, que pode começar e terminar tanto no físico quanto no online.

Como afirmou Pedro Debs, gerente sênior de Marketing Digital da Diageo, em um primeiro momento, os dados trouxeram a possibilidade de ultrassegmentar campanhas e de saber exatamente com qual público está dialogando, tornando os anúncios mais eficientes e eficazes. “Quando a gente entende com quem está falando, tem uma riqueza de dados que demonstra o momento de ativação mais apropriado e o tipo de comunicação mais apropriado. Acho que isso é um golaço. E, por isso, eu acredito que a gente vive num momento muito especial da publicidade”, disse Debs.

O próximo passo, segundo o executivo, é avançar nas medições para que haja maior compreensão sobre a performance das estratégias. “Do nosso lado, como CPG [bens de consumo embalados, em português], queremos usar mais [dados], queremos ter mais visibilidade, mais acesso, porque isso confere muito mais poder, muito mais clareza e muito mais certeza de que as estratégias estão funcionando”, complementou. Segundo o executivo, é preciso avançar nessa questão, ir além das informações sobre as audiência, e alcançar métricas mais robustas com os parceiros.

Daniela Habif, Retail Media Manager da Unilever, disse que a companhia foca suas campanhas em performance e conversão. Ela destacou três etapas de análise que reconhece em grau de importância do fundo para o topo de funil ao mensurar as estratégias de retail media.

Para Daniela, ao olhar o fundo do funil, a principal métrica é o Roas, isto é, o retorno sobre investimento em publicidade. De modo bem simples, significa avaliar o quanto de receita foi gerado para cada unidade de moeda (real ou dólar) investida na campanha.

O próximo nível é olhar para o engajamento. “A gente olha cliques, CTR, DPV, esse tipo de coisa”, explicou. As duas siglas remetem às métricas que avaliam a relevância do anúncio ao medir a performance do anúncio e a interação dos usuários. O CTR informa o número de usuários que clicaram clicam no anúncio em comparação ao número de visualizações. Já o DPV mostra o de visitas a uma página de detalhes de produto, indicando interesse direto no item promovido.

E, no topo do funil, além das impressões, a executiva destacou como é necessário entender como determinado recurso contribuiu com a venda. “Eu quero entender quão fundamental ele foi para o meu resultado final”, disse Daniela. Para isso, ela comentou que é importante entender os modelos de atribuição utilizados para fazer essa medição, ou seja, os canais de fato eficazes aos quais podem ser atribuídas as conversões de venda.

Pedro Debs adicionou às métricas listadas por Daniela as mensurações sobre incrementalidade  e lift. De acordo com Debs, essas duas métricas são relevantes para construir valor ao realizar esse tipo de investimento. “Se não, a dúvida que paira dentro do negócio, do marketing é: e se eu não investisse, quanto eu ia vender?”, perguntou, retoricamente para o público. A incrementalidade mede, em números absolutos, as conversões adicionais geradas pela campanha, enquanto o lift mede percentualmente as conversões adicionais. Para o executivo, o acesso a esses dados permitem um novo raciocínio, baseado na percepção de que se não houvesse investimento naquela campanha, a companhia perderia “x” e não alcançaria o resultado “y”.

O evento

A LiveRamp é uma plataforma global de colaboração e ativação de dados. A terceira edição do Data Collaboration Summit São Paulo contou com a presença de profissionais de marketing de marcas anunciantes, publishers e agências.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/17/10/2024/retail-media/com-mais-maturidade-sobre-retail-media-industria-foca-em-metricas-de-desempenho/”

Com retail media, Alimentos Wilson cresce 81% da receita no Mercado Livre

Para alcançar esses resultados, a companhia contou com duas parcerias, a Fire e a Strategy2B, ambas do Grupo TV1.

Com a intenção de aprimorar seus resultados no Mercado Livre, a Alimentos Wilson investiu em retail media e registrou um crescimento de 81% na receita de vendas de publicidade no marketplace e redução de 80% do advertising cost of sales (Acos, na sigla em inglês, que significa custo de publicidade de vendas) em três meses. Para alcançar esses resultados, a companhia contou com a Fire, agência especializada em estratégias de publicidade por retail media, e com a Strategy2B, gestora de vendas no Mercado Livre, ambas pertencentes ao Grupo TV1.

Inicialmente, a Fire adotou uma abordagem focada em segmentação inteligente dos produtos, priorizando a promoção de kits e produtos individuais campeões de venda. Já no primeiro mês, a Alimentos Wilson atingiu um aumento de 48% nas vendas por publicidade e uma redução de 33% no Acos, o que gerou um crescimento de 48% na receita gerada no marketplace.

“A estratégia de iniciar a promoção com os kits e produtos individuais funciona porque permite diferentes abordagens de marketing. Kits podem atrair clientes que querem conveniência e valor agregado, enquanto produtos unitários atraem aqueles que já possuem demanda e preferência específicas. Isso resulta em uma maximização das vendas e lucros com a utilização de diferentes estratégias para cada tipo de produto”, explica Caio Machado, diretor da Fire.

Reavaliação de resultados e aprimoramento

Um mês depois, a estratégia foi reavaliada e a agência adotou uma nova segmentação. Desta vez, por categoria e rentabilidade, ou seja, campanhas com os produtos preferidos do portfólio da Alimentos Wilson.

Em paralelo, foram implementadas comunicações focadas em produtos com volume de venda ou Acos alto, controlando rigorosamente os custos de publicidade. Isso resultou em um aumento adicional de 16% nas vendas por publicidade em relação ao mês anterior, acompanhado por um crescimento de 21% na receita e redução de 14%  com o custo de publicidade de vendas.

“Nós, da Strategy2B, buscamos sempre as melhores parcerias e estratégias para promover o crescimento das vendas de nossos clientes nos marketplaces. Nossa parceria com a Fire é o melhor exemplo disso, com resultados expressivos e consistentes para todos”, afirma Felipe Valente, COO da Strategy2B.

