O crescimento estratégico do fulfillment no setor B2B

O fulfillment, amplamente conhecido como o conjunto de processos que viabiliza o fluxo eficiente de mercadorias do armazém ao cliente final, tem evoluído de uma prática predominante no B2C para uma solução estratégica no setor B2B. O ritmo acelerado das operações comerciais entre empresas demanda uma logística que acompanhe a complexidade dos novos modelos de negócio. Para empresas B2B, a implementação de um sistema de fulfillment bem estruturado se tornou indispensável para responder às exigências de prazos curtos, visibilidