Logtechs receberam R$ 1,3 bi em investimento desde 2023

Levantamento da Liga Ventures indica 282 logitechs ativas no País. Maioria está em SP e atua com gestão de entregas.

A rede de inovação aberta Liga Ventures, em parceria com a BAT Brasil e a Frotas Conectadas, anunciou essa semana um estudo sobre a evolução das startups brasileiras de logística, ou logtechs. Foram mapeadas 282 startups ativas que utilizam diferentes tecnologias no setor, responsável por entregar soluções e produtos aos consumidores do País.

O estudo revela que foram feitos 30 deals (investimentos) entre janeiro de 2023 e maio de 2024, que somam R$ 1,3 bilhão.

O levantamento divide as empresas do setor em 15 categorias. A que tem mais volume de empresas é a de gestão de entregas (com 11,7% do total); logística last-mile (10,28%); inteligência de dados (10,28%); logística reversa (9,93%); e delivery on demand (9,93%), entre outras.

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A maior parte (18%) foi fundada entre 2020 e 2023. No que se refere à maturidade das logtechs mapeadas, 52% são emergentes, 19% estão estáveis, 14% são nascentes e 15% disruptoras. O estudo mostra que 70% das startups têm como foco o mercado B2B.

São Paulo concentra a maioria das empresas do segmento (50%); seguido de Minas Gerais (11%); Santa Catarina (8%); Paraná (7%); e Rio de Janeiro (6%).

“O mercado de logística tem crescido muito nos últimos anos, principalmente com a expansão dos e-commerces. As transformações ocorridas no setor e na sociedade obrigaram as empresas a se atualizar e buscar cada vez mais por soluções inovadoras na tentativa de atender as demandas em constante mudança dos consumidores”, diz Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures.

Tecnologias mais empregadas em logtechs
As tecnologias mais aplicadas por essas empresas são geolocalização (35%); marketplace (23%); rastreabilidade (23%); data analytics (19%) e APIs (17%).

Desse universo de startups, 34 aplicam inteligência artificial em suas soluções, principalmente em análises preditivas e prescritivas, otimização de rotas, gestão de estoque, hiper automação de processos, monitoramento de ambientes e cargas e em veículos autônomos.

O estudo considera dados da ferramenta Startup Scanner, criada pela Liga Ventures para acompanha startups do Brasil e América Latina. O objetivo é que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios.

Fonte : https://itforum.com.br/noticias/logtechs-1-3-bi-investimento/

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CX e pontos de dor: o que as empresas podem aprender com as startups?

Posicionar o cliente no centro do negócio e solucionar demandas rapidamente são apenas alguns dos diferenciais das startups.

Muitas das startups de sucesso foram criadas para solucionar problemas que eram lacunas nos serviços de empresas já estabelecidas. A partir disso, algumas perguntas vêm à mente: quais são as vantagens competitivas que as startups têm ao se concentrar nos pontos de dor dos clientes em comparação com outras empresas? É possível aprender com elas? Ao que tudo indica, sim!

De acordo com Viviane Kim, head de CX da Liv Up, oferecer ao consumidor algo que ele busca, ou prestar um serviço que ele nem sabia que era uma necessidade, faz com que a empresa saia à frente da concorrência e ganhe o coração e a lealdade dos consumidores que atende.

É o caso da companhia, que nasceu com o propósito de promover uma vida melhor ao conectar as pessoas à comida boa de verdade, por meio da inovação da rotina de alimentação cotidiana.

Em 2016, os fundadores perceberam que havia uma lacuna no mercado: poucas opções de comida gostosa, saudável e prática. Logo, optaram por trabalhar nesse setor através do uso da tecnologia como ferramenta para torná-lo mais inteligente, eficiente e sustentável, baseado em um modelo de parceria com agricultores familiares.

“De lá para cá, o mercado cresceu, por isso, é importante sempre estar um passo além, entendendo o consumidor, as tendências do segmento e vendo como trazer constantemente soluções que enderecem necessidades reais – inovando em sabor, produto, canal de atendimento, canal de vendas”, afirma a executiva.

Já no segmento de mobilidade, Lidia Gordijo, diretora de experiência na Buser, conta que as principais vantagens das startups estão ligadas à agilidade, ou seja, à facilidade de se mover conforme as lacunas deixadas pelas empresas já estabelecidas – seja nos processos, em criação e nos testes de tecnologia, priorização e solução dos problemas.

