Como integrar loja física e online: o que realmente significa ser omnichannel e alguns cases

Este pode parecer mais um daqueles termos complicados que vemos no universo do varejo, mas acredite: entender o que é omnichannel e como colocar essa estratégia em prática pode ser a virada de chave pro seu negócio.

Isso porque, dia após dia, as linhas entre o varejo virtual e físico se borram.

Alguns dados de um relatório de 2023 da Opinion Box, ilustram isso:

77% dos consumidores relatam que já realizaram compras por mais de um canal de vendas da mesma empresa;

70% concordam que certos produtos são melhores comprados em lojas físicas do que online;

66% preferem ver e tocar nos produtos antes de comprar em lojas físicas.

E com consumidores cada vez mais exigentes, que estão em todos os lugares – do ponto físico à loja no Instagram -, integrar os diferentes canais da sua empresa se tornou mais do que um mero luxo, mas uma necessidade.

E é aí que o omnichannel entra em cena.

Se você está se perguntando como tornar a sua empresa omni na prática, este artigo vai te ajudar!

Vamos lá?

O que é omnichannel na prática?

Omnichannel é uma abordagem integrada que une diferentes canais de venda e comunicação para oferecer ao cliente uma experiência de compra contínua.

Por exemplo:

1. O cliente começa a navegar pelo site da sua loja pelo computador, coloca alguns produtos no carrinho, mas sente que precisa ver um deles pessoalmente antes de comprar;

2. Então, ele vai até a loja física, experimenta o item e decide comprar usando o aplicativo, que oferece cupom de desconto;

3. Mais tarde, quando ele acessa o aplicativo, resolve adicionar outra mercadoria à compra e retirar tudo na loja.

Tudo isso acontece sem que sua empresa perca informações sobre o cliente ou o faça repetir passos – é como se todos esses canais fossem um só.

Mas como isso acontece?

Entre os pilares do omnichannel estão a captação e a análise de dados de todos os pontos de contato com o cliente. Fazer isso permite personalizar a experiência de compra e melhorar continuamente os serviços oferecidos.

Nesse caso, tecnologias de suporte, como sistemas CRM e ERP, são essenciais para gerenciar as informações e garantir que todos os canais estejam alinhados.

No entanto, não devemos perder o foco aqui: o protagonista da estratégia omnichannel é sempre o cliente.

Por isso, é bom reforçar que o omnichannel não é sobre estar presente em todos os canais possíveis – é sobre criar uma jornada de compra integrada nos que você já oferece.

Por que se fala tanto dessa estratégia?

Falar sobre omnichannel não é apenas uma moda passageira – é uma resposta direta às mudanças no comportamento e nas expectativas do consumidor.

Em uma pesquisa feita em 2023 pela Bornlogic, em parceria com a Opinion Box, essas mudanças ficaram muito claras…

Apesar de 83% dos participantes não saber o que é omnichannel, quando apresentados ao conceito, eles mostram que entendem muito bem como a omnicanalidade funciona na prática:

64% dos consumidores já fizeram uma compra omnichannel;

65% dos consumidores acreditam que a experiência de compra deve ser igual em todos os canais;

50% dos consumidores já tiveram problemas em um canal e tiveram que resolver por outro.

Os benefícios e os desafios de ser omnichannel

Adotar uma estratégia omnichannel traz vários benefícios para o seu e-commerce. Mas isso não significa que esse caminho não venha com sua dose de desafios.

Vamos passar por alguns deles agora, certo?

O primeiro grande benefício da estratégia omni é a melhoria da experiência do cliente. E isso pode se traduzir diretamente em mais vendas e reconhecimento para sua empresa. Esse é o objetivo final de qualquer negócio, certo?

A B2B Pulse, pesquisa realizada pela consultoria empresarial americana McKinsey & Company, mostrou que empresas B2B (business-to-business) que investiram em estratégias omnichannel no atendimento tiveram aumento de 10% ao ano em participação de mercado

Não dá para ignorar números como esses…

Para fazer funcionar, no entanto, é preciso ter cuidado extra com a sincronização de estoques, preços e informações de produtos entre lojas físicas, e-commerce e outros canais digitais.

E com isso vem também o desafio de gerenciar e analisar uma quantidade massiva de dados.

Dados esses que, se bem gerenciados, podem ser um verdadeiro superpoder para sua empresa, já que permitem a personalização mais eficaz das ofertas e promoções.

Todos esses pontos, é claro, são apenas a ponta do iceberg.

Embora existam desafios significativos, os benefícios em termos de satisfação do cliente, fidelização e aumento nas vendas fazem com que o esforço valha a pena.

Casos de sucesso do omnichannel no e-commerce brasileiro

Agora que você já sabe o que é omnichannel, vamos entender como essa estratégia tem se desenhado na prática, olhando para alguns dos maiores players do mercado.

Amaro

A Amaro é um exemplo brilhante de como uma estratégia omnichannel pode transformar um negócio.

Começando como uma marca puramente digital, a Amaro inovou com suas Guide Shops.

Nessas lojas físicas, os clientes podem experimentar as roupas e sentir os tecidos, mas fazem a compra online, com a entrega sendo realizada diretamente nos endereços desejados.

Essa foi uma forma de “driblar” uma das maiores objeções de compra no e-commerce – não poder tocar nos produtos – com a abordagem omnichannel.

Uma verdadeira aula para todos os empreendedores, principalmente aqueles que trabalham no segmento de moda!

Centauro

A Centauro, gigante do varejo esportivo, incorporou diversas práticas omnichannel para se destacar no mercado.

Uma das principais iniciativas foi o ship from store, fazendo com que as lojas físicas sejam pontos de distribuição para pedidos online.

Nessa modalidade, o cliente compra na loja online e o pedido sai do estoque da loja física mais próxima, o que não só acelera as entregas, mas também otimiza o uso do estoque das lojas e o custo de envio.

Outra opção interessante que a Centauro usa é o clique e retire, que permite aos clientes comprar online e retirar seus produtos na loja física que está mais perto.

Isso proporciona uma grande conveniência e flexibilidade, além de atrair para o ponto físico um cliente que já conhece a marca. E, quem sabe, enquanto ele está lá, não aproveita para garantir alguns produtos extras?

Quanto mais contato, maiores as chances de compra!

MadeiraMadeira

A MadeiraMadeira, conhecida por seus produtos de decoração e móveis, também adotou uma estratégia omnichannel de sucesso.

Eles unificaram os preços entre os canais online e offline, garantindo que o cliente tenha uma experiência consistente independentemente de onde esteja comprando.