Importância crescente do retail media

Os números obtidos reforçam a crescente importância da estratégia de retail media nos mercados de publicidade e demonstram o potencial significativo de otimização e melhorias no investimento publicitário dentro dos marketplaces.

“A Fire foi criada com a visão de revolucionar o mercado de retail media, aplicando estratégias inovadoras e focadas em resultados tangíveis. Desde o início, adotamos uma abordagem meticulosa, segmentando nossas campanhas com base na performance dos produtos e na rentabilidade, o que nos permitiu alcançar resultados significativos em um curto espaço de tempo”, finaliza Caio.

Fonte: “Com retail media, Alimentos Wilson cresce 81% da receita no Mercado Livre – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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Varejo online: faturamento das PMEs cresce 33% no e-commerce brasileiro

As pequenas e médias empresas (PMEs) estão consolidando sua posição no varejo online brasileiro, impulsionadas por um crescimento contínuo, acelerado pela digitalização, maior acesso à internet e a adoção de novos meios de pagamento.

De acordo com um levantamento da Nuvemshop, plataforma em e-commerce, o faturamento das PMEs no primeiro semestre de 2024 atingiu R$ 2 bilhões, marcando um aumento de 33% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foi registrado um faturamento de R$ 1,5 bilhão.

Para acompanhar o ritmo de crescimento das grandes corporações, as PMEs têm se estruturado de forma robusta, adotando estratégias como o omni-channel, que integra vendas online e offline, maximizando o faturamento e experiência do cliente.

Além disso, o investimento em atendimento personalizado ao cliente e programas de benefícios tem se mostrado uma tática eficaz para impulsionar as receitas ao longo do tempo. “O e-commerce permitiu que as PMEs expandissem suas operações além das fronteiras locais, utilizando novas estratégias de vendas”, comenta Eduardo Esparza.

O executivo é VP general manager da Tenerity Ibéria e Brasil, companhia líder internacional de engajamento que aumenta o valor do relacionamento entre as empresas e seus públicos-alvo. Para ele, o retail media e outras abordagens da publicidade digital têm sido cruciais para atrair a atenção dos consumidores, permitindo que as PMEs ofereçam uma jornada de compra mais atraente e competitiva.

Mais crescimento à vista

Os dados da Nuvemshop também revelam que 31,8 milhões de produtos foram vendidos entre janeiro e junho de 2024, representando um aumento de 26% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os segmentos de moda (R$ 680,3 milhões), saúde & beleza (R$ 187,3 milhões) e acessórios (R$ 133 milhões) se destacaram como os mais lucrativos.

“A análise desses segmentos permite traçar metas de vendas e estratégias de planejamento para as principais datas do varejo deste ano, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal. O uso de anúncios direcionados em espaços digitais de alto tráfego, como ocorre com o retail media, é essencial para aumentar a visibilidade dos produtos”, explica Esparza.

Formas de pagamento em evolução

A Nuvemshop também observou que o cartão de crédito permanece como a forma de pagamento preferida dos clientes, com 45% das compras efetivadas. Entretanto, o PIX registrou um crescimento de 30% na preferência dos consumidores, chegando a 44,5% das transações realizadas em 2024.

“As compras via cartão de crédito oferecem aos clientes a possibilidade de participar de programas de benefícios oferecidos pelas operadoras, como o acúmulo de pontos ou cashback. Dessa forma, o cliente pode combinar vantagens tanto das operadoras quanto das PMEs, que podem implementar em seu e-commerces estratégias de benefício ao consumidor. A adoção dessas estratégias deve ser cuidadosamente avaliada pelo varejista, que deve considerar ferramentas que ofereçam vantagens tanto para o negócio quanto para o consumidor”, finaliza Esparza.

Fonte: “Varejo online: faturamento das PMEs cresce 33% no <nowrap>e-commerce</nowrap> brasileiro – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

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A ascensão do retail media: comportamento do consumidor e novas soluções

O cenário da publicidade digital está em constante transformação, e estamos navegando pela terceira onda digital. Essa nova era é marcada pela ascensão dos varejistas como protagonistas na jornada de compra do consumidor, impulsionando o crescimento exponencial do retail media.

Mas o que torna esse movimento um novo conceito de mercado? A resposta é simples: relevância. O retail media coloca o produto no centro das atenções, exatamente quando o consumidor está buscando por ele dentro do ecossistema do varejista.

Essa mudança de paradigma traz consigo um impacto significativo na forma como as marcas se conectam com seu público. Uma pesquisa divulgada pelo Terra (2023) revelou que 47% dos consumidores confiam mais nas buscas realizadas dentro de marketplaces do que nos tradicionais mecanismos de busca, como Google, Bing e Yahoo.

Essa confiança se traduz em oportunidades sem precedentes para as marcas:

– Alcance qualificado: os marketplaces já possuem uma vasta base de usuários com alta intenção de compra.

– Segmentação precisa: as plataformas de retail media permitem segmentar campanhas com base em dados de comportamento de compra, garantindo que os anúncios cheguem ao público certo, no momento certo.

– Mensuração completa do funil de vendas: desde o primeiro contato com a marca até a conversão, o retail media oferece uma visão holística do percurso do consumidor.

Você pode estar pensando que as soluções de retail media se limitam ao fundo do funil, certo? Errado! Sua principal força reside na construção de marca. E por que nos marketplaces essa tarefa se torna mais eficaz? A resposta é simples: riqueza de informações.

Imagine a possibilidade de criar uma verdadeira imersão na sua marca dentro do marketplace. Através de lojas personalizadas e até landing pages, como um “subsite” exclusivo, você apresenta sua identidade, valores e produtos de forma clara e envolvente.

Some a isso o poder da segmentação precisa. Com os anúncios, impactamos o consumidor no momento exato de sua jornada de compra. Seja ele um cliente em busca de informações detalhadas sobre um produto específico ou navegando por itens complementares, estamos lá, com a mensagem certa, no lugar certo.

O retail media é a síntese perfeita entre marketing e vendas. Ele inaugura um novo cenário em que o comercial fornece munição para o marketing agir de forma cirúrgica e dinâmica. Em contrapartida, o marketing, com sua estratégia de branding bem definida, potencializa as negociações comerciais.

Mais do que uma tendência, o retail media é o futuro da publicidade digital. Uma solução completa que integra áreas, otimiza investimentos e oferece resultados mensuráveis.

Amazon: um case de sucesso no retail media

A Amazon, gigante do e-commerce, destaca-se nesse cenário com sua plataforma de anúncios, trazendo uma solução baseada em dados de comportamento do usuário, a Amazon Marketing Cloud. Através dela, as marcas podem:

– Criar públicos específicos, como aqueles que abandonaram o carrinho, e impactá-los com mensagens personalizadas.

– Acessar dados detalhados sobre a jornada de compra, como tempo de conversão e impacto dos produtos em novos compradores.

– Obter insights poderosos para otimizar campanhas e maximizar o retorno sobre o investimento.

A plataforma da AMC revoluciona a análise de dados com ferramentas intuitivas e a capacidade de criar consultas SQL personalizadas. Essa flexibilidade permite responder a perguntas complexas sobre o comportamento do consumidor, abrindo um leque de possibilidades para pesquisas aprofundadas.

Com a AMC, a dinâmica da publicidade digital se transforma. A riqueza de informações e a precisão da plataforma na segmentação do público-alvo elevam a assertividade das campanhas. A mensuração se torna mais precisa e os anúncios impactam os consumidores certos, no momento certo.

Assim como o Google Analytics revolucionou a análise de websites, a AMC molda o futuro da inteligência de dados na Amazon. Sua capacidade de processamento e a riqueza de informações a colocam em um patamar superior, impulsionando a tomada de decisões estratégicas e abrindo caminho para uma nova etapa na publicidade digital.

O futuro do marketing digital é aqui

O retail media representa uma evolução na forma como as marcas se conectam com seus consumidores no ambiente digital. A combinação de dados precisos, segmentação avançada e um ambiente propício à compra dentro dos marketplaces oferece um potencial único para impulsionar o crescimento das marcas.

A era do retail media já começou, e as marcas que souberem aproveitar as oportunidades que ela oferece estarão à frente da concorrência.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-ascensao-do-retail-media-comportamento-do-consumidor-e-novas-solucoes”

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Estratégia de retail media precisa funcionar como um circuito fechado, explicam especialistas

Nesta terça-feira (30), primeiro dia do Fórum E-Commerce Brasil, a plenária de Marketing e Vendas recebeu a masterclass sobre retail media, que contou com a presença de três especialistas do mercado para falar sobre estratégias e resultados dessa tendência de anúncios no varejo digital.

Surfando nas ondas da publicidade

O prólogo da apresentação foi conduzido por Gerson Ribeiro, Partner & CGO da Vitrio e B&Partners. O palestrante falou sobre a primeira onda da publicidade, quando a comunicação, ainda veiculada por meios tradicionais (rádio, TV, jornal e revista) até os anos 2000, deu um salto para a era dos dados a partir de 2008, com a ascensão do search e dos comparadores de preço.

A segunda onda chegou em 2013 com as redes sociais, e no impulso das interações em tempo real, o marketing de influência ganhou sucesso, despontando em 2017. Um movimento parecido com o live marketing no ano seguinte, dando uma nova dimensão às conexões entre as pessoas. Até o período pandêmico com boom do TikTok em 2022.

A bola da vez é a IA e sinaliza a terceira era da comunicação com novos aspectos, como a retail media, o Connected TV (CTV) e a Mídia FOOH (uso de realidade aumentada, experiencia ilusória construída com IA).

“Tudo que se faz em retail media vai impactar sua marca como um todo”, afirmou Ribeiro. Nos EUA, por exemplo, o tempo de investimento em retail media passou de US$ 1 bilhão para US$ 30 bi em cinco anos. Além disso, a pesquisa da eMarketer revelou que, entre o retail media está entre os canais com maior crescimento em 2023. Mesmo com um share um pouco menor do que o search e as redes sociais, a “mídia dentro do varejo” vem provando seu impacto nas decisões de compra dos consumidores.

O palestrante ressalta a importância da integração das estratégias de brand, performance e trade marketing para adotar o retail media. “O centro precisa ser o consumidor e isso tem que ser mensurado. É preciso obter entendimento da jornada do consumidor”, afirma.

Para ele, o retail não deve ser apenas um canal dentro do varejo digital, mais do que isso, ele precisa ser tratado como uma estratégia omnichannel, porque permite fazer ativações no varejo físico e levá-las também para o varejo digital. A discussão, embora incipiente no mercado e com poucas empresas adeptas da estratégia na comunicação, também precisa ser vista como uma etapa na jornada.

Desvendando o plano de comunicação

Apesar de parecer ultrapassado, o “planejamento de comunicação” é importante para mapear custos e estratégias que serão adotadas dentro das marcas, inclusive previsão dos imprevistos. É o que disse Gabriel Lima, CEO da Enext.

Para um plano de comunicação eficiente, o palestrante recomenda o levantamento da audiência com base nos seguintes dados:

  • Geográficos (região, pais, população, clima);
  • Comportamentais (perfis comportamentais de qual tipo de benefício procuram, propensão de compra);
  • Psicográficos (estilo de vida, características pessoais);
  • Demográficos (gênero, faixa etária, ocupação, renda e tamanho da família).

De acordo com os dados da Enext, o mercado atual de varejo brasileiro atinge cerca de US$ 200 bilhões, enquanto o de e-commerce tem US$ 40 bilhões. Já o mercado publicitário, obtém a fatia de US$ 20 milhões. “O retail media é a intersecção dos meios publicitários dentro dos canais de varejo, aponta Lima, que acrescenta a melhora da tecnologia e das operações logísticas como estímulos para a prosperidade do comércio eletrônico.

