Por que os marketplaces B2C de nicho estão assumindo o controle do e-commerce

Hoje, segundo estudos, os marketplaces representam 67% das vendas globais do e-commerce, um salto em relação aos 40% de apenas uma década atrás — e seguem em ascensão. Esse segmento está cada vez mais popular, uma vez que compradores buscam por variedade, preços competitivos e conveniência.

Além disso, varejistas aprovam o formato por conta da amplitude e profundidade do que vendem, assim como os dados que podem recolher das vendas nas plataformas. No entanto, Amazon e Alibaba, por exemplo, acumularam uma escala e um capital tão significativos que estão se tornando uma “loja de tudo”. Diante disso, o Boston Consulting Group (BCG) trouxe um estudo sobre a atual oportunidade de crescimento dos marketplaces de nicho no comércio eletrônico.

Marketplaces de nicho

Diante dessa realidades, especialistas sugerem seguir um caminho diferente, adotando plataformas mais nichadas. Dessa forma, o varejista pode aprimorar suas ofertas padrão com produtos e categorias adjacentes. Porém, criar um marketplace especializado não é tão simples quanto construir uma plataforma tecnológica e alinhar vendedores.

Para facilitar o caminho para o sucesso nessa empreitada (que não é tão simples como um marketplace comum), identificou-se sete tópicos essenciais, que incluem:

  • uma proposta de cliente bem definida, vinculada à estratégia mais ampla de comércio eletrônico da empresa;
  • seleção inteligente de produtos de uma variedade de vendedores concorrentes;
  • e uma excelente experiência do cliente.

Por que os marketplaces geridos por varejistas decolaram

Para os varejistas, os marketplaces representam um novo modelo de negócios. Além de venderem os seus próprios produtos — muitas vezes referidos como produtos primários (1P) —, os marketplaces geridos por varejistas vendem produtos de vendedores terceiros (3P), com os operadores recebendo uma comissão por cada transação.

Os varejistas gerenciam o atendimento e a remessa de produtos 1P, e os vendedores de marcas 3P normalmente cuidam dessas atividades para seus próprios produtos. A dinâmica e o modelo de negócios dos marketplaces de varejo B2C são diferentes daqueles dos marketplaces B2B, que conectam compradores e vendedores empresariais.

O modelo de marketplace B2C ganhou popularidade e participação de mercado por vários motivos, entre eles:

Os consumidores gostam de marketplaces

De acordo com uma pesquisa da BCG, os marketplaces superam os sites de e-commerce tradicionais em seis dos nove aspectos que mais valorizam quando fazem compras online.

A variedade é um dos aspectos dos marketplaces que os consumidores adoram. Afinal, os marketplaces varejistas aumentam os SKUs em média 63% no primeiro ano de operação, de acordo com dados da Mirakl.

Outro ponto é que os consumidores aprovam os marketplaces devido às suas opções de entrega e preços competitivos. Isso por si só contribui para que 87% dos consumidores tenha a intenção de gastar a mesma quantia ou mais em compras em marketplaces no próximo ano.

Marketplaces são relativamente simples de operar

Um modelo operacional de marketplace permite que os varejistas ofereçam um vasto estoque, deixando para seus parceiros 3P a tarefa de lidar com o fornecimento, preços, promoções, merchandising e atendimento do produto. Essa eficiência permite aos varejistas ampliar de forma rápida e eficiente o sortimento. É possível adicionar novos vendedores ou SKUs aos marketplaces em questão de dias — tempo ainda inferior ao gasto para adicionar um novo produto em um e-commerce ou loja física, por exemplo.

Marketplaces varejistas geram dinheiro constantemente

Os operadores de marketplace normalmente ganham comissões de 8% a 15% em transações — no caso de moda, esse valor é de 25% a 30%. Vale mencionar que marketplaces exigem um pequeno investimento de capital para serem lançados e gerarem retornos elevados, contribuindo com uma margem EBITDA de 7% a 9%.

Marketplaces produzem dados valiosos

Ao monitorar as mudanças na variedade de produtos e nas vendas de vendedores terceirizados, os varejistas têm maior velocidade de análise de tendências emergentes e mudanças nas preferências dos consumidores (muito mais rápido do que se fosse por conta própria).

Com isso, podem usar os insights para gerenciar melhor seus negócios, tal qual personalizar as experiências dos clientes. E o mesmo vale para melhorar a segmentação de potenciais clientes, o que, em última análise, poderá ajudar a aumentar as receitas que obtêm das redes de meios de comunicação varejistas que mais deles operam.

A evolução do marketplace

Os marketplaces B2C online mudaram desde o surgimento dos primeiros marketplaces nativos digitais. Por conta da escala necessária para operar as plataformas, os varejistas aproveitaram para lançar marketplaces de nicho, a fim de se diferenciarem. Conforme pesquisa, 70% dos consumidores preferem comprar em marketplaces segmentados, frente a modelos que vendem de tudo. O motivo seria principalmente atendimento, preços e confiança nas marcas.

A base de clientes existente e as ofertas omnicanal dos varejistas contribuem no posicionamento e na operação dos marketplaces especializados. Normalmente, os varejistas já possuem tráfego significativo em seus sites, o que leva a um baixo custo de aquisição de clientes. Além disso, a presença das marcas, assim como a confiança e a fidelidade de seus clientes, contribuem para o aumento das vendas nesses marketplaces.

