GoodStorage comemora dez anos de história em São Paulo

Rede de self storage e parks empresariais oferece espaços inteligentes para pessoas e negócios, com foco em transformar a mobilidade da cidade.

GoodStorage foi fundada por Thiago Cordeiro há exatos dez anos, em São Paulo. E, ao longo de sua história, colaborou com o movimento de transformação da capital paulista, ao oferecer espaços inteligentes para pessoas e negócios. Em 2023, ultrapassou a marca de 30 unidades nas principais regiões da cidade. E com elas, visa garantir mais mobilidade, sustentabilidade e oportunidades a quem transita, trabalha e visita o município.

A empresa permite a locação de espaços para pessoas físicas e jurídicas, que podem funcionar como uma extensão de casa ou da empresa, uma vez que possibilita o armazenamento de diversos tipos de objetos, como os de decoração, escritório, móveis, arquivos pessoais, entre outros. Além de também funcionar como solução para que empresas possam armazenar e gerir seus estoques de maneira eficiente e próxima do cliente final.

“A solução contribui com o adensamento do centro urbano, algo que já ocorre em outras grandes cidades do mundo, o que consequentemente colabora com a mobilidade de pessoas e mercadorias, garantindo mais qualidade de vida para a população e tornando São Paulo uma cidade mais inteligente”, afirmou Thiago Cordeiro, CEO e fundador da GoodStorage.

Com o negócio em expansão, a marca visa atender altas demandas de regiões residenciais da cidade, além de garantir que marcas de varejo com e-commerce ou marketplaces tenham uma maior eficiência logística, otimizando rotas, reduzindo custos fixos e até atuando com a logística reversa.

“Isso porque as empresas podem fracionar a cadeia de suprimentos, garantindo também uma redução considerável em frotas e rotas de entregas. O que também garante uma cidade mais verde e menos poluída”, explicou Cordeiro.

Com o crescimento do e-commerce dos últimos anos e o aumento expressivo das modalidades de entrega expressa, a GoodStorage viu ainda a oportunidade de converter tendência em solução e se tornou pioneira em oferecer espaços inteligentes e urbanos, voltados a indústrias e empresas que fazem da capital paulista uma das 40 maiores economias do mundo, fortalecendo tanto a vocação industrial da região quanto sua capacidade de impulsionar comércios e serviços por toda a cidade de São Paulo.

A marca conta com “parks empresariais”, com a oferta de espaços acima de 2 mil m² e dentro da capital, que funcionam como galpões urbanos e estão situados no entorno das principais vias expressas, com acesso fácil a rodovias, garantindo o escoamento de grandes estoques e cadeias produtivas.

Nesta modalidade, a empresa auxilia a plasmar uma configuração de infraestrutura urbana nova, com centros empresariais de distribuição modernos, instalados em bairros de área mista, de ocupação tanto residencial quanto comercial: “o que tem um papel social muito positivo no funcionamento e na sustentabilidade do centro urbano. Que exige instantaneidade e uma operação logística 24h de forma integrada, principalmente com a aceleração do comportamento de consumo on-line dos últimos anos”, pontuou o CEO da GoodStorage.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/goodstorage-comemora-dez-anos-de-historia-sao-paulo

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Depósitos apostam no e-commerce e ganham versão só para empresas

Na Good Storage, a participação dos clientes pessoa jurídica era quase zero em 2019; neste ano, a fatia deve ser de 50%.

A Good Storage surgiu em 2013 de olho em um mercado bastante forte em outros países, especialmente nos Estados Unidos, mas ainda pouco explorado no Brasil: os depósitos chamados de self-storage, que são vistos como uma opção para estocar itens que não cabem mais nas residências. Agora, porém, o que está movimentando o mercado não são pessoas em busca de mais espaço, mas sim companhias de comércio eletrônico procurando meios de facilitar e acelerar as suas entregas.

Segundo Thiago Cordeiro, presidente da Good Storage, a demanda das empresas do setor por esses espaços deu um salto nos últimos anos. Se em 2019 a procura era quase zero, em 2022 o segmento deve representar uma fatia de 50% do negócio. Hoje, a empresa possui 19 unidades e outros três parques logísticos voltados aos clientes corporativos.

De acordo com Cordeiro, já estão em construção outras nove unidades e quatro parques logísticos, que devem ser entregues até o fim de 2024.

Com as entregas, a área bruta locável da Good Storage vai passar de 133 mil metros quadrados para 245 mil metros quadrados, um aumento de 84%. No total, com as inaugurações previstas nos próximos dois anos, a companhia terá investido cerca de US$ 300 milhões (mais de R$ 1,5 bilhão). O investimento vem da gestora de private equity Evergreen, que tem US$ 5,7 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões) sob gestão.

Tanto investimento se apoia no fato de que, com a disputa mais forte na velocidade das entregas das compras feitas pela internet, as grandes varejistas encontraram nos self-storages uma saída para ampliar a eficiência do last mile – a última etapa do envio das mercadorias. Neste cenário, a companhia estima crescer 30% e chegar a um faturamento de R$ 100 milhões.

“Os negócios são similares e temos o mesmo posicionamento de tentar resolver o mesmo problema para pessoas físicas e empresas, que é a falta de espaço”, diz o executivo. “Queremos estar nos lugares certos da cidade e trazer essa facilidade.”

Diferenças

Se nos empreendimentos destinados a pessoas físicas, reinam os depósitos com formato similar às garagens e espaços de 1 m² a 150 m², nos parques logísticos há também espaço para as empresas montarem a sua operação, em uma área que ultrapassa os 2 mil m² – é justamente nesse segundo modelo de negócio que a empresa está apostado para os próximos anos.

Para Cordeiro, esses investimentos estão longe de suprir a necessidade deste tipo de espaço logístico em São Paulo. Então, é praticamente certo que novas captações sejam necessárias para manter o ritmo de expansão. No longo prazo, até mesmo a abertura de unidades em outras cidades além da capital paulista está em estudo. De acordo com dados da consultoria Brain, apesar do otimismo de Cordeiro, a vacância no mercado de depósitos ainda é alta. No terceiro trimestre de 2021, último dado divulgado, 20,8% da área bruta locável estava vazia.

Para Fábio Tadeu Araújo, sócio-diretor da Brain, o fato de as empresas de comércio eletrônico abraçarem o modelo para agilizar suas entregas pode trazer, no futuro, vantagens também para os clientes pessoa física no setor.

“À medida que o setor cresce e ganha escala, ele passa a ter preços mais competitivos, o que o tornará mais acessível às pessoas físicas”, diz Araújo. “E esse é um mercado que pode desacelerar, mas dificilmente vai retrair, já que tem um espaço muito grande para crescer.”

Dois modelos

  • Para residências: O modelo clássico dos depósitos pessoais serve de “abrigo” para móveis que não cabem mais nas residências: por isso, os boxes desses empreendimentos partem de apenas 1 metro quadrado
  • Grandes espaços: Em contrapartida, muitas empresas mantêm um grande quantidade de produtos nos parques logísticos urbanos, cujas áreas individuais podem superar 2 mil m²

Fonte : https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,de-olho-no-e-commerce-depositos-ganham-versao-so-para-empresas,70003981512