O setor varejista acaba de ganhar um player de peso no Brasil, a Sezzle. A startup americana, que foi adquirida recentemente pela Zip, desembarca no país com o objetivo de acelerar as vendas de pequenos e médios lojistas, além de facilitar a compra para o cliente final, oferecendo o verdadeiro “buy now, pay later” (BNPL) — em português, “compre agora, pague depois”.
Fundada pelos investidores americanos Charlie Youakim, Paul Paradis e Killian Brackey, a Sezzle se tornou uma das maiores plataformas de BNPL do mundo. “O conceito de BNPL é muito difundido em países como Austrália e Estados Unidos, e vem ganhando força também na Europa. No Brasil, ainda há muitas discussões sobre o tema e um grande espaço para crescer, por isso, nosso primeiro passo de expansão foi aqui”, destaca Charlie Youakim, CEO da Sezzle americana.
“Nossa ideia é mostrar como o BNPL pode facilitar a vida do consumidor e do lojista, impactando diretamente na saúde financeira e no crescimento dos negócios, além de desmistificar sua associação com o tradicional crediário”, diz João Pedro Teles, CEO da Sezzle Brasil.
Foco nas PMEs
A proposta da Sezzle para o Brasil é focar nas PMEs, pois sua solução permite que elas ofereçam mais uma opção de pagamento parcelado na hora do fechamento da compra. “Os lojistas que aderirem a Sezzle terão acesso a uma proposta D+1 em que o cliente final paga em 4 parcelas, mas recebe o valor da compra já no dia seguinte, impactando diretamente no aumento do seu fluxo de caixa. Além disso, faz com que eles tenham uma operação à vista, com possibilidade de oferecer descontos especiais para os clientes, enquanto todo o risco de fraude e inadimplência, além da gestão do recebimento de parcelas fica por conta da Sezzle”, destaca Teles.
Já para o consumidor final é uma oportunidade de comprar online, receber o produto e concluir o pagamento em parcelas quinzenais, tudo isso sem precisar comprometer o limite do cartão. Outra vantagem é que os consumidores podem reescalonar os pagamentos. Ou seja, se o cliente perceber que não vai conseguir pagar a parcela, ele poderá adiar esse pagamento, jogando a parcela para o final. “Nosso objetivo é criar uma relação de confiança entre vendedor e comprador, assim como era o “vender fiado” no passado”, explica o CEO da Sezzle Brasil.
“Nosso compromisso maior é com as pessoas. Por isso não queremos ser apenas uma solução que traz agilidade nas operações financeiras, mas que trabalha lado a lado do comprador e do vendedor”, conta Leonardo Villanova, Diretor de Marketing da Sezzle no Brasil.
Nos Estados Unidos, a empresa possui mais de 45 mil varejistas ativos e mais de 9 milhões de consumidores na base. “Nosso plano é empoderar o consumidor brasileiro e crescer de forma exponencial. Queremos trazer uma visão diferente e mostrar que o conceito do BNPL vai além da facilidade de compra”, conclui o CEO da Sezzle Brasil.
A empresa SepeedBird Aero é a primeira empresa a ter uma aeronave não tripulada a receber certificação de operação comercial da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para colocar os seus planos em prática, a startup captou no mercado um aporte série A de R$35 milhões, liderado pelo fundo americano Bela Juju Ventures.
“Pelo caráter disruptivo desse mercado, já sabíamos que levaria um tempo para captar mais recursos”, diz Manoel Coelho, cofundador e CEO da Speedbird Aero, ao NeoFeed. “Mas esse aporte está chegando no timing perfeito, sem pressa e sem atrasos.”
A SpeedBird já possui oito contratos assinados com diversas empresas, dentre elas o Ifood, que também já recebeu autorização da Anac para uso diário comercial com drones.
“Nossa projeção é ter 40 DLVs em operação nos próximos 12 meses”, observa Coelho. “Já temos três deles operando e, até o fim desse mês, teremos mais dois em ação.”
A linha de produção está prevista para iniciar suas montagens em junho. A ideia é fabricar de três a quatro drones por mês e escalar, gradativamente, esse volume de acordo com os projetos fechados pela empresa. A Speedbird está montando uma fábrica em um espaço de 2 mil metros quadrados em Franca (SP).
