Mercado Livre busca na GenZ a fórmula para conectar entretenimento e vendas

Em parceria com a Nice House, o e-commerce desenvolveu o Mercado Livre Clips, ferramenta que permite consumo de conteúdo em vídeo no ecossistema da empresa.

Acessibilidade

Entretenimento e consumo sempre estiveram associados. A publicidade se inspira nessa premissa. Os programas de vendas ao vivo da década de 1990 se basearam neste conceito. E o crescimento expressivo dos influenciadores nas redes sociais também estão relacionados a essa junção. O grande desafio, atualmente, é escalar e integrar ferramentas que possam tornar as jornadas fluídas e permitam uma experiência que agrade as pessoas e contribua nos números.

Esse é, atualmente, um dos grandes desafios das grandes plataformas de e-commerce que, nos últimos anos, têm testado estratégias de live-commerce, social-commerce e uma série de outros recursos. Um exemplo desse movimento é o Mercado Livre. Uma das maiores empresas da América Latina e avaliada em mais de US$ 60 bilhões, a companhia experimenta desde 2021 ferramentas de vendas ao vivo, como o Mercado Livre Clips, um novo formato que integra conteúdo e vendas e que foi desenvolvido em parceria com a Nice House, hub de entretenimento para a Geração Z.

Maior audîência

Os setores que adotarem o live commerce irão atrair mais público para consumir os produtos disponíveis para venda.

“A Nice House desenvolveu o Infinity Feed, uma solução que une tecnologia com conteúdo em grande escala, para ajudar marketplaces e varejistas a manter a experiência de consumo da descoberta até o momento final da compra”, explica Mari Galindo, co-fundadora da Nice House, reforçando o grande desafio: “As redes sociais lideram quando o assunto é entretenimento e descoberta de produtos, porém muitas vezes ao descobrir um novo produto nesse ambiente, o consumidor é redirecionado para um market place ou site da marca, onde a experiência se torna menos divertida”.

“Para o consumidor, a experiência é muito mais completa, pois é possível ter uma visão real do produto e de uma forma divertida. Ao decidir comprá-lo, o fluxo para finalizar a compra é muito simplificado, pois está centralizado em um mesmo ambiente e não o redireciona para outros sites. O Infinity Feed é uma forma poderosa de gerar conteúdo para esse novo canal”, explica Mari.

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Indústria se une ao varejo e pede que governo não dê isenção para importações de até US$ 50

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se uniu aos representantes do varejo no pedido para que o governo reveja a isenção federal para importações que custam até US$ 50. O programa Remessa Conforme deve entrar em vigor em agosto e as associações de empresários tem previsto um “desastre” para a economia brasileira.

Segundo dados apresentados pela CNI, as importações de pequeno valor saltaram de US$ 800 milhões para US$ 13,1 bilhões entre os anos de 2013 e 2022. Robson Andrade, presidente da CNI, diz que esse alto volume de importados de baixo valor prejudica não só o comércio, mas também as fabricantes brasileiras.

Só na indústria, a estimativa é de que vamos perder 500 mil empregos, o que representa cerca de R$ 20 bilhões até o fim do ano. Para vocês terem uma ideia, são mais de um milhão de pacotes por dia que estão chegando no Brasil, com esse valor de até US$ 50. Isso está chegando a uma proporção que vai dar R$ 60 bilhões por ano.

Andrade também disse que esses números só foram contabilizados agora porque ninguém tinha curiosidade para analisá-los.

Ninguém tinha noção, talvez há seis meses, que nós estávamos pegando um milhão de pacotes por dia.

Como sugestão ao governo, a CNI pede que haja paridade de impostos sobre a mercadoria de fora com a produzida no Brasil. Ou seja, o produto importado precisa pagar a mesma quantidade de tributos que um que é produzido em solo nacional.

Já Flávio Roscoe, presidente da Federação de Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), também se colocou contrário a isenção.

Essa prática coloca o produto comercializado no Brasil em uma enorme desvantagem. Os benefícios para os produtos nacionais e importados precisam ser iguais. Não dá para competir com quem não é taxado.

Governo deve avaliar dados

Como resposta para as demandas dos empresários, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, prometeu analisar a situação.

A gente recebeu os estaudos e vamos fazer uma análise criteriosa com a receita para avaliar os impactos.

Por mais que o governo não admita, conversas de bastidores dizem que parte da equipe econômica já admite voltar atrás na isenção federal para compras de até US$ 50.