“Herdando um mercado volátil e repleto de incertezas, é preciso ter flexibilidade para testar, errar, aprender e corrigir sempre rápido. As startups, geralmente, focam na sua presença digital para ajudar a escalar seu produto e têm cada vez mais canais receptivos de feedbacks em tempo real, por meio das redes sociais, avaliações de clientes nas lojas de app e sites de reclamações”, exemplifica.

Dicas para identificar os pontos de dor corretamente

O primeiro passo para uma empresa já estabelecida para verificar os pontos de dor e, internamente, buscar soluções antes que uma startup o faça, segundo Lidia Gordijo, é sempre identificar o problema que precisa ser resolvido, e para isso, existem frameworks e metodologias, como design thinking e o mapeamento de jornada do usuário.

“Ao entender como é a jornada do usuário com o seu serviço ou produto, é possível identificar as dores inaceitáveis versus aquelas suportáveis. Ou seja, o que dá ou não dá para resolver imediatamente, atuando com base em priorização, gestão de dados e testes de usabilidade. A busca das soluções deve sempre gerar projetos que gerem valor ao cliente e ao negócio, com baixo custo e de forma simples: nada de propostas megalomaníacas e que podem durar anos de implantação”, salienta a diretora de experiência da Buser.

Viviane Kim vai além e sugere que as companhias entendam profundamente o consumidor, pois o potencial cliente é a principal fonte de insights para uma empresa determinar uma oportunidade.

Pontos de dor e necessidades podem ser claramente verbalizados pelo consumidor – ou não. Por isso as empresas devem sempre se manter atentas para identificar uma nova forma de agir, um novo serviço ou produto, que o consumidor nem sabe que precisa, ou que poderia resolver um problema e facilitar seu dia a dia.

“Por isso, um atendimento personalizado e extremamente ágil é de extrema importância. Estabelecer um contato próximo e constante com os consumidores é fundamental para conseguir identificar onde agir e como agir, de forma rápida e eficiente”, alerta a profissional.

Ela ainda revela que a Liv Up possui uma plataforma em que concentra todas as informações relevantes do consumidor, desde insights de pesquisas até dados do comportamento – o que compra, quando compra, qual quantidade e suas combinações. Isso permite que as plataformas proprietárias (site e app) tenham experiências customizadas para cada cliente: sugestão de pratos e promoções relevantes.


A mudança está no mindset: é hora de ser customer centric

Quando questionada sobre como as empresas podem adotar uma mentalidade de startup para aprimorar sua abordagem de CX e se aproximar dos clientes de forma mais eficiente, Viviane Kim é enfática ao afirmar que é preciso ter agilidade na resolução dos problemas e estar disponível para escutar os feedbacks e demandas dos consumidores.

“A experiência que surpreende é muito relevante para conquistar o cliente, o que não significa que não podem haver alguns problemas durante a jornada. Mas quando estes acontecem, deve-se aproveitar a oportunidade para surpreender através de um atendimento personalizado, cuidadoso e rápido, que deixe uma percepção positiva capaz de fazer o consumidor feliz e satisfeito”, aconselha a head de CX da Liv Up.

“É uma premissa, portanto, que os clientes estejam desde o início, e cada vez mais, no centro da estratégia. Eles são o foco principal. Deve-se olhar para padrões de compra, solicitações e feedbacks dos consumidores para desenvolver novos produtos, melhorar a funcionalidade no app e site, e trabalhar para que a sua experiência em toda a jornada de compra seja excelente, do começo ao fim”, completa.

Por sua vez, Lidia Gordijo acredita que é importante entender a linguagem do consumidor, tornar o feedback do cliente acessível às diversas áreas da empresa, desburocratizar soluções, não ter medo de errar e aprender com os erros.

Em essência é calçar o sapato do cliente e se colocar na posição de consumidor do seu próprio produto, tendo em mente que ele é o meio para gerar valor ao nosso negócio e marca.

“Tudo isso é cultural, mas é justamente da área de CX que tem que sair essa cultura – caso não esteja na mentalidade dos fundadores ou alta gestão. Outro ponto primordial é entender que a forma de interação com a empresa é uma escolha do usuário. Portanto, ofereça opções e garanta que ele seja ouvido e respondido pelo canal e formato desejado, relacionando sempre os múltiplos canais de interação em uma única timeline”, propõe a diretora de experiência da Buser.