A Nowports, logtech mexicana que busca facilitar o dia a dia de empresas que exportam ou importam produtos na América Latina, acaba de anunciar um investimento de US$ 150 milhões que a torna no mais novo unicórnio da região e também na primeira empresa do setor a alcançar o feito no México.
A rodada série C foi liderada pelo fundo SoftBank e com participação de Tiger Global, Foundation Capital, Monashees, Soma Capital, Broadhaven Ventures, Mouro Capital, Tencent e Base10 Partners. Investidores como Daniel Voguel, da Bitso; Ricardo Amper, da Incode; Alex Bouaziz, da Deel e Roger Laughlin, da também mexicana Kavak, também participaram da rodada.
Segundo a empresa, os recursos vêm para expandir a atuação da Nowports em terras brasileiras. A startup chegou ao Brasil em outubro de 2021, após uma captação de US$ 60 milhões que teve, em essência, o propósito de levar a empresa para fora dos mercados onde já atuava. Hoje, a Nowports está também na Colômbia e no Chile. No Brasil, já são mais de 50 funcionários.
Fundada em 2018 pelos empreendedores Alfonso de los Ríos e Maximiliano Casal, a Nowports procura digitalizar toda a cadeia logística para empresas da América Latina, especialmente dos setores de manufatura e varejo, que transportam seus produtos por navios ou aviões. Ela faz isso a partir de um software de gerenciamento que cria, entre outras coisas, rotas inteligentes, gestão de tarifas de importação e exportação e desenvolve relatórios em tempo real para controle das operações.
“Estamos empolgados em ganhar a confiança de grandes fundos de investimento e nos tornarmos o novo unicórnio na América Latina. Isso reforça nosso compromisso de transformar as cadeias produtivas da região com tecnologia e acesso ágil ao financiamento para empresas que importam ou exportam mercadorias. Faremos da Nowports um dos principais impulsionadores de todas as economias emergentes do mundo, não apenas da América Latina”, comenta, em nota, Alfonso de los Ríos, cofundador e CEO da Nowports.
Segundo los Ríos, o investimento será usado para expandir a presença da Nowports nos mercados onde já atua e também para abrir escritório em novas cidades. Uma das primeiras deve ser a cidade de Itajaí, em Santa Catarina.
Os recursos também servirão para acelerar o lançamento de outros produtos, dessa vez financeiros. A Nowports quer expandir ferramentas de financiamento e seguros para seus clientes.
Há quem diga que a melhor defesa do consumidor é uma empresa preocupada com toda a jornada de relacionamento e, claro, coloca o cliente no centro do negócio. A consultoria Accenture, por exemplo, tem defendido a tese que essas companhias se posicionam como Business of Experience (BX), algo como uma evolução do customer experience.
Empresas de BX ainda são raras no mundo, mas a Consumidor Moderno encontrou algumas delas em mercados mais maduros, tais como EUA e Canadá. Confira a lista.
Canada Goose
A Canada Goose é uma varejista de roupas de inverno com sede no país homônimo. A companhia possui um comércio eletrônico, mas o que realmente chama a atenção é a loja física.
As lojas da rede possuem uma câmara fria onde o cliente pode testar casacos em temperaturas que podem chegar a 27 graus negativos, inclusive com rajadas de vento e neve. Ou seja, você testa o produto na prática.
O público adorou a ideia, o que resultou em um aumento de 15% no faturamento de 2020, justamente no ano em que as lojas físicas foram fechadas. Será que o crescimento teria sido maior?
Imperfect Foods
A Imperfect Foods é uma pequena rede de supermercados que comercializa frutas e legumes considerados “imperfeitos”, ou seja, com tamanho, cor ou aspectos diferentes.
Normalmente, esses alimentos seriam descartados ou subutilizados, mas não na Imperfect Foods. Lá, o produto é requalificado e vendido a um preço mais baixo. Aliás, no Brasil, existe uma ideia bem similar chamada Fruta Imperfeita.
Honeybee Health
A Honeybee Health é uma farmácia online que tem incomodado as redes tradicionais dos EUA.