Além disso, a MadeiraMadeira utiliza suas lojas físicas como centros de distribuição, permitindo uma logística mais ágil e entregas mais rápidas.

Como integrar loja física e virtual e ser omnichannel de verdade?

Como você viu ao longo deste artigo, ter uma estratégia omnichannel é o caminho tanto para quem vende no e-commerce quanto para quem vende no varejo físico.

No entanto, dar os primeiros passos pode ser motivo de dúvida até mesmo para os empreendedores mais experientes.

A seguir, deixo alguns passos práticos para te colocar no caminho certo. Veja!

1. Analise dados internos e externos

O primeiro passo para integrar sua loja física e virtual é mergulhar de cabeça na análise de dados. Entender como seu cliente se comporta em todos os canais de venda é a chave para uma experiência omnichannel de sucesso.

Comece pelo que você já tem em mãos. Organize todas as informações internas, como dados de vendas, navegação no site, interações em aplicativos móveis e histórico de compras nas lojas físicas.

Ferramentas de CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente, em português) são suas aliadas nessa tarefa, pois ajudam a centralizar tudo e fornecer uma visão completa do cliente.

Olhe também para fora e analise tendências de mercado, comportamento dos consumidores nas redes sociais e avaliações de produtos em outros sites.

Aqui, aquelas ferramentas de monitoramento de mídia social e análise de mercado podem ajudar, inclusive, a entender como os consumidores interagem com outras marcas.

2. Defina a sua persona

Lembra sobre como falamos que o cliente é protagonista de toda a sua estratégia de omnichannel? Exatamente por isso, você deve pensar nele ainda no início da sua implementação.

E a melhor maneira de fazer isso é definindo uma persona, ou buyer persona.

Essa é uma representação semifictícia do seu cliente ideal, baseada em dados reais e algumas suposições fundamentadas.

Aqui, aqueles dados coletados no primeiro passo vão ser essenciais.

Ao definir suas buyer personas, considere aspectos demográficos como idade, gênero, localização e nível de renda.

Tente entender também os interesses, comportamentos, desafios e objetivos desses clientes.

Por exemplo, pergunte-se: quais são as principais motivações deles ao buscar um produto ou serviço como o seu? Quais problemas eles esperam resolver?

Aí pode estar a chave para entender quais canais fazem mais sentido na sua estratégia.

Crie perfis detalhados para cada persona, dando-lhes nomes, idades e até uma história pessoal. Imagine que você está descrevendo alguém que realmente existe e que você conhece bem – quanto mais específica for a persona, mais eficaz será sua abordagem.

3. Escolha os canais

Escolher os canais certos envolve uma combinação de certos fatores:

Entender o perfil do seu cliente;

Diversificar suas opções de compra, sem comprometer a qualidade do seu serviço;

Garantir a integração eficiente entre canais;

Avaliar resultados e usar os dados de forma inteligente.

Mas vamos por partes…

Em primeiro lugar, é essencial entender onde seus clientes preferem interagir e fazer compras. Para isso, analise estatísticas geradas pelos canais de venda físicos e digitais que você já utiliza.

Escolha canais que integrem perfeitamente a experiência de compra online e offline. Ofereça opções como “compre online e retire na loja” e “compre na loja e receba em casa”.

Lembre-se de que oferecer múltiplas opções de compra – como comprar pela internet e retirar na loja, ou vice-versa – só vai ser efetivo se você conseguir transformar tudo em uma experiência prazerosa, sem atritos.

Se possível, crie experiências únicas nas lojas físicas que complementem os canais digitais, como demonstrações de produtos, eventos exclusivos e atendimento consultivo.

4. Integre sistemas

Para começar, você vai precisar de um ERP robusto. Esse sistema vai conectar todos os pontos da sua operação – da gestão de estoque ao atendimento ao cliente. Existem ERPs muitos bons no mercado, então sugiro que você comece a pesquisar!

Mas o que essa ferramenta faz?

Um bom ERP atualiza e “amarra” todas as informações sobre produtos, preços e estoque.

Assim, você consegue manter um bom controle de estoque e o seu cliente não vai encontrar inconsistências na hora de comprar pelo site, aplicativo ou loja física.

Outro ponto importante é o CRM, que atua como uma super agenda, que guarda todas as informações sobre seus clientes. Isto é, desde informações básicas como nome e contato, até o histórico de compras.

É ele que vai auxiliar seu time de atendimento, por exemplo, na hora de lidar com um cliente que já tem histórico com sua empresa.

E já que falamos sobre o time de atendimento…

5. Treine sua equipe

Podemos falar bastante sobre tecnologia, mas, no fim do dia, vender é sobre lidar com pessoas. E, por isso, treinar sua equipe é essencial para fazer o omnichannel funcionar de verdade.

Eles precisam entender como cada canal de venda e comunicação se integra e como isso impacta a experiência do cliente.

Primeiro, certifique-se de que todos saibam o quão importante é o omnichannel e como ele melhora a vida do cliente.

Realize treinamentos regulares para que todos fiquem por dentro das novas tecnologias e ferramentas que a empresa está usando, como CRMs, sistemas de ERP e plataformas de análise de dados.

Promova uma cultura de atendimento ao cliente em todos os pontos de contato e mantenha a mentalidade de constante melhoria. O mercado muda a toda hora e o que funciona hoje pode ser obsoleto em pouco tempo…

O objetivo é sempre facilitar a vida do consumidor, oferecendo conveniência e consistência em todos os pontos de contato.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-integrar-loja-fisica-e-virtual-o-que-realmente-significa-ser-omnichannel”

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Itapuã Calçados e Frete Rápido: um case de omnicanalidade

A Itapuã Calçados é uma rede varejista fundada no Espírito Santo há mais de 60 anos. A empresa familiar se expandiu por todo Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com mais de 50 lojas.

O impacto da pandemia na operação acelerou a digitalização da marca, que buscou formas de conectar o público de suas lojas aos canais digitais. A operação nasceu utilizando uma estrutura tecnológica robusta, pronta para suportar o início das operações e para realizar todas as evoluções que viriam nos meses seguintes.

“Desde o início focamos em utilizar nossas lojas como estoque avançado. Hoje temos toda tecnologia pronta para realizar o processo e estamos em plena expansão no que diz respeito a operação.

É desafiador construir uma operação omnichannel de verdade, pois envolve muitas mudanças nos processos e na cultura dos nossos times nas lojas. Entretanto temos evoluído neste sentido e boa parte das nossas lojas já realizam o despacho das encomendas, utilizando transportadoras nacionais e regionais. Tudo integrado e fluido”, Tatiane Rodrigues, gerente de operações.