A tendência é que a comunicação dentro dos canais de varejo continue a crescer. A audiência do e-commerce é especialmente receptiva a mensagens publicitárias, impactando sete vezes mais do que outras estratégias, segundo a Kantar. Em relação às ferramentas que podem ser utilizadas, os canais mais eficazes incluem marketplaces digitais, varejistas multicategorias, intermediários (como iFood e Rappi) e plataformas verticais (como RD Ads e VTEX).

Para definir o seu planejamento de Marketing Mix Model (MMM) e alocar o orçamento, a dica dada pelo palestrante é integrar dados de vendas, informações de produtos, custos de marketing, além de dados do consumidor e da concorrência.

“A proposta do retail media é fazer com que o consumidor compre o produto no momento em que é impactado, independentemente da etapa em que se encontra na jornada de compra”, diz Lima. Por isso, é fundamental conhecer profundamente o próprio produto e as necessidades dos consumidores.

O destaque também vai para a DSP (Demand-Side Platform), uma solução programática que revolucionou o mercado ao permitir que as marcas comprem audiências específicas em vez de apenas espaços publicitários. Isso tem impulsionado significativamente o crescimento do retail media no Brasil, oferecendo uma abordagem mais direcionada para atingir os consumidores.

Por fim, o executivo indicou duas plataformas para estruturar campanhas de retail media:

  • Mercado Ads;
  • Amazon.

Retail media: um circuito fechado

Leonardo Naressi
Co-CEO & CIO
DP6″

Após montar sua campanha de retail media e adquirir espaço publicitário, chega o momento de mensurar os dados. Leonardo Naressi, Co-CEO & CIO da DP6, destacou a viewability como um ponto fundamental. Embora possa parecer básico, saber se o seu anúncio foi efetivamente visto ajuda as marcas a atribuir corretamente o sucesso das campanhas.

Antes, o varejo focava apenas em métricas de faturamento e vendas. Com a nova abordagem publicitária, a construção de marca agora exige dados sobre a awareness dos clientes, como impressões, visibilidade, cliques e brand lift.

Dados, dados e mais dados

O palestrante enfatizou que todo esse caminho é traçado por meio de dados. O e-commerce não é apenas um canal, mas a própria jornada do consumidor, que agora é híbrida. Nesse percurso, desde o conhecimento da marca até a aquisição do item, as métricas devem considerar a omnicanalidade e integrar dados de vendas de outros canais para obter insights mais abrangentes.

Páginas de marca, vídeos e banners podem ser avaliados com base em métricas como o last click, que indica a última interação do lead antes da conversão. Para análises personalizadas da jornada de cada cliente, é recomendável discutir com o gerente de sua conta e o time de dados, a fim de mapear os dados com precisão.

As métricas de new to brand permitem identificar se o cliente é totalmente novo ou se já comprou nos últimos 12 meses.

A “mídia do varejo” oferece informações extremamente valiosas, combinando dados próprios da marca com dados dos varejistas. O palestrante alerta sobre a segurança desses dados, que devem ser cruzados respeitando a LGPD. Para Naressi, uma ferramenta eficaz para isso é o data clean room, ao permitir a análise de dados sem expor informações sensíveis dos clientes.

Top 5 pontos para não esquecer:

  • Métricas de Mídia do Varejo: avalie cuidadosamente as métricas disponíveis para otimizar suas campanhas;
  • Atribuição: trate a atribuição com a mesma importância que se dá à mídia digital;
  • Omnichannel: considere tanto métricas de canais offline quanto online para uma visão integrada;
  • New to Brand: explore métricas de competitividade para entender melhor sua base de clientes;
  • Brand Lift: avalie os resultados para evitar a canibalização de campanhas;
  • Data Clean Room: utilize novas tecnologias para cruzamento seguro de dados.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/estrategia-de-retail-media-precisa-funcionar-como-um-circuito-fechado-explicam-especialistas”

Por que os marketplaces B2C de nicho estão assumindo o controle do e-commerce

Hoje, segundo estudos, os marketplaces representam 67% das vendas globais do e-commerce, um salto em relação aos 40% de apenas uma década atrás — e seguem em ascensão. Esse segmento está cada vez mais popular, uma vez que compradores buscam por variedade, preços competitivos e conveniência.

Além disso, varejistas aprovam o formato por conta da amplitude e profundidade do que vendem, assim como os dados que podem recolher das vendas nas plataformas. No entanto, Amazon e Alibaba, por exemplo, acumularam uma escala e um capital tão significativos que estão se tornando uma “loja de tudo”. Diante disso, o Boston Consulting Group (BCG) trouxe um estudo sobre a atual oportunidade de crescimento dos marketplaces de nicho no comércio eletrônico.

Marketplaces de nicho

Diante dessa realidades, especialistas sugerem seguir um caminho diferente, adotando plataformas mais nichadas. Dessa forma, o varejista pode aprimorar suas ofertas padrão com produtos e categorias adjacentes. Porém, criar um marketplace especializado não é tão simples quanto construir uma plataforma tecnológica e alinhar vendedores.

Para facilitar o caminho para o sucesso nessa empreitada (que não é tão simples como um marketplace comum), identificou-se sete tópicos essenciais, que incluem:

  • uma proposta de cliente bem definida, vinculada à estratégia mais ampla de comércio eletrônico da empresa;
  • seleção inteligente de produtos de uma variedade de vendedores concorrentes;
  • e uma excelente experiência do cliente.

Por que os marketplaces geridos por varejistas decolaram

Para os varejistas, os marketplaces representam um novo modelo de negócios. Além de venderem os seus próprios produtos — muitas vezes referidos como produtos primários (1P) —, os marketplaces geridos por varejistas vendem produtos de vendedores terceiros (3P), com os operadores recebendo uma comissão por cada transação.