Para quem não se lembra, o programa Remessa Conforme prevê a cobrança de 17% de ICMS em mercadorias com esse valor. A tendência é o governo procurar um meio-termo.

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E-commerce tem queda de 4,5% nos acessos no primeiro semestre de 2023

De acordo com relatório da Conversion “Setores do E-commerce no Brasil”, o e-commerce brasileiro teve um primeiro semestre com desempenho abaixo do último período do ano passado no quesito tráfego. Entre julho e dezembro de 2022, as plataformas tiveram uma média de 2,43 bilhões de acessos por mês. De janeiro a junho de 2023, no entanto, esse número foi de 2,32 bilhões, uma queda de 4,5%.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, o número é até positivo, considerando que o segundo semestre guarda datas como a Black Friday e Natal, por exemplo. “No ano passado, o melhor desempenho do e-commerce foi em novembro (2,69 bilhões de visitas), marcadamente porque muita gente espera o ano inteiro para comprar na Black Friday”, diz.

Em abril, a mesma pesquisadora apontou que o e-commerce manteve médias mais baixas. Na ocasião, perdeu 5% em relação a março, ficando em 2,23 bilhões de acessos únicos.

Queda inesperada do e-commerce

Contrariando as expectativas, o tráfego do e-commerce em junho retraiu timidamente em 2% na comparação a maio (quando registrou alta de 6%). Em números absolutos, foram 2,31 bilhões de acessos únicos — quarto melhor desempenho do ano.

Em relação a maio/23, o movimento do e-commerce no Brasil em junho/23 teve queda de -2,1% pela diminuição dos acessos via web (-2,1%) e apps (-2,0%)

A expectativa era que as visitas se mantivessem em crescimento depois do Dia das Mães, já que junho é o mês dos Namorados. De fato, alguns setores que mais avançaram têm relação com a data, como Calçados (6,4%), por exemplo.

Por outro lado, setores que costumam ir bem nessa época do ano perderam tráfego em junho, como Joias e Relógios (-9%) e Cosméticos (-5,7%).

Maiores crescimentos e retrações do e-commerce brasileiro entre maio e junho de 2023 segundo a Conversion

Até os marketplaces caíram 3,2% em junho, contribuindo para influenciar o índice geral. Vale lembrar que ele é, sozinho, responsável por cerca de 40% do resultado total.

Alta pode vir em julho

Par a pesquisa, caso o mercado mantenha a tendência do ano passado, espera-se uma alta em julho puxada pelo turismo. Em 2022, esse período teve crescimento de visitantes no setor de viagens de 14%. Por conta disso, trouxe uma alta de 5% do e-commerce como um todo à época.

“Pesquisas indicam que muita gente quer aproveitar as férias para viajar, algo que alguns não puderam fazer nos anos anteriores por causa da pandemia. A busca por passagens aéreas já foi maior em junho no Google, por exemplo”, lembra Ivo.

Quedas sentidas pelas marcas

Mais visitada do país, a plataforma do Mercado Livre perdeu 2% do seu tráfego em junho. Porém, ainda se manteve à frente da lista, com pouco mais de 322 milhões de acessos. Segunda colocada, a Amazon Brasil caiu 5%, ficando na casa dos 178 milhões.

Ranking dos maiores e-commerces do Brasil, com dados de visitas mensais em aplicativos Android e web

Shopee, Magalu e Shein, por sua vez, permaneceram com os mesmos patamares do mês passado. Vale ressaltar que a Amazon Brasil se manteve à frente na métrica do Share of Search, com 49% das pesquisas dentro do setor de marketplaces.

Stanley (42%), Petz (39%) e Loja do Mecânico (35%) completam o quadro.

Acesse o Relatório Setores E-commerce no Brasil -Julho/Referente a Junho 2023 completo disponibilizado na Biblioteca do RadaIC.

‘ https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-tem-queda-de-45-nos-acessos-no-primeiro-semestre-de-2023

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Pesquisa Shopee

A gigante do varejo Shopee apresentou um levantamento com mais de 1.400 lojistas de todo o país entre março e abril de 2023. Todavia, de acordo com a pesquisa realizada, três em cada dez empreendimentos brasileiros possuem a empresa e sua plataforma de e-commerce, como sua principal fonte de renda.

Analogamente, o objetivo principal do estudo, era o de saber qual o impacto que as lojas virtuais têm nas empresas que possuem uma conta em sites de e-commerce, como a Shopee, por exemplo. Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram que utilizam a gigante do varejo exclusivamente para a venda de seus produtos.

