Magazine Luiza tem o pior trimestre desde IPO. Por outro lado, vendas do marketplace superam as das lojas físicas pela primeira vez na história da varejista

O varejo brasileiro está mal e o Magalu não é exceção. No entanto, a companhia está se destacando pelo setor de serviços.

O Magazine Luiza divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2023 e… Este é o seu maior prejuízo trimestral desde o IPO, em 2011.

O prejuízo líquido ajustado foi de R$ 309,4 milhões entre janeiro e março deste ano. O valor é três vezes maior do que o prejuízo do mesmo período em 2022, de R$ 98,8 milhões.

Ao mesmo tempo, o seu Ebitda ajustado (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 3,2% em relação a 2022, para R$ 448 milhões.

E o que isso significa? O Magazine Luiza faz parte das varejistas que estão em queda, a exemplo da Renner e Marisa. Segundo a empresa, seu desempenho foi influenciado pela alta na taxa de juros e aumento nas despesas financeiras.

NOVA TRIBUTAÇÃO EM VIGOR AFETARÁ VAREJISTAS E CONSUMIDORES

O Magazine Luiza e outros e-commerces estão sofrendo, inclusive, pela volta do DIFAL (o diferencial da alíquota do ICMS), que tributa as mercadorias vendidas tanto na origem quanto no destino. Na prática, isso aumenta o imposto pago pelas varejistas e, no caso do Magazine Luiza, a empresa planeja repassar essa diferença aos clientes (conforme descrito em release aos investidores).

O IMPACTO DO MARKETPLACE
O maior destaque positivo do Magalu no primeiro trimestre do ano pode ser resumido em uma palavra: o marketplace. Pela primeira vez na história, as vendas do marketplace superaram as vendas de lojas físicas em um trimestre.

O e-commerce do Magalu atingiu R$ 11 bilhões de vendas entre janeiro e março de 2023, um aumento de 11% em comparação a 2022. Deste valor, mais de R$ 4 bilhões (quase a metade!) são do marketplace.

Atualmente, o marketplace do Magalu – que é a venda e gestão de produtos de terceiros dentro do próprio site da companhia – atingiu 281 mil vendedores e 100 milhões de ofertas disponíveis. A empresa afirma que, nos últimos 12 meses, a plataforma recebeu 111 mil novos vendedores – e muitos foram impulsionados pelas lojas físicas.

COMO O MAGALU ESTÁ UNINDO O ONLINE AO OFFLINE

O Magalu possuía, ao fim do primeiro trimestre de 2023, 1.302 lojas (1.042 “convencionais”, 237 virtuais e 17 quiosques). Um diferencial é que a empresa utiliza o espaço da loja física também para incentivar o e-commerce (que, segundo a empresa, atingiu sua máxima histórica de participação de mercado).

Atualmente, o Magalu Entregas é o principal meio logístico dos vendedores do marketplace. Na prática, além de receber as compras em casa, os clientes podem retirá-las nas lojas físicas habilitadas. E isso tem gerado resultado: 22% dos pedidos do marketplace hoje são retirados em lojas físicas, em comparação a 13% do mesmo período em 2022.

POR QUE IMPORTA?

O Magalu não conseguiu fugir e também faz parte do péssimo resultado do varejo brasileiro nos últimos tempos. Mas, embora também esteja lidando com as mudanças tributárias e alta taxa de juros, a companhia está se destacando pelo setor de serviços – e isso pode continuar ajudando a melhorar o Ebitda em tempos de escassez.

A dica para passar por momentos de crise, no entanto, a própria Luiza Trajano já ofereceu no palco do Web Summit Rio em 2023.

“O empreendedor quando vai crescendo, ele esquece da venda, tem vergonha de vender. A venda é o combustível de qualquer negócio. Então, gente, vamos aumentar a venda, todo mundo tem que levantar a venda. Tudo fica bom quando o resultado da venda está bom, os humores mudam, tudo muda”.

Fonte : https://www.startse.com/artigos/magalu-prejuizo-ipo-marketplace/

Download

Dia das Mães: pequenas e médias faturam R$ 189,5 milhões com vendas digitais

Crescimento do faturamento no Dia das Mães foi 33% superior em relação ao ano passado, diz pesquisa da NuvemShop.