Todos as compras feitas no itapua.com.br são expedidos pelo time das lojas físicas, além disso, é possível retirar os pedidos nas lojas e realizar trocas ou devoluções nestes pontos.

“Passamos por muitos desafios para estabelecer todas as integrações e otimizar todos os processos para realizarmos o envio a partir da loja. Não há dúvidas, sem a tecnologia e o auxílio do time da Frete Rápido não teríamos conseguido” – opina Matheus Fernandes, analista de logística.

A operação atualmente, além do ship from store, conta com SAC unificado, venda em marketplaces e com a operação de marketplace in, onde outros lojistas vendem dentro do site da Itapuã Calçados.

A Frete Rápido fornece o TMS de onde são gerenciadas todas as integrações das transportadoras com demais sistemas, disparo do rastreio nos canais disponíveis, acompanhamento das entregas e gestão de imprevistos.

Tatiane aponta que “a flexibilidade da nossa parceria é crucial para nós. Ao longo do tempo fizemos vários desenvolvimentos em conjunto para que as necessidades dos nossos processos fossem supridas.

Além disso, o atendimento e a preocupação com nosso negócio, por parte do time da Frete Rápido, fazem toda diferença em nosso projeto e nos resultados que temos alcançado”.

Em 2023 a operação triplicou o volume de pedidos em comparação com o ano anterior, reflexo da implementação dos postos avançados em locais estratégicos e das ações de Growth realizadas.

“Além de suportar todo o crescimento, com a Frete Rápido reduzimos 90% dos nossos chamados de SAC relacionados a rastreio e integramos 100% das nossas transportadoras, independente da capilaridade e do modal. Temos toda a visibilidade para tomada de decisão e gestão proativa dos imprevistos”, finaliza Tatiane.

Fonte: “Itapuã Calçados e Frete Rápido: um case de omnicanalidade – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Frete Rápido anuncia integrações com a Uber, Lalamove e Loggi

Parceria permitirá que os lojistas e clientes Frete Rápido usufruam das estruturas físicas e dos pontos de origem, aplicando estratégias como multirorigem, ship from store e Delivery.

A Frete Rápido anunciou novas integrações com a Uber, Lalamove e Loggi. A parceria permitirá que os lojistas e clientes Frete Rápido usufruam das estruturas físicas e dos pontos de origem, aplicando estratégias como multirorigem, ship from store e delivery.

Em comunicado, a empresa explicou que as integrações darão mais rapidez e eficiente à comunicação entre cliente, loja e sistema logístico. “Primeiro, facilitando e integrando o cálculo de frete multiorigem, depois a solicitação de coleta com o aplicativo que entrará em contato com o entregador e, então, o rastreio em tempo real e a comprovação de entregas.”

De acordo com a gestora logística, a ferramenta auxilia na otimização de processos e na redução de custos logísticos das lojas clientes Frete Rápido, além de permitir ganhos diretos e indiretos durante toda a operação. O TMS fornece soluções da jornada de compra, como cálculo de frete, rastreio e auditoria, agregando valor para o lojista e o consumidor.

As novas integrações trazem economia de tempo para o time e um ecossistema 100% integrado, além de 35% de redução do prazo de entrega e 60% de redução das demandas de SAC relacionada a rastreio.

A Frete Rápido explicou que o ship from store é utilizado por empresas que já tem uma rede de lojas e dark stores, mas querem proporcionar uma entrega mais rápida e barata para o consumidor. Dessa forma, os pedidos feitos nos sites, marketplaces ou aplicativos, são finalizados nos canais digitais e expedido a partir dessas origens.

Nesse caso, o cálculo de frete é realizado por multiorigem, ferramenta oferecida também pela Frete Rápido e que oferece a melhor origem em preço, prazo e o melhor parceiro logístico, com o objetivo de entregar o melhor preço e prazo ao cliente.

https://mundologistica.com.br/noticias/frete-rapido-anuncia-novas-integracoes

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Eu Entrego cresce 23% em 2022 e espera 6 milhões de entregas em 2023

Empresa vai expandir a plataforma ship from store, chegando a 600 cidades.

A Eu Entrego, que conecta varejistas com a maior rede de entregadores autônomos do Brasil, registrou aumento de 23% na receita de 2022 em comparação ao ano anterior, com destaque para o impulsionamento da omnicanalidade no e-commerce, aliado à maturidade do mercado na utilização de inovações tecnológicas para logística. O período do Natal e da Black Friday conquistou ainda mais expressividade, com crescimento de 71%.

Posicionada como uma logtech, além da capacidade de conectar lojistas a entregadores autônomos, atendendo a uma frota de mais de 50 mil motoristas em 300 cidades brasileiras, a Eu Entrego desponta no desenvolvimento de tecnologia para transformar a gestão de entregas. O lançamento da plataforma Envoy viabilizou a escalada das operações de varejistas com maior economia e eficiência, ampliando o “product market fit” dos clientes.

O software foi desenvolvido com tecnologia própria. Trata-se da versão SaaS do sistema Eu Entrego, adaptado para necessidades específicas de cada cliente, porém trazendo ainda todas as funcionalidades e, principalmente, os aprendizados coletados ao longo da jornada de gerir uma base tão grande de entregadores autônomos. O resultado do teste in loco foi tão positivo que os varejistas/clientes se interessaram em utilizar a plataforma para gerir 100% de suas entregas, mesmo as que não são feitas pela Eu Entrego.

Em poucos meses de aplicação, a companhia já integra dezenas de clientes, seja com frotas próprias, seja com transportadoras terceirizadas. De acordo com o CEO Vinicius Pessin, a expectativa é que o modelo de SaaS seja responsável por até 30% do faturamento da empresa esse ano.

O sistema funciona com geolocalização inteligente adaptada para os desafios do Brasil; roteirização otimizada baseada em machine learning para aprimoramento das rotas; tracking em tempo real que permite a visualização do entregador e a sincronização da coleta, com comprovante de entrega e de pagamento; gestão de entregas por meio de torre de controle completa que favorece o acompanhamento de frota própria e terceirizada e, claro, o aprimoramento da operação logística com base nos dados coletados; e sistema de expedição eficiente que organiza todas as etapas, eliminando os gargalos da operação.

Tudo isso em uma plataforma com interface intuitiva e responsiva que facilita o manuseio cotidiano e o treinamento de colaboradores.

