Como a Shein economiza bilhões / ano com uma estratégia incomum de UX?

Prepare-se para ter sua mente explodida com as informações que você vai ver agora.

Devolver produtos é uma dor de cabeça para qualquer varejista. Afinal, isso ataca agressivamente as margens de lucro, perturba as taxas de conversão e ameaça o negócio dos varejistas em expansão.

Nos EUA, estima-se que as devoluções custam às plataformas de e-commerce cerca de 550 bilhões de dólares, sendo que a maioria dos produtos (57%) devolvidos pertencem à categoria de vestuário.

Se tirarmos essa porcentagem de 37% do faturamento da Shein de 2022, por exemplo, que foi de 22.7 bilhões (8 deles, só no Brasil), a marca perderia cerca de mais de 8 bilhões, ou seja… o faturamento em um país do tamanho de um continente, como o nosso!

Como ela faz isso?

Por incrível que pareça, a Shein evita devoluções fazendo com que as pessoas leiam devagar e também naveguem com mais consciência pela loja.

A equipe de UX da Shein sabe que as pessoas tendem a tratar as informações online de forma superficial, lendo apenas 28% das palavras em média. Por isso, eles apresentam palavras de forma eficaz em sua página inicial e usam maior quantidade delas para engajar os usuários.

Exemplo de página de produto da Shein

E a navegação apressada é pior do que a leitura apressada. A marca faz isso visando organizar o conteúdo de sua página inicial de forma atraente e informativa, utilizando títulos cativantes, descrições detalhadas e call-to-actions persuasivos para ajudar os usuários a entenderem melhor os produtos antes de tomar decisões de compra.

Uma das features principais é o Fit Finder (imagem abaixo), que permite aos clientes inserir a marca do sapato que usam, o tipo de sapato, o tamanho do sapato e, depois, retornar com um tamanho recomendado.

O Fit Finder da Shein na prática

Em um modelo tradicional, é comum que o varejista peça para o usuário se medir. Já a Shein traz algo já existente e claro para o usuário, o que, sem dúvidas, converte mais.

Ela também usa muito de prova social, que é pedir aos seus consumidores a darem depoimento de como aquela roupa vestiu neles, e a área de review da página de produto da segurança para que você também possa pedir o seu.

No mundo online, velocidade e eficiência são primordiais, mas frequentemente esquecemos que, embora as velocidades de computação tenham avançado, a compreensão humana deve acompanhar o mesmo ritmo.

Afinal, imagine se a plataforma tivesse a devolução de produtos, sendo localizada na China? Tudo isso faz parte da jornada de sucesso da Shein, que acaba de iniciar o processo para abrir capital na Bolsa de Valores de NY.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-a-shein-economiza-bilhoes-ano-com-uma-estrategia-incomum-de-ux

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A Amazon É superada pelo APP de compras da Shein em downloads. Deveria ficar em alerta?

A Amazon foi superada pela Shein na comparação do número de downloads de seus APPs no mês de dezembro de 2023. Será que ela deveria estar em alerta?

Vou tentar responder a essa pergunta e aproveitar para fazer uma breve comparação entre os dois marketplaces. Vamos lá!

Para começar, quero trazer alguns números macros:

. A Amazon foi fundada nos 1994 (EUA)
. A Shein, fundada em 2008 (China)

. Receita da Amazon: quase US$ 400 bilhões
. Receita da Shein: US$ 10 bilhões

. Alcance da Amazon: Global
. Alcance da Shein: UE, América, Austrália, Oriente Médio (220 países)

. Produtos Amazon: Diversos (moda e vestuário, bens, serviços digirais, de streaming etc)
. Produtos Shein: moda, vestuário, decoração e brinquedos

. Amazon: propriedade da cadeia de abastecimento de ofertas de terceiros
. Shein: plataforma de comércio eletrônico do design à distribuição

Olhando para os números, a Amazon continua liderando em termos de tráfego digital, mesmo com o fluxo de visitantes para a chinesa quase triplicando desde janeiro de 2020. No entanto, o tráfego da Shein nos EUA parece estar crescendo de forma constante e consistente.

A questão da representatividade também é importante. Com o lema “todos têm o direito de desfrutar da beleza da moda”, a Shein abraça diversos estilos e tamanhos, incluindo uma popular seção de moda plus size.

Essa abordagem realista em relação aos corpos humanos alinha-se aos valores das marcas diretas ao consumidor (B2C), atraindo um público mais amplo.

Os clientes podem deixar comentários, participar de concursos e acumular pontos para descontos. Em 2021, a Shein gerou quase 11% do tráfego da web em desktop por meio das redes sociais, mais que o dobro da indústria de moda (!!!)

Ao analisar o desempenho digital, é importante lembrar que a Amazon é um marketplace abrangente, enquanto a Shein se concentrava apenas em moda, mas vem se diversificando, ao menos no Brasil. Mesmo assim, a Shein tem se saído bem: a marca começou com uma taxa de conversão de apenas 1% em 2019, igualou-se aos líderes do setor em 2020 e chegou a 5% em março de 2021, superando a Amazon.

A gigante chinesa tem um forte apelo para a geração Z e tem uma forte presença nas redes sociais. No entanto, no momento, a ameaça da Shein para a Amazon como um todo parece ser mínima, dada a dimensão e a diversidade de ofertas da Amazon.

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Taxa de conversão: o fator humano como potencializador de resultados

A maior mudança no varejo nas últimas décadas tem sido o e-commerce e os esforços para criar experiências “omnichannel” que unifiquem as compras online e offline. Atualmente, existem algumas ferramentas que podem ajudar a impulsionar as conversões no mundo digital, com destaque para três diferentes estratégias: conversational commerce, live commerce e uso inteligente dos dados.

Conversational commerce

Atualmente, sabe-se que a taxa média de abertura de e-mail marketing varia entre 15% e 30%. No entanto, o WhatsApp se destaca com taxas impressionantes de 80% a 90%, o que evidencia o poder do conversational commerce em impulsionar as conversões. Além disso, o uso do WhatsApp proporciona um elemento adicional de humanização, o que contribui para esse aumento expressivo na taxa de conversão. Portanto, ao incorporar essa ferramenta ao negócio, amplificam-se as vendas e o engajamento com os clientes.

Quando um cliente entra em uma loja física de artigos esportivos, por exemplo, o vendedor pode direcioná-lo para o setor correto, facilitando a busca pelo produto desejado. Já no ambiente online, os clientes muitas vezes têm dificuldade de encontrar os produtos que estão procurando. Sabe-se, por exemplo, que a média de visualização de páginas é, geralmente, de apenas duas ou três, o que significa que, se um site não for eficiente e não tiver um front-end personalizado, corre-se o risco de perder o usuário durante a navegação.

Ao acessar um site para comprar um tênis de corrida, por exemplo, muitas vezes o cliente não possui conhecimento técnico para determinar qual é o melhor tênis em termos de desempenho ou adequado para diferentes tipos de corrida. No entanto, se essa pessoa tiver suporte através do WhatsApp, o atendimento especializado via aplicativo pode passar orientações e recomendações personalizadas para que o cliente encontre o tênis de corrida mais adequado às suas necessidades, o que proporciona uma experiência mais satisfatória e o aumento de chances de se efetivar a compra.

Live commerce

Também podemos levar essa abordagem de apoio humano para o site utilizando a ferramenta de
live commerce, que é uma forma de conectar o vendedor da loja virtual ao usuário do site. Isso permite que o vendedor auxilie o cliente a entender os produtos em tempo real, o que melhora consideravelmente as chances de conversão.

As vantagens associadas ao live commerce incluem a interatividade, permitindo que os usuários façam perguntas em tempo real e recebam respostas imediatas, criando um ambiente mais envolvente e pessoal. Além disso, o live commerce proporciona maior confiança e acesso a informações em tempo real, tornando a experiência de compra mais informada e confiável. Ao utilizarem o live commerce, os consumidores recebem orientação personalizada, esclarecem dúvidas e obtêm informações detalhadas sobre os produtos, o que aumenta a probabilidade de conversão.

Essa abordagem visa oferecer aos clientes uma experiência de compra mais interativa e personalizada, permitindo-lhes fazer perguntas, receber recomendações, obter suporte e realizar transações, tudo dentro do mesmo contexto de conversação durante as transmissões ao vivo. Isso torna a experiência de compra mais envolvente e conveniente para os consumidores, ao mesmo tempo em que ajuda as empresas a estabelecerem conexões mais sólidas e significativas com o seu público.

Inteligência de dados

A inteligência de dados para CRM desempenha um papel estratégico fundamental na otimização das interações com os clientes, melhorando sua eficiência. Por meio da coleta, análise e interpretação de dados relevantes sobre os consumidores, incluindo suas preferências, comportamentos de compra e histórico de interações, as empresas podem aprimorar a gestão do relacionamento.

Essa abordagem permite que as empresas compreendam profundamente as necessidades e as expectativas dos clientes, criando oportunidades para oferecer uma experiência personalizada
e direcionada em toda a jornada do consumidor. Além disso, a inteligência de dados para CRM ajuda a identificar oportunidades de upsell e cross-sell.

As empresas ainda têm a possibilidade de oferecer recomendações personalizadas, campanhas de marketing direcionadas e ofertas especiais, com o intuito de proporcionar uma experiência mais envolvente e relevante. Além disso, essa abordagem possibilita que as marcas avaliem o desempenho de suas estratégias de relacionamento com os consumidores e realizem ajustes contínuos para aprimorar a experiência deles.

Portanto, a humanização na comunicação, aliada ao uso inteligente de dados através de um CRM eficiente, desempenha um papel fundamental na construção de relacionamentos duradouros com os clientes e na criação de uma experiência omnichannel mais aprimorada e relevante.

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