Os pequenos e médios lojistas movimentaram R$189,5 milhões em vendas digitais no período relacionado ao Dia das Mães, número 33% maior do que em relação ao ano passado – quando faturaram R$142 milhões. Dados são do levantamento da Nuvemshop, plataforma para criação de lojas online líder na América Latina.
Durante os dias que antecedem o Dia das Mães, as lojas online comercializaram mais de 3 milhões de itens, quantidade 23,6% superior ao registrado em 2022.

O número de pedidos online chegou a 759,5 mil (+31%), com uma média de 4 produtos por pedido. Do total, cerca de 28% das vendas foram enviadas com frete grátis. E o ticket médio nacional chegou a R$249,60.
Dentre os meios de pagamento, o cartão de crédito (51%) e o Pix (35,5%) foram os mais utilizados. Além disso, cerca de 77% das vendas foram realizadas por meio de dispositivos móveis.

“O Dia das Mães é uma das datas mais importantes para o varejo. Os dados mostram que as PMEs online utilizaram campanhas específicas para a data, a fim de alcançar novos clientes e aumentar seu faturamento anual”, diz Babi Tonhela, especialista em e-commerce da Nuvemshop.

Para o levantamento de dados, foram consideradas as vendas realizadas nas três semanas de 2022 e 2023 que antecedem o Dia das Mães, com base nos lojistas brasileiros da Nuvemshop.
Quais segmentos venderam mais no Dia das Mães?

Moda: R$68 milhões
Saúde & Beleza: R$16 milhões
Acessórios: R$13,7 milhões
Casa & Jardim: R$8 milhões

Quais são os produtos mais vendidos no Dia das Mães?

Os produtos mais vendidos do Dia das Mães foram:

Vestido preto
Camiseta
Porta-óculos
Óculos de sol

Fonte : https://exame.com/negocios/dia-das-maes-pequenas-e-medias-faturam-r-1895-milhoes-com-vendas-digitais/

Shopee aumenta capilaridade com novos Centros de Distribuição no Nordeste

Varejista online com sede em Singapura também está expandindo hubs de primeira e última milha em todo País.
A plataforma de comércio eletrônico Shopee está abrindo espaços no modelo cross-docking nas regiões metropolitanas de Recife e Salvador e expandindo hubs de primeira e última milha em todo País. O objetivo, segundo a empresa com sede em Singapura, é melhorar a experiência de seus consumidores e dos mais de 3 milhões de vendedores brasileiros.

Nos espaços que têm a modalidade cross-docking, as mercadorias coletadas via parceiros logísticos da Shopee são reorganizadas e direcionadas aos hubs de última milha para serem entregues ao consumidor final.

Os espaços inaugurados no Nordeste têm entre 10 mil m² e 6 mil m². Ao todo, são oito unidades desse tipo, que, juntas, possuem a capacidade para atender mais a de 1,5 milhão de pacotes diariamente.

As outras operações abertas recentemente pela Shopee estão em diferentes Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Hubs de primeira e última milha
A Shopee também inaugurou nos últimos meses mais de 60 hubs entre primeira milha, responsável pela coleta das mercadorias e separação para envio ao centro de distribuição, e de última milha, responsável pela fase de entrega dos produtos aos consumidores.

A empresa também está instalando esteiras de separação automática de produtos em algumas unidades. Segundo a varejista online, o novo recurso “torna a operação mais eficiente e aumenta a capacidade de produção”.

Tanto a coleta em vendedores (primeira milha) como a entrega de pacotes de produtos comercializados na Shopee para os consumidores são feitas com parceiros logísticos. A frota de veículos cresceu mais de 40% na comparação com o segundo semestre de 2022 e alguns veículos receberam o envelopamento da marca.

Carteira digital para consumidores
A Shopee também está lançando mão da Shopee Pay, uma carteira integrada ao aplicativo. O recurso é mais uma opção de pagamento de compras e também pode ser utilizado para receber reembolso.

A nova funcionalidade está disponível para todos os usuários. Após a criação gratuita da conta, o consumidor estará apto para adicionar dinheiro na carteira via Pix ou boleto e realizar as compras com o saldo, além de aproveitar promoções para essa modalidade de pagamento.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/15/05/2023/logistica/shopee-aumenta-capilaridade-com-novos-centros-de-distribuicao-no-nordeste/

Download

Governo finaliza plano para enquadrar sites como Shein e Shopee

Após polêmica por tentativa frustrada de acabar com isenção de US$ 50 para remessas entre pessoas físicas, Receita Federal inicia ação de ‘conformidade’ para tributar importados.

