DHL Global Forwarding registra crescente demanda por soluções de transporte sustentável

Com o “GoGreen Plus”, a empresa de life science Novo Nordisk começou, recentemente, a descarbonizar seus envios de carga aérea, que resultará em pelo menos 30 mil toneladas de CO2e neste ano

A DHL Global Forwarding, especialista em transporte aéreo e marítimo do Grupo DHL, registrou um aumento na demanda por soluções de transporte sustentável, aquelas que se baseiam no uso de combustíveis sustentáveis, como o sustainable aviation fuel.

Tanto em processos de licitação quanto com clientes existentes, um grande número de exportadores está solicitando maior transparência nas emissões de gases de efeito estufa. Além disso, estão sendo exploradas soluções sustentáveis, mesmo que haja um custo adicional.

Com o serviço “GoGreen Plus” da DHL Global Forwarding, a empresa de life science Novo Nordisk começou, recentemente, a descarbonizar seus envios de carga aérea, que resultará em pelo menos 30 mil toneladas de CO2e neste ano. No entanto, com a demanda crescente, a disponibilidade de combustíveis sustentáveis precisa aumentar significativamente.

“Um número cada vez maior já está tornando a sustentabilidade uma parte integral de sua estratégia empresarial, e estamos contentes em poder mostrar a eles que, com soluções como nosso serviço GoGreen Plus, que utiliza combustíveis sustentáveis, as emissões de transporte podem ser reduzidas de forma eficiente desde já”, afirmou Thomas George, diretor Comercial da DHL Global Forwarding.

De acordo com o executivo, os e-combustíveis, como o hidrogênio e outros combustíveis sintéticos produzidos de maneira sustentável, só estarão cada vez mais disponíveis a partir de 2030. “Até lá, precisamos aumentar o uso de biocombustíveis sustentáveis, e isso só é possível por meio de um esforço conjunto”, explicou.

A Novo Nordisk é um dos principais fornecedores de produtos para cuidados com diabetes. A preocupação com a saúde e o bem-estar dos pacientes que atendem também é refletida nas práticas empresariais responsáveis e sustentáveis da empresa, as quais fazem parte de sua estratégia ambiental Circular for Zero.

“Este é mais um passo no contínuo apoio da Novo Nordisk ao desenvolvimento de combustíveis de aviação sustentáveis. Nosso transporte aéreo representa a maior parte de nossas emissões na distribuição de produtos, visto que fornecemos medicamentos que salvam vidas para pacientes em todo o mundo”, declarou Dorethe Nielsen, vice-presidente de Circular for Zero. “Queremos impulsionar a mudança nessa área para ajudar a abrir caminho para que outras empresas também façam a transição e reduzam suas emissões.”

GOGREEN PLUS
De acordo com a companhia, a DHL oferece aos clientes a oportunidade de descarbonizar o transporte por meio do serviço GoGreen Plus. Dessa forma, os transportadores consomem biocombustíveis sustentáveis em nome da DHL. As reduções resultantes das emissões são transferidas para a DHL e, em seguida, atribuídas aos transportadores.

No Brasil, a DHL Global Forwarding já está trabalhando em parceria com a Novo Nordisk. “Estamos comprometidos em liderar a transição para uma logística mais sustentável, por isso estamos colaborando com a Novo Nordisk no país por meio do programa GoGreen Plus da DHL Global Forwarding”, enfatizou Eric Brenner, CEO da DHL Global Forwarding.

Segundo o executivo, o objetivo é descarbonizar a cadeia de suprimentos, bem como “guiar o caminho para que outras empresas façam essa transição e reduzam suas emissões”. Por essa razão, a DHL Global Forwarding está testando um novo Quadro de Contabilidade de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Centro de Carga Inteligente, junto com outros parceiros.

Segundo a empresa, a ideia por trás é transferir o foco da alocação dos benefícios ambientais dos combustíveis sustentáveis para clientes específicos, dissociando a contabilidade dos atributos ambientais dos combustíveis do seu fluxo físico.