De fato, o levantamento apontou que 25% dos empreendedores, alegaram que conseguiram aumentar exponencialmente a negociação de seus produtos, ao utilizarem a sua conta na Shopee. Muitos deles disseram que conseguiram dobrar os números de suas vendas ao oferecer seus itens na plataforma de e-commerce.

Ademais, atualmente existem cerca de três milhões de vendedores cadastrados na plataforma de vendas da Shopee. Os empreendedores entrevistados para a pesquisa dizem que o site de e-commerce do Shopee e sua utilização em seus negócios, tiveram um grande impacto em suas vidas pessoais e profissionais.

Pesquisa da Shopee

De fato, os empreendedores que utilizam a plataforma da Shopee para negociar seus produtos puderam observar a praticidade e a eficiência da plataforma, negociando seus itens de forma online. Segundo Felipe Lima, coordenador de Desenvolvimento de Negócios da empresa, os resultados vieram em três anos.

Dessa maneira, durante esse período em que a plataforma de e-commerce foi aberta para vendedores locais, houve um grande sucesso com um crescimento expressivo das vendas utilizando a loja virtual na internet. Para Felipe Lima, após esses resultados positivos, a empresa tem a certeza de que está no caminho certo.

O Coordenador da Shopee afirma com veemência que a empresa contribuiu bastante com o sucesso de seus vendedores cadastrados na plataforma de e-commerce. Em síntese, os lojistas que participaram da pesquisa afirmam que ao utilizar o site da gigante do varejo, conseguiram aumentar sua renda familiar.

Os empreendedores que possuem uma conta na Shopee disseram que através de seus negócios utilizando a loja virtual, eles também conseguiram melhorar sua qualidade de vida. Além disso, os entrevistados afirmaram que conquistaram sua estabilidade financeira, e ainda, expandiram seus negócios e seu número de clientes.

Sucesso dos lojistas da Shopee

Os lojistas que vendem seus produtos através da Shopee estão bastante satisfeitos com a plataforma de e-commerce. Aliás, eles puderam ir além de suas lojas físicas e de um pequeno empreendimento nas redes sociais. Deve-se observar que um grande número de vendedores começam seus negócios nas lojas virtuais na internet.

É conveniente salientar que em muitos casos, esses empreendedores acabam por utilizar as plataformas como a da Shopee, como uma forma de garantir uma renda extra. Entretanto, em muitas situações, o trabalho junto as lojas virtuais, acaba por se tornar a sua principal fonte de renda. Ele garante um lucro bem maior que o esperado.

Vale ressaltar que a maior parte dos lojistas da Shopee estão na região sudeste do país. Dessa forma, São Paulo detém o maior número de empreendedores. Em seguida vem Minas Gerais e Rio de Janeiro, seguidos pelos estados da Bahia, Pernambuco e Ceará. A empresa vem aumentando sua participação em todo o Brasil.

Concorrência no varejo nacional

Com o sucesso das gigantes do varejo internacional, como a Shopee, a Shein e a AliExpress, as empresas nacionais como a Magazine Luiza e Americanas, enviaram recentemente um ofício aos Correios. Elas apontaram supostas manobras de evasão fiscal dessas organizações. Dessa forma, elas cobram uma maior fiscalização feita pelos Correios.

Em conclusão, essas empresas estrangeiras têm aparecido nos noticiários devido ao não pagamento de tributos relacionado às vendas de seus produtos. O Governo Federal tenta remediar a situação, aumentando a fiscalização e cobrando dessas organizações os devidos tributos. Ele tem o objetivo de tornar a concorrência mais justa.

‘ https://noticiasconcursos.com.br/grande-aviso-da-shopee-deixa-brasileiros-de-boca-aberta/

Amazon tem maior dia de vendas da história no Prime Day

A empresa com sede em Seattle disse que os clientes compraram mais de 375 milhões de itens durante a venda de dois dias.

A Amazon.com Inc. comunicou que bateu recorde histórico de vendas na terça-feira, o primeiro dia do Prime Day. A empresa com sede em Seattle disse que os clientes compraram mais de 375 milhões de itens durante o evento de dois dias.

A companhia normalmente realiza o Prime Day no verão do hemisfério Norte para recompensar os membros existentes e atrair novos assinantes antes das festas de fim de ano. Os membros Prime pagam US$ 139 por ano nos EUA por descontos de envio, streaming de vídeo e outras vantagens.