Em suma, eles eliminaram os intermediários ou farmácias e passaram a vender medicamentos que podem ser adquiridos diretamente da fábrica. No fim, o produto pode ser adquirido com até 80% de desconto e o consumidor ainda recebe o produto em casa (inclusive com frete grátis).
Tanium
Quem disse que não existe personalização em segurança cibernética?
Um exemplo bem interessante é a Tanium, uma empresa de cibersegurança que mapeia o hardware de uma pessoa ou empresa e, assim, verifica todas as falhas no dispositivo. Após essa análise, ele oferece o programa mais adequado a necessidade de cada cliente.
Journera
A Journera é uma plataforma que mostra toda a jornada de relacionamento do turista, incluindo todos as empresas que prestam todos os serviços: hotel, companhia aérea, aluguel de carros e outro.
Por exemplo: se o voo de turista atrasar, todas as empresas envolvidas na viagem serão avisadas sobre as mudanças no itinerário em tempo real. Além disso, a plataforma oferece um big data valioso para que empresas aprimorem os seus processos e até inovem em seus negócios.
Hoje, estima-se que 40% das empresas de viagens dos EUA já utilizem o aplicativo. Abaixo, veja a entrevista com Jeff Katz, CEO da Journera.
Inspirato
A Inspirato é a primeira companhia a oferecer um serviço de assinatura com foco em viagens. E a ideia é bem interessante.
O consumidor paga uma mensalidade e terá acesso a uma viagem ou experiência completa com base no valor pago à empresa. As sugestões variam conforme o valor pago por mês.
Eusoh
A Eusoh é uma seguradora de animais de estimação peer-to-peer. Ela reúne donos de animais de estimação em uma comunidade e, dessa forma, todos compartilham as despesas de uma enorme variedade de lesões, doenças e condições de animais de estimação.
Os preços transparentes, a liberdade de usar qualquer veterinário e a cobertura estendida tornam esta empresa popular entre os donos de animais de estimação.
O Maestro é a nova tecnologia de orquestração da RoutEasy, startup de logística que oferece soluções de otimização e gestão de entregas. O novo módulo foi lançado no dia 27 de abril, num evento para um grupo seleto de profissionais do mercado com apresentações sobre o processo de descoberta, construção do produto e cases de sucesso em parceria com algumas das maiores marcas líderes em entregas rápidas do país, como Grupo Pão de Açúcar, DHL e Mambo.
Buscando promover o acesso a uma tecnologia mais inteligente para o last mile de diversas empresas, o Maestro foi criado para automatizar fluxos de trabalho complexos e repetitivos, algo comum com o crescimento e ganho de escala.
O principal objetivo do Maestro é permitir que as operações logísticas lidem com o planejamento de rotas de forma mais ágil e otimizada sem nenhuma interferência humana, sendo essa, necessária apenas em casos que fogem às regras pré definidas.
Ao definir padrões de acordo com os objetivos da operação, o sistema utiliza inteligência artificial e aprendizado de máquina para criar rotas de entrega otimizadas, com atribuição automática de pedidos para frota própria, terceirizada ou de parceiros crowdshipping em um único ambiente em nuvem.
Assim, toda a análise de custos de frete, veículos dispo-níveis, quilometragem percorrida, taxa de ocupação dos veículos etc. é realizada em poucos segundos e sem a necessidade de trabalho manual. O Maestro coloca as coletas e entregas no piloto automático.
A solução chega ao mercado para revolucionar, principalmente, as operações de e-commerces, marketplaces, food delivery e vendas D2C, aproximando as marcas de seus clientes em um momento em que o mercado vem reagindo rapidamente aos novos hábitos de consumo, que demandam entregas cada vez mais rápidas.
E quanto mais complexas as operações logísticas se tornam, mais difícil fica realizar atividades manuais com a agilidade necessária. Principalmente para aquelas que lidam com diversos pontos de origem e precisam conseguir um certo nível de padronização no atendimento.
Diante disso, ao adotar um fluxo de trabalho totalmente automatizado, as empresas podem viabilizar as entregas para o mesmo dia com a garantia de prazos e satisfação dos clientes, ganhando maior poder de escala, sem deixar de lado a otimização de custos. Isso porque o Maestro é capaz de realizar a gestão, a roteirização e a atribuição de pedidos em um cenário complexo, levando em conta lojas físicas, dark stores e centros de distribuição; escolhendo sempre o melhor frete, e planejando rotas otimizadas de acordo com as restrições da operação e dos clientes.
Americanas quer participar de rodadas pré-seed, seed e, em alguns casos, série A
O empreendedor Alexandre Messina fundou a startup Pedala, em 2015, com o objetivo de fazer entregas rápidas de forma sustentável. Mas foi só quatro anos depois que ele conseguiu um grande contrato com a Americanas, que permitiu triplicar as entregas diárias.
A parceria foi o primeiro passo para que a Americanas comprasse a Pedala em dezembro de 2019. Agora, do outro do lado do balcão, Messina é o responsável pelo primeiro fundo de corporate venture capital (CVC) que a Americanas anunciou ao mercado na última sexta-feira, 1º de abril, com a meta de investir em até 20 startups neste ano.
“O objetivo é encontrar, investir, acelerar e conectar as principais startups do Brasil ao Universo Americanas”, disse Messina, com exclusividade ao NeoFeed.
O fundo será gerido pela IF, o braço de inovação da Americanas, que criou a fintech Ame Digital e é responsável por todas as operações de M&A da varejista. Atualmente avaliada em R$ 30,2 bilhões, a companhia acabou de unificar as operações digitais (Submarino, Americanas.com e Shoptime) com as lojas físicas.
A Americanas não divulga o valor que terá reservado ao fundo de CVC. Mas o objetivo é investir em startups em rodadas pré-seed, seed e até mesmo, em alguns casos, série A. Em 2021, esses estágios tiveram captações média de US$ 221 mil, US$ 359 mil e US$ 1,6 milhão no Brasil, respectivamente, segundo dados do Distrito, ecossistema independente de startups.
A varejista se diz agnóstica nos setores que vai investir, mas busca startups que tenham alguma conexão com a Americanas nas lojas físicas e no digital e em áreas como fintechs, advertising e logística. Elas devem faturar ao menos R$ 10 mil por mês e já ter um produto testado.
O objetivo é que possam prestar serviços à Americanas, escalando seus negócios. “Em dois anos, queremos multiplicar por 10 vezes o faturamento da startup”, diz Messina, que é head de operações da IF.
A onda dos CVCs
A Americanas é a mais recente companhia a anunciar o seu corporate venture capital, passando a fazer parte de uma lista de empresas que não para de crescer. Os nomes incluem Ambev, Itaú, Multilaser, Dexco, Arezzo, Renner e Eurofarma, entre muitas outras que querem se aproximar de startups.
Fundos especializados atraem também empresas interessadas em suas teses. A Terracota Ventures, focada em proptechs e construtechs, tem como cotista Gerdau, Cyrela e Vedacit. A MSW Capital gere o fundo de R$ 200 milhões do Banco do Brasil, além de administrar o BR Startups, que tem BV, Algar, Microsoft e BB Seguros como investidores.
“As empresas estão enxergando cada vez mais a importância de uma estratégia de equity bem feita para trazer inovação em diferentes estágios dentro da companhia”, diz Diego Ranciaro, sócio do Distrito. “Isso é extremamente eficiente e gera resultados.”
Apesar disso, o corporate venture capital só agora começa a escalar no Brasil. No ano passado, os aportes de CVC somaram US$ 622 milhões, o triplo de 2020, de acordo com o Distrito. Foram 162 rodadas de investimentos (212, contando aquelas que não tiveram os seus valores divulgados). No mundo, o CVC movimentou US$ 78,7 bilhões em 2099 aportes, segundo a consultoria americana CB Insights.
Esse avanço no Brasil está relacionado com a pandemia do novo coronavírus, que acelerou as iniciativas digitais das empresas. Ao realizar investimentos em startups, as corporações se aproximam das principais inovações do setor. “Quando as empresas olham para o CVC, elas pensam em testar, experimentar e estar à frente de novas tecnologia do mercado”, afirma Ranciaro.