Errar é humano, aprender com os erros virou regra

Muitas vezes, os gestores se deparam com problemas complexos e pontos de dor, mas em que a solução mais simples, geralmente, é a mais eficaz. Prova disso foi o lançamento do canal de vendas da Buser pelo WhatsApp, em parceria com vendedores autônomos, numa tentativa de atender um público diferente e complementar àquele que compra no site e aplicativo todos os dias, seja por preferir o contato humano ou pela falta de familiaridade com o e-commerce.

Entender os feedbacks dos clientes e testar várias formas de solução, sem criar muita complexidade em torno disso, é a forma mais valiosa de aprendizado rápido. Via de regra, as startups surgem como solução a uma dor negligenciada pelo mercado, buscando resolver demandas reais e gerando efetivo valor de forma criativa, disruptiva e com baixo custo, o que são diferenciais para o cliente final.

A tecnologia deve ser usada como aliado nessa empreitada, como mostra outros exemplos da Buser:

Uso de automações e novas tecnologias conversacionais

Hoje, a Buser conta com 6 APIs e mais de 30 automações em sua estrutura de chat, que entendem o exato momento da jornada do usuário e garantem a solução de 70% das interações sem a necessidade de um humano.

Gestão de ponta a ponta

Canais como Consumidor.gov e redes sociais nunca devem ser marginalizados mesmo que haja menor volume. A Buser busca estar atenta ao que o consumidor fala seja por que canal for, independente de ser oficial, proprietário ou nas redes.

Investimentos em novas tecnologias e uso de IA generativa (Chat GPT)

Levaram a Buser a valorizar mais o desenvolvimento de soluções que promovessem a melhora na experiência do usuário, tanto em usabilidade e navegação quanto em otimização de processos.

Satisfação

A empresa saiu de um Customer Satisfaction Score (CSAT) de 71% (sem ChatGPT) para 79% no mesmo fluxo.

Retenção

Redução em até 60% das etapas de source do usuário. No fluxo de vendas original, o cliente precisava passar por quatro perguntas-base sobre origem, destino, datas e horários, agora com apenas um texto único e livre ele pode realizar sua busca.

Conversão

Foi identificado um aumento de até 20% entre o fluxo que deriva para o checkout com ChatGPT.

Os riscos da negligência

Para Viviane Kim, head de CX da Liv Up, o consumidor é o ponto de partida e o ponto de chegada e, por isso, ouvi-lo de perto é entregar algo que atenda aos seus desejos e necessidades, trazendo soluções que facilitem e realmente gerem um impacto positivo no seu dia a dia.

Ao negligenciar esses pontos de dor, além de não criar uma conexão com os consumidores para que se sintam importantes a ponto de influenciar no processo de tomada de decisão das empresas, também não é possível entregar uma solução personalizada para o problema.

“A empresa tem que ser capaz de arriscar, tentar e errar. Tentativa e erro fazem parte do acerto, e uma empresa que tem no e-commerce e nos canais digitais um dos seus principais canais de venda e comunicação, pode aprender muito rápido”, reflete.

Consonante a isso, Lidia Gordijo, diretora de experiência na Buser, lista os principais riscos e consequências dessa negligência:

  • O cliente não está inserido no contexto;
  • A companhia não se diferencia da concorrência;
  • Atuação cega, que gasta recursos valiosos;
  • Alto esforço com baixo impacto das iniciativas;
  • Ouvir o cliente resulta em resultados de longo prazo;
  • Aumento da taxa de churn e perda de recorrência;
  • Aumento de detratores e redução da percepção de qualidade da marca, com impacto direto no Net
  • Promoter Score (NPS);
  • Ao final, todos estão na briga pela fidelização do cliente.

O modus operandi dos colaboradores faz a diferença

Liv Up conta com profissionais especializados e treinados em atender o cliente, pois a empresa acredita que o aperfeiçoamento constante dos times e as trocas com as outras áreas fazem toda a diferença para que o trabalho de CXM seja mais assertivo nas resoluções dos problemas dos consumidores.

“Com frequência, nossos profissionais de CMI rodam pesquisas para conseguir compreender a fundo os nossos clientes, bem como aqueles que podem vir a se tornar um. Isso nos ajuda a sermos cada vez mais atrativos para os nossos potenciais consumidores”, frisa Viviane Kim.