A Amazon não divulga as métricas financeiras de sua maior venda, em vez disso, divulga informações anedóticas sobre os mais vendidos.

Cerca de 167 milhões de compradores da Amazon nos EUA tinham assinaturas Prime em março, total inalterado em relação ao ano anterior, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Consumer Intelligence Research Partners.

De acordo com levantamento da Adobe Inc., os consumidores americanos gastaram US$ 12,7 bilhões durante o evento do Prime Day, um aumento de 6,1% em relação ao ano anterior, mas abaixo das estimativas de crescimento de 9,5%. Uma parcela cada vez maior de clientes usa serviços “compre agora, pague depois”, disse a Adobe, indicando que os compradores estão preocupados com a economia.

“Durante meses, os consumidores sentiram os efeitos da inflação persistente e de um ambiente econômico incerto, e isso os levou a adotar formas mais flexíveis de administrar seus gastos em torno do evento Prime Day”, disse Vivek Pandya, analista da empresa de tecnologia. “O crescimento da receita atribuído a comprar agora e pagar depois é uma prévia do que podemos esperar nos próximos meses, especialmente quando nos aproximamos da temporada de compras natalinas.”

A Adobe mede o gasto total em sites de compras on-line dos EUA durante o período do Prime Day porque uma série de varejistas, incluindo Walmart Inc. e Target Corp., aproveita o embalo para lançar a liquidação de verão, oferecendo seus próprios descontos e aumentando as vendas gerais do comércio eletrônico em uma época do ano em que as compras normalmente recuam.

A Numerator, que rastreou as compras de mais de 34.000 compradores únicos na Amazon, disse que o tíquete médio do pedido durante o evento foi de US$ 54,05, cerca de 3% a mais que no ano anterior. Mais da metade dos compradores do Prime Day entrevistados pelo provedor de dados disse que compararam os preços da Amazon com os de outros varejistas antes de fazer suas compras.

O CEO da Amazon, Andy Jassy, disse em entrevista à CNBC na semana passada que os compradores – bastante preocupados com os preços – estavam “negociando para baixo sempre que podiam”, dada a incerteza econômica.

“Em um evento tipicamente dominado por eletrônicos, vimos muitos compradores estocando itens essenciais do dia a dia, como ração para animais de estimação ou itens básicos de despensa”, disse Amanda Schoenbauer, analista do Numerator, em comunicado. “Parece que muitos usaram o evento para economizar em suas compras padrão ou adiaram a compra de itens mais caros para aproveitar o momento de ofertas.”

A Insider Intelligence esperava que compradores em todo o mundo gastassem cerca de US$ 12,9 bilhões na Amazon durante o evento, cerca de 11% a mais que no ano passado.

Esperava-se também que a venda alimentasse o negócio de publicidade da Amazon que fornece aos comerciantes independentes, responsáveis pela maior parte das vendas no site da Amazon, informações em tempo real e os ajuda a direcionar seus gastos com mais eficiência. No ano passado, a publicidade gerou US$ 37 bilhões em vendas, ou 7,3% da receita total.

Em um esforço para combater a decepção do comprador quando algumas das melhores ofertas desaparecem em segundos, a Amazon lançou este ano promoções “somente para convidados” que permitem que os compradores registrem interesse em uma oferta e recebam um link exclusivo para comprar itens que ainda estão disponíveis.

A promoção adiciona uma espécie de efeito de loteria a algumas pechinchas do Prime Day e poupa os compradores da Amazon do incômodo de monitorar constantemente o site e atualizar seus navegadores, disse Kristin McGrath, editora do RetailMeNot, que monitora ofertas online.

“Dessa forma, você consegue o negócio ou não, e não perde dois dias procurando por ele”, disse ela.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/07/13/amazon-tem-maior-dia-de-vendas-da-historia-no-prime-day.ghtml

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A resposta das gigantes brasileiras às novas regras para Shein, Shopee e Aliexpress

Os representantes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) pedem que seja revertida a regra que isenta o imposto de importação de compras no valor de até US$ 50 feitas em sites estrangeiros por pessoas físicas.

O pedido da associação que reúne mais de 60 empresas, como Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3), foi feito em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, neste sábado (1).

O IDV prevê que as novas regras do governo levarão ao fechamento de lojas e desemprego, por isso, a associação pede isonomia entre as varejistas.