Perspectivas para 2023

Com foco em oferecer opções logísticas de forma mais inteligente e apoiada em inovação, a empresa espera um resultado ainda mais promissor em 2023. Nesse sentido, projeta ampliação de 50% no faturamento. A expectativa é realizar mais de 6 milhões de entregas neste ano por meio da expansão do serviço de ship from store, chegando a 600 cidades. Além da ampliação da participação em SaaS (licenciamento da tecnologia para clientes) e da consolidação da estratégia de hubs metropolitanos de entregas. Na contramão do mercado de trabalho, a companhia planeja ainda ampliar o quadro de funcionários, fomentando crescimento de aproximadamente 22% nas contratações.

Apoiada em parcerias com empresas em franco crescimento, como Vivo, Ri Happy, Cobasi, RaiaDrogasil, O Boticário, Petz, Kalunga e Bemol, a Eu Entrego observou grande ampliação na base de clientes, abertura dos hubs metropolitanos de entrega e crescimento da modalidade de SaaS em 2022. Este ano, a empresa segue com importantes investimentos em tecnologia, ofertas e atendimento ao cliente e mira ampliar a atuação nos segmentos de moda, farma, pet e eletroeletrônicos.

“A inovação está em nosso DNA e, por meio desse conceito, conseguimos entregar um projeto logístico que vem revolucionando a forma de realizar entregas no Brasil. Com dinâmica cada vez mais moderna e rápida, prevemos crescimento exponencial nos próximos anos”, afirma Pessin.

Fonte : https://exame.com/bussola/eu-entrego-cresce-23-em-2022-e-espera-6-milhoes-de-entregas-em-2023/

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Venda digital perde fôlego e varejistas seguram despesas

Projeção de expandir 8% cai para 5% no ano; plataformas cortam custos e tiram benefícios do cliente.

“O Mercado Livre entregava com frete grátis se a compra [de supermercado] chegasse a R$ 79 ou mais. Agora [o valor] é R$ 199”, desabafava no Twitter, dias atrás, um dos clientes da plataforma, Gabriel Belusio. “Finalmente um cupom de frete grátis na Shopee sem preço mínimo”, comentava na sequência a consumidora sob o pseudônimo “Ash”, na última quinta-feira, data de um evento da Shopee no Brasil. O que se vê nas últimas semanas nas redes sociais, em centenas de mensagens sobre as ações das plataformas, é só um dos reflexos da mudança no ambiente do mercado digital no país.

O “boom” do comércio eletrônico após a pandemia perdeu força rapidamente neste ano, os custos logísticos e de mídia têm subido, e esse ciclo negativo já atingiu o consumidor que se acostumou, após a euforia nas vendas de 2020, a benefícios e vantagens na hora da compra. Esses ganhos vêm sendo revistos na busca dos grupos por maior eficiência.

Essa pressão cresce mais com a inesperada queda nas vendas no comércio eletrônico neste ano, com os primeiros recuos em abril (-6,4%) e maio (-1%), segundo dados de vendas mensais da empresa de pesquisas MCC/Neotrust. Era projetado desaquecimento, dizem analistas, mas não recuos seguidos. E isso ocorre não só pela base de comparação forte de 2021 e a volta do comércio nas lojas, mas há efeito da perda de renda e alta inflação nos preços. Americanas, Mercado Livre, Magazine Luiza e Via vêm crescendo em ritmo menor neste ano frente a 2021. A Shopee estaria mantendo ritmo pela base de vendas menos madura.
Nos últimos dias, o Valor reuniu junto a executivos e especialistas exemplos de alterações em políticas nas empresas, que podem afetar projetos e investimentos no ano. Por exemplo, aumentaram os valores mínimos de gastos em compras, definidos para obter entrega gratuita ou descontos. E parou de subir o peso da venda com frete grátis dentro do bolo total.

“Pelas nossas pesquisas, esse frete gratuito já se estabilizou no ano e não duvido que caia dentro do total no segundo semestre”, diz Fabrício Dantas, CEO da Neotrust. “É outro cenário hoje frente a 2020 e 2021. Está difícil estimar para frente, mas decidimos rever nossas projeções com a queda recente nas vendas”.
A estimativa no começo do ano era de uma alta no faturamento on-line de 8%, diz Dantas, e se espera agora crescer 5%, para R$ 169 bilhões. São R$ 8 bilhões a mais em vendas (mas quase R$ 5 bilhões a menos do projetado antes). Em valor, é a menor adição à base total desde 2019.

“Esperamos uma reaceleração do GMV [vendas pelas plataformas] no terceiro trimestre, porém mais lento. A expansão de 20% ao ano até 2025 caiu para 16%”, disse, dias atrás, em relatório, Daniel Federle, analista do Credit Suisse.
Esse cenário leva a revisões de prioridades nos grupos e afeta a relação com o cliente, apesar de eventual esforço para não cair o nível do serviço.

Desde o início do ano, grandes “marketplaces” como Renner, GPA, Magazine Luiza e Via falam em ser mais “racionais” na estratégia, com atenção maior à rentabilidade. “Temos sido muito acionados para ajudar a rever alguns processos. Não faz mais sentido ficar ‘comprando’ cliente digital a qualquer CAC [sigla de custo de aquisição de cliente], e sem conseguir diluir isso, pelos níveis baixos de venda”, diz Luciana Batista, sócia da consultoria Bain & Company.
“ Há análises sendo refeitas em investimentos, por exemplo, em ‘dark- stores’ [lojas que estocam produtos para entrega on-line] e sobre a real eficiência dos mini-hubs no país [pontos com ampla área de estoque]”, diz. “Será que vale mesmo abrir três ‘dark-stores’ no ano, com custo por metro quadrado alto, para a entrega a clientes num prazo mais curto, se o cliente da região aceita receber em prazo maior? Outro ponto tenho lojas com estoque que cobrem as entregas on-line em 75% da área, por que investir em mais mini hubs? Há projetos que estão ficando em stand-by ”, afirmou.
O comando da Petz disse, a analistas em maio, que fez “ajustes táticos”. “Havia alguns incentivos que a gente dava em programa de fidelidade, ou de descontos para ‘ship from store’ [venda on-line de estoque da loja], que não necessariamente traziam todo o benefício versus, eventualmente, a gente fazer um investimento maior no ‘Minhas Ofertas’ [no app próprio da rede ]”, disse a vice-presidente financeira, Aline Penna. “Estamos focando mais os investimentos em ‘pricing’, naqueles programas que nos trazem mais retorno”.
Em relatório na semana passada, analistas do Credit Suisse citam que a Vtex, fornecedora de tecnologia a empresas on-line, adotou uma postura mais conservadora neste ano depois que “começou a notar um crescimento mais fraco na sua base de clientes, em adição a uma implementação mais lenta de projetos em andamento”, diz o informe. Sobre a questão, a Vtex diz que cresce acima da média e vem gerando valor a seus clientes.