O quadro visa garantir a integridade ambiental e a conformidade com os padrões industriais existentes, ao mesmo tempo que fornece às empresas uma solução contábil viável como primeiro passo em direção a uma norma setorial geral.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/dhl-global-forwarding-solucoes-transporte-sustentavel

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Novas opções de embalagens na logística e transporte envolvem todos os elos da cadeia

Grandes marcas, como Magalu, Privalia e Amazon, trabalham para tornar as embalagens mais sustentáveis. Só nesta última, desde 2015, já foram eliminadas mais de 1 milhão de toneladas de embalagens.

A pandemia aumentou o gosto do brasileiro por refeições para viagem e compras on-line. Com a mudança de hábito, veio um grande problema para a sustentabilidade: a quantidade crescente de embalagens usadas poucas ou só uma vez.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2020 e 2021, os materiais recicláveis secos, como plástico, papel e papelão, representaram 34% do total de resíduos sólidos urbanos, das 82,5 milhões de toneladas anuais, produzidos no período. Considerando que em menos de dois anos quase 100% das embalagens de plástico de vida curta já foram consumidas e descartadas, conforme estudo publicado na revista científica Science Advances em 2018, o cenário é preocupante.

Parte do desafio dos e-commerces está no processo de packing, que se refere ao acondicionamento secundário e reembalagem de produtos. Foi disposta a oferecer alternativas menos poluentes que a PlastiWeber desenvolveu duas novas embalagens que começam a ser testadas. “Foi um ano e meio de trabalho para a criação de um envelope próprio para e-commerce, com os mesmos atributos dos que circulam pelo mercado, porém, com 75% de matéria-prima pós-consumo”, diz o diretor administrativo Moisés Weber.
A inovação pode chegar a grandes empresas em breve – segundo o executivo, há negociações em curso com importantes e-commerces. Com capacidade produtiva de 200 toneladas/mês, o novo envelope deve ganhar escala em 2023. A empresa também criou uma embalagem plástica para calçado do tamanho do produto embalado, que dispensa preenchimento extra quando despachado.

Lançamentos do tipo vão ao encontro do movimento de adoção do conceito Frustration-Free Packaging – em português, embalagens sem frustração, que abrem mais fácil, ao mesmo tempo em que usam menos materiais nos espaços livres. Pioneira no conceito, a americana Amazon já reduziu, desde 2015, o em 36% o peso dos pacotes por remessa e eliminou mais de 1 milhão de toneladas de embalagens, graças ao engajamento de fornecedores.

Estudo feito pela Seled Air, fabricante internacional de embalagens, revelou que os consumidores acham que entre 75% e 90% dos espaços das caixas devem ser preenchidos com o produto pedido, reduzindo plástico, papel e isopor dentro do pacote.

Para Marco Lazarini, líder de Packaging Solutions da empresa de logística DHL Supply Chain na América Latina, essa premissa se tornou uma obrigação com o crescimento das vendas on-line e aumento considerável da entrega de produtos em domicílio. “Repensar a estratégia de packaging das empresas com foco na sustentabilidade não é algo secundário, significa adaptar sua estratégia de negócios para um mercado em constante evolução, que demanda o uso do menor volume possível de materiais e que esses sejam reutilizáveis, recicláveis ou biodegradáveis”.

De acordo com o executivo, uma estratégia que desponta com grande potencial no exterior, mas ainda é incipiente no Brasil, é a integração dos processos de packaging à cadeia de suprimentos, ou seja, da fábrica ou armazém até o fornecedor de embalagens. “Com o provedor logístico envolvido desde o princípio, a embalagem é desenvolvida de maneira a ter um aproveitamento logístico maior nas etapas de estoque, paletização e cubagem para embarque”, afirma Lazarini. Com isso, continua, a logística diminuiu necessidade de fretes, reduz custos, otimiza estoques e protege melhor o produto pelo dimensionamento, desenho e materiais mais adequados.