“Não queremos aumento de impostos, mas isonomia. Que o varejo e indústria que atua aqui, com toda a folha de pagamento, tributos estaduais, federais e financeiros deve estar contemplados nessa alíquota”, disse o presidente da associação, Jorge Gonçalves Filho.

O IDV pede que o governo tenha uma alíquota que traga isonomia para a competição no setor varejista até o dia 1 de agosto. Segundo Gonçalves Filho, o ministro Haddad se comprometeu a corrigir a questão.

Isenção para Shein, Shopee e Aliexpress

O ministro da Fazenda assinou na sexta-feira (30) um conjunto de mudanças nas compras no comércio eletrônico internacional em sites como Shein, Shopee e Aliexpress.

Agora, as compras de até US$ 50 (cerca de R$ 240) terão a alíquota de impostos de importação zerada. No entanto, a medida será válida para empresas que ingressarem no plano de conformidade do governo, estando em dia com suas demais obrigações tributárias.

As gigantes internacionais Shein, Shopee e Aliexpress devem aderir ao plano de conformidade do governo. Anteriormente, a regra de isenção de compras de até US$ 50 era válida entre pessoas físicas.

A chinesa Temu, pesadelo da Shein, virá ao Brasil

A Temu, um e-commerce do grupo chinês Pinduoduo que vale mais de US$ 100 bilhões na Nasdaq, já vende mais que a Shein nos EUA. E vai atuar no Brasil até o fim deste ano.

Nos últimos anos, a chinesa Shein se transformou na principal dor de cabeça dos varejistas brasileiros com a venda de peças de roupas baratas e com práticas comerciais consideradas pouco usuais.

Agora, o maior pesadelo da Shein no mundo está prestes a começar a operar no Brasil, segundo duas fontes com as quais o NeoFeed conversou.

Trata-se da Temu, um aplicativo de e-commerce que vende de roupas a utensílios domésticos a preços ultrabaixos e que foi lançado em setembro do ano passado pelo grupo chinês Pinduoduo (PDD Holdings). A empresa tem capital aberto na Nasdaq, vale mais de US$ 100 bilhões e conta com aproximadamente 900 milhões de usuários na China.

Em pouco tempo, a Temu se tornou o aplicativo de e-commerce mais baixado dos Estados Unidos, à frente da Shein. Em maio, de acordo com a Bloomberg Second Measure, que analisa bilhões de transações com cartões de crédito e débito, a plataforma vendeu 20% mais do que a Shein no mercado americano.

No Brasil, a Temu está seguindo um roteiro que é o playbook das companhias chinesas que têm planos de operar no País. No começo do ano, uma delegação de chineses veio visitar o Brasil.

Na sequência, um grupo de chineses se mudou para o País para começar a estruturar a operação. Até o fim do ano, a Temu deve começar a vender no Brasil, em uma operação cross-border clássica de muitas empresas chinesas.

Uma forma de atuar para ganhar projeção rápida é se associar com influenciadores digitais para que possam divulgar a marca e vender produtos diretamente, ganhando comissão pelas negócios gerados.

Isso tem sido feito nos Estados Unidos, Canadá e México, países das Américas onde a Temu ganhou projeção nos últimos meses. De acordo com o que apurou o NeoFeed, essa estratégia será replicada no mercado brasileiro.

O “recrutamento” de influenciadores é uma forma de atrair atenção ao aplicativo, que é o principal canal de vendas da Temu. Por isso, é importante estar à frente da Shein nas lojas de apps.

Não é só nos Estados Unidos que a Temu tem provocado calafrios na Shein. A consultoria americana Marketplace Pulse fez um levantamento mundial sobre downloads de aplicativos de e-commerce ao redor do mundo.

E os dados impressionam. A Shein e a Temu são os aplicativos mais baixados em 25 das 50 maiores economias do mundo. A Temu já está à frente da Shein em 12 desses mercados. Além dos EUA, o app da Temu lidera na Alemanha, no Reino Unido, na França, na Itália, no Canadá, na Austrália, na Espanha, na Holanda, na Suíça, na Áustria e na Nova Zelândia.

“Downloads não são receita, mas downloads indicam ambição”, escreveu Juozas Kaziukėnas, fundador do Marketplace Pulse, ao comentar esses dados.

Marketplace à la Amazon

Ao contrário da Shein, que tem sua própria marca e usa uma rede de fornecedores para produzi-las, a Temu é um marketplace ao estilo da Amazon. Seu modelo inclui comercializar direto da fábrica a preços muito baixos. Essa estratégia será usada no Brasil, importando diretamente mercadorias da China.