O Ministério da Fazenda finaliza, nesta semana, medidas para fazer com que empresas de e-commerce, especialmente os estrangeiros (como Shein e Shopee), paguem os tributos devidos e respeitem a legislação brasileira.

A lista de ações será encaminhada para as empresas, que poderão fazer a adesão a uma espécie de plano de conformidade. A ideia surgiu depois da polêmica criada pela intenção do governo de acabar com a isenção de US$ 50 nas remessas de importados de pessoa física para pessoa física — forma pela qual a Receita Federal acredita que as plataformas de comércio eletrônico estrangeiras “burlam” o pagamento dos impostos. O presidente Lula mandou suspender a ideia depois da má repercussão.

Integrantes da Fazenda ressaltam agora que não haverá aumento nem criação de tributos, porque o imposto já existe. Trata-se de um esforço para que os impostos de importação devidos sejam efetivamente pagos.

A equipe do ministro Fernando Haddad e ele pessoalmente conversaram com representantes das empresas asiáticas Shein, AliExpress e Shopee nas últimas semanas para que as empresas façam a adesão ao plano de conformidade.

Embora o governo tenha evitado citar o nome das empresas, são elas os principais alvos das medidas. Mas a Fazenda também manteve conversas e vai enviar o plano para outras companhias do ramo, como a americana Amazon.

Entre as medidas, está a determinação para que o site indique o valor total da compra, com os tributos incluídos. O site também deve se comprometer a respeitar as leis brasileiras de proteção ao consumidor.

A plataforma de e-commerce que assinar o plano também terá que preencher antecipadamente a declaração de remessa de um produto de fora vendido no Brasil e recolher o tributo devido.

Com esse dado em mãos, a Receita fará a gestão de risco enquanto o avião com as encomendas estiver a caminho do país. A ideia é que, antes de a mercadoria chegar, seja informado se o produto vai para o canal verde (onde é liberado e vai direto pra casa do adquirente) ou vermelho (onde é fiscalizado pela Receita).

Atualmente, todas as remessas vão para um local de triagem, a maior parte delas em Curitiba. Com a nova sistemática, boa parte dos pacotes poderá ir direto para a casa do consumidor.

Fonte : https://extra.globo.com/economia/noticia/2023/05/governo-finaliza-plano-para-enquadrar-sites-como-shein-e-shopee-entenda.ghtml

Download

Taxação em compras internacionais: entenda o que muda

Recentemente, houve um grande debate sobre a revogação da isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50 que entrassem no Brasil. Essa isenção era uma das medidas implementadas na década de 90 para incentivar as importações e o comércio exterior no país.

Entretanto, o Governo Federal decidiu há pouco revogar a medida, na intenção de nivelar a concorrência comercial entre lojas brasileiras e internacionais que se valiam da brecha para burlar a lei. A notícia pegou muita gente de surpresa e causou divisão de opiniões.

Recentemente, o Governo Federal revogou a isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50 que entrassem no Brasil. Como isso afeta o mercado brasileiro?

Isenção no Brasil
Antes de entrarmos nessa discussão, é importante entendermos um pouco mais sobre a história dessa medida. A isenção foi criada no Brasil em 1991 e tinha como objetivo incentivar as importações e estimular o comércio exterior. Na época, a medida foi considerada uma importante ferramenta para a abertura do mercado brasileiro e a entrada de novos produtos no país, que vivia uma época de recessão econômica, conhecida como pré-plano real.

Com a isenção, os brasileiros podiam comprar produtos importados no valor de até US$ 50, sem pagar nenhum tipo de taxa ou imposto de importação. Isso fez com que muitas pessoas começassem a fazer compras em sites internacionais, especialmente aqueles que ofereciam produtos mais baratos do que os vendidos no Brasil. Com o tempo, a medida se tornou uma espécie de “direito adquirido” dos brasileiros e foi muito popular entre aqueles que faziam compras online.

Isenção revogada
No entanto, nas últimas semanas foi anunciada a decisão do Governo Federal de revogar a isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50. A medida foi justificada como uma forma de dar ferramentas de controle ao sistema tributário do país e combater a sonegação fiscal. Segundo o governo, “empresas” que atuam na informalidade estavam se aproveitando da isenção para importarem produtos em excesso e revendê-los no mercado interno, o que prejudicava os empresários locais e a economia do país.