Os varejistas gerenciam o atendimento e a remessa de produtos 1P, e os vendedores de marcas 3P normalmente cuidam dessas atividades para seus próprios produtos. A dinâmica e o modelo de negócios dos marketplaces de varejo B2C são diferentes daqueles dos marketplaces B2B, que conectam compradores e vendedores empresariais.

O modelo de marketplace B2C ganhou popularidade e participação de mercado por vários motivos, entre eles:

Os consumidores gostam de marketplaces

De acordo com uma pesquisa da BCG, os marketplaces superam os sites de e-commerce tradicionais em seis dos nove aspectos que mais valorizam quando fazem compras online.

A variedade é um dos aspectos dos marketplaces que os consumidores adoram. Afinal, os marketplaces varejistas aumentam os SKUs em média 63% no primeiro ano de operação, de acordo com dados da Mirakl.

Outro ponto é que os consumidores aprovam os marketplaces devido às suas opções de entrega e preços competitivos. Isso por si só contribui para que 87% dos consumidores tenha a intenção de gastar a mesma quantia ou mais em compras em marketplaces no próximo ano.

Marketplaces são relativamente simples de operar

Um modelo operacional de marketplace permite que os varejistas ofereçam um vasto estoque, deixando para seus parceiros 3P a tarefa de lidar com o fornecimento, preços, promoções, merchandising e atendimento do produto. Essa eficiência permite aos varejistas ampliar de forma rápida e eficiente o sortimento. É possível adicionar novos vendedores ou SKUs aos marketplaces em questão de dias — tempo ainda inferior ao gasto para adicionar um novo produto em um e-commerce ou loja física, por exemplo.

Marketplaces varejistas geram dinheiro constantemente

Os operadores de marketplace normalmente ganham comissões de 8% a 15% em transações — no caso de moda, esse valor é de 25% a 30%. Vale mencionar que marketplaces exigem um pequeno investimento de capital para serem lançados e gerarem retornos elevados, contribuindo com uma margem EBITDA de 7% a 9%.

Marketplaces produzem dados valiosos

Ao monitorar as mudanças na variedade de produtos e nas vendas de vendedores terceirizados, os varejistas têm maior velocidade de análise de tendências emergentes e mudanças nas preferências dos consumidores (muito mais rápido do que se fosse por conta própria).

Com isso, podem usar os insights para gerenciar melhor seus negócios, tal qual personalizar as experiências dos clientes. E o mesmo vale para melhorar a segmentação de potenciais clientes, o que, em última análise, poderá ajudar a aumentar as receitas que obtêm das redes de meios de comunicação varejistas que mais deles operam.

A evolução do marketplace

Os marketplaces B2C online mudaram desde o surgimento dos primeiros marketplaces nativos digitais. Por conta da escala necessária para operar as plataformas, os varejistas aproveitaram para lançar marketplaces de nicho, a fim de se diferenciarem. Conforme pesquisa, 70% dos consumidores preferem comprar em marketplaces segmentados, frente a modelos que vendem de tudo. O motivo seria principalmente atendimento, preços e confiança nas marcas.

A base de clientes existente e as ofertas omnicanal dos varejistas contribuem no posicionamento e na operação dos marketplaces especializados. Normalmente, os varejistas já possuem tráfego significativo em seus sites, o que leva a um baixo custo de aquisição de clientes. Além disso, a presença das marcas, assim como a confiança e a fidelidade de seus clientes, contribuem para o aumento das vendas nesses marketplaces.

Varejistas que lançaram marketplaces de nicho nos últimos cinco anos tiveram um bom desempenho. Na Alemanha, por exemplo, a empresa Douglas (do segmento de saúde e beleza) lançou um modelo desses em 2019 e viu suas vendas sobrarem a partir de 2022. Em 2021, a Decathlon estabeleceu-se nesta configuração na Bélgica. Até 2026, é previsto que a empresa supere US$ 1,1 bilhões de dólares na Europa.

O mesmo vale para a Kingfisher, que lançou em 2022 um marketplace de bricolagem e melhorias para a casa no Reino Unido. O marketplace de nicho foi rentável desde o seu primeiro dia, e agora representa 41% das vendas totais de comércio eletrônico da empresa.

Sete chaves para o sucesso dos marketplaces liderados por varejistas

Diante de pesquisas e insights, especialistas identificaram que existem sete elementos essenciais para o sucesso dos marketplaces liderados por varejistas.

Proposta clara ao cliente vinculada à estratégia de comércio eletrônico existente

O lançamento de um marketplace permite aos varejistas expandirem sua variedade e volume de produtos, o que pode ajudá-los a acelerar sua estratégia comercial geral. Mas, para ter sucesso, um marketplace deve se adequar a:

  • proposta de cliente existente da empresa;
  • ofertas do comércio eletrônico;
  • experiência estabelecida ao cliente.

Por essas razões, os líderes devem supervisionar uma iniciativa de marketplace para garantir que o empreendimento cumpra esses objetivos e não seja apenas consolidado.

Ao lançar um marketplace, um varejista também deve deixar claro como ele difere das ofertas de outros players. Por exemplo, como é que o marketplace aproveita os seus ativos de varejo existentes para proporcionar uma vantagem competitiva? Um determinado varejista (que administra um marketplace de móveis, arte e joias de luxo) conquistou um nicho oferecendo itens novos e antigos, leilões e conexões com designers de interiores, além de publicar uma revista digital semanal.

Valor baseado em preços competitivos

Consumidores pesquisados ​​pelo BCG disseram que passariam a comprar em um marketplace administrado por varejistas, em vez de em uma “loja vende tudo”, se os preços fossem semelhantes. Os varejistas podem garantir que seus preços sejam competitivos hospedando vários terceiros que vendem o mesmo produto, por exemplo. Integrar uma ferramenta de preços competitivos semelhante à caixa de compra da Amazon na interface do usuário é uma maneira de fazer isso.

Essa ferramenta usa um algoritmo para mostrar aos clientes um vendedor de um produto específico de vários vendedores concorrentes com base em uma combinação de fatores como preço, velocidade de entrega e classificação do vendedor. A maioria dos principais marketplaces, incluindo os nativos digitais e os empreendimentos operados por varejistas, utilizam ferramentas de preços competitivos para impulsionar seu sucesso.