Outra razão para investir em startups através de CVCs é a atração de talentos, aproximando-se de jovens empreendedores que estão inovando em seus mercados. E, por fim, como se trata de um investimento, um dos objetivos é obter um retorno financeiro – muitas vezes, essas startups acabam sendo compradas pelas próprias empresas.
O funil da Americanas
Esses motivos fazem parte do combo pelo qual a Americanas resolveu criar o seu próprio CVC. Agora, a companhia começa a correr atrás das startups – o processo envolve busca ativa e passiva (o site da IF terá um link para as empresas que queiram se inscrever).
A seleção contará com um algoritmo que fará análise quantitativa e qualitativa. Ao passar por esse funil, uma equipe da área de corporate venture capital da Americanas entra em ação para conhecer mais o negócio.
Por fim, as empresas escolhidas vão para um pitch day com o C-Level da Americanas – o primeiro deve acontecer em abril. Se passarem por esta última “prova” ganham o aporte, que pode ser feito em conjunto com outros fundos de venture capital do mercado brasileiro.
Com o fundo de corporate venture capital, a IF (sigla que significa Inovação e Futuro) adiciona mais uma tarefa à sua missão. Criado em 2018, o braço de inovação da Americanas nasceu para incentivar o uso de novas tecnologias.
Para cumprir essa missão, a IF vai desde criar negócios do zero, no estilo de uma venture builder, até comprar outras empresas. No primeiro caso, o exemplo mais emblemático (citado no começo essa reportagem) é a fintech Ame Digital, que atingiu R$ 26 bilhões em TPV (sigla para ‘volume total de pagamentos’) e superou a marca de 1,3 milhão de cartões de crédito emitidos em 2021.
Em relação aos M&As, a IF esteve envolvida em 10 transações entre 2020 e 2021. São desde negócios gigantes, como a compra do grupo Uni.co, dono das redes Imaginarium e Puket, até o Hortifruti Natural da Terra, por R$ 2,1 bilhões.
Mas a IF também fez diversas compras de startups, como o Supermercado Now, a plataforma de open banking Bit Capital, o serviço de banking as a service Parati, a startup de delivery Shipp e a empresa que fornece crédito P2P Nexoos.
Agora, além de criar empresas e comprar, a IF vai ser sócia minoritária das startups. Se tudo der certo, o final da história pode ser parecido com o da Pedala, de Messina, e terminar em um M&A.
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher (08/03), trazemos algumas dicas de leitura para mulheres líderes e empreendedoras (e homens também) sobre startups, negócios sociais, soluções práticas e conceitos que servem como inspiração na construção do pensamento disruptivo e empreendedor.
As indicações são de seis executivas que estão à frente de negócios que impactaram decisivamente nosso mercado e a vida de consumidores no Brasil. Confira!
Boa ideia sem execução não leva ninguém a lugar nenhum
Renata Zanuto, co-head do Cubo Itaú, hub de empreendedorismo
“Um dos livros que sempre indico é o ‘Startup: Manual do Empreendedor’, do Steve Blank e Bob Dorf. Considerado o papa do empreendedorismo, Steve Blank traz, junto a Bob Dorf, o conceito de que uma boa ideia sem execução não leva ninguém a lugar nenhum. Segundo os escritores, ideias surgem todos os dias, mas não são elas que levam ao sucesso ou ao fracasso. A primeira coisa a ser levada em consideração é se ela endereça uma necessidade real de um cliente, seja ele uma pessoa ou uma empresa, e se esse mesmo cliente está disposto a pagar pela solução proposta. Este é um guia bem completo para quem pensa em ingressar nesse universo de startups. Aliás, o Steve Blank tem uma série de ferramentas para serem utilizadas desde o começo de sua startup e durante toda a jornada”.
Filosofia e negócios sociais
Simone Ponce, VP de Negócios e co-fundadora da Eats for You, startup que conecta donas e donos de casa que amam cozinhar com pessoas que querem garantir uma alimentação caseira de forma rápida e fácil.