Varejistas que lançaram marketplaces de nicho nos últimos cinco anos tiveram um bom desempenho. Na Alemanha, por exemplo, a empresa Douglas (do segmento de saúde e beleza) lançou um modelo desses em 2019 e viu suas vendas sobrarem a partir de 2022. Em 2021, a Decathlon estabeleceu-se nesta configuração na Bélgica. Até 2026, é previsto que a empresa supere US$ 1,1 bilhões de dólares na Europa.

O mesmo vale para a Kingfisher, que lançou em 2022 um marketplace de bricolagem e melhorias para a casa no Reino Unido. O marketplace de nicho foi rentável desde o seu primeiro dia, e agora representa 41% das vendas totais de comércio eletrônico da empresa.

Sete chaves para o sucesso dos marketplaces liderados por varejistas

Diante de pesquisas e insights, especialistas identificaram que existem sete elementos essenciais para o sucesso dos marketplaces liderados por varejistas.

Proposta clara ao cliente vinculada à estratégia de comércio eletrônico existente

O lançamento de um marketplace permite aos varejistas expandirem sua variedade e volume de produtos, o que pode ajudá-los a acelerar sua estratégia comercial geral. Mas, para ter sucesso, um marketplace deve se adequar a:

  • proposta de cliente existente da empresa;
  • ofertas do comércio eletrônico;
  • experiência estabelecida ao cliente.

Por essas razões, os líderes devem supervisionar uma iniciativa de marketplace para garantir que o empreendimento cumpra esses objetivos e não seja apenas consolidado.

Ao lançar um marketplace, um varejista também deve deixar claro como ele difere das ofertas de outros players. Por exemplo, como é que o marketplace aproveita os seus ativos de varejo existentes para proporcionar uma vantagem competitiva? Um determinado varejista (que administra um marketplace de móveis, arte e joias de luxo) conquistou um nicho oferecendo itens novos e antigos, leilões e conexões com designers de interiores, além de publicar uma revista digital semanal.

Valor baseado em preços competitivos

Consumidores pesquisados ​​pelo BCG disseram que passariam a comprar em um marketplace administrado por varejistas, em vez de em uma “loja vende tudo”, se os preços fossem semelhantes. Os varejistas podem garantir que seus preços sejam competitivos hospedando vários terceiros que vendem o mesmo produto, por exemplo. Integrar uma ferramenta de preços competitivos semelhante à caixa de compra da Amazon na interface do usuário é uma maneira de fazer isso.

Essa ferramenta usa um algoritmo para mostrar aos clientes um vendedor de um produto específico de vários vendedores concorrentes com base em uma combinação de fatores como preço, velocidade de entrega e classificação do vendedor. A maioria dos principais marketplaces, incluindo os nativos digitais e os empreendimentos operados por varejistas, utilizam ferramentas de preços competitivos para impulsionar seu sucesso.

Curadoria inteligente de vendedores e produtos

Ao contrário de todas as lojas, os varejistas não podem se dar ao luxo de trabalhar com todo e qualquer vendedor terceirizado. Eles investiram muito em sua marca, reputação e relacionamento com os clientes existentes para se unirem a qualquer parte externa que possa colocá-los em risco. E consumidores entrevistados citaram a confiança em uma marca como o principal motivo pelo qual preferem comprar em um marketplace liderado por varejistas, em vez de em um marketplace gigante que vende de tudo.

Para proteger as suas marcas, varejistas devem selecionar o que está disponível nos seus marketplaces, o que exige encontrar um equilíbrio entre controle e escalabilidade. Os melhores varejistas fazem isso examinando cuidadosamente os vendedores e, em seguida, dando-lhes autonomia para oferecer o que quiserem dentro de determinadas barreiras comerciais.

Também é preciso instituir controles de qualidade, bem como processos para remover instantaneamente produtos não qualificados. O Walmart, por exemplo, faz verificações regulares para confirmar se os vendedores em seu marketplace mantêm uma taxa de defeito nos pedidos inferior a 2% e respondem aos e-mails dos clientes dentro de 24 horas, ambos especificados nos acordos de nível de serviço dos vendedores.

Uma experiência superior para o cliente

Os marketplaces podem ter o mix certo de preços, produtos e vendedores e ainda assim falhar por não oferecer uma experiência excelente aos clientes. Para os consumidores concluiu, as práticas de atendimento ao cliente no marketplace estão aquém das dos sites de varejo tradicionais — algo que os varejistas poderiam melhorar para se diferenciarem.

Investir excessivamente no atendimento ao cliente pode ajudar os varejistas a protegerem suas marcas. Uma das maneiras de fazer isso é fornecer continuamente recompras dentro do marketplace. Varejistas que usam suas lojas físicas para retiradas ou devoluções também criam um diferencial importante entre eles e os marketplaces digitais puros.

A variedade excessiva de produtos e a má navegação são outros obstáculos comuns na experiência do cliente em marketplaces operados por varejistas. Pesquisas anteriores do BCG descobriram que mais da metade dos compradores em marketplaces como Walmart e eBay tinham dificuldade para localizar os produtos desejados ou garantir os melhores preços.