Curadoria inteligente de vendedores e produtos

Ao contrário de todas as lojas, os varejistas não podem se dar ao luxo de trabalhar com todo e qualquer vendedor terceirizado. Eles investiram muito em sua marca, reputação e relacionamento com os clientes existentes para se unirem a qualquer parte externa que possa colocá-los em risco. E consumidores entrevistados citaram a confiança em uma marca como o principal motivo pelo qual preferem comprar em um marketplace liderado por varejistas, em vez de em um marketplace gigante que vende de tudo.

Para proteger as suas marcas, varejistas devem selecionar o que está disponível nos seus marketplaces, o que exige encontrar um equilíbrio entre controle e escalabilidade. Os melhores varejistas fazem isso examinando cuidadosamente os vendedores e, em seguida, dando-lhes autonomia para oferecer o que quiserem dentro de determinadas barreiras comerciais.

Também é preciso instituir controles de qualidade, bem como processos para remover instantaneamente produtos não qualificados. O Walmart, por exemplo, faz verificações regulares para confirmar se os vendedores em seu marketplace mantêm uma taxa de defeito nos pedidos inferior a 2% e respondem aos e-mails dos clientes dentro de 24 horas, ambos especificados nos acordos de nível de serviço dos vendedores.

Uma experiência superior para o cliente

Os marketplaces podem ter o mix certo de preços, produtos e vendedores e ainda assim falhar por não oferecer uma experiência excelente aos clientes. Para os consumidores concluiu, as práticas de atendimento ao cliente no marketplace estão aquém das dos sites de varejo tradicionais — algo que os varejistas poderiam melhorar para se diferenciarem.

Investir excessivamente no atendimento ao cliente pode ajudar os varejistas a protegerem suas marcas. Uma das maneiras de fazer isso é fornecer continuamente recompras dentro do marketplace. Varejistas que usam suas lojas físicas para retiradas ou devoluções também criam um diferencial importante entre eles e os marketplaces digitais puros.

A variedade excessiva de produtos e a má navegação são outros obstáculos comuns na experiência do cliente em marketplaces operados por varejistas. Pesquisas anteriores do BCG descobriram que mais da metade dos compradores em marketplaces como Walmart e eBay tinham dificuldade para localizar os produtos desejados ou garantir os melhores preços.

Otimizar a capacidade de localização evita esses obstáculos. Funções sólidas de navegação e pesquisa, incluindo recursos abrangentes de classificação, podem colocar o produto certo na frente do cliente certo, no momento certo. O Alibaba, por exemplo, implementou um sistema avançado de navegação e personalização em todo o seu ecossistema com algoritmos sofisticados. No caso, oferecem aos utilizadores recomendações personalizadas a partir de um catálogo de mais de 200 milhões de produtos.

Uma experiência de vendedor superior que leva a um maior GMV

Criar uma experiência positiva aos vendedores é tão importante quanto suavizar os obstáculos no processo de compra dos compradores — e pode atrair mais vendedores para um marketplace de nicho. Isso é importante porque há uma relação direta entre vendedores, SKUs e o valor bruto da mercadoria (GMV) do varejista. Especialmente nos primeiros anos de um marketplace, ter mais vendedores leva a um maior GMV.

Normalmente, vendedores atuam em mais de dois marketplaces. Com base nos dados da Mirakl, 6 em cada 10 esperam aumentar o número de marketplaces com os quais fazem parceria no futuro. Para reter os vendedores existentes e atrair novos é essencial facilitar a integração dentro do marketplace. O mesmo vale no sentido de fornecer ferramentas e um ambiente de apoio que ajudem os negócios dos vendedores a crescer. Isso irá contribuir para experiências positivas que ajudam a reter os vendedores e, em última análise, aumentam o tráfego e o GMV.

Uma pilha de tecnologia escalável e flexível

Marketplaces exigem uma arquitetura tecnológica moderna para integrar os sistemas existentes a fim de oferecer suporte a recursos, como preços dinâmicos. Para se manterem competitivos, varejistas precisam acompanhar as mudanças tecnológicas e incorporar avanços como a IA generativa. O eBay, por exemplo, adotou recentemente IA para melhorar as descrições dos produtos.

É verdade que o desenvolvimento interno de tecnologia de marketplace permite mais personalização. No entanto, a terceirização de componentes de commodities de terceiros — como a tecnologia que administra a plataforma de marketplace de um varejista — pode reduzir o tempo para colocá-la em funcionamento. Isto pode levar a um ponto de equilíbrio mais curto e dar aos concorrentes menos tempo para recuperar o atraso.

A maioria dos varejistas trabalha com fornecedores de tecnologia para evitar a criação de capacidades internamente e investir o capital em outro local. A terceirização também permite aplicar mais energia em áreas de missão crítica, como a experiência do usuário. Sem contar que o uso de componentes padrão do marketplace com os quais os vendedores já estejam familiarizados poderia acelerar o processo de integração do vendedor (e reforçar a atratividade de um varejista como parceiro).

Serviços avançados

Varejistas que dominam os conceitos básicos podem adicionar serviços avançados aos seus marketplaces. Isso pode otimizar a sua proposta de valor junto de potenciais vendedores e, de quebra, aumentar o EBITDA do seu próprio marketplace em 3% a 5%.

Um dos serviços avançados mais importantes que estão sendo adicionados é o retail media. Por meio de suas redes, varejistas podem oferecer aos parceiros oportunidades de publicidade direcionada e de alta conversão em troca da coleta de dados de clientes (além de uma parte da receita de vendas). As margens das redes varejistas de meios de comunicação social podem ser superiores a 60% a 70% das receitas publicitárias recolhidas, substancialmente superiores às margens típicas em muitos setores varejistas.

