A dualidade entre estratégia de aceleração digital e eficiência operacional no varejo

Como o Walmart trabalha essa questão de forma consistente por meio do desenvolvimento do time de loja.

Compreender o mercado, os movimentos precipitados pelas economias locais e globais, o comportamento de consumo e fazer o planejamento estratégico de aceleração digital da empresa não é o mais complicado. O verdadeiro desafio começa a aparecer quando as empresas precisam implementar o que foi planejado, pois esbarram em questões relacionadas à cultura da empresa, ao conhecimento, às competências e habilidades do atual time de colaboradores, dentre outros desafios regionais e locais, dependendo do tamanho da operação, da capilaridade e de outras particularidades. Mas qual é o melhor caminho para conduzir esse processo de forma eficaz?

O Walmart, maior varejista do mundo em termos de receita – só em 2023 faturou cerca de US$ 648 bilhões – e um dos maiores empregadores dos Estados Unidos, enfrentava esse mesmo problema e compreendeu que precisava investir no desenvolvimento e capacitação de seus colaboradores como um pilar fundamental desse processo.

Este ano, consolidaram um programa de desenvolvimento que foca na capacitação de cargos técnicos, desde farmacêuticos e técnicos de refrigeração até especialistas em automação e robótica, para acelerar a transformação digital do negócio. O programa atenderá especialmente às demandas dos armazéns, centros de distribuição e atendimento online da rede.

O programa tem como objetivo ter profissionais capacitados com novas competências em um período médio de até 4 meses, viabilizando a promoção e ocupação de cargos com melhor remuneração dos atuais colaboradores, principalmente no time das lojas, clubes de compras e instalações que suportam a cadeia de suprimentos da empresa.

Colaboradores promovidos e associados ao programa, a depender do cargo que irão ocupar, também podem receber um bônus de até US$ 1.000 por ano. O atual programa da companhia foi inspirado em outro no qual 500 motoristas foram formados durante 2022 e 2023.

A história do Walmart com programas de desenvolvimento não é recente. Em 2016, por exemplo, a empresa enfrentava problemas com alta rotatividade. Identificaram que um dos principais fatores associados era a baixa remuneração paga aos colaboradores.

Além de simplesmente fazerem uma revisão da remuneração, criaram também 200 centros de treinamento gerenciais espalhados pelos Estados Unidos para que pudessem estar mais próximos dos colaboradores, treiná-los e associar a promoção e melhor remuneração à meritocracia e capacitação, especialmente dos times das lojas, para desenvolver habilidades fundamentais para continuar a suportar o crescimento da empresa.

Com esse programa, além de reduzir a rotatividade, conseguiram que 75% das lojas atingissem as metas internas de satisfação do cliente (antes, o índice era de apenas 16%), alcançaram maior consistência na melhoria da avaliação de ‘lojas mais limpas, rápidas e amigáveis’ e registraram um aumento nas compras feitas pelos próprios colaboradores das lojas.

O projeto, que foi direcionado principalmente às lojas, clubes e à cadeia de suprimentos da empresa, também conseguiu melhorar em 30% a remuneração geral desse grupo, aumentar em 70% a percepção justa na empresa como um todo em relação à remuneração e  em 60% a satisfação geral dos colaboradores, que passaram a ver maior investimento e seriedade no desenvolvimento de suas carreiras dentro do Walmart. Consequentemente, o atendimento ao cliente melhorou em 75%, e os custos operacionais diminuíram em 7%. Nesse movimento, a empresa investiu US$ 2,7 bilhões e, em seguida, obteve um faturamento de US$ 5 bilhões.

Preparar as pessoas da sua empresa para serem protagonistas durante o processo de transformação digital, estabelecendo processos bem definidos, ao mesmo tempo em que mantém espaço para novas ideias e inovação, é fundamental para a perenidade de qualquer negócio do mercado de varejo e consumo – um setor da economia que é diretamente impactado pelos comportamentos de consumo, que vêm mudando de forma acelerada, como nunca antes visto em nossa história.

Quem acompanhou meu último artigo pôde verificar em primeira mão a Matriz de Gestão Now do Varejo, apresentada durante o Latam Retail Show, maior e mais relevante evento de varejo da América Latina. Na matriz, apresento os cruzamentos dos principais pontos estratégicos e operacionais que impactam negócios no mercado de varejo e consumo, independentemente da área de atuação. Além disso, trago uma visão muito clara dos principais pontos de desenvolvimento que o mercado precisa atuar.