Por fim, Lidia Gordijo problematiza: é comum que as empresas estejam tão centradas em processos e ganhos internos, que se esqueçam muitas vezes da importância do cliente nessa cadeia de relação. Para jogar luz sobre o impacto que o relacionamento pode ter nos resultados da empresa, a executiva recomenda o uso de ferramentas, como a jornada do cliente, afinal, todos os colaboradores devem ter conhecimento dela.

“Nesse sentido, uma ideia seria organizar fóruns frequentes centrados na experiência do cliente e rituais de acompanhamento das métricas relacionadas ao tema. Isso é um trabalho de cultura e comunicação interna, que precisa ter o apoio do C-Level para prosperar”, finaliza.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/09/01/cx-pontos-de-dor-startups/?utm_campaign=cm_news_010923&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Startup polonesa de e-commerce investe R$ 4.5 milhões em expansão no Brasil

Em agosto de 2022, a edrone, uma startup polonesa de CRM e Automação de Marketing exclusiva para e-commerce abriu uma sede em São José dos Campos (SP). A edrone Brasil nasceu com 12 funcionários e um investimento de R$ 4.5 milhões no primeiro ano de operações. A empresa oferece soluções como customer intelligence e análise RFM, recomendações de produtos personalizadas por inteligência artificial, recuperação de carrinho abandonado, conteúdo segmentado de newsletter, programa de fidelidade, entre outros. Neste trimestre, a edrone planeja lançar a integração do WhatsApp focado em atender as crescentes demandas do mercado brasileiro.

Após um ano de operações no Brasil, em agosto de 2023 a empresa possui 30 funcionários, mais de 250 clientes e alcançou um crescimento de 80%, em apenas 12 meses, com uma receita média mensal de R$ 450.000,00. Seguindo seu objetivo de alavancar as vendas do comércio eletrônico mundial, no Brasil a edrone já ajudou seus clientes a conquistar milhões de reais com vendas diretas por e-mail e recuperar milhares de vendas de forma automática.

Utilizando a plataforma edrone a Rosa Azul Kids, faturou mais de R$ 1 milhão em vendas diretas por e-mail em apenas 10 meses, com mais de 5 mil pedidos aprovados e uma taxa de conversão acima dos 17% em relação ao faturamento total da loja.

Expansão na América Latina

“Vemos este primeiro ano no Brasil como uma experiência de aprendizado, com o segundo ano mostrando mais potencial para aumentar a receita. Atualmente, vemos o país como nosso principal foco de crescimento, mas para o próximo ano planejamos abrir uma filial no México. Na Polônia, seguiremos investindo em talentos de engenharia, tornando nosso produto ainda melhor para os clientes”, diz Michal Blak, CEO e fundador da edrone.

Para o segundo semestre de 2023, os planos de expansão no Brasil continuam, com uma expectativa de triplicar o investimento inicial. Outro compromisso para o futuro é um assistente de vendas orientado por IA, permitindo que os clientes conversem em linguagem natural com a loja virtual, facilitando o atendimento ao cliente e a recomendação de produtos personalizada, diminuindo a lacuna entre as vendas físicas e digitais.

“O Brasil é um mercado prioritário para a edrone, porque é muito bem distribuído. Atualmente temos uma média de 400 usuários por loja online no país, enquanto na Polônia temos 800 e a média mundial é de 1.000. Isso mostra uma grande possibilidade para o nosso negócio, cujo objetivo é aumentar os números de usuários dos e-commerces no Brasil e garantir relacionamentos duradouros com os clientes por meio de uma comunicação personalizada, baseada em dados”, declara Michal Blak, CEO e fundador da edrone.

A edrone foca no mercado de pequenas e médias empresas e oferece em uma só plataforma ferramentas de CRM para e-commerce e automação de marketing que trabalham de forma integrada, melhorando o relacionamento com os clientes e aumentando o valor do Lifetime Value (valor do ciclo de vida dos consumidores). Podendo ser usada tanto pelos donos ou gerentes de e-commerces quanto por agências de marketing e performance que atendem clientes deste mercado.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/startup-polonesa-investe-4-5-milhoes-em-expansao-no-brasil

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Esta startup faturou R$ 1,5 milhão em seis meses com app que “entrega de tudo”

Crescimento do delivery e altas taxas cobradas pelo apps tradicionais motivaram a criação do Papa Delivery.
A pandemia acelerou o crescimento do delivery no Brasil. De acordo com um estudo da GS&NPD em parceria com o Instituto Food Service Brasil, os gastos com delivery somaram R$ 40,5 bilhões em 2021, representando 24% a mais que no ano anterior.

Ciro Thiago Nogueira teve sua primeira experiência empreendedora aos 18 anos. Natural de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, ele abiu uma empresa de modalidade de laço em dupla para crianças. O negócio faliu em sete meses.

“Ali eu senti na pele todas as dificuldade de se empreender e, mesmo com a falência, aquilo me fortaleceu”, conta.

Quatro anos depois, Ciro criou o app CompreGados, que conecta compradores e vendedores de gados. O novo negócio deu certo e impulsionou o empreendedor a buscar novos projetos.

Ciro observou que os estabelecimentos, para fugir de altas taxas, começaram a lançar seus próprios apps. Acompanhando a movimentação do mercado, ele decidiu criar o Papa Delivery.

Criado em janeiro de 2022, o aplicativo Papa Delivery “entrega de tudo” e já faturou R$ 1,5 milhão. A marca faz parte da CG Holding, empresa com mais de 300 franquias e licenças em todo Brasil.

Neto pensou no delivery como um modelo de negócios, que funcionasse por meio de licenciamento. Ele investiu cerca de R$ 1 milhão na ferramenta.

Na prática, o app oferece três opções: licenciado, responsável por oferecer o modelo de negócios; investidor, que comercializa os planos da plataforma; e o lojista, que utiliza o app para seu comércio.

Para lojistas, a mensalidade é de R$ 99,00 no plano anual e R$ 109,90 no plano semestral. Ambos não pagam pelo faturamento dentro do app.

O investimento inicial para licenciados é a partir de R$ 19,9 mil e é cobrado 20% do faturamento.

Outra característica da plataforma é o conceito de comprar e vender de tudo: farmácia, pet shops, casa de material de construção, de eletrônicos, restaurantes.

“Notamos que os outros ramos além da alimentação ainda são pouco explorados no delivery”, explica.

Nesse formato, o CEO destaca que é possível também atender cidades pequenas, que no geral estão fora da cobertura dos grandes apps do segmento. Exemplo disso é a atuação do Papa Delivery em Iguape, município do interior paulista com cerca de 30 mil habitantes.

“Em cidades desse porte, o comércio online é pouco explorado. Além de gerar uma fonte de renda, o app ajuda a movimentar a economia local”, acrescenta.

Segundo Neto, atualmente o app já funciona em São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Bahia. A projeção é chegar em todos os estados até o fim do ano. Para isso, uma das estratégias foi contratar o empresário Felipe Titto como embaixador da marca. Dessa forma, o fundador estima faturar R$ 6 milhões ainda em 2022.

Fonte : https://exame.com/negocios/esta-startup-faturou-r-15-milhao-em-seis-meses-com-app-que-entrega-de-tudo/

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Mercado Livre recebe US$ 223 milhões do Goldman Sachs para ampliar crédito às pessoas físicas e PMEs no Brasil e no México

A referência no mundo das startups dá mais um passo, mas não em direção ao seu marketplace. Em um cenário macroeconômico desafiador, o Mercado Livre tem surfado na onda do comércio eletrônico — e quer expandir os seus negócios, ampliando a oferta de crédito aos clientes.

Para isso, a gigante do e-commerce captou US$ 223 milhões (R$ 1,19 bilhão, no câmbio atual) — na forma de financiamento pelo Goldman Sachs — para expandir as operações no Brasil e no México.

Desse montante, US$ 106 milhões (R$ 566,8 milhões) serão destinados às pessoas físicas e ao financiamento para pequenas e médias empresas (PMEs) no país.

Os créditos serão ofertados por meio das fintechs da companhia: Mercado Pago e Mercado Crédito. Os demais US$ 127 milhões vão para o México.

A empresa não divulgou as expectativas de crescimento com o novo financiamento e nem a taxa de juros do negócio. Contudo, o crédito tem prazo de dois anos, com extensão de mais dois anos.

Ao todo, o Goldman Sachs já injetou cerca de US$ 485 milhões no Mercado Livre desde o ano passado. Além disso, vale ressaltar que o Mercado Pago já concedeu cerca de US$ 7,5 milhões em linhas de crédito para 175 milhões de clientes brasileiros — pessoas físicas e PMEs.

Mercado Livre está dando lucro
No primeiro trimestre, o Mercado Livre saiu do prejuízo e registrou lucro de US$ 65 milhões. No mesmo período do ano passado, a companhia estava no vermelho, com um rombo de US$ 34 milhões.

Já o lucro por ação saltou para US$ 1,30 entre janeiro e março deste ano, contra um prejuízo por ação de US$ 0,68 no mesmo período do ano anterior. A receita líquida, por sua vez, somou US$ 2,248 bilhões, uma alta de 63,1%.

Na última segunda-feira (11), os papéis MELI34 — ações BDRs do Mercado Livre — fecharam o pregão em queda de 5,21%, negociados a R$ 29,46.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-livre-recebe-us-223-mi-para-credito-as-pessoas-fisicas-e-pmes/

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Como é o comportamento de consumo online nas favelas?

“Sim, o consumo online caiu no gosto da favela e está em expansão”, diz Emilia Rabello, CEO da Outdoor Social. De acordo com a Pesquisa Persona Favela, desenvolvida pelo Outdoor Social Inteligência, braço da holding Outdoor Social, a média de compras virtuais nas 15 maiores favelas do país é de 38%, onde 82% desses produtos são entregues nas portas das residências.

Mas, segundo a pesquisa, ainda existe um oceano azul para ser navegado. “A barreira para que as compras online alcancem 100% dessas casas é a falta de mapeamento local e de endereçamento – faltam nomes nas ruas”, ressalta Emilia Rabello.

“É preciso viabilizar a entrega porta a porta”, diz Emilia. Para a executiva, mesmo sem regularização dos endereços e do IPTU, ainda que a favela seja um local da informalidade, as marcas devem olhar para dentro dela, gerar empregabilidade e renda para os moradores, para que eles realizem as entregas.

Outdoor Social Inteligência

Quem está impulsionando o consumo online nas favelas?
O Favela Brasil Xpress e o NaPorta são alguns cases de sucesso, quando se trata de logística dentro das favelas. Eles viabilizam as entregas dentro das comunidades cadastradas, empregando os entregadores dessas comunidades.

Em crescimento e com aconselhamento do Outdoor Social, essas startups colocam os moradores da favela no centro de tudo, dentro da cadeia produtiva, já que além de consumidores, eles são empreendedores e força operacional. “Assim, ganha o negócio que está vendendo, e ganha a comunidade que está comprando”, afirma Emilia Rabello.

Plataformas e os itens de maior consumo
Ainda de acordo com o levantamento do Outdoor Social Inteligência, os itens com maior frequência de compra são roupas (33%), eletroeletrônicos (31%), comida pronta (24%), e smartphones e computadores (21%).
As plataformas mais utilizadas para fazer compras são Mercado Livre (49%), Shopee (37%), Ifood (31%), Americanas (25%) e Magazine Luiza (20%).

“Elas se destacam pela cultura de startup – que possui visão global – e por enxergarem a favela sem preconceito. O modelo de marketplace que vende de tudo, desde um sapato a um eletroeletrônico, também reafirma esse olhar para a comunidade como potência e que lá há audiência para ser alcançada”, explica a CEO da Outdoor Social.

Conheça o Mundo do CX

Sua marca olha para o mercado de consumo das favelas?
A Pesquisa Persona Favela revela também que, ao contrário do senso comum, as classes C e D consomem as mesmas marcas de classes AB.

“Não existe diferença, a cultura é a mesma. Na periferia ou na cidade, eles preferem marcas que adotam práticas sustentáveis e respeitam regras socioambientais. Eles querem saber se os líderes e colaboradores dessas empresas seguem princípios de transparência, igualdade, respeito e ética”, explica Emilia Rabello.

Para a executiva, existe vida, economia, e carência por produtos que falem “olhando no olho” para o público C, D e E, que representa 75% da população do país. “A empresa, que não focar no consumo das comunidades, vai perder oportunidade e dinheiro”, pontua Emilia.