A revogação dessa MP que garantia a isenção de taxas para compras internacionais gerou grande polêmica nos últimos dias – houve principalmente confusão diante o anúncio. Muitas pessoas criticaram a medida e alegaram que ela vai prejudicar os consumidores, especialmente aqueles que não têm condições financeiras de pagar impostos adicionais nas compras internacionais. Alguns também argumentaram que a medida vai desestimular as importações e limitar a diversidade de produtos disponíveis no mercado brasileiro.

Por outro lado, defensores da revogação da isenção acreditam que a medida é necessária para combater a sonegação fiscal e proteger a economia do país. Eles argumentam que muitos brasileiros estavam abusando da isenção para importar produtos em larga escala e revendê-los no mercado interno, o que prejudicava os empresários locais e gerava perda de arrecadação para os cofres públicos.

Repercussão
Poucos comerciantes brasileiros perceberam que, ao receberem encomendas internacionais com destinatário não jurídico, acontecia a isenção. E isso se tornou um padrão de comportamento entre muitos comerciantes, que já assinalavam no ato da compra a necessidade do envio fracionado das mercadorias e a sonegação dos valores em nota.

Segundo estimativas do próprio Ministério da Fazenda, em 2022 os cofres públicos podem ter deixado de arrecadar algo em torno de R$ 6 bilhões em taxas de importação. Com isso, a mudança significa que pessoas que agiam na ilegalidade encontraram mais resistência na tentativa de fraudar o sistema, mas para o consumidor geral que já adquiria suas compras no mercado legalizado, como os grandes e-commerces, não acontecerá nenhuma alteração.

No fim das contas, a revogação da isenção de taxas para compras internacionais é uma medida controversa, e gera muitas discussões. É certo que ela terá um impacto significativo na vida dos brasileiros que fazem compras online, especialmente aqueles que dependem de produtos importados vendidos de forma ilegal. No entanto, também é importante lembrar que o governo tem o dever de proteger a economia do país e combater qualquer tipo de desvantagem competitiva. Com isso, é garantido que os preços sejam páreos, evitando a vulnerabilização dos postos de empregos, já que o comércio e o varejo são responsáveis por gerar mais de 40% dos empregos no país, segundo dados do último censo do IBGE, em 2022.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/taxacao-em-compras-internacionais-entenda-o-que-muda

Download

Como Shein e Shopee usam games para ‘prendê-lo’: conheça a gamificação do varejo

Apps utilizam estratégias para usuário acessar serviço todos os dias e deixar comentários sobre produtos

Antes de dormir, a artesã Simone Tomaz, 60, abre o aplicativo da Shopee e se distrai com joguinhos ao estilo do popular “Candy Crush” no próprio app. Não é só diversão: enquanto joga, ela acumula pontos que podem ser utilizados para compras. Entre uma fase e outra, assiste a anúncios que também garantem pontos e adiciona sugestões de produtos ao carrinho para comprar mais tarde. “Tem toda uma estratégia. O aplicativo fala para acessar uma loja nele por 30 segundos e ganhar moedas. Aí, vejo uma coisa interessante e adiciono ao carrinho”, descreve.

Ela é a cliente ideal de uma estratégia utilizada há anos por diferentes marcas, hoje aperfeiçoada por empresas como as chinesas Shopee e Shein. Como as redes sociais, o desejo das marcas é manter o consumidor o máximo de tempo possível no aplicativo e fazê-lo retornar, como um jogo de videogame em que é necessário passar de fase. É a “gamificação” do varejo.

“A grande estratégia por trás disso, a diversão e o entretenimento, é gerar algum tipo de engajamento para que a pessoa volte e continue comprando ou indique alguém”, pontua o professor de game design do curso de Sistemas da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Vicente Martins Mastrocola. Na Shopee, por exemplo, 95% dos pedidos são feitos via smartphone. Os usuários passam, em média, 25 minutos só nos joguinhos do app todos os dias, segundo a empresa.

A ideia fundamental da gamificação é tão velha quanto os cartões de fidelidade que os restaurantes dão a clientes e os programas de milhagem das companhias aéreas. Mas ganham uma roupagem moderna e cada dia mais sofisticada com os apps de compras, que conseguem reunir um volume gigantesco de dados sobre o comportamento e preferências dos clientes. E não é coincidência que se concentrem nos celulares: eles são uma ferramenta preciosa para o marketing dessas empresas, explica o professor Mastrocola.