O Walmart é um excelente exemplo que ilustra muito bem esse movimento: uma empresa que investe no desenvolvimento de pessoas para suportar a transformação digital, com processos claros e bem estabelecidos, pensando não somente em programas pontuais, mas em uma visão estratégica e consistente de longo prazo.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/03/10/2024/artigos/a-dualidade-entre-estrategia-de-aceleracao-digital-e-eficiencia-operacional-no-varejo/”

 

 

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Retail Metafusion: os exemplos de Magalu, Alibaba, Cacau Show e Chilli Beans no varejo

“Estamos vivendo a iminência de um novo ciclo no varejo, em um processo que caracterizamos como Retail Metafusion, que vai muito além do sentido atribuído a fusões financeiras.

E esse será o tema do Latam Retail Show de 2025: ‘Retail Metafusion: 10 years ahead’, como foi anunciado ao término do evento deste ano, na semana passada.

A inspiração vem das fusões físicas, em que as partes preservam suas características próprias, mas a resultante é mais forte e combina virtudes e competências de cada uma para reposicionar empresas, entidades, varejo, fornecedores de produtos, serviços, tecnologia e soluções em negócios e atividades, gerando impactos positivos nos negócios e na sociedade de forma ampla.

Além disso, elas podem assegurar oportunidades de crescimento, amadurecimento e expansão de atuação.

Deve ser uma alternativa ao processo de crescente competitividade, potencializada pela Inteligência Artificial, com seus impactos decisivos no emprego, nas operações, nas estratégias, nos modelos de negócio, na cultura e na gestão das organizações.”

E nos referimos à metafusão em sentido amplo, mais do que a integração de duas ou mais atividades. Ela pode ser vista como uma estratégia corporativa que vai além de uma fusão financeira ou aquisição, focando em combinar forças complementares de diferentes empresas para criar organizações mais resilientes, inovadoras, estruturadas e maiores para o futuro.

O que foi anunciado recentemente no Brasil, combinando competências e atuações entre Magalu e Alibaba em parte de suas atividades, sem uma fusão financeira ampla entre empresas, pode ser caracterizado também como Retail Metafusion, no sentido que propomos e que foi detalhado durante o Latam Retail Show, na semana passada.

Da mesma forma que Alê Costa expôs em sua apresentação, mostrando a amplificação da Cacau Show com os hotéis Bendito Cacao, a área de parques de entretenimento e agora com o licenciamento de produtos, dando uma nova dimensão à proposta da marca e dos negócios.

Ou como Caito Maia também destacou em sua participação, ao redimensionar estrategicamente e de forma ambiciosa a Chilli Beans, avançando para os cruzeiros e os drinks. Tudo isso vai muito além do simples licenciamento de marcas.

De forma similar, Publicis e Carrefour combinaram competências na França e no Brasil para desenvolver a área de retail media, de maneira diferente do que fez o Walmart, que criou o negócio Walmart Connect, como também foi mostrado no Latam Retail Show.

E isso é ainda diferente do que propusemos no passado como um estágio posterior, quando poderemos ter a criação dos Megaecossistemas de Negócios, com a combinação de diferentes ecossistemas, com atuação potencial complementar como varejo com educação, saúde, transporte ou alimentação, de forma ampla, ainda mais ambiciosa e visionária.

Neste estágio atual, que propomos como tema dominante na próxima década, esse tipo de “metafusion” buscará maximizar o potencial das empresas envolvidas ao integrar alguns ativos, tecnologias, marcas, capacidades operacionais e até cultura organizacional, com o objetivo de gerar valor superior ao que seria possível apenas por ganhos financeiros, potencializando negócios e “valuation”. Isso ocorrerá sem que as organizações percam sua essência, competências e atuação, mas avançando para serem maiores, mais protagonistas e resilientes.

Alguns elementos que caracterizam essa proposta são:

Complementaridade de capacidades e competências

Em vez de apenas somar ativos financeiros, a fusão busca unir capacidades e competências complementares. Uma empresa com forte presença digital, local ou global, pode se fundir com outra que tenha um grande alcance físico e experiência, capacidade e diferenciais no entendimento e atendimento de clientes locais. Essa combinação permite criar um sistema multicanal mais eficiente, melhorando tanto a experiência do cliente quanto a eficiência operacional e, principalmente, gerando resultados maiores, mais rápidos e assegurando liderança.

Cultura e valores

A fusão vai além dos aspectos financeiros e visa combinar aspectos da cultura corporativa das partes envolvidas. Empresas que compartilham valores comuns, como inovação, sustentabilidade e foco no cliente, tendem a avançar nesse processo de forma mais fluida, resultando em organizações mais estruturadas e alinhadas com propósitos e resultados mais tangíveis.

Inovação e visão de futuro

Ao combinar recursos, expertise e visão estratégica, essas fusões são feitas com uma perspectiva de longo prazo, focando na criação de novos mercados, no desenvolvimento de tecnologias e em soluções inovadoras que impulsionem a competitividade. A Retail Metafusion, portanto, é orientado para gerar empresas visionárias que antecipam mudanças de mercado e se reposicionam mais rapidamente.

Sustentabilidade e resiliência

A combinação de partes fortalece a capacidade das organizações envolvidas de enfrentar crises e desafios do mercado. Ao evoluir nesse modelo para diversificar ou criar um estágio superior em sua atuação e integrar diferentes canais de receita, cadeias de suprimentos ou mercados de atuação, a nova entidade resultante se torna mais relevante, ampliando suas competências e diminuindo sua vulnerabilidade a flutuações sociais, negociais e econômicas.

Para desafios crescentes, potencializados pela Inteligência Artificial, será preciso buscar alternativas inovadoras, ambiciosas e visionárias, combinando elementos para oferecer novas opções para o crescimento comum.

Visualizamos uma era disruptiva de evolução conceitual, financeira e organizacional, que demandará lideranças abertas e proativas para combinar elementos, como nas fusões físicas, somando e fortalecendo forças para trazer respostas e soluções aos desafios e oportunidades do presente e do futuro imediato. Vale refletir.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/23/09/2024/artigos/retail-metafusion-os-exemplos-de-magalu-alibaba-cacau-show-e-chilli-beans-no-varejo/”

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Walmart e Amazon aceleram a digitalização das suas lojas físicas

À medida que Walmart e Amazon  competem para liderar a transformação omnicanal no varejo, as gigantes estão incorporando tecnologias digitais em suas lojas físicas, buscando oferecer a experiência de compra mais conveniente e conectada para seus clientes.

O Walmart está avançando na digitalização das etiquetas nas prateleiras para tornar suas operações mais eficientes, o que promete uma jornada de compra mais fluída para os consumidores. Após um teste em Grapevine, Texas, a empresa anunciou planos de implementar etiquetas digitais, desenvolvidas pelo VusionGroup, em 2.300 lojas até 2026.

Essas etiquetas substituirão as tradicionais de papel, permitindo que os funcionários atualizem os preços por meio de um aplicativo móvel, reduzindo o trabalho manual envolvido. Com mais de 120.000 produtos por loja e milhares de atualizações de preços semanais, o Walmart poderá realizar essas mudanças em minutos, em vez de dias.

“A transição para rótulos de prateleira digitais é uma virada de jogo para o Walmart, nossos clientes e nossos associados”, afirmou Daniela Boscan, líder da equipe de alimentos e consumíveis do Walmart em Hurst, Texas, em uma postagem no blog da empresa. Ela acrescentou que a tecnologia promove “eficiência e satisfação do cliente.”

Além disso, o Walmart utiliza outras tecnologias Click-and-Mortar, como o Scan & Go para membros do Walmart+, retirada na loja e na calçada para pedidos online, e recursos de pagamento digital como compre agora, pague depois (BNPL).

A Amazon, por sua vez, está investindo em tecnologias conectadas para oferecer capacidades omnicanal tanto em suas próprias lojas quanto em lojas de terceiros. A gigante do e-commerce tem se concentrado no uso de seu carrinho de compras inteligente, o Amazon Dash Cart, em seus supermercados Fresh, enquanto licencia sua tecnologia de checkout de visão computacional Just Walk Out para outros varejistas.

Além disso, a Amazon possui a tecnologia de reconhecimento de palma Amazon One, que permite aos clientes entrarem e pagarem nas lojas com a leitura da palma da mão. Esse método é projetado para ser uma maneira rápida e sem contato de autenticar identidade e pagamentos. A empresa também oferece uma variedade de opções de retirada no local para compras digitais.

Fonte: “Walmart e Amazon aceleram a digitalização das suas lojas físicas – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Preço ainda é a principal preocupação dos consumidores ao fazer compras em marketplaces online

O relatório de inteligência da PYMNTS “The Online Features Driving Consumers to Shop With Brands, Retailers or Marketplaces”, criado em colaboração com a Adobe, foi baseado em uma pesquisa com mais de 3.500 consumidores dos EUA em outubro para entender as escolhas e comportamentos dos compradores quando fazem compras online, assim como os fatores que impulsionam essas ações.

Os resultados revelam que, quando os consumidores optam por comprar em marketplaces online em vez de em um site ou aplicativo móvel de uma marca ou varejista, grande parte ainda cita preços melhores como o fator mais influente que motiva suas decisões.

Especificamente, 18% daqueles que fizeram todas ou a maioria de suas compras digitais nos últimos 30 dias por meio de marketplaces listaram preços melhores como o principal motivo – maior do que a parcela daqueles que citaram seleção de produtos, frete grátis ou uma série de outros fatores.

A Amazon, principal marketplace americano, por sua vez, aproveita a demanda de seus clientes por melhores preços com uma variedade de eventos de ofertas e outras iniciativas de descontos.

No evento Prime Day de outubro, por exemplo, segundo a Amazon, os membros do Amazon Prime conseguiram economizar mais de US$ 1 bilhão por meio de milhões de ofertas durante o lançamento de dois dias do Prime Big Deal Days. Ao longo dessa festa de compras de 48 horas, os membros do Prime supostamente fizeram pedidos de mais de 150 milhões de itens dos vendedores independentes da Amazon.

Além disso, o Walmart viu ganhos em seu negócio de marketplace, sugerindo que a empresa também está encontrando maneiras de atender a essa demanda. A empresa relatou em sua última chamada de resultados que viu um aumento de 20% nos vendedores do marketplace.

O CEO da empresa, Doug McMillon, disse que “a combinação de marketplace e as comissões associadas a ele, serviços de atendimento, associação, publicidade e nosso negócio de modernização de dados menor, mas em crescimento rápido, nos permitem aumentar nosso lucro líquido mais rapidamente do que nossa receita líquida”. O marketplace, segundo ele, “é um motor para o nosso negócio”.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/preco-ainda-e-a-principal-preocupacao-dos-consumidores-ao-fazer-compras-em-marketplaces-online”

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Entrega rápida: Target lança programa de fidelidade para competir com Amazon e Walmart

Ao que tudo indica, a Target está pronta para enfrentar sua concorrência de frente. Na última quarta-feira (06/03), a gigante do varejo americano anunciou o lançamento do Target Circle 360, novo programa de associação paga que estará disponível a partir do próximo mês.

O Target Circle 360, revelado em meio a fortes ganhos que impulsionaram as ações da empresa quase ao máximo em 52 semanas, oferece uma variedade de vantagens exclusivas. Esta nova opção de adesão se junta a outras duas oferecidas pelo varejista sediado em Minnesota.

Vale destacar que, no Brasil, os programas de fidelidade também seguem em ascensão. Isso porque, segundo um relatório da ABEMF, o país registrou um crescimento de 9,5% nos cadastros no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os benefícios do Target Circle 360 incluem:

  • Uma oferta promocional especial permitindo a adesão por US$ 49 por um ano, com o preço subindo para US$ 99 posteriormente;
  • Entrega no mesmo dia em apenas uma hora para pedidos ilimitados acima de US$ 35;
  • Acesso ao serviço de entrega do mercado Shipt, que garante entregas no mesmo dia de vários varejistas;
  • Frete grátis em dois dias;
  • Política de devolução sem pressa e 30 dias extras para devoluções;
  • Todos os benefícios do Target Circle.

Versão gratuita

Além disso, a Target lançará no mesmo dia o Target Circle. Trata-se de uma opção de adesão gratuita, que oferece ofertas automáticas na finalização da compra e pontos de recompensa do Target Circle. Segundo a empresa, desde o seu lançamento em 2019, o Target Circle já atraiu cerca de 100 milhões de membros.

E a concorrência?

Comparativamente, o Amazon Prime (por US$ 14,99 por mês ou US$ 139 anualmente) oferece:

  • Entrega gratuita no mesmo dia ou em dois dias;
  • Devoluções gratuitas em pedidos qualificados;
  • Ofertas exclusivas em mantimentos;
  • streaming de vídeo, entre outros.

