Eletroeletrônicos sofrem redução anual de 6,2% em preços no e-commerce, aponta Fipe/Buscapé

O Índice de Preços Fipe/Buscapé registrou, em maio, a menor queda dos eletroeletrônicos nos últimos seis meses. O índice referente ao acumulado de 2024 chegou a 6,2%, sendo de 0,81% somente para o mês em questão para este segmento. Ao todo, 47 categorias e dois milhões de preços foram analisados.

Apesar do segmento ter mostrado uma retração menor a nível anual e mensal, os smartphones seguem em queda nos preços, chegando a 13,7% no acumulado até maio. Entre as outras categorias, destaque para quedas em informática (10,6%) e áudio e vídeo (6,6%).

Segundo Sergio Crispim, pesquisador da Fipe, a queda dos preços em produtos eletrônicos é um fenômeno de natureza global. O especialista fala em variáveis relacionadas a estrutura da indústria mundial de eletrônicos.

“A comoditização dos produtos, além da grande escala de produção orientada para o mercado global, muita inovação e encurtamento do ciclo de vida dos produtos, acompanhados por intensa concorrência e fácil comparabilidade das ofertas, explicam parte da tendência de queda de preços em várias categorias de produtos”, afirma.

O grupo de eletrodomésticos mostrou alta, principalmente, da demanda crescente por aparelhos de ar-condicionado vista na maior parte do primeiro semestre, em meio ao verão no Hemisfério Sul. Com isso, o aumento anual na precificação deste item chegou a 17%.

“Neste caso o aumento de preços foi causado pelo descompasso entre a demanda, fortemente impulsionada pelas ondas de calor, e a oferta, negativamente impactada por problemas de logística em Manaus”, explica Crispim.

Ainda neste segmento, lavadoras de roupa (3,7%), geladeiras (1,4%) e fogões (1,1%), tiveram retrações, individualmente, na média anual.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/eletroeletronicos-queda-precos-e-commerce-fipe-buscape”

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Temu ultrapassa Mercado Livre no México em usuários ativos após 6 meses; será que o mesmo pode acontecer no Brasil?

Temu ultrapassa em usuários ativos, mas Mercado Livre continua líder em vendas.

A chegada da Temu ao Brasil promete impactar o varejo online, o varejo físico e, inclusive, outras plataformas asiáticas focadas em produtos mais baratos. Apesar de o BTG Pactual entender que a empresa enfrentará desafios para reter e crescer sua base de clientes ao competir com plataformas que já possuem vantagens estabelecidas, segundo publicações recentes, o Goldman Sachs publicou um relatório na última semana prevendo um grande impacto no mercado.

“A TEMU CHEGA COM AMBIÇÃO E SUPORTE DE UM GIGANTE DO E-COMMERCE. COM UMA ESTRATÉGIA AGRESSIVA DE AQUISIÇÃO DE CLIENTES, A EMPRESA TEM O POTENCIAL DE CRESCER RAPIDAMENTE, ESPECIALMENTE CONSIDERANDO O APETITE DOS BRASILEIROS POR PRODUTOS BARATOS DE PLATAFORMAS INTERNACIONAIS.”

IRMA SGARZ, FELIPE RACHED E GUSTAVO FRATINI DO GOLDMAN SACHS

O fato é que, no México, a Temu se tornou líder em usuários ativos mensais (MAU, sigla em inglês) apenas seis meses após seu lançamento, alcançando 19 milhões de MAUs. Em comparação, o Mercado Livre, líder em vendas brutas, tem 15 milhões de MAUs, e a Amazon conta com 5 milhões.

Em agosto do ano passado, exatamente um ano após seu lançamento, a Temu foi o sexto aplicativo mais baixado no mundo, com 38,7 milhões de downloads (somando App Store e Google Play), de acordo com dados da AppMagic. Ficou atrás apenas de cinco grandes plataformas sociais e de mensageria: TikTok, Instagram, Facebook, WhatsApp e Telegram. Impressionantes 46% dos downloads ocorreram nos EUA. O México responde por 10%, seguido por França (5%) e Alemanha (5%).

Durante a final do Super Bowl deste ano, a Temu veiculou 6 comerciais de 30 segundos. O custo de uma veiculação dessas, no final da competição, custa aproximadamente US$ 7 milhões (R$ 35 milhões).

No Brasil, a equipe do Goldman analisou algumas ofertas iniciais da Temu e encontrou tempos de entrega variando entre 15 a 40 dias, com um pedido mínimo de R$65 (aproximadamente US$13). As entregas são feitas pelos Correios e incluem frete grátis, com um bônus de R$10 em crédito caso haja atraso. A empresa também já está em negociação com empresas de logística para melhorar seus serviços.

A variedade de produtos é ampla, abrangendo desde itens de vestuário até pequenos eletrônicos, com preços variando de R$5 (US$1) para um par de meias a R$900 (US$180) para um monitor de computador.

Os analistas também destacam que a Temu se diferencia por oferecer produtos de baixo custo, frete grátis e rápido, e por utilizar recursos de “gamificação” e recomendações de compra personalizadas para tornar a experiência de compra mais divertida. As estratégias incluem compras em grupo e anúncios em mídias sociais.

Plataformas internacionais como Shein e Shopee têm se tornado uma força crescente no Brasil nos últimos quatro anos. Apesar da carga tributária de importação de 20% aprovada pelo Congresso, essas plataformas ainda mantêm uma posição competitiva significativa devido ao seu amplo sortimento de produtos mais baratos.

Fonte: “Temu ultrapassa Mercado Livre no México em usuários ativos após 6 meses; será que o mesmo pode acontecer no Brasil? – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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