“O app está vinculado ao seu smartphone e pega alguns tipos de dados que o computador não pega, como geolocalização. Por isso, as marcas querem tanto que você compre pelo app e não pelo site e fazem um sistema de recompensa diferenciado. Alguns apps vinculam o login à conta de Gmail e do Facebook, porque, aí, têm acesso a mais dados”, avalia.

Graças à gamificação, o consumidor também encontra dezenas de comentários e fotos sobre os produtos nos aplicativos. Quem comenta, envia fotos da encomenda e ganha curtidas, recebe mais pontos nos apps. É a lógica das redes sociais aplicada ao consumo. “Eu não mandava avaliações quando comprava online antes, mas agora faço porque isso dá moedas”, reconhece Simone, do início da reportagem.

Só a gamificação, porém, não basta para convencer o cliente, destaca Mastrocola, da ESPM. “Ela é uma das muitas ferramentas para manter o consumidor engajado”, diz. E lembra que o preço baixo não deixa de ser um motor poderoso: “A boa e velha promoção, entrar no site e ter 30% de desconto, ou ‘pague um, leve dois’, é uma das coisas mais antigas que temos em marketing”.

A Shein, por exemplo, apoia-se em três pilares para tomar o mundo: preços baixos, oferta de estilo e marketing nas redes sociais, avalia a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. Além de cobrar menos, em geral, do que as outras lojas de fast fashion, ela utiliza grandes bases de dados para guiar seus novos designs e investe alto em propagandas nas redes sociais. Outra aposta da marca é a inclusividade, especialmente para o tamanho plus size.

Como é o sistema de games e pontos das marcas
Shein
Cada cem pontos da Shein valem um dólar. Há várias maneiras de conquistá-los. Só de entrar no app todos e fazer um check-in, o usuário ganha pontos — e, assim, a marca fideliza o consumidor e garante que ele sempre verá promoções. Também é possível participar de jogos para ganhar pontos e cupons. Comentar um post garante cinco pontos, anexar uma foto vale dez e um comentário com informações de tamanho, dois. Confira o sistema de pontos completo da Shein.

Shopee
Comprar com cupons de cashback ou com vendedores indicados garante uma moeda Shopee a cada real gasto na plataforma. Como na Shein, também é possível ganhar pontos avaliando produtos e deixando comentários com foto — o que vale de cinco a dez moedas. O check-in diário no app participar de jogos é outra forma de acumular pontos.

Mercado Livre
O Mercado Livre aposta em um sistema de níveis de consumidor. Quanto mais você compra, mais avança na hierarquia e tem acesso a diferentes benefícios. São seis níveis, e as vantagens variam de descontos no frete a partir de determinado valor a acesso a serviços de streaming, como Disney+ e Star.

Quando as compras online se tornam um vício
“Olá, estou perdendo minha esposa para o aplicativo, ela não liga pra mim. Vive me pedindo dinheiro para comprar roupas e acessórios no aplicativo. Nosso casamento está prestes a acabar, sem falar que ela anda influenciando a própria filha menor e um monte de amigas”, diz um comentário registrado no site do Reclame Aqui. Talvez seja uma brincadeira irônica do usuário, mas também pode ser lido com a manifestação de um problema real.

Coordenador do grupo Devedores Anônimos de Belo Horizonte (DA BH), Vicente* não culpa as empresas ou as estratégias de gamificação pela compulsão em compras dos colegas. Mas avalia que as vendas online são parte do problema: “O perfil mais comum de devedor é o gastador compulsivo. Um dos grandes problemas deles são as propagandas na internet. A verdade é que as empresas querem vender, faz parte do objetivo delas fazer com que as pessoas gastem”, pondera.

Os DA utilizam a metodologia de passos dos Alcoólicos Anônimos (AA). As reuniões de BH, online, ocorrem às 19h30, aos sábados. A agenda e o link para participar no Zoom estão na página da instituição.

*Nome fictício.

Fonte : https://www.otempo.com.br/economia/como-shein-e-shopee-usam-games-para-prende-lo-conheca-a-gamificacao-do-varejo-1.2858948

Download

Mercado de marketplace cresceu 3% no Brasil em 2022, mostra ABComm

Em 2022, o setor de marketplace no Brasil cresceu 3% em relação ao ano anterior, totalizando 135,6 bilhões em vendas. É o que mostra um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A análise compreende o período entre 2010 e 2022, com informações ano a ano sobre o share de faturamento, vendas no país e o percentual de crescimento ao longo dos anos.

Nota-se crescimento significativo do setor, principalmente de 2015 em diante. Nos últimos anos, 2020 se destacou — nesse ano, constatou-se aumento de 67% em comparação com 2019, totalizando R$ 91,04 bilhões em vendas. Em 2010, eles representavam 8% do faturamento total, somando R$ 1,35 bilhões em vendas.

Nos anos seguintes, houve alta contínua, atingindo 43% do faturamento em 2019, com R$ 38,68 bilhões em vendas. Esse aumento pode ser explicado, em parte, pelo desenvolvimento do comércio eletrônico durante a pandemia de covid-19, na medida em que as pessoas buscaram alternativas seguras para realizar suas compras.

Varejo online impulsiona o setor
O estudo também mostra que as plataformas de marketplace ganham cada vez mais relevância quando se trata de varejo online. O recuo nos últimos dois anos pode ser atribuído, entre outros motivos, ao fato de que o mercado brasileiro está se consolidando com grandes players, como Mercado Live, B2W, Amazon e Magalu.

“Alguns fatores que contribuem para esse crescimento do setor de marketplace no Brasil são a comodidade e a praticidade que essas plataformas oferecem aos consumidores, que podem encontrar diversos produtos em um só lugar, além de comparar preços e condições de pagamento. Para os comerciantes, eles são uma alternativa para expandir os negócios sem precisar investir em uma estrutura própria de e-commerce”, completa Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da ABComm.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-de-marketplace-cresceu-3-no-brasil-em-2022-mostra-abcomm

Download

E-commerce brasileiro lidera o ranking mundial de crescimento

O comércio eletrônico brasileiro vem, desde 2020, em uma crescente, impulsionado por fatores como as medidas de quarentena e isolamento social para conter a pandemia de Covid-19 – que fechou os estabelecimentos físicos e abriu a porta do e-commerce para os consumidores mais resistentes -, e promete ser o número um em um ranking mundial de crescimento.

Segundo um balanço conduzido pelo CupomValido, o Brasil é o líder no ranking de crescimento das vendas virtuais, com 22,2% no ano de 2022. Além disso, a expectativa de expansão é de 20,73% ao ano entre 2022 e 2025. Com isso, o comércio eletrônico do país está à frente de mercados como a Argentina (20.6%), Turquia (20.4%), Rússia (18,7%), Índia (18.4%), África do Sul (17,1%) e México (16,8%).

O levantamento mostra ainda que a expectativa de crescimento brasileira é quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e se sobrepõe a países como o Japão (14,7%), os Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%), conforme publicação do portal E-Commerce Brasil.

Para Bruno Darolt, CEO e fundador da BD Consultoria, a projeção é promissora para o Brasil. “O futuro das vendas on-line no país é um dos mais promissores do mundo, com todo um potencial a ser explorado, sobretudo no pós-pandemia, quando tivemos um crescimento de seis anos em seis meses”, afirma. “Nosso povo é consumista e a comodidade que a internet traz em nossa rotina faz com que as vendas on-line cresçam cada vez mais”, contou.

Com efeito, uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) realizada em todas as capitais do país apontou que somente 31% dos brasileiros são consumidores conscientes.

Paralelamente, um estudo da plataforma de descontos cupomvalido.com.br, realizado com base em dados da Statista – companhia alemã especializada em dados de mercado e consumidores -, revelou que o Brasil é o nono país do mundo entre os que mais gastam com compras de roupas e acessórios. Segundo o levantamento, os brasileiros gastaram US$ 48 bilhões (R$ 259,63 bilhões) em 2020 apenas com esses itens.

O que explica o crescimento do e-commerce no Brasil?

Na visão de Darolt, três fatores explicam o crescimento das vendas on-line no Brasil acima da média global, a começar pela pandemia de Covid-19.

“O segundo elemento diz respeito à penetração de novos compradores: só em 2021, o Brasil teve 79,8 milhões de consumidores no comércio eletrônico. A estimativa para 2022 é de que esse número chegue a 83,7 milhões de compradores”, reporta, em referência a indicativos da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

De modo semelhante, prossegue, a penetração de novos vendedores também impulsionou as vendas digitais: “Só no Mercado Livre, maior e-commerce da América Látina, existem aproximadamente mais de 10 milhões de vendedores”, afirma, citando dados do próprio marketplace.

O CEO e fundador da BD Consultoria acredita que as vendas on-line vieram para ficar. “Mais de 13 milhões de brasileiros fizeram a sua primeira compra pela web na pandemia, e esse público só tende a aumentar – o que traz ainda mais solidez para a tendência de alta do comércio eletrônico”, conclui Darolt.

Fonte : https://www.mundodomarketing.com.br/e-commerce-brasileiro-lidera-o-ranking-mundial-de-crescimento/

Download

Marketplaces, redes sociais e fidelização são tendências no setor de brinquedos

A venda em marketplaces, o uso das redes sociais e o investimento de programas de fidelidade estão entre as maiores tendências do setor de brinquedos em 2023 no Brasil. Esses temas foram debatidos em painéis do Abrin Talks, durante a 39ª edição da Feira Internacional de Brinquedos, maior evento do setor de brinquedos da América Latina. A feira é realizada em São Paulo nesta semana pela Francal em parceria com a parceria com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

A ampliação dos canais de vendas dentro dos marketplaces é um diferencial citado pelo gerente de publicidade do Mercado Livre para a América Latina, Rafael Aulicino, e pela gerente corporativa de Marketplace do Magazine Luiza, Mariana Castriota.

Atualmente, o Brasil tem 6 milhões de estabelecimentos que vendem brinquedos para o consumidor final, mas apenas 12% dessas lojas estão no ambiente digital. Para Mariana, o momento para digitalizar as marcas e se relacionar com a nova geração de compradores é agora.

“O e-commerce é um caminho sem volta, mas, assim como qualquer outro tipo de movimento, requer planejamento e treinamento para garantir assertividade”, comenta. Para ela, um dos segredos do sucesso para as marcas nas vendas online é nunca perder a própria identidade e apostar em estratégias e ações para driblar a falta de contato pessoal. “É preciso passar uma experiência de consumo ao comprador. Isso pode ser feito com uma embalagem bem-feita, entregar no prazo acordado, redigir uma cartinha, entre outras práticas. Quando a gente conecta o consumidor com a experiência, ele se sente mais próximo da marca.”

Rafael Aulicino, do Mercado Livre, também destaca a importância do planejamento quando o assunto é marketplace. “É preciso saber, com clareza, qual é o seu objetivo dentro dele, investir em pesquisas de mercado, identificar os seus competidores e como eles atuam.” Ele alertou que é possível estar no comércio virtual com baixo orçamento, desde que a estratégia seja bem desenhada. “É preciso entender quais são os produtos que deseja lançar e quais possuem maior margem de vendas. Neste ponto, é importante acompanhar o que está em alta entre o público que se pretende alcançar – as crianças, no caso do setor de brinquedos. A internet é uma ótima fonte para identificar o que faz sucesso com a garotada”, analisa.

Redes sociais como vitrine
As redes sociais hoje são uma grande vitrine para o setor de brinquedos, e esse assunto também foi tema do Abrin Talks. O business development do TikTok, Eduardo Nascimento, defende o uso da rede como uma ferramenta para humanizar as marcas.

“Seja humano e racional, mostre os bastidores, compartilhe momentos do dia a dia e desbloqueie um diálogo criativo. Tudo isso humaniza a marca e mostra que a mesma é feita por pessoas de verdade. É a abertura de um diálogo com os público-alvo”, destaca. Ele também sugere a parceria com criadores de conteúdo para expandir a audiência e empoderar a comunidade.

O head de Marketing da Buzzmonitor, Vinícius Ávila, concorda. “Ao identificar as trends, é preciso pensar sobre como conectar sua marca à tais tendências. Cada rede social possui características específicas. Ou seja, é preciso criar conteúdo voltado para cada audiência.”

Ele ressalta que o cliente está em todas as plataformas e quer atendimento simples, rápido e eficiente. “Isso acontece antes da própria jornada de compra. É preciso estar preparado para receber o tráfego em todas as redes”, conclui Ávila.

A especialista de Projetos de Criação e Marketing do Grupo Ri Happy, Caroline Rosa, concorda que as redes sociais devem ser encaradas como uma grande vitrine para as marcas e lojas. Ela diz que as lojas podem, por exemplo, usar páginas e perfis oficiais, como o SAC, para divulgar campanhas nas quais estão engajadas, promover programações e ativações nos pontos físicos.