Fornecedora de serviços ao comércio eletrônico, a Infracommerce diz que “há clientes falando em segurar um pouco mais novos projetos”, segundo o vice-presidente de finanças Fabio Bortolloti.
Outra iniciativa envolve um aumento de investimento nas ações de marketing nos apps e sites das plataformas, e uma racionalização maior dos incentivos em buscadores, após a alta na inflação dos “cliques” entre 2020 e 2021. Empresas pagam se a venda é oriunda dos buscadores, como Google. “Essa é uma das maiores despesas dessas empresas digitais e a mais fácil de ser mexida. Como se trata de uma compra de mídia de performance, ela é fundamental hoje, mas há maior flexibilidade em ajustá-la”, diz Marcelo Tripoli, fundador da agência digital Zmes.

Ainda aumentaram as ações para incentivar a venda pelo sistema de retirada da compra on-line na loja. “Com o combustível caro, tem rede dando um agrado para fazer o cliente pegar o item na loja. A cada retirada, posso diminuir a minha rota de entrega. Além disso, o subsídio ao frete vem caindo, a depender do perfil do comprador”, diz um executivo da área de moda.

Nas últimas semanas, algumas medidas que afetam o consumidor vêm se tornando públicas, como a decisão do Mercado Livre de subir, a partir do dia 7 de junho, de R$ 79 para R$ 199, o valor mínimo para obter frete grátis na compra de itens de supermercado. Isso tende a diminuir o subsídio da empresa ou dos lojistas aos clientes.

Aos lojistas, a empresa disse em comunicado que está “reduzindo custos para que [o vendedor] possa baixar seus preços na seção”. Em receita, o Mercado Livre cresceu 63% no Brasil de janeiro a março, abaixo do ritmo dos trimestres anteriores, mesmo cenário visto no Magazine, Via e Americanas – efeito da base de comparação e da menor demanda, dizem analistas.
Na Shopee, consumidores já vêm mencionando em redes sociais há meses a política mais restritiva na concessão de benefícios. Em maio, ela aumentou, de R$ 20 para R$ 29, o preço mínimo para o cliente ter acesso ao frete grátis. A empresa cita, em balanços trimestrais globais, perda menor nas entregas no Brasil. “O dinheiro ‘enxugou’, e mesmo plataformas estrangeiras vêm adotando uma racionalização maior” diz Gabriel Lima, CEO da consultoria Enext.

Também existe hoje no mercado uma nova onda de repasses de custos aos lojistas, iniciada no fim de 2021. São medidas para absorver custos financeiros e operacionais maiores no ano. O Mercado Livre aumentou de até cinco dias para oito dias o prazo de pagamento a lojistas nas vendas feitas pelo Mercado Envios (para itens novos e vendedores com boa nota na plataforma). Ou seja, o valor ficará mais tempo com a companhia. Para itens usados e lojistas sem reputação, serão 12 dias.

A mudança vale a partir do dia 20. O parcelamento de vendas acima de R$ 500 também caiu de 12 vezes sem juros para 10, desde o dia 30 de junho, na categoria “premium”. Isso reduz custos de financiamento da empresa, em tempos de juros altos. Procurada, a companhia diz que são “ajustes em sua política de custos em função do cenário econômico” e isso afeta serviços como frete e formas de pagamento. Afirma que são atualizações necessárias para seguir com o objetivo de oferecer um melhor ecossistema de negócios.

O Valor já antecipou na semana passada que, desde a sexta-feira, a Via parou de antecipar o pagamento a lojistas de maior porte em seu “marketplace”. E após o dia 13, o Magazine Luiza passa de 16% para 18% a taxa cobrada do lojista que quiser receber o valor de sua venda à vista, na maioria das categorias de sua plataforma.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/07/11/venda-digital-perde-folego-e-varejistas-seguram-despesas.ghtml

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Varejistas brasileiros veem inovação em logística como forma de driblar concorrentes asiáticos

Diante do avanço que empresas como Shein, Shopee e AliExpress têm feito no mercado nacional, empresas brasileiras se deparam com a necessidade de reduzir custos e flexibilizar as vendas.
Segundo a pesquisa Webshoppers, da NielsenIQ|Ebit e Bexs, em 2021, 56% dos consumidores no país compraram pela Shopee, 21% pela Shein e 44% pela AliExpress. O mesmo levantamento aponta que 68% das pessoas adquiriram produtos importados no último ano e 71% afirmaram que pretendem continuar comprando online fora do Brasil. Esse cenário deflagra o aumento da concorrência dos varejistas brasileiros contra as plataformas asiáticas.

Diante disso, as empresas nacionais começaram a adotar estratégias logísticas para diminuir os custos e ganhar flexibilidade nas vendas. Alguns exemplos são as dark stores, bem como o modelo de ship from store.

Em contrapartida, as companhias asiáticas estão apostando em diminuir a maior queixa do público brasileiro: o tempo de entrega das compras. Por isso, as plataformas passaram a investir em centros de distribuição, por exemplo.

Segundo o CEO do Grupo MOVE3, Guilherme Juliani, diante do atual contexto de crise, as empresas tradicionais podem investir em novas modalidades de entrega e na automação de seus processos por meio da tecnologia. “Começar a ter em seu radar tecnologias como BigData, veículos elétricos, inteligência artificial e robótica”, exemplifica, acrescentando que esse tipo de investimento, embora não visto como essencial, é o que confere diferencial à empresa e fideliza o cliente.

Atualmente, a Moove+, empresa do grupo, oferece serviços de logística de armazenagem e distribuição de produtos por meio de entrega rastreável, centros de distribuição em centros urbanos, entre outras soluções. O gerenciamento de estoques e pedidos, por exemplo, é realizado por meio do Sistemas WMS de Gestão de Armazenagem com relatórios e controles online que permitem o acompanhamento de toda a trajetória de distribuição em tempo real, inclusive por meio de dispositivos móveis. Para as entregas, conta com o atendimento das franquias Flash Courier presentes em todo o território nacional, com mais de 400 unidades.

Parte dessas estratégias surgem em meio ao pós-pandemia, em que o varejo abraça a transformação digital, com os consumidores em busca, cada vez mais, de conforto e praticidade. Dessa forma, a adoção de produtos inovadores oferecidos por startups pelas empresas tradicionais possibilita a criação de novos mercados e a incorporação de macrotendências no ramo da logística e do e-commerce, o que gera também facilidades para o cliente.

“Estamos implantando várias funcionalidades automáticas na nossa logística como PUDOs (Pick Up & Drop Off), lockers, correções automáticas de endereço e contato via chatbot para que o destinatário do serviço possa se auto servir e escolher a melhor opção de entrega, sem que o embarcador precise fazer contratos com diversas empresas e preparar integrações. Com isso, tornamos nosso ambiente logístico completo e de fácil contratação para nossos clientes.” – Guilherme Juliani, CEO do Grupo MOVE3.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/varejistas-brasileiros-veem-inovacao-em-logistica-como-forma-de-driblar-concorrentes-asiaticos

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Com presença em seis países da América Latina, Shippify cresceu 800% em dois anos

Empresa aposta na tecnologia para oferecer logística a clientes como Amazon e Petz; atualmente, são 37 mil entregadores cadastrados, que atuam meio dos modelos de ship from store e cross docking.

Com foco em oferecer soluções logísticas para o mercado B2B, a Shippify registrou expansão de 800% em dois anos – o que significa ser nove vezes maior do que em 2020. Atualmente, a empresa oferece inteligência logística baseada em tecnologia para clientes como Amazon, Petz e Lindt e possui operações físicas no Brasil, Chile e Equador, além de estar digitalmente presente no Peru, Colômbia e Argentina.

No Brasil, a operação da Shippify é formada por 12 centros de distribuição em sete estados das regiões Sudeste e Nordeste. Ao todo, são 37 mil entregadores cadastrados, que atuam por meio dos modelos de ship from store cross docking.

O diretor da Shippify Brasil, Lucas Grossi, destaca a oferta de uma plataforma que consolida serviços de logística urbana, gestão de entregas, frotas e armazenagem em único ambiente.

“Dessa forma, oferecemos todos os benefícios que esse modelo proporciona aos nossos clientes: descentralização do risco operacional; escalabilidade; velocidade nos prazos de entrega; custos competitivos. Todos esses diferenciais são alcançados pelas inovações internas que a nossa plataforma utiliza no processo de logística e transportes.” – Lucas Grossi, diretor da Shippify Brasil.

Segundo o executivo, outro diferencial da empresa é a capacidade de adaptar as operações para diferentes cenários geográficos, quantidades de entregas em momentos de pico e demais gargalos. A Shippify também oferece a possibilidade de desenvolver projetos logísticos sob demanda.

“A tecnologia nos diferencia das empresas tradicionais de entrega. Criamos um sistema operacional de logística funcional e seguro. E o diferencial é enorme, seja no cumprimento de prazos, segurança da carga e até mesmo no preço do serviço. É um sistema de alta performance, que tem atendido os consumidores mais exigentes”, afirma Grossi.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/com-presenca-em-seis-paises-da-america-latina-shippify-cresceu-800-em-dois-anos

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Ship from store e same day delivery: quais os benefícios para o e-commerce?

Oprocesso que leva o produto do estoque ou da loja até a casa do consumidor é, de longe, um dos mais importantes para qualquer varejista no Brasil. Em um país com dimensões continentais e grandes entraves logísticos, planejar as melhores estratégias de entrega torna-se questão de sobrevivência no varejo – ainda mais com o cenário de aceleração digital a partir do avanço do novo coronavírus. Nesse sentido, duas técnicas se destacam: o ship from store, em que os itens saem diretamente da loja mais próxima do consumidor, e o same day delivery, com entregas realizadas em até 24 horas. Ambas se popularizaram a partir deste ano, mas como elas funcionam? Confira os principais benefícios:

1 – Agilidade nas entregas

A principal vantagem desses dois conceitos é desburocratizar e resolver um dos principais problemas do varejo brasileiro: a logística das entregas. São duas técnicas que, trabalhadas isoladamente ou de forma conjunta, proporcionam mais agilidade no departamento responsável pelo frete dos produtos. Ambas têm como objetivo realizar essa tarefa no menor prazo possível, seja para encontrar o produto em questão na loja (ou centro de distribuição) mais próxima ou fazer o delivery em menos de 24 horas da realização do pedido.

2 – Eficiência operacional

Com a missão de simplificar o processo de entregas, a utilização do ship from store e do same day delivery exigem maior eficiência das empresas em suas operações. É praticamente inviável fazer entregas no mesmo dia ou sincronizar o estoque das lojas físicas com pedidos do e-commerce se não houver alinhamento entre os diferentes canais da marca. Dessa forma, adotar as duas práticas implica um maior preparo e treinamento das equipes para que tudo saia conforme o planejado.

3 – Jornada omnichannel

A pandemia de Covid-19 acelerou a adoção de estratégias omnichannel no varejo brasileiro. Com as medidas de distanciamento social e a transformação digital, as lojas precisaram integrar seus diferentes canais – o que, por sua vez, obriga a adoção de um sistema de entregas que dê conta de todos os pedidos, independentemente dos locais em que foram realizados. Essa jornada omnichannel finalmente tornou-se realidade quando as lojas físicas passaram a fazer entregas de compras realizadas fora de seu ambiente e em prazos cada vez mais rápidos.

4 – Experiência do consumidor

Não é segredo para nenhum empreendedor digital que a entrega dos produtos é fator crucial para a melhor experiência do consumidor. O processo de compra pode ser difícil e as condições de pagamento pouco vantajosas, mas, se o frete for no tempo, no preço e nas condições esperadas, a pessoa vai considerar comprar novamente daquela marca. Assim, é fundamental adotar técnicas que possibilitem fazer o frete até no mesmo dia do pedido ou no menor tempo possível.

5 – Planejamento de estoque

Por fim, a adoção inteligente das técnicas de ship from store e same day delivery também impactam positivamente a gestão de estoque do comércio eletrônico e de suas eventuais lojas físicas. Como a integração entre os canais já é realidade, vai acontecer de um pedido efetuado pela Internet ser processado pela loja física. Sem um cuidado maior nessa tarefa, o risco de vender um produto já comprometido em outro canal é grande, causando insatisfação em todas as partes. Não à toa, o planejamento de estoque é um pilar estratégico para qualquer estratégia bem-sucedida de logística.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/ship-from-store-same-day-delivery/

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‘Corrida maluca’ na logística: quem vai entregar mais rápido?