Segundo o Outdoor Social Inteligência, as 15 maiores favelas brasileiras têm um potencial de consumo de R$ 9,9 bilhões/ano
“O Market Share e o Share of Mind são os mesmos entre os moradores dessas comunidades. E quando olhamos as marcas, vemos que são brandings renomados e de confiança, ou seja, a busca não é pelo mais barato e sim pela qualidade. Eles querem produtos e serviços de impacto e que estejam ao alcance – e pagam para isso”, ressalta Emilia.

Nesta edição do Persona Favela sobre o consumo online, foram entrevistados 462 moradores das 15 maiores comunidades dos municípios de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís e Belém. Eles são em maioria da etnia preta/parda (74%), têm uma renda média de R$ 2.781,44 por domicílio e 55% deles pertencem à classe C.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/07/06/comportamento-consumo-online-favelas/?utm_campaign=news-cm-070722&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Startups de varejo recebem mais de US$ 3 bilhões em aportes na América Latina

Uma pesquisa da Movile revela que as startups de varejo da região receberam cerca de US$ 3,3 bilhões ao longo dos últimos cinco anos (2017-2021). Conforme o estudo conduzido pelo Distrito — no Brasil, Argentina, México e Colômbia —, o setor recebeu o segundo maior volume de investimento de risco na América Latina, ficando atrás apenas das fintechs.

Imagem de pessoas apontando para gráficos espalhados sobre uma mesa com mais de US$ 17 bilhões investidos ao longo dos últimos 5 anos, o Brasil concentra a maior parte do volume investido dentre os países do estudo.
As chamadas retail techs representam 9,4% (394) do total de deals em todos os países analisados e receberam 11,6% do volume investido neles. Quando olhamos para cada um dos países, vemos que as startups brasileiras lideram esse ranking. Afinal, respondem por 59% dos investimentos na região (embora sejam apenas 11,3% do valor aportado no País).

Investimento no Brasil
Com mais de US$ 17 bilhões investidos ao longo dos últimos 5 anos, o Brasil concentra a maior parte do volume investido dentre os países do estudo. Esse volume vem crescendo de forma quase exponencial, tendo mais do que dobrado entre 2020 e 2021.

Além dos fatores macroeconômicos, um dos motivos pelo qual vemos esse crescimento é o amadurecimento do ecossistema, com cada vez mais startups maduras e unicórnios que acabam captando mega rodadas (acima de USD 100 milhões), fazendo com que o volume investido cresça vertiginosamente.

Investimento em startups por região
Assim como nos outros países, o Brasil também encontra uma grande concentração de investimento em uma região, no caso, em São Paulo. O estado concentra sozinho 81% do valor total investido no país, seguido por Paraná e Rio de Janeiro. Essa discrepância ocorre tanto por uma maior quantidade de startups em São Paulo como também pela quantidade de startups maduras na região que recebem valores astronômicos.

A Argentina vem em segundo lugar, principalmente por conta da Tiendanube, marca da Nuvemshop no país, que recebeu US$ 626 milhões e foi responsável por 96% do valor investido no setor. A empresa faz com que o segmento, embora represente apenas 6,8% dos deals, concentre 31,7% do valor investido no País.

Por sua vez, no México, o setor responde por 8,3% dos deals realizados e 9,1% do volume aportado (cerca de US$ 533 milhões). Já na Colômbia, o varejo representa 12,5% das transações e 5,5% do montante investido (cerca de US$ 177 milhões).

Metodologia da pesquisa
O levantamento analisou o panorama de investimentos de risco em startups na América Latina nos últimos cinco anos com foco em quatro países: Brasil, Argentina, México e Colômbia. As informações foram selecionadas a partir de uma análise do banco de dados proprietário do Distrito, consultas a bancos de dados abertos e informações públicas de fontes especializadas.

Os critérios de seleção de startups considerados foram:

ser definida como empresa que possui a inovação no centro do negócio na base tecnológica, no modelo de negócios ou na proposta de valor;
possuir operação independente;
ter origem e operação no Brasil, México, Colômbia e Argentina;
ter recebido investimento e/ou ter sido adquirida no período analisado (01 de janeiro de 2017 a 02 de dezembro de 2021);
e ter recebido investimento do tipo Anjo, Pré Seed, Seed, Series (todos os tipos) e Private Equity.
O estudo completo pode ser baixado aqui.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/startups-de-varejo-america-latina/

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