Fidelização de clientes
Mesmo com a aceleração digital causada pela pandemia, a loja física ainda representa 80% das vendas no varejo, sinaliza o gerente de vendas da Oto, Anderson Tomaszewsk. Não é diferente no setor de brinquedos.

Segundo o executivo, o custo para adquirir novos clientes pode ser até sete vezes maior do que o da fidelização daqueles que já frequentam o estabelecimento. Assim, não basta captar dados – é necessário saber como trabalhar com eles de forma mais assertiva. “A rentabilidade do varejista está mais ligada à segunda venda. Estamos falando de fidelização”, complementou.

Para a gerente geral Growth, Marketing e Benefícios do PagBank, Aline Abreu, investir em programas de fidelidade é importante porque a empresa quer ser a primeira opção para uma nova compra do cliente. Ela revela que 72% dos brasileiros preferem fazer compras com empresas que oferecem programas de fidelidade, 78% dizem que esses programas ajudam a economizar, 56% possuem dois ou mais programas de fidelidade e 9 entre cada 10 entrevistados realizaram algum tipo de resgate nos últimos meses, sendo o cashback o mais citado.

A executiva ainda compartilhou os principais erros nos programas de fidelidade, como falta de relevância, falta de personalização, dificuldade de resgate, regras de difícil compreensão e tempo longo entre acúmulo e resgate.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/08/03/2023/noticias-varejo/marketplaces-redes-sociais-e-fidelizacao-sao-tendencias-no-setor-de-brinquedos/

Download

Comércio eletrônico deve crescer 95% no Brasil até 2025

O comércio eletrônico mundial deve crescer 55,3% até 2025, conforme estimativa do relatório Global Payments Report, divulgado pela Worldpay from FIS. No Brasil, as vendas do e-commerce devem aumentar 95% nos próximos dois anos, de acordo com o mesmo levantamento.

Com a chegada de grandes e pequenas empresas ao mundo virtual – com descontos mais agressivos do que nas próprias lojas físicas -, cada vez mais os consumidores procuram o ambiente on-line para comparar preços, o que leva a finalizar a compra no e-commerce. A análise é de Pedro Del Sante, fundador da Zoo House, e-commerce do mercado pet voltado ao público de alto padrão.

Com efeito, cerca de 70 mil empresas entraram para o mercado digital com a eclosão da pandemia de Covid-19, em 2020. segundo um balanço da Visa Consulting & Analytics.

Na visão de Del Sant, hoje o e-commerce é tão vantajoso para o consumidor quanto para o empresário: “Eu mesmo, quando criei o modelo de negócio da Zoo House, pensei em trazê-la totalmente para o âmbito on-line a fim de poupar gastos elevados com pontos físicos, além da necessidade de ter muitos funcionários em uma loja”.

O empresário destaca que muitos têm se perguntado como o varejo digital deve se comportar no pós-pandemia e de que maneira a crise sanitária serviu para impulsionar o setor. “No pós-pandemia, muitas empresas digitais têm sentido um pouco nas vendas, porém é um fluxo normal de pessoas que estavam impossibilitadas de comprar em postos físicos e, agora, estão retornando a esses locais para efetuar as compras”, explica.

Apesar disso, prossegue, uma parcela significativa dos consumidores ficaram acostumados e se sentem mais seguros e confortáveis para efetuar compras on-line.

Carolina Balbino Rossi, fundadora da Zoo House, destaca que a crise sanitária foi o estopim para aqueles que não tinham o hábito de comprar pela internet e, devido à necessidade, tiveram que aprender e se acostumar a ter os e-commerces como aliados para passar por esses tempos difíceis.

“O período da pandemia foi um ponto forte para aqueles que já estavam consolidados nas plataformas on-line. Para esses, foi possível aumentar muito o faturamento mensal”, diz ela.

Rossi destaca que, entre os principais desafios do e-commerce em 2023, as empresas do setor devem investir na geração de tráfego de pessoas qualificadas para converter vendas em seus sites.

“Outra questão é lutar para encontrar taxas nos marketplaces que sejam viáveis para comercializar seus produtos. No cenário atual, encontramos taxas elevadas, tanto em marketplaces quanto em operadoras de meios de pagamento on-line”, acrescenta.

Para mais informações, basta acessar: https://zoohouse.com.br/

Fonte : https://www.terra.com.br/noticias/comercio-eletronico-deve-crescer-95-no-brasil-ate-2025,6895571dbae3fe6679dd433eb7aa9b7arz4opnus.html