Otimizar a capacidade de localização evita esses obstáculos. Funções sólidas de navegação e pesquisa, incluindo recursos abrangentes de classificação, podem colocar o produto certo na frente do cliente certo, no momento certo. O Alibaba, por exemplo, implementou um sistema avançado de navegação e personalização em todo o seu ecossistema com algoritmos sofisticados. No caso, oferecem aos utilizadores recomendações personalizadas a partir de um catálogo de mais de 200 milhões de produtos.

Uma experiência de vendedor superior que leva a um maior GMV

Criar uma experiência positiva aos vendedores é tão importante quanto suavizar os obstáculos no processo de compra dos compradores — e pode atrair mais vendedores para um marketplace de nicho. Isso é importante porque há uma relação direta entre vendedores, SKUs e o valor bruto da mercadoria (GMV) do varejista. Especialmente nos primeiros anos de um marketplace, ter mais vendedores leva a um maior GMV.

Normalmente, vendedores atuam em mais de dois marketplaces. Com base nos dados da Mirakl, 6 em cada 10 esperam aumentar o número de marketplaces com os quais fazem parceria no futuro. Para reter os vendedores existentes e atrair novos é essencial facilitar a integração dentro do marketplace. O mesmo vale no sentido de fornecer ferramentas e um ambiente de apoio que ajudem os negócios dos vendedores a crescer. Isso irá contribuir para experiências positivas que ajudam a reter os vendedores e, em última análise, aumentam o tráfego e o GMV.

Uma pilha de tecnologia escalável e flexível

Marketplaces exigem uma arquitetura tecnológica moderna para integrar os sistemas existentes a fim de oferecer suporte a recursos, como preços dinâmicos. Para se manterem competitivos, varejistas precisam acompanhar as mudanças tecnológicas e incorporar avanços como a IA generativa. O eBay, por exemplo, adotou recentemente IA para melhorar as descrições dos produtos.

É verdade que o desenvolvimento interno de tecnologia de marketplace permite mais personalização. No entanto, a terceirização de componentes de commodities de terceiros — como a tecnologia que administra a plataforma de marketplace de um varejista — pode reduzir o tempo para colocá-la em funcionamento. Isto pode levar a um ponto de equilíbrio mais curto e dar aos concorrentes menos tempo para recuperar o atraso.

A maioria dos varejistas trabalha com fornecedores de tecnologia para evitar a criação de capacidades internamente e investir o capital em outro local. A terceirização também permite aplicar mais energia em áreas de missão crítica, como a experiência do usuário. Sem contar que o uso de componentes padrão do marketplace com os quais os vendedores já estejam familiarizados poderia acelerar o processo de integração do vendedor (e reforçar a atratividade de um varejista como parceiro).

Serviços avançados

Varejistas que dominam os conceitos básicos podem adicionar serviços avançados aos seus marketplaces. Isso pode otimizar a sua proposta de valor junto de potenciais vendedores e, de quebra, aumentar o EBITDA do seu próprio marketplace em 3% a 5%.

Um dos serviços avançados mais importantes que estão sendo adicionados é o retail media. Por meio de suas redes, varejistas podem oferecer aos parceiros oportunidades de publicidade direcionada e de alta conversão em troca da coleta de dados de clientes (além de uma parte da receita de vendas). As margens das redes varejistas de meios de comunicação social podem ser superiores a 60% a 70% das receitas publicitárias recolhidas, substancialmente superiores às margens típicas em muitos setores varejistas.

No primeiro trimestre do ano fiscal de 2024, a publicidade global do Walmart cresceu 24%, liderada pelo aumento de 26% em sua rede de mídia varejista Walmart Connect. No mesmo período, a empresa informou que as vendas de anúncios nos EUA refletiram um crescimento de mais de 50% dos vendedores no seu marketplace.

Possibilidades de benefícios aos varejistas de marketplaces de nicho

Os varejistas com marketplaces maduros também estão adicionando monetização de dados. É possível agregar e vender os dados do marketplace sobre vendas ou tendências para vendedores 1P ou 3P — que podem usá-los para alterar preços, cronometrar promoções, lançar novos produtos ou otimizar o que oferecem de alguma outra forma.

Assumir o armazenamento, a entrega e outros serviços de atendimento é outro complemento natural. O braço terceirizado de atendimento do Walmart, que atende vendedores do seu marketplace, cresceu cinco vezes no valor bruto das mercadorias em 2021. Os varejistas podem oferecer outros complementos menores que ajudam no desempenho dos vendedores, incluindo tradução, produto e dados.

De uma forma geral, os marketplaces de varejistas online estão cada vez maiores. Por um lado, os consumidores gostam da seleção e dos preços. De outro, os varejistas gostam das oportunidades que os marketplaces oferecem para simplificar as operações e, ao mesmo tempo, dimensionar o que oferecem.

Fonte:”Por que os marketplaces B2C de nicho estão assumindo o controle do <nowrap>e-commerce</nowrap> – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

 

Download

Abril morno repercute no tráfego do e-commerce, que cai 2,8%, aponta realtório da Conversion.

O mês de abril marcou uma queda com e-commerce. Às vésperas do Dia das Mães, o e-commerce brasileiro voltou a perder tráfego em abril. Com 2,40 bilhões de acessos únicos no mês, o resultado caiu 2,8% na comparação a março.