“Estou relendo o livro ‘Criando um Negócio Social’, do Muhammad Yunus, que, além de ter recebido o prêmio Nobel da Paz, é reconhecido por sua contribuição ao mundo com a filosofia de negócios sociais. O livro traz como proposta a construção de um capitalismo que serve aos problemas mais proeminentes do mundo e se conecta com a minha história, pois trago no meu DNA a função de ‘arquiteta de soluções de negócio para impacto coletivo’. Optei por reler o livro por entender que as necessidades sociais são urgentes e precisamos cada vez mais ter discussões estruturais e edificantes”.
Testar sempre para gerar aprendizado
Sandra Mortari, COO e Co-fundadora da Let’s Delivery, ferramenta SaaS para a gestão de plataformas de delivery no mercado (iFood, Rappi, 99Food, Delivery Direto e Goomer, entre outras).
“Indico, ‘A Startup Enxuta’, de Eric Ries. Nos inspiramos nesta obra para criar a Let’s Delivery, uma startup possível, enxuta em todos os processos, disposta a testar sempre e de forma ágil para gerar aprendizado com foco na resolução das necessidades do cliente. Tenho na minha cabeceira e sempre que me deparo com problemas pontuais, busco nele alguns insights”.
Propósito alinhado ao sucesso
Ivna Góis, Head de Marketing na Hublocal, startup que faz com que as empresas tenham maior presença digital com potenciais clientes.
“Vou recomendar o livro, ‘Comece pelo porquê’, do Simon Sinek. Esse livro tem um significado importante e me surpreendeu. Com uma abordagem que trata principalmente sobre liderança, influência e atitude, o ‘Comece pelo porquê’ trouxe ensinamentos importantes a respeito de crenças, propósito e sucesso”.
Inspiração de trajetória e liderança
Viviane Kuaye, Head de People na Marvin, plataforma que simplifica a relação de pagamento entre fornecedores e varejistas, viabilizando a indústria a vender mais sem ter que assumir o risco de crédito do cliente.
“Há um tempo li o livro ‘A Regra é Não ter Regras’ e agora terminei de ler o ‘Powerful’. Os conceitos práticos são parecidos, mas gostei muito da forma como a Patty McCord, em ‘Powerful’, narra sua passagem como executiva. Uma inspiração de trajetória e liderança. Leitura fácil, leve e bem prazerosa. Ela traz ótimas provocações, com exemplos reais, dicas práticas, com muita atitude e coragem, que nos leva a refletir sobre diversos comportamentos, principalmente sobre liberdade e responsabilidade. Quando as pessoas sentem que têm mais poder, mais controle sobre as suas carreiras, se sentem mais encorajados e confiantes. Mais confiança para se posicionar, se recompor de erros, assumir mais compromissos e responsabilidades. É uma relação de abertura e honestidade, mais leve e genuína, longe do comando e controle e da relação de poder/ medo.”
Transformar desvantagens em vantagens
Renata Nilsson, CEO e fundadora da PX Ativos Judiciais, empresa que trabalha com aquisição de créditos judiciais.
“Minha dica é, ‘Davi e Golias’ de Malcolm Gladwell, foi um livro que me estimulou a enxergar situações de ângulos diferentes e transformar desvantagens em vantagens. Muitas vezes o que enxergamos como desvantagem é também aquilo que nos destaca no mundo, por isso, acho essencial para qualquer um que queira empreender ler esse livro. Nele eu vi que empreender envolve muito mais do que assumir a liderança de um negócio, é ser seu próprio chefe e líder, é ser inspiração para os demais, é ser exemplo e responsável por várias famílias, é acreditar quando ninguém mais o faz.”
Diálogo, transparência e acolhimento transformam o atendimento e impactam positivamente nos negócios.
Companhias que investem em experiência do cliente (CX) são 6,5 vezes mais propensas a ter resultados positivos mesmo em períodos de instabilidade, de acordo com estudo da Zendesk e do Enterprise Strategy Group (ESG). O relatório também revela que elas têm três vezes mais chance de aumentar a base de clientes. Há uma clara relação entre CX e crescimento. Não é à toa que essa área tem se tornado um dos principais pilares de atuação de diversas empresas.