No primeiro trimestre do ano fiscal de 2024, a publicidade global do Walmart cresceu 24%, liderada pelo aumento de 26% em sua rede de mídia varejista Walmart Connect. No mesmo período, a empresa informou que as vendas de anúncios nos EUA refletiram um crescimento de mais de 50% dos vendedores no seu marketplace.

Possibilidades de benefícios aos varejistas de marketplaces de nicho

Os varejistas com marketplaces maduros também estão adicionando monetização de dados. É possível agregar e vender os dados do marketplace sobre vendas ou tendências para vendedores 1P ou 3P — que podem usá-los para alterar preços, cronometrar promoções, lançar novos produtos ou otimizar o que oferecem de alguma outra forma.

Assumir o armazenamento, a entrega e outros serviços de atendimento é outro complemento natural. O braço terceirizado de atendimento do Walmart, que atende vendedores do seu marketplace, cresceu cinco vezes no valor bruto das mercadorias em 2021. Os varejistas podem oferecer outros complementos menores que ajudam no desempenho dos vendedores, incluindo tradução, produto e dados.

De uma forma geral, os marketplaces de varejistas online estão cada vez maiores. Por um lado, os consumidores gostam da seleção e dos preços. De outro, os varejistas gostam das oportunidades que os marketplaces oferecem para simplificar as operações e, ao mesmo tempo, dimensionar o que oferecem.

Fonte:”Por que os marketplaces B2C de nicho estão assumindo o controle do <nowrap>e-commerce</nowrap> – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

 

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Congresso Digitalização do Varejo 2024: comércio vai crescer, mas lojas físicas e virtuais devem trabalhar juntas

Com mais um tema do momento, o Congresso Digitalização do Varejo 2024 convida ao palco Felipe Dellacqua, CMSO da Infracommerce, Alessandro Gil, vice presidente da Wake, Rodrigo Nasser, founding partner, itu partners & aster capital e Alejandro Vázquez, co-fundador e presidente da Nuvemshop, para debateram sobre o famigerado papel da loja física em tempos digitais.

Apesar das aparentes diferenças, as lojas digitais e as lojas físicas possuem um ponto em comum, segundo Dellacqua, a comodidade. Ao trazer tecnologia para o varejo físico, há uma busca de contemplar as facilidades das compras nos ambientes virtuais. Implementar novas comunicações e inovações é uma maneira de incrementar a experiência do consumidor.

Um exemplo é o WhatsApp. A facilidade de comunicação, com lojas, amigos e até mesmo para o trabalho, é uma das novas necessidades que os consumidores têm, não é possível mais construir um canal de comunicação com os clientes sem considerar uma das ferramentas mais utilizadas por eles.

A loja física, dentro de um shopping por exemplo, precisa considerar a ociosidade do usuário – que poderia estar em contato com amigos, familiares e outras lojas no Whatsapp –, mas está presente naquele ambiente e pode acabar comprando por causalidade.

Para o presidente da Nuvemshop, mesmo dentro das plataformas digitais, é importante manter o contato 1 a 1. “Precisamos garantir o vendedor dentro da ferramenta, pois os consumidores buscam por conversas humanas”. Além disso, as lojas físicas juntamente com o e-commerce constroem uma experiência única e mais poderosa para o usuário.

Entretanto, é necessário estar atento a intersecção de ambos os canais. “Ainda temos uma questão de processos. O WhatsApp é um canal de comunicação, mas é importante conectar a loja física ao e-commerce, juntando os vendedores e as informações dos consumidores em um único local”, resume o executivo.

Já Gil, apresenta uma nova perspectiva para a construção das relações entre marca e consumidor. Ao invés de investir na mentalidade de customer centric é preciso adotar o people centric, que tamém leva em consideração os vendedores. “No final, é gente vendendo produtos para gente”.

Retail Media é o futuro do e-commerce ou das lojas físicas?

De acordo com o presidente da Wake, a venda de publicidade é uma maneira de trabalhar com maiores margens para o varejo – que sempre precisa operar sob custos apertados. Apesar das expectativas positivas, Alessandro ressalta que as empresas, para melhor utilização das estratégias de mídia, precisam investir em compreender profundamente sua audiência.

Felipe ainda complementa: “cada vez mais a mídia está cara, o custo do clique cresce mais do que a inflação, então, conhecer a audiência traz maior receita e mais profundidade sobre os comportamentos do consumidor e sobre as demandas que ele cliente tem”.

Live commerce

O investimento no live commerce aparece como uma tendência para muitas marcas. Cada um dos executivos traz uma visão diferente sobre o palpel dessa nova maneira de vender. De maneira geral, esta nova ferramenta possbilida que as empresas direcionam um maior holofote para as lojas físicas por meio das plataformas digitais.

Vázquez detalha que as marcas que oferem a opção de pick-up in store estão criando novas experiências para os consumidores. Segundo o executivo, quando um cliente vai buscar um produto na loja física e entra em contato com o vendedor, este tem a capacidade de aumentar o life time value daquele consumidor.

“As lojas poderiam oferecer outros produtos por conveniência e, hoje em dia, isso é uma grande oportunidade para as empresas se diferenciarem”, resume o presidente da Nuvemshop.

Gil ainda complementa dizendo que é necessário a “individualização da experiência de cada loja”.

O CMSO da Infracommerce ainda aproveita e detalha a importância da localização durante o live commerce. “A praça, promoção e o preço estão segmentados no live commerce; você está dentro de um canal que o cliente já está e consegue apontar geograficamente aonde esse produto está”.

O papel do pix

Muitos e-commerces e lojas físicas foram transformados pelo papel do pix nos metódos de pagamento. Alejandro explica que “em termos de experiência melhorou muito e no mundo físico isso é implementado de uma maneira muito simples”.

Porém, para Dellacqua, o pix enquanto experiência ainda não está no nível adequado. Em termos de rentabilidade foi uma verdadeira sensação, porém, como experiência ele ainda se baseia em um antigo formato de débito.