O setor de marketplaces — que, sozinho, representa quase metade de todo o tráfego do comércio eletrônico brasileiro — praticamente espelhou o desempenho geral, diminuindo em 1,8%. Em números absolutos, teve 1,07 bilhão de acessos no mês.

Isenção de U$ 50 em debate

Em meio ao debate sobre acabar com isenções tributárias de compras feitas no exterior com valores abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 250, na cotação de maio), as plataformas do setor de Importados, que seriam as mais afetadas pela mudança, cresceram pelo segundo mês seguido, chegando ao melhor número desde novembro de 2023.

Confira o relatório completo da Conversion, Setores do E-commerce no Brasil com dados do mês de abril, já disponível para download clicando em:  Biblioteca do RadarIC+ .

Fonte : https://lp.conversion.com.br/relatorio-setores-ecommerce

Download

Marketplaces lidam com altos e baixos no mês de abril

Players e segmentos registraram aumentos e perdas em diversas frentes, e o tráfego do mercado caiu 2,8% em comparação a março.
Abril foi um mês de altos e baixos para o e-commerce brasileiro. Enquanto o volume de acessos às plataformas dos marketplaces via aplicativos subiu 2,3%, o tráfego no setor caiu 2,8% às vésperas do Dia das Mães, conforme apontam dados divulgados pela Conversion no relatório Setores do E-commerce no Brasil.

Líder entre os players do e-commerce nacional, o Mercado Livre cresceu 0,6% durante o período e ultrapassou a casa dos 340 milhões de acessos pela primeira vez em dois meses. A Shopee, terceira maior plataforma do país em termos de acessos, também subiu – e com mais intensidade – em 5,1%, com 182 milhões.

Já a lista de reduções é liderada pela Amazon Brasil, que somou 189 milhões de visitas (queda de 5,8%). OLX (-0,8%) e Magalu (-1,8%), que completam as cinco primeiras marcas mais visitadas, também retraíram.

Neste panorama, a categoria de Presentes e Flores ressecou significativos 11%, enquanto o de Comidas e Bebidas caiu 9,5% em comparação a março. No mesmo intervalo, o segmento Joias e Relógios registrou alta de 5,8% (quase a metade da queda de Presentes e Flores), o maior avanço entre todos os setores avaliados.

Em números absolutos, o resultado de 2024 ficou abaixo do desempenho registrado pelas plataformas em abril do ano passado, quando os acessos somaram 2,44 bilhões de visitas — uma retração de cerca de 1,6%.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, a explicação para a montanha-russa dos números passa pelas características típicas de abril, comumente um mês mais morno para o varejo brasileiro, já que é o último mês sem grandes eventos relacionados ao consumo.

Fonte : https://www.mundodomarketing.com.br/marketplaces-lidam-com-altos-e-baixos-no-mes-de-abril/

Download

E-commerces chineses dominam 50% das visitas em abril, anuncia Conversion

Em meio ao debate sobre o fim das isenções tributárias para compras internacionais abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 256, na cotação de maio), as plataformas de importados, que seriam as mais impactadas por essa mudança, registraram crescimento pelo terceiro mês consecutivo, alcançando o melhor desempenho desde novembro de 2023.

Conforme o Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, os importados representam hoje 7% do total de acessos em todas as plataformas online, com visitas provenientes principalmente da web, tanto por desktop quanto por dispositivos móveis.

Em abril, as visitas únicas chegaram a 170,6 milhões, um aumento de 0,9% em relação a março. O último desempenho superior ocorreu em novembro, com 202,5 milhões de acessos, muito impulsionados pela Black Friday.

O setor é dominado por empresas asiáticas, especialmente as chinesas Shein e Aliexpress, que juntas somaram 139 milhões de acessos, representando 82% do total de acessos no segmento de importados. No entanto, o maior crescimento foi registrado por outra empresa chinesa, a Made in China, que teve um aumento de 31,3% nas visitas mensais, entrando para a lista dos dez e-commerces internacionais mais visitados pelos brasileiros, na décima posição.

Com o fenômeno “chu hai (出海)”, que descreve a expansão global das empresas chinesas, os e-commerces chineses atualmente dominam 50% do ranking de importados no relatório. As empresas mais destacadas são: Shein (1º), Aliexpress (2º), Alibaba (5º), Banggood (8º) e Made in China (10º).

Também não se pode esquecer da chegada de outra gigante chinesa: Temu, que acabou de pedir registro para o Remessa Conforme, podendo começar suas atividades no Brasil no segundo semestre do ano.

Para o CEO da Conversion, Diego Ivo, “é importante que as empresas sejam ouvidas na discussão tributária. Apenas negócios habilitados no Programa Remessa Conforme (PRC) possuem a isenção atual, pagando uma taxa de 17% do ICMS.

Os e-commerces estrangeiros, que competem com os brasileiros sem a mesma carga tributária, estão impactando fortemente a indústria e o varejo no país, então creio que seja necessária alguma isonomia de tributos”, comenta.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerces-chineses-dominam-50-das-visitas-em-abril-anuncia-conversion

Download

A Conversion apresenta o novo Relatório Setores do E-commerce no Brasil

Após bons desempenhos, e-commerce registra primeira queda de tráfego em 2024.