Uma semana? Um dia? Na mesma hora? Todos os consumidores querem receber o produto o mais rápido possível. E todo lojista quer proporcionar a melhor experiência a seus clientes. O boom de vendas no e-commerce vivenciado no último ano abriu os olhos de muitas companhias para a necessidade de serem reconhecidas como “a mais rápida de todas” ao entregar. Quem se beneficia dessa corrida é o consumidor. Se alguns anos atrás a “guerra” travada por e-commerces era a de quem mais conseguia oferecer o frete grátis, agora ostenta aquele que entregar mais rápido.

A entrega mais rápida, no entanto, é um assunto complexo e delicado, que depende não só da determinação e do investimento das empresas, mas também de uma infraestrutura robusta e bem organizada.

A disputa ficou tão acirrada que em julho deste ano o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) mandou Mercado Livre e Magazine Luiza provarem quem tinha a entrega mais rápida. Ambos os varejistas fizeram propagandas com o slogan. Ao final, o órgão entendeu que o Magalu tinha o direito da glória.

“Sempre que falarmos de logística, vamos nos basear em três pilares principais e que fazem toda a diferença para os clientes: entrega rápida, no prazo prometido (o que é qualidade de serviço) e com o menor custo. E uma coisa é fato: para se fazer logística rápida e barata, é preciso estar próximo ao consumidor. Por isso, transformamos as nossas mais de 1.300 lojas em minicentros de distribuição. É isso que significa oferecer a experiência multicanal para o cliente”, explica Luís Fernando Kfouri, Diretor de Logística do Magalu.

As estratégias da varejista de Franca não ficaram apenas na utilização de lojas físicas como centros de distribuição. A companhia investiu pesado em aquisições desde 2020. Para as entregas ultrarrápidas, o Magazine Luiza venceu a disputa com concorrentes e comprou a Sode (Soldados da Entrega) em julho deste ano, ampliando a sua malha logística com milhares de motos.

Mercado Livre também se movimenta

Não é porque o Conar avaliou que o Magazine Luiza tem direito a se posicionar como o varejista com a entrega mais rápida que o Mercado Livre, maior marketplace da América Latina, cruzou os braços.

O player segue com sua estratégia de investir alto em logística, com inaugurações de novos centros de distribuição e tecnologia de ponta. “Receber o produto em casa, de forma rápida, é um diferencial importantíssimo para a experiência de compra dos consumidores. Por isso, investimos fortemente na ampliação da nossa malha logística e no desenvolvimento de tecnologias próprias para cada vez mais melhorar os prazos dos envios e a experiência dos nossos milhões de usuários”, conta Luiz Vergueiro, Diretor de Logística do Mercado Livre.

Vergueiro explica como funciona o processo para que o produto chegue o quanto antes na porta da casa do consumidor. Atualmente, as entregas no mesmo dia estão dentro do modelo fulfillment, em que os produtos ficam armazenados em nossos centros de distribuição, e nós somos responsáveis por todo o processo logístico dos nossos vendedores, desde o estoque até a entrega ao consumidor final. Os nossos armazéns fulfillment comportam um grande sortimento de produtos, com mais de dez milhões de itens disponíveis. E toda essa estrutura é gerenciada por nós através de tecnologias desenvolvidas internamente, o que nos dá o controle de cada etapa do processo”.

O marketplace já realiza entregas no mesmo dia da compra em 50 cidades brasileiras, em até um dia para 2.100 cidades e no máximo em dois dias em 4.700 municípios do país. Ou seja, mais de 90% das entregas do Mercado Livre acontecem em até 48 horas.

Agora o normal é entregar no mesmo dia

No fim de julho, a Americanas entrou para o rol das empresas que podem afirmar que dispõem de uma entrega ultrarrápida. A companhia lançou o Americanas Delivery, que permite entregar uma seleção específica de produtos do marketplace em até 30 minutos.

A ação ainda é limitada por algumas categorias – como supermercados, farmácias, restaurantes, presentes, petshops – e cidades do Espírito Santo – Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari – além de Niterói, no Rio de Janeiro, mas tem uma proposta promissora. O desenvolvimento de uma entrega tão rápida só foi possível por causa da Shipp, plataforma de entregas rápidas com a qual a B2W firmou contrato.

A Amazon anunciou no começo de agosto que os membros da assinatura Prime em 50 cidades seriam beneficiados com a entrega no mesmo dia, independentemente do valor da compra. São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e também o Distrito Federal foram os locais beneficiados.

A novidade chegou em um momento em que a fama da Amazon de entregas rápidas começou a ser ofuscada pela aproximação de outros grandes marketplaces que atuam no Brasil, como Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas. Hoje, os quatro dominam a dianteira nas entregas em boa parte do país.

A entrega Prime gratuita em dois dias já é realidade para 700 cidades brasileiras há algum tempo. A falta de dark stores, ou seja, lojas ou estabelecimentos que funcionem como pequenos centros de distribuição, não parece perturbar a paz da companhia.

Para Mariana Roth, líder da Amazon Prime para o Brasil, que se manifestou na época da divulgação, o essencial é garantir que o anúncio da entrega rápida só seja feito em condições em que o marketplace consiga garantir os prazos prometidos, estratégia que visa à satisfação e melhor experiência do consumidor. Entregar antes do prometido também é visto como uma surpresa bem-vinda pela companhia.

Dark Stores e agências logísticas

Outra ferramenta da entrega rápida que beneficia muito os lojistas que se aproximam da linha de chegada é a dark store. Mesmo não sendo uma regra, o uso de estabelecimentos comerciais ou pequenos centros de distribuição mais próximos do consumidor tem garantido uma experiência mais satisfatória.

Quem usa tal estratégia com êxito é a Magazine Luiza, que utiliza o conceito como um pilar da estratégia omnichannel. Luís Fernando Kfouri, Diretor de Logística do Magalu, explica que é uma forma de oferecer uma experiência mais barata ao consumidor.

“Uma dark store pode funcionar em determinadas regiões para entregar mais rápido, mas, olhando o conjunto todo, não terá a mesma eficiência de uma loja física com conceito multicanal”, alerta, no entanto, o executivo. Segundo ele, para funcionar, a dark store precisa ter sinergia com o resto da operação.

Parte dessa sinergia foi construída pela Magazine Luiza com pesados investimentos em parceiros especializados em entregas. A aquisição da Sode possibilitou à empresa usar inteligência logística para eliminar etapas do processo de acordo com as estruturas de estoque mais próximas, entre elas as dark stores, beneficiando-se também do modelo ship from store.