“Há uma revolução muito grande para se tornar uma experiência dominante. Ainda existe a necessidade de introduzir o parcelamento ou crédito, há o atrito da experiência e a funcionalidade do pix offline”.

Conselhos para um futuro próximo

Para fechar o painel, o conselho que fica é o investimento em tecnologia. Gil afirma que a recorrência é o novo ouro para os varejistas e as novas funcionalidades precisam acompanhar esse demanda do varejo.

Alessandro aconselha: “não fiquem com medo da tecnologia”.

E finalizando, Alejandro explica que “o online vai continuar crescendo, mas isso não significa que o físico está morrendo; o varejo vai continuar crescendo, ambos se complementam. Em primeiro lugar, olhem para os clientes e quem vai ser o consumidor do futuro, usem as tecnologias para ajudar a compreender o cliente”.

Fonte: “Congresso Digitalização do Varejo 2024: comércio vai crescer, mas lojas físicas e virtuais devem trabalhar juntas – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

Com audiência de 35 milhões de visitantes, Assaí lança estratégia de retail media

A unidade da Vila Maria, na zona norte da capital, foi a escolhida para iniciar as novas operações de marketing digital.

Com 35 milhões de visitantes mensais, o Assaí Atacadista coloca essa audiência no centro da estratégia de retail media da empresa, lançada em março deste ano.

Por estar no segmento favorito para a compra de alimentos e com salões de vendas que podem atingir até 10 mil m², o Assaí passa a oferecer novos formatos de mídia para agências e anunciantes interessados em aumentar a conversão de suas marcas, entre eles, o retail media, lançado para a unidade Vila Maria, na capital paulista.

A loja recebeu a instalação de painéis digitais no topo dos corredores de produtos. Cada loja conta com 13 desses espaços, posicionados estrategicamente para garantir visibilidade aos clientes. Logo abaixo das telas, ficam as principais ofertas vigentes. Esses novos pontos são totalmente personalizáveis para os parceiros comerciais.

Ativação inédita no Assaí Anhanguera

Atrelada à sazonalidade da Páscoa, o Assaí Anhanguera, na zona oeste da capital, realizou ativação inédita em parceria com Lacta e BIS, marcas da Mondelez. A instalação de um pórtico de led na entrada da loja cobriu todo o espaço, despertando a curiosidade de quem chegava logo ao entrar. A unidade recebeu um estande dos chocolates, a poucos passos do pórtico, aumentando a visibilidade dos produtos da empresa parceira.

O pórtico digital se tornou um dos novos formatos dentro da estratégia de retail media da rede atacadista. Após ser impactado pela ação, o cliente foi direcionado a um estande da marca parceira visando a conversão da compra.

“Quando falamos de retail media, é essencial considerar a audiência e a capacidade de conversão do espaço. Precisamos despertar o interesse do cliente e garantir que o produto esteja disponível no mesmo momento. Com o tamanho de nossas lojas, temos a vantagem natural de oferecer espaços que podem ser utilizados para várias ações e totalmente personalizados”, comenta Jonatas Calábria, gerente de Trade Marketing do Assaí Atacadista.

Números do atacarejo

Segundo o Assaí, desenvolver o trabalho de retail media foi um caminho natural diante do crescimento do formato de atacarejo no Brasil. Dados fornecidos pelo grupo apontam que, em 2023, um em cada quatro domicílios compram em uma das mais de 290 lojas do Assaí Atacadista.

“Isso tem feito as marcas olharem com mais atenção às nossas possibilidades de ativação, afinal, é onde está o consumidor, aprimorando o diálogo e nos desafiando a testar diferentes formatos de anúncios”, comenta Calábria.

Nos últimos três anos, a companhia abriu 115 lojas. A expansão rápida, segundo o grupo, foi possível devido às aquisições de pontos de venda (PDV) de uma rede de hipermercados e que permitiu ao Assaí entrar em regiões mais centrais de grandes centros urbanos e em pontos irreplicáveis por meio da expansão orgânica, aproximando-se das classes A e B.

A partir deste ano, o foco se volta para explorar e potencializar esses novos pontos. “Assim, ganhamos não apenas no relacionamento e na consolidação de parcerias com anunciantes, mas trazemos uma nova forma de rentabilizar os espaços de nossas lojas”, completa.

Varejo físico com oportunidade para parceiros

O executivo conta que há várias oportunidades de ativação em uma das lojas Assaí, as quais começam a partir do momento em que o cliente entra no estacionamento até a hora de passar pelo caixa de pagamento.

Pela própria natureza do atacarejo, 45% do público da rede é de clientes jurídicos, como comerciantes do varejo alimentar. Essa audiência segmentada permite aos anunciantes encontrar um canal assertivo de comunicação com essa clientela.

No modelo de mídia OOH (out of home), a marca Assaí divide o espaço com parceiros comerciais, direcionando o cliente tanto para o produto quanto para o ponto de venda onde poderá ser encontrado. No universo digital, a estratégia consiste em conectar as ativações de retail media ao modelo fígital adotado pela rede, que combina a experiência da loja física com a facilidade do ambiente digital.

Com mais de 12 milhões de clientes cadastrados, em 8 meses de operação, o aplicativo Meu Assaí é capaz de oferecer ofertas customizadas com base na geolocalização e no perfil de consumo. Os bons resultados levaram o aplicativo a ser um dos cinco varejistas com maior crescimento de downloads no Brasil.

“Acreditamos que as lojas físicas estão cada vez mais integradas ao ambiente digital, e a instalação de pórticos, totens e TVs promove uma interação mais eficiente entre a indústria e os clientes. Além disso, com o conhecimento do perfil de nossos clientes, podemos propor ações assertivas com nossos fornecedores, agregando valor às marcas e proporcionando uma experiência de compra mais satisfatória. Para isso, a visibilidade e a conversão são as palavras-chave”, conclui Jonatas Calábria.

Fonte: “Com audiência de 35 milhões de visitantes, Assaí lança estratégia de retail media – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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