Depois dos bons resultados do fim de 2023 e janeiro deste ano, o tráfego do e-commerce seguiu a tendência esperada para fevereiro e caiu 12,3% na comparação ao mês anterior, somando 2,34 bilhões de visitas únicas. O número é 1,2% menor do que o de fevereiro de 2023, quando os acessos também haviam caído após o desempenho positivo de janeiro.

Entre os dados do relatório, vários ajudam a entender a queda.

Um deles são as retrações de alguns setores que vinham de resultados positivos desde novembro passado, como o de turismo, por exemplo, que alcançou uma marca extraordinária de 240 milhões de acessos somente no mês de janeiro deste ano. No entanto, em fevereiro, o setor sofreu uma queda significativa, perdendo quase um terço de sua magnitude (-26%) em comparação com o mês anterior.

“Depois do aquecimento na demanda do fim do ano, das férias e da volta às aulas, além do fato de fevereiro ser um mês mais curto, vemos essa já esperada queda no tráfego”, explica Diego Ivo, CEO da Conversion. “Apesar da retração, este é um momento de recuperação para o varejo como um todo, dadas as condições macroeconômicas”, completa.

O relatório divulgado pela Conversion está disponível em nossa biblioteca e pode ser acessado por meio do link a seguir:

https://radaric.correios.com.br/3d-flip-book/relatorio-setores-do-e-commerce-no-brasil-maco-dados-referentes-a-fevereiro-2024/

 

Especialista explica como marketplaces podem alavancar os resultados no comércio online

CEO da OmniK explica vantagens que lojistas podem ter ampliando o portfólio de produtos e os ganhos com vendas de lojistas parceiros.

As compras realizadas pelos marketplaces continuam em alta, é o que aponta o levantamento da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). De acordo com o estudo, o setor tem uma perspectiva de faturamento de R$205 bilhões para este ano.

Aliás, esse é um modelo de negócio que não para de crescer.  Um relatório do Webshoppers destacou que 84% dos lojistas que vendem online usam os marketplaces em suas estratégias de marketing. O documentou também apresentou uma projeção de 54%, nessa plataforma, até 2024. Assim, transformar lojas virtuais em marketplaces pode ser uma boa estratégia para alavancar vendas em datas especiais.

Os marketplaces facilitam a procura de produtos, a comparação de preços e de condições de entrega e o acesso a avaliações de outros usuários, atendendo esse consumidor mais exigente, que compra na internet buscando conveniência e praticidade. “Além de ajudar a incrementar as vendas em períodos com grande fluxo de pessoas, o marketplace pode melhorar a experiência dos clientes. E, como resultado, aumentar as conversões e a fidelização”, pontua Matheus Pedralli,  CEO da Omnik, empresa da multinacional brasileira FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

Leque maior de produtos e participação em vendas dos parceiros

Se para o consumidor esse é um canal de compras mais conveniente, para o varejista, Pedralli garante que investir em um marketplace também é vantajoso. Segundo ele, é possível identificar outros tipos de produtos que sejam de interesse do público e atrair lojistas parceiros que vendam esses itens na plataforma. Assim, além de ampliar o portfólio para o cliente e expandir o alcance digital, o dono do marketplace ganha um percentual das vendas feitas pelos lojistas parceiros. Dentre outros benefícios, temos também o aumento de sortimento de ofertas, maior oferta em soluções omnichannel e uma gestão centralizada no marketplace, dada através de um seller center que consegue ter uma visão estratégica de toda a operação, otimizando os processos.

“É preciso quebrar a percepção equivocada de que marketplaces são feitos apenas para os gigantes do comércio eletrônico. Qualquer varejista pode acelerar suas vendas explorando esse modelo de negócio. O público quer essa facilidade”, ressalta o especialista.

Para vendedores, carona no tráfego e no marketing das plataformas

Pedralli assegura que não é difícil atrair vendedores parceiros. “Os marketplaces são excelentes locais de vendas para quem deseja aumentar a visibilidade de seus produtos. Além disso, o custo de se manter como vendedor dentro de uma plataforma já existente é bem menor do que o custo de manter um e-commerce próprio”.

Por último, o CEO acrescenta que o vendedor aproveita, sem custos, as campanhas de marketing e o tráfego gerado pelas promoções realizadas pelos marketplaces, e acaba tendo menos preocupações com questões de infraestrutura. “A plataforma fica responsável por isso e por garantir as funcionalidades, a integração de meio de pagamentos, entre outros aspectos operacionais”, finaliza Matheus.

Sobre a OmniK

Omnik é uma plataforma que permite que qualquer empresa crie seu próprio marketplace, além de fornecer recursos para todo o ciclo de gestão, operação e transação de um marketplace, seja ele B2B ou B2C. A empresa foi adquirida em 2020 pelo Grupo FCamara e atende players de e-commerce em mais de 15 segmentos de mercado. Entre seus clientes estão Marisa, Amaro, Pague Menos, Panvel, AMPM, Vila Nova, Gimba, entre outros protagonistas em seus segmentos. Saiba mais em omnik.com.br.