Já para Luiz Vergueiro, Diretor de Logística do Mercado Livre, as agências logísticas, chamadas de Agências Mercado Livre, ajudam a compor a capilaridade necessária para as entregas mais rápidas longe dos grandes centros de distribuição. Mesmo sem dark stores, o marketplace hoje realiza entregas no mesmo dia para 50 cidades. Quando o assunto é frota própria, as duas empresas parecem ter um posicionamento parecido, sendo que ambas contam com investimentos em transporte próprio e de parceiros.

Kfouri explicou que “é possível ter entregas no mesmo dia sem ter frota própria, só existe o desafio de conseguir equilibrar os três pilares fundamentais e também conseguir escalar para o país todo com qualidade”. Já Vergueiro complementou que “não é necessário ter uma frota própria para realizar entregas no mesmo dia, mas é fundamental contar com parceiros competentes no Brasil inteiro”.

Aplicativos acelerando tudo

Quem também está de olho no crescimento das vendas do e-commerce (e na corrida para as entregas ultrarrápidas) é o GPA. Para tanto, o grupo irá ampliar sua estratégia de estar onde o cliente estiver a fim de reduzir os prazos de entrega. De acordo com um documento apresentado, o cliente que fizer sua compra pelo Clique e Retire poderá retirar seus produtos uma hora após a realização do pedido nas lojas do Extra ou do Pão de Açúcar. No caso da modalidade Express, a entrega é realizada em até duas horas após a confirmação do pagamento. Nos dois casos, além da diminuição do tempo previsto para entrega e retirada, a operação foi ampliada para os domingos.

“Ao longo do segundo trimestre, fizemos significativos avanços na modalidade de entrega rápida, que já representa 33% do total de vendas online no período. Esse sólido desempenho é impulsionado pelas novas parcerias iniciadas no primeiro trimestre deste ano”, completa o documento. Isso foi possível após a ampliação da rede com a inclusão de iFood e B2W/Americanas, em adição a Rappi e Cornershop – esses últimos já operam com o GPA desde o trimestre passado.

O superapp Rappi anunciou o serviço de entregas “Rappi Turbo”. Como o nome sugere, a modalidade promete enviar produtos em até dez minutos. Para cumprir com as entregas, a Rappi hoje opera com 61 dark stores, espalhadas em bairros de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Campinas e Niterói. Até o final do ano, porém, o plano da empresa é chegar a 150 dark stores – tudo para ampliar a cobertura das entregas ultrarrápidas.

O Mercado Livre nunca teve uma ideia central de superapp, mas tem o objetivo de avançar com o propósito de democratizar o comércio e os serviços financeiros por meio do aplicativo. Aproveitando o app e toda a malha logística, o marketplace segue com a premissa de democratizar as entregas – nesse caso, utilizando-se dos envios rápidos (e precisos) para o maior número de cidades do Brasil, e não apenas para os grandes centros. Luiz Vergueiro, Diretor de Logística da empresa no Brasil, afirma que “o objetivo é oferecer, continuamente, produtos e serviços que façam parte da jornada e do dia a dia dos nossos clientes, e atuar no momento certo da compra”.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/corrida-entregar-mais-rapido/

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Recommerce está crescendo e ganha mais espaço em lojas virtuais

O recommerce não é exatamente uma novidade, mas nos últimos meses vem ganhando força entre lojistas. Com a pandemia (e até mesmo antes dela), o aumento de e-commerces e a utilização massiva da internet para comércio, lojistas tiveram que se reinventar e enxergar possibilidades em todo e qualquer tipo de ação.

Dessa forma o recommerce surgiu e vem ganhando espaço nas estratégias de vendas de muitas lojas, sejam elas grandes ou pequenas.

Esse comércio reverso (tradução de recommerce) não é novidade no comércio físico. Brechós e sebos estão aí há anos em atividade. No entanto, essa tendência se consolida cada vez mais no varejo digital. E se feito da maneira correta, pode gerar lucros e resultados positivos para diversos negócios.

De acordo com uma pesquisa da OLX em 2020, 39% dos brasileiros entrevistados já fizeram a compra de produtos usados na internet. E dentro desse percentual, 45% o fizeram após o início da pandemia da Covid-19.

E ainda, segundo um relatório da ThredUp, o mercado de revenda de roupas, tem a previsão e expectativa de crescer cinco vezes até 2024.

Com esses números em vista, acredito que já passou da hora do seu e-commerce começar a, pelo menos, pensar sobre o recommerce e como ele pode ser benéfico para os seus negócios. Certo?

Benefícios e diferenciais do recommerce

Vale lembrar aqui que o recommerce está dentro do que chamamos de economia circular. Essa economia é caracterizada pela reutilização de recursos e por um consumo mais consciente. Sendo assim, essa maneira de fazer comércio:

    • Atende consumidores que prezam pelo aumento da vida útil de produtos;
    • Diminui o impacto ambiental;
    • Oferece preços mais atrativos.

Além disso, o recommerce ainda tem a vantagem de alcançar um público cada vez mais diversos, tanto aquele que busca o produto em si, somado aquele público que busca o consumo mais sustentável e acessível.

Sua estratégia de recommerce precisa de apoio logístico

Para que sua loja virtual possa fazer um trabalho de recommerce de qualidade, é preciso ter em mente que algumas coisas são necessárias, como uma plataforma completa, transparência em toda a jornada de venda, trabalho direcionado de marketing digital e, claro, um bom apoio logístico.

Com uma empresa especializada em soluções logísticas, sua empresa pode ficar tranquila quanto à gestão de envio e trâmites de transporte. Além disso, essa parceria também garante para o seu e-commerce:

    • Coleta gratuita;
    • Rastreamento em tempo real;
    • Logística reversa;
    • Integração de pedidos;
    • Desembaraço de cargas.

Tudo isso faz a diferença na hora de lidar não apenas com recommerce, mas com vendas online de forma geral.

Ship From Store como aliado

Além disso, uma boa opção para quem está consolidando sua estratégia de vendas no recommerce é o ship from store. Essa solução integra lojas físicas e virtuais ao integrar seus estoques, dessa forma cada loja se torna um ponto de distribuição.

Com isso, o cliente compra uma mercadoria no seu e-commerce e recebe em casa direto de um local mais próximo (o que diminui o tempo de espera). Ou, se ele preferir, também há a opção de retirar na loja mais perto da sua casa.

De uma forma ou de outra, uma empresa especializada em soluções logísticas não pode ficar de fora da sua estratégia, principalmente se sua empresa for surfar na onda do recommerce.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/recommerce-esta-crescendo-e-ganha-mais-espaco-em-lojas-virtuais/

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