O Mercado Livre iniciou em março deste ano um projeto que elimina embalagens adicionais para produtos enviados a partir de seus centros de distribuição (CD), instalados em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. A iniciativa substitui caixas de papel e envelopes plásticos por uma única etiqueta, colocada diretamente sobre a mercadoria. A mudança colabora com a redução do uso de materiais e posterior geração de resíduos, otimizando espaços e o combustível usado no transporte.

“O projeto integra a estratégia de gestão sustentável de materiais e resíduos, cuja taxa de recuperação de materiais varia entre 80% e 90% na maioria dos nossos CDs, o equivalente a mais de 800 toneladas de material reciclado mensalmente”, diz Raquel Keiroglo, gerente de Sustentabilidade do Mercado Livre no Brasil.

Desde o lançamento, mais de 1,3 milhão de pacotes são enviados todo mês sem o uso da embalagem secundária – o equivalente a 11% do volume total de despachos mensais na modalidade fulfillment. Nos cinco primeiros meses, mais de 36 toneladas de materiais deixaram de ser usadas na logística. “Com o projeto, que também está sendo adotado no México, esperamos não só economizar o volume de embalagens, como também reduzir em 50% o espaço ocupado e o tempo de expedição das mercadorias”, diz a executiva.

Com 4,7 milhões de pedidos entregues em 2021, a Privalia, e-commerce de roupas e produtos para casa, trabalha desde 2019 em novos processos. “Depois de avaliarmos nossa pegada de carbono, decidimos subverter a lógica de seleção das embalagens”, diz o CEO Fernando Boscolo. “Desde então, passamos a trabalhar com fornecedores que nos apresentem embalagens com o menor impacto ambiental e boa proteção”.
A escolha foi pelos flyers biodegradáveis criados a partir da resina BioE-8, desenvolvida pela startup Bio Elements, e que se decompõe em até 20 meses. Este ano, a Privalia investiu cerca de R$ 1 milhão nas novas embalagens, valor que deve chegar a R$ 2,5 milhões em 2023. “Entre agosto e setembro, realizamos a entrega de 39 mil pedidos em São Paulo com as embalagens biodegradáveis, o que significa que os flyers sustentáveis já correspondem a 44,5% dos despachos no estado”, diz Boscolo.

A Via, dona de Casas Bahia e Ponto, mantém há 10 anos o Reviva, programa de reciclagem de resíduos gerados nos escritórios, lojas e centros de distribuição. Ele inclui as embalagens devolvidas pelos clientes durante a entrega dos produtos, como geladeiras, máquinas de lavar e fogões. O material é encaminhado a 12 cooperativas, que geram renda para 250 famílias. Desde 2015, mais de 50 mil toneladas de materiais já foram recicladas, sendo 5 mil toneladas só em 2021 e, até setembro de 2022, mais de 2,5 mil toneladas.

O delivery de comida também tem seu papel a ser cumprido na sustentabilidade. O consumo de plástico no setor no Brasil saltou 46% de 2019 a 2021, segundo estudo da ONG Oceana, passando de 17 mil para 25 mil toneladas de plásticos de uso único. São 2,8 toneladas por hora.

Diante dessa realidade, o iFood firmou, em 2021, uma parceria com a fabricante de papel e celulose Suzano para criar embalagens mais sustentáveis. O primeiro resultado foi o papel cartão Bluecup Bio, revestido com resina biodegradável à base de água e livre de plásticos, com fibras virgens de florestas renováveis de eucalipto como matéria- prima. Em outra parceria, com a Klabin, oferece a restaurantes da plataforma de entregas embalagens sustentáveis com desconto. Uma terceira frente é o investimento em uma fábrica em Vinhedo (SP) com a startup argentina growPack para produzir embalagens compostáveis a partir da palha de milho. O iFood tem meta de zerar sua poluição plástica nas operações e neutralizar a emissão de carbono até 2025.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/esg/noticia/2022/11/09/novas-opcoes-envolvem-todos-os-elos-da-cadeia.ghtml

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