Fonte: Especialista explica como marketplaces podem alavancar os resultados no comércio online – Bem Paraná (bemparana.com.br)

Download

Relatório Setores E-commerce Conversion: E-commerce perde tráfego em abril e aposta na sazonalidade dos próximos meses

Visitas caíram 5% mesmo em mês de Páscoa; marca nacional de chocolates, por outro lado, fez a data ter impactado no comércio eletrônico.

À espera dos resultados do Dia das Mães, o e-commerce brasileiro voltou a perder tráfego em abril – mesmo sendo um mês de sazonalidade por conta da Páscoa.

A queda foi de 5% em comparação a março, quando o volume de acessos havia subido 8% por conta do Dia da Mulher, como mostra o Relatório Setores do E-commerce da Conversion. Em números absolutos, foram registrados 2,23 bilhões de acessos únicos em abril.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, o atual contexto econômico do país tem gerado impacto nos indicadores de consumo. Embora haja uma recuperação gradual do poder de compra e uma desaceleração da inflação, o endividamento das famílias ainda é uma realidade que influencia esses no mercado de e-commerce como um todo.

O resultado disso é que as datas sazonais do varejo tendem a ser ainda mais determinantes ao longo de 2023, em uma análise que Ivo tem feito desde o ano passado. “A expectativa está depositada nesses dois próximos meses, com o Dia das Mães e o Dia dos Namorados em sequência, quando as pessoas não vão deixar de presentear”, projeta ele. “Embora nem todos os setores sejam afetados, é fato que boa parte deles sente o aumento das visitas às plataformas online e, por consequência, das vendas”, completa.

Em abril, o setor que mais cresceu em tráfego foi o de itens automotivos (11,8%), talvez motivado pelas quedas tímidas nos preços de automóveis nos últimos meses. Por outro lado, aqueles que vinham de bons desempenhos recentes tiveram retrações mais significativas agora: o de Presentes e Flores – um dos mais impactados pela sazonalidade do comércio – perdeu 12,2% do seu tráfego de março. O de Pet, 12%, enquanto os eletrônicos caíram 9,3%. Para Ivo, mais do que as desidratações em visitas são os setores afetados por elas. “Alguns têm condições de puxar o resultado geral para cima, como é o caso dos marketplaces. Quando eles caem, porém, o desempenho como um todo fica prejudicado”, explica ele, se referindo à queda relevante de 7,4% nos acessos em plataformas do varejo. Depois de atingir, sozinho, mais de 1 bilhão de visitas únicas em um mês (janeiro), o setor de marketplaces não conseguiu repetir o desempenho, ficando na casa dos 916 milhões em abril. Ele corresponde a quase metade de todo o tráfego do e-commerce no Brasil.

Saiba mais conhecendo o Relatório completo já disponível para download na Biblioteca do RadarIC Relatório Setores E-commerce no Brasil Maio/2023 – Dados referentes a Abril/2023

Fonte : https://lp.conversion.com.br/relatorio-setores-ecommerce

Download

Com US$31 bilhões de receita em 2021 em publicidade, Amazon supera YouTube

Em sua última conferência de resultados, a Amazon divulgou seus resultados com publicidade, e os números são impressionantes. No último trimestre, a Amazon faturou US$9,7 bilhões, um crescimento de 33% ano contra ano. No mesmo período, o YouTube faturou US$8,6 bilhões.

Em 2021, pela primeira vez, a receita de advertising da Amazon superou a do YouTube. No relatório, a Amazon reportou um faturamento de US$31 bilhões em 2021 contra US$28,8 bilhões do YouTube.

Crescimento do Amazon Ads

Desde 2016, a Amazon vem abocanhando cada vez mais o market share de publicidade no mercado americano, saindo de 2% em 2016 para 14% em 2023 (estimado).

Isso significa que apenas um braço da Amazon será quase do mesmo tamanho do Facebook em uma área que não é o core da empresa.

Tendência nas varejistas

Desconhecidos nas terras brasileiras, os anúncios em marketplaces estão crescendo em alta velocidade no mercado americano.

Após a Amazon, outras grandes varejistas americanas como Walmart, Instacart, Home Depot, Cosco, Kroger e Wayfair lançaram suas próprias plataformas de advertising.

O próprio Walmart lançou sua plataforma de advertising self-service em 2019 e consegue ver um crescimento expressivo em sua receita de ads.

O movimento revela a tendência de grandes varejistas criarem seus próprios produtos de advertising dentro dos seus sites, diversificando seu modelo de negócios, aumentando suas margens e gerando valor para as marcas que já vendem em suas plataformas.

Aqui no Brasil, B2W, Magalu e Mercado Livre já deram seus primeiros passos com seus produtos de advertising, porém ainda bem lentamente se comparados com outros mercados.

Segundo um estudo da empresa enext, a publicidade em marketplaces deve crescer 550% até 2023, saindo de R$400 milhões para R$2,6 bilhões.

Motivos para anunciar na Amazon

Menor competição e maior retorno

Na Alemanha, foi realizado um estudo comparando o custo por clique e a taxa de conversão (divisão de compras totais por cliques totais no anúncio) das mesmas palavras-chave para os mesmos produtos em diversas categorias. E o resultado foi o seguinte:

  • Amazon ads possuía uma taxa de conversão 70% mais do que o Google Ads.
  • O custo por clique no Amazon ads era 65% menor do que no Google Ads.
  • Retorno sobre investimento na Amazon Ads era 60% maior do que no Google Ads devido a um custo menor por clique e uma maior taxa de conversão.