Por outro lado, a assinatura do Walmart+ (que custa US$ 12,95 por mês ou US$ 98 por ano) oferta:

  • Entrega gratuita em um supermercado local para pedidos acima de US$ 35;
  • Descontos em combustível;
  • e acesso ao streaming de vídeo Paramount+.

Com o lançamento do Target Circle 360, a Target busca solidificar sua posição no mercado varejista, oferecendo aos consumidores uma gama abrangente de benefícios no programa de fidelidade.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/entrega-rapida-target-lanca-programa-de-fidelidade-para-competir-com-amazon-e-walmart”

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Walmart avança no omnichannel para enfrentar a liderança da Amazon no comércio eletrônico

Na corrida entre o Walmart e a Amazon pela preferência do consumidor, o Walmart vem tentando diminuir a diferença entre a concorrente ao recorrer a novas tecnologias para fundir a jornada de compra digital e física, fornecendo ao cliente uma experiência mais simplificada de compra. Na última semana, a gigante varejista começou a reunir esforços tecnológicos para incrementar a experiência digital, trazendo uma imersão presencial às suas plataformas de comércio eletrônico.

Como exemplo, o Walmart passou a testar etiquetas digitais que se acendem para ajudar os compradores a passear pelas lojas gigantescas. Ao ativá-las por meio do aplicativo, o cliente consegue localizar com mais facilidade o que procura. A tecnologia já estava sendo utilizada pelos funcionários em alguns locais, piscando em verde para orientar os estoquistas e em azul para ajudar os selecionadores de produtos na montagem das compras do e-commerce. Na versão piloto, é a vez do consumidor testar o método para fazer buscas nas lojas.

Na última quarta-feira (31), o Walmart também anunciou que pretende construir, converter ou reformar 150 lojas nos próximos cinco anos, integrando-as no conceito de “Lojas do Futuro”, incorporando uma tecnologia interativa com o online na hora das compras.

Além disso, o aperfeiçoamento das compras digitais do varejista também inclui uma experiência virtual com mais de 750 pares de óculos para uma visualização realista dos produtos, gerando imagens de Realidade Aumentada (RA).

Avanço da Amazon na liderança

A adoção dessas medidas surgem no momento em que a Amazon tem aumentado sua liderança no varejo, segundo a edição de novembro do Whole Paycheck Report da PYMNTS Intelligence, intitulado  “Amazon amplia sua liderança sobre o Walmart em gastos no varejo”.

O estudo se baseou em cada um dos relatórios de lucros da empresa em conjunto com dados nacionais do US Census Bureau e do Bureau of Economic Analysis. Mostrando que, no terceiro trimestre, a Amazon detinha uma participação de 8,2% nos gastos do consumidor, acima de 7,6% no trimestre anterior. Já a participação do Walmart foi 7,2%, ficando estável trimestre após trimestre.

A Amazon está empenhada em integrar as experiências de compras digitais e físicas, utilizando tecnologias como “Just Walk Out” e o carrinho Dash Cart. Recentemente, a empresa expandiu o recurso “consulte um amigo” para clientes em vários países, adicionando um elemento social às compras. Na última semana, as atualizações da Amazon focaram mais na inovação do comércio eletrônico.

Também na terça-feira, a gigante do comércio eletrônico elogiou as melhorias nos prazos de entrega para membros Prime, enquanto mantém uma liderança notável, detendo 53% da participação nos gastos de comércio eletrônico nos EUA, em comparação com a participação do Walmart de menos de 7%.

Corrida pelo Omnichannel

À medida que a competição entre essas gigantes do varejo se intensifica, tanto os canais digitais quanto os físicos são campos de batalha fundamentais. Descobertas de outro estudo da PMYNTS Intelligence, “Interesse do consumidor em um aplicativo diário”, mostrou que os consumidores utilizam dispositivos digitais e canais tradicionais para compras, evidenciando a diversidade nas preferências.

Além disso, o interesse dos consumidores em experiências que integram o digital e o físico, como os recursos de teste de RA do Walmart, destaca a importância contínua integração tecnológica na experiência de compra. A competição entre Walmart e Amazon continuará a abordar as crescentes necessidades dos consumidores que exploram ambos os canais para suas compras.

Fonte: “Walmart avança no omnichannel para enfrentar a liderança da Amazon no comércio eletrônico – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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