Outra diferença da Shein é que a Temu não é focada exclusivamente em roupas. A lista de categorias nas quais atua é bastante vasta, o que a faz ser mais parecida, em seu modelo de negócio, com Amazon e Shopee. A Temu vende roupas, produtos de beleza, calçados, joias, eletrônicos, produtos de jardinagens e para a casa, celulares… É uma infinidade de produtos.

No Brasil, a Shein anunciou um plano de investimento de R$ 750 milhões para criar uma rede de milhares de fabricantes no setor têxtil. A companhia também prometeu aumentar seu marketplace, incluindo fornecedores locais.

Uma parceria com a Coteminas, empresa comandada por Josué Gomes da Silva, que é também presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), vai ajudar a Shein a atrair fabricantes do setor têxtil.

Polêmicas da Temu

Mas assim como a Shein, a Temu já coleciona polêmicas. Em especial nos Estados Unidos, onde a tensão Washington e Pequim traz pressão para os negócios chineses.

Mas quem está reclamando das práticas comerciais é a própria Shein, que foi a Justiça contra a Temu, acusando-a de contratar influenciadores para fazer “declarações falsas e enganosas” contra a Shein em suas promoções. A Temu pediu ao tribunal que rejeite o processo, aberto em dezembro do ano passado.

A Pinduoduo, dona da Temu, também se envolveu com um entrevero com o Google, que tirou o aplicativo da loja de apps, sob a acusação de que ele baixava um “malware” – a empresa nega o incidente.

A Temu foi fundada, em 2015 por Colin Huang, um empresário cuja fortuna é avaliada em quase US$ 30 bilhões pela Bloomberg. Sua sede é em Xangai. Mas a companhia abriu o capital na Nasdaq em 2018, quando captou US$ 1,6 bilhão. A estratégia foi apostar em um modelo de compras coletivas – já testado aqui no Brasil e que nunca avançou.

No primeiro trimestre deste ano, a receita da Pinduoduo atingiu US$ 5,48 bilhões, uma expansão de 58% por conta da recuperação do e-commerce na China. O lucro passou de US$ 410 milhões para US$ 1,17 bilhão.

A Temu, de acordo com os dados, ainda tem uma baixa contribuição para a receita da Pinduoduo. “Para a Temu, nosso foco é sempre como entender melhor as necessidades do consumidor. As métricas financeiras serão um resultado natural de nossa criação de valor”, disse Jun Liu, vice-presidente de finanças da PDD Holdings, durante a teleconferência de resultados.

O fato é que, com pouco menos de um ano de vida, a Temu está se tornando o pior pesadelo da Shein no mundo. E pode virar mais uma dor de cabeça para as redes varejistas brasileiras.

‘https://neofeed.com.br/negocios/exclusivo-a-chinesa-temu-pesadelo-da-shein-vira-ao-brasil/’

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Amazon tem mais de 50 mil vendedores cadastrados no marketplace

Realizado em São Paulo, o Amazon Conecta 2023 foi um evento focado nos empreendedores brasileiros e no fomento de informações para vendedores da plataforma. Pela primeira vez de forma híbrida, depois da edição digital realizada no último ano, o evento divulgou novidades, estratégias e dados técnicos da participação da empresa no ecossistema digital brasileiro.

Entre os dados de maior destaque está o crescimento da relevância da Amazon para o consumidor e também para o lojista. De acordo com a Similar Web, a empresa hoje é o segundo maior marketplace do Brasil.

De 2019 para 2023
Para Daniel Mazini, Presidente da Amazon no Brasil, o crescimento da empresa no país está atrelado a um investimento tecnológico, que se reflete na experiência, e no aumento do portfólio de produtos e soluções ofertadas pela companhia.

“Durante anos, a Amazon só comercializou livros no Brasil, mas há 4 anos trabalha na expansão de produtos. Desde 2019, a empresa incluiu mais de 100 milhões de produtos em seu portfólio, o que contribui para o crescimento. Atualmente, são 11 centros de distribuição espalhados pelo Brasil e 20 hubs de entregas cross docking, com mais de 8 mil pessoas contratadas pela companhia”, ele mostra. O ganho de relevância em tão pouco tempo evidencia, segundo ele, o foco no cliente e nos sellers da plataforma.