O estudo alemão pode ser conferido aqui.

Amazon Ads influencia a venda orgânica

Se não bastasse o retorno do Amazon ads ser 70% maior do que o do Google Ads, ao usar a publicidade da Amazon, você pode influenciar suas vendas orgânicas.

Recentemente, escrevi um artigo sobre todos os fatores que o algoritmo da Amazon leva em consideração para mostrar um produto na primeira página e deixo aqui o link para você conferir todos os fatore.

Um dos fatores que o algoritmo olha é para as vendas totais do seu produto. E. ao usar o Amazon ads, você tem a possibilidade de aumentar a visibilidade de seu produto. Isso gera mais vendas e, de quebra, aumentando seus rankings orgânicos.

Diferentemente do Google, em que os rankings orgânicos independem dos gastos com anúncios, na Amazon, cada real investido ajuda seus produtos a aparecerem mais organicamente.

Cookieless future

Existe uma grande discussão no mercado de marketing digital em relação ao uso de dados third party. Apple e Google se movimentaram em direção a uma maior privacidade dos seus usuários.

As grandes varejistas possuem hoje uma vantagem de ter os históricos de compras e uma relação muito próxima com seus usuários, vindo de anos de vendas offline, como no caso do Walmart, que pode usar first party data com seus anunciantes com muito mais privacidade do que o Facebook ou a mídia programática, por exemplo.

As varejistas estão sendo positivamente afetadas com essas mudanças de privacidade oriundas da Apple e Google à medida que já existe uma movimentação de marcas migrando seus budgets do Facebook para a Amazon após o cerco da Apple se fechar mais.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/amazon-supera-youtube/

Download

  • A (34 kB)

Mercado Livre e Shopee driblam a perda de fôlego do comércio digital, que tem afetado o varejo

Todas as outras empresas perderam participação — Magazine Luiza, Americanas, Via (Casas Bahia) e Amazon — no total de aplicativos baixados no Brasil

A desaceleração do comércio on-line afeta diferentes segmentos e varejistas, mas há sinais de que essa perda de fôlego, desde setembro e outubro do ano passado, pode estar impactando mais determinados negócios do que outros.

Como os dados disponíveis são limitados, já que boa parte das empresas de comércio eletrônico no país são fechadas, e as companhias abertas ainda não publicaram balanços após o terceiro trimestre de 2021, analistas vêm acompanhando indicadores de visitação aos sites e “apps”, e o ritmo de downloads para ter alguma sinalização mais clara desse cenário de competição.

Ocorre que os números de 2022 indicam que a caça às ofertas por parte da população pode estar sendo especialmente difícil para as operações brasileiras, mostram relatórios de analistas de bancos desta semana. Nesse ambiente, o aspecto central é quando se terá indícios de que a fase de queda na taxa de crescimento do varejo de bens duráveis e semiduráveis irá cessar e voltará a se recuperar.

Numa comparação deste início de ano em relação ao começo de 2021, a participação do Shopee, do Sea Group, de Cingapura, e do Mercado Livre, sediado na Argentina, subiu em relação ao total de aplicativos baixados no Brasil. Os índices passaram de 23,4% para 26,8% na Shoppe e de 10,2% para 12,6% no Mercado Livre no intervalo. Todas as outras empresas perderam fatia — Magazine Luiza, Americanas, Via (Casas Bahia) e Amazon.

Os dados foram pesquisados pela equipe de análise do UBS, que regularmente levanta e cruza dados de vários países, com apoio de suas filiais. Eles foram obtidos junto à americana Sensor Tower, considerada uma espécie de especialista da coleta de dados em “apps” para as empresas, e publicados no dia 9 de fevereiro. O Shopee continua sendo o líder em downloads de aplicativos no país, com um participação de mercado média de 31% em janeiro.

O cenário se repete no segmento de moda, com empresas mais focadas em produtos de tíquete baixo ou em público com renda menor ganhando participação no bolo total de downloads. A americana Shein atingiu 48,7% dos aplicativos baixados em janeiro, até o dia 24 daquele mês, quase o dobro da fatia de 26,9% no início de 2021. A Marisa também ganhou um pouco mais de peso (3,7% para 3,9%).

No entanto, o relatório mostra que Lojas Renner, Riachuelo, C&A, Centauro, Privalia, Dafiti perderam “share” no total.

Como a comparação sobre o início de 2021 leva em consideração de um período de atuação forte dos sites e “apps” ainda forte — as lojas foram reabrir em alguns Estados depois de abril —, esses números são mais comparáveis.

O ponto positivo é que as análises iniciais de consultorias e empresas de pesquisas apontam para uma retomada mais rápida, neste ano, na venda digital, em comparação com o canal de lojas físicas. Isso porque, para empresas como GFK Brasil, que recebem semanalmente dados de vendas das varejistas, a menor circulação de consumidores após a alta no contágio com a ômicron e a influenza podem dar um gás maior à demanda no on-line, enquanto as lojas devem ir se recuperando ainda de forma mais lenta.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/02/19/mercado-livre-e-shopee-driblam-a-perda-de-folego-do-comercio-digital-que-tem-afetado-o-varejo.ghtml

Fonte : https://webmais.com/mercado-livre-e-shopee-driblam-a-perda-de-folego-do-comercio-digital-que-tem-afetado-o-varejo-272703/

Download

Varejo e ‘marketplaces’ perdem força; Shopee resiste, diz Goldman Sachs

Segundo a equipe do banco, esse movimento já vem afetando as vendas totais transacionadas nos sites e aplicativos (chamado “GMV”), índice que vem sendo maior foco de investimentos das redes de varejo no país desde a pandemia. O GMV é um dos indicadores centrais de desempenho dos marketplaces (shopping virtual) porque inclui a venda de lojistas terceiros e das grandes redes.

O recuo nesse indicador acontece em todos os segmentos do varejo.

O Goldman Sachs ainda ressalta a manutenção da força do Shopee no Brasil, em termos de downloads do “app”, pelo menos desde 2020 (data inicial das análises do banco no relatório). Mesmo quando o Shopee desacelera levemente em algum mês de 2021, ele ainda lidera com distância grande dos outros “apps”, em total de downloads no país, desde 2020.

Ainda segundo o relatório, com o avanço da variante ômicron no país, e aumento das infecções, a retomada na circulação de consumidores perdeu força neste ano, frente a tendência positiva que se via em 2021, terminando janeiro abaixo dos níveis pré-pandemia.

Esse menor tráfego, combinado com “a pressão contínua sobre o poder de compra do consumidor, implicam uma leitura pouco inspiradora para a atividade de varejo”, diz a analista.

O banco afirma, com base em dados de mobilidade do Google, que a circulação de consumidores diminuiu em vários segmentos no primeiro mês de 2022. “Em uma reversão às tendências mais positivas observadas em dezembro, o tráfego caiu novamente abaixo dos níveis pré-pandemia durante todo o mês de janeiro, embora tenha melhorado ligeiramente nas últimas duas semanas”, afirma.

“Apenas Centro-Oeste e Norte ainda tiveram mobilidade acima dos níveis pré-pandêmicos. Notamos que a referência foi janeiro de 2020, tornando-o comparável em termos de sazonalidade”, afirma.

O Goldman Sachs ressalta que o crescimento das vendas transacionadas pelas plataformas (o chamado “GMV” online) continua a perder força, como vem ocorrendo desde parte do ano passado, embora a um ritmo mais suave, diz no texto.

Segundo dados do índice do Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (MCC-ENET), a taxa de crescimento (apesar de ser dois dígitos altos no Brasil já há meses), atingiu 81% em dezembro, frente a dois anos antes, versus 86% em novembro e 100% em outubro. “Em uma base anual, o crescimento também desacelerou para 17% em dezembro, abaixo dos 19% e 22% reportados em novembro e outubro [respectivamente].”

O banco lembra que os, dados, apesar de serem de alguns meses atrás, mostra desaceleração do GMV em todas as categorias (eletrônicos, moda, alimentos) no fim do ano passado.

A equipe ainda diz que outra base de dados, de download de aplicativos de lojas, também parecem sugerir um início relativamente lento em 2022. Os dados foram coletados junto a consultoria digital Senso Tower.

“Na verdade, o crescimento em downloads de aplicativos se deteriorou na maioria das categorias, com muitos agora em níveis negativos (por exemplo, mercearia e entrega on-line, vestuário), embora alguns ainda permaneçam positivos (por exemplo, beleza)”, afirma.

Em termos de desempenho em “app” baixados, os downloads de aplicativos do Shopee foram acelerados no início de 2022, com média de alta de 56% nas primeiras três semanas de janeiro versus um ano atrás (a alta foi de 20% em dezembro de 2021). Mas sofreu desaceleração na última semana do mês de janeiro, com crescimento praticamente estável em relação a 2021.

A Americanas, que ultrapassou o Mercado Livre em downloads de aplicativos no final de 2021, continuava à frente do Mercado Livre no início de 2022. Magazine Luiza, apesar de também terminar o ano passado à frente de Mercado Livre, agora está atrás.

A equipe destaca que notou perda de vigor de downloads de Mercado Livre em dezembro, na comparação semana a semana, com um retorno mais acelerado nesse crescimento no começo de janeiro.

Empresas mais resilientes

Frente a este cenário, o banco destaca a Raia Drogasil e o Assaí como opção para ganhar exposição ao varejo em subsetores mais defensivos. O banco ainda destaca os papéis de Arezzo e Renner, com classificação de compra pela equipe. No comércio eletrônico, foi reiterada a classificação de compra de Mercado Livre, considerado mais preparado para “navegar” no comércio eletrônico no atual ambiente, pela grande escala e oferta logística.

A equipe ainda diz que, embora o tráfego esteja vindo mais fraco no início de 2022, o banco se mantém positivo em relação aos líderes Arezzo e Renner, mas reforça a expectativa de um ambiente promocional menor nas redes.

“Esperamos que ambos os grupos tenham encerrado 2021 com níveis de estoque relativamente justos, o que pode significar um período promocional de final de temporada mais fraco e que pode ter um impacto negativo para os números do primeiro trimestre.”

Fonte : https://www.resumocast.com.br/varejo-e-marketplaces-perdem-forca-shopee-resiste-diz-goldman-sachs/

Download