Hoje, as empresas que oferecem um atendimento de excelência e uma experiência superior aos clientes se destacam e se tornam líderes de mercado, conquistando não apenas consumidores, mas grandes fãs e propagadores das marcas. A tecnologia tem papel fundamental para ajudar a tornar a experiência ainda melhor.
A SouSmile tem como um dos objetivos mudar a experiência tradicional de ir ao dentista. Geralmente, nos consultórios tradicionais encontramos um ambiente mais frio, menos acolhedor e que nos remete a um certo desconforto. Gabriela Prado, Líder de CX da SouSmile, explica que a quebra desse padrão começa com a simpatia das dentistas.
“Todos nossos colaboradores e parceiros prezam por uma conversa transparente e tranquilizadora, sempre atento ao desejo do cliente. Também decidimos reformular a arquitetura dos nossos consultórios. Nada de frieza — eles são coloridos, tem mensagens sobre autoestima e a nossa identidade visual”.
Na SouSmile, o cliente recebe mensagens para lembrar de trocar de fase dos alinhadores, faz os agendamentos de consulta on-line, acessa todos os exames no site e consegue acompanhar toda evolução do tratamento dental através de uma simulação.
Além disso, o time interno tem uma série de rituais que potencializam o foco no cliente, como encontros mensais para revisitar a jornada dos consumidores, discutir como cada área pode contribuir para a experiência e compartilhar métricas importantes de satisfação, como o NPS. Além de auxiliar de maneira ativa na satisfação do cliente com o tratamento, a tecnologia também influencia na redução de custos, o que gera como consequência um preço mais acessível para o consumidor final.
A Liv Up, foodtech de comida natural e mercado on-line, é outro exemplo de startup que leva uma experiência encantadora aos clientes. Conhecida por seu modelo de negócio verticalizado que traz o consumidor para o centro da estratégia, a startup reinventou o velho conceito de atendimento ao criar um relacionamento próximo e verdadeiro com as pessoas, escutando-as de forma ativa, colhendo feedbacks para identificar e implementar melhorias, e assim, inovar constantemente.
O time de CXM da Liv Up, liderado por Viviane Kim — uma das cofundadoras da empresa — faz da relação com os clientes um diálogo de muita troca, que permite conhecê-los a fundo, entender o que estão procurando, criar de forma conjunta e também encantá-los. Foi assim que nasceu o “Momento UP”: uma rica fonte de cases do atendimento humanizado da empresa.
Viviane conta que propósito, confiança e transparência estão nas bases de fundação da empresa. “Queremos causar um impacto positivo sobre o mundo e proporcionar uma experiência encantadora com a marca do começo ao fim. E por isso, é essencial desenvolver um contato pessoal e emocional com os nossos clientes e transformar essa afinidade em conexão.”
5G
Segundo Benedito Macedo, Diretor Executivo de Desenvolvimento e Operação do Cesar, centro de inovação que forma pessoas e impulsiona organizações, o 5G vai possibilitar uma maior velocidade nas conexões, por exemplo ao baixar um vídeo, que será muito mais rápido do que no 4G, e ao assistir um evento em streaming, pois a qualidade da imagem será muito melhor e a quantidade de interrupções muito menor.
Em um primeiro momento, o usuário final não irá perceber a menor latência do 5G. Mas essa menor latência irá possibilitar acelerar novas soluções tecnológicas. “Por exemplo: hoje, já temos cirurgias remotas sendo realizadas em hospitais usando banda larga, mas o 5G possibilitará um avanço em cirurgias, pois a menor latência irá possibilitar uma reação mais rápida do médico a imprevistos durante a cirurgia. A mesma lógica deve atingir os consumidores que terão acesso rápido a mais aplicativos e soluções.”
De acordo com o estudo intitulado “5G e o futuro da experiência do cliente”, realizado pela Adobe, a chave para o sucesso será a capacidade de aproveitar os dados para melhorar a experiência do cliente e aumentar o seu engajamento e a sua fidelidade. Em vez de os dados serem mantidos isolados como estão agora, muitas organizações terão que revisar sua infraestrutura de gerenciamento, adotando estruturas comuns e padrões abertos sempre que possível.
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