Entre as novidades, o executivo citou as campanhas de entregas na Paraisópolis, cultura inclusiva e diversa, o FBA (modalidade de fulfillment da companhia), e o Amazon Ads.

Sobre o Amazon Ads, Mazini comentou que a solução “não é uma maneira de ganhar dinheiro, mas uma maneira do vendedor mostrar para o consumidor que o seu produto é tão bom quanto qualquer outro mais conhecido”.

“A Amazon é hoje o e-commerce que mais cresce no Brasil e há muito espaço para continuar crescendo”, finaliza.

O que o crescimento tem a ver com o portfólio de produtos?
Camila Nunes, Diretora de Marketing da Amazon Brasil, complementou que o aumento do portfólio de produtos e das soluções é efetuado com uma preocupação do que faz sentido para consumidores e lojistas, pensando na adequação cultural, social e até sazonal do país como uma forma de se aproximar de quem compra.

Ela citou ainda o programa de associados, que funciona desde 2017, como uma ferramenta de produção de conteúdo e gestão de audiência para as vendas, e o uso das lives, que começaram em 2020, como uma forma de engajamento. Um dos exemplos levantados pela executiva foi a Black Friday do ano passado, em que os próprios sellers de dentro da plataforma puderam ter uma participação ativa nas lives, criando maiores conexões com os consumidores.

Como resultado, o marketplace tem ganhado espaço, o que, segundo a executiva, é resultado da adaptação da cultura da empresa ao atender o público brasileiro.

Ainda sobre as datas sazonais, ela completa que existe um esforço em aproveitar o “momento de apresentar a amazon para novos consumidores e também relembrar consumidores antigos que teremos promoções com boas experiências”

Prime Day se supera a cada ano
Ricardo Garrido, Diretor de Marketplace da Amazon Brasil, completou explicando que o desenvolvimento em infraestrutura visto pela companhia desde 2019 é o básico para que uma operação funcione no Brasil e para que os clientes tenham qualidade na compra, experiência e entrega dos produtos.

Além disso, ele entende que os pequenos e médios negócios são o pilar que sustenta o sucesso da operação, uma vez que hoje são responsáveis pela maior parte do giro de produtos dentro do marketplace.

Para completar, a empresa vem investindo em ações com o Sebrae e a Rede Mulher Empreendedora, que ajudam a alavancar oportunidades de crescimento em diversas frentes do varejo.

“Qualquer consumidor que entrar no site hoje e realizar uma busca consegue selecionar pequenos negócios e comprar exclusivamente com eles”, afirma Garrido. Para ele, é cada vez mais perceptível para a Amazon a importância de dar visibilidade constante para esse público.

“Para falar com o Brasil todo precisamos falar em português, de brasileiro para brasileiro, e com uma oferta de produtos que faça sentido em todos os cantos do brasil”, completa.

Um estudo da TWC aberto exclusivamente durante o evento mostrou que mais a Amazon hoje tem mais de 50 mil vendedores parceiros no Brasil, sendo que 99% desses são pequenos ou médios empreendedores, responsáveis por 9,6 milhões de produtos em circulação no site.

Outro dado marcante da pesquisa é que 77% das vendas são destinadas a estados diferentes do que o empreendedor vende, o que garante a possibilidade de ampliação do leque de vendas. Além disso, 8% deles vendem para fora do Brasil através das soluções internacionais do marketplace.

Garrido é veemente ao afirmar que a companhia hoje ocupa um espaço nacional, não só o tradicional eixo Rio de Janeiro e São Paulo. O levantamento da TWC mostra que 62% dos lojistas da plataforma são de fora dos estados de SP, RJ e Brasília.

Ele finaliza explicando que a missão da empresa é sempre considerar que há ainda muito a ser feito: “é sempre o primeiro dia”.

Mais 216 mil treinamentos profissionalizantes foram realizados pela companhia desde que a pandemia começou, totalizando mais de 6,3 milhões de horas de treinamento.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/amazon-mais-de-50-mil-vendedores-no-marketplace

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Plano de tributação para compras internacionais será finalizado nos próximos dias, diz Ministro

Objetivo é que varejistas estrangeiras como Shein e Shoppe passem a arrecadar impostos no Brasil.

Técnicos do Ministério da Fazenda estão finalizando um plano para estabelecer os parâmetros para a atuação de gigantes do varejo online no Brasil, como AliExpress, Shein e Shopee, disse nesta segunda-feira (29) o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Haddad disse que a proposta de regulamentação está quase pronta, mas não revelou qual será a alíquota sobre as varejistas. “Não diria nesta semana, mas nos próximos dias. Está nos ‘finalmentes’. (A alíquota) ainda não está decidida”, afirmou.

Entre as medidas a serem estabelecidas, está a tributação e regulamentação conforme as normas brasileiras de operação no comércio de produtos. Não deverá ser criado um novo imposto, já que a tributação de 60% sobre as remessas internacionais já está em vigor e é normativa da Receita Federal.

O estabelecimento de um plano de conformidade para a atuação das empresas – estabelecidas, em especial, na Ásia – vai ocorrer após o debate firmado em torno da proposta de acabar com o benefício de isenção de impostos para remessas internacionais no valor de até US$ 50.

O benefício é destinado a envios de pessoa física para pessoa física, mas o mecanismo vinha sendo utilizado para burlar a Receita Federal, estimam integrantes da equipe econômica.

Diante da pressão de consumidores, a equipe econômica do governo federal retrocedeu e manteve a regra de isenção para pacote de até US$ 50. Quando o recuo foi anunciado, o ministro da Fazenda disse que a regulamentação se daria já a partir da venda.

Ou seja, as empresas terão de preencher antecipadamente a declaração de venda dos produtos a consumidores do Brasil para fins de recolhimento do tributo.

Fonte : https://www.cnnbrasil.com.br/economia/plano-de-tributacao-para-compras-internacionais-sera-finalizado-nos-proximos-dias-diz-haddad/

Com ameaça do imposto na alfândega, compras do exterior despencam 25%

Dados do Banco Central mostram que a conta paga para as plataformas de comércio digital diminuiu em US$ 237 milhões em abril.

O medo dos impostos parece ter afastado muitos brasileiros das compras internacionais. Em abril, plataformas como Aliexpress, Shein e Shopee venderam 25% menos ao Brasil na comparação com março. Em dinheiro, a fatura do cartão de crédito diminuiu em quase R$ 1,2 bilhão no mês em que a taxação das compras do exterior ocupou parte do noticiário econômico.

Dados do Banco Central divulgados na última sexta-feira (26) mostram que, em abril, as compras internacionais de pequeno valor somaram US$ 700,9 milhões, 25,3% menos que a fatura paga em março. Na comparação com abril do ano anterior, a queda é de 20,1%.

É verdade que, em meio à discussão tributária, as grandes plataformas adotaram algumas medidas como incentivar as compras de vendedores brasileiros, instalados no território nacional, para evitar qualquer dor de cabeça alfandegária.

Mas os dados do BC mostram que, efetivamente, a conta paga a essas plataformas diminuiu em US$ 237 milhões. Convertido para reais, o valor equivale a R$ 1,18 bilhão a menos na fatura do cartão e em pacotes no centro dos Correios em Curitiba.

E, assim, o governo conseguiu – pelo menos temporariamente – reduzir um pouco o ritmo das compras. Tristeza dos vendedores asiáticos, felicidade dos varejistas brasileiros.

Imposto de 60%
É fácil entender o temor de alguns clientes. O imposto de importação para compras internacionais de pequeno valor é de 60%. Ou seja, se um pedido somar R$ 100, o imposto devido será de R$ 60. Muitas vezes, o tributo pode anular a vantagem de preço dos vendedores asiáticos.

Atualmente, o governo brasileiro conversa amigavelmente com as grandes plataformas para alterar o processo de entrada dessas encomendas no Brasil. A Receita Federal quer ter detalhes das compras antes do desembaraço aduaneiro. Para isso, negocia um novo protocolo com as gigantes Aliexpress, Shein e Shopee.

A ideia é ter informações mais detalhadas sobre cada pedido. Atualmente, apenas cerca de 2% dos pacotes que chegam pelos Correios têm a declaração detalhada enviada à Receita Federal.

A União Europeia firmou acordo desse tipo e, em muitos casos, os impostos europeus são pagos pelos clientes na hora da compra, diretamente na plataforma asiática.

Em troca, o Fisco do Brasil promete que compras com imposto pago antecipadamente chegarão mais rápido em casa porque passarão pelo “canal verde” da Receita.

Fonte : https://www.cnnbrasil.com.br/economia/com-ameaca-do-imposto-na-alfandega-compras-do-exterior-despencam-25/#:~:text=O%20medo%20dos%20impostos%20parece,Brasil%20na%20compara%C3%A7%C3%A3o%20com%20mar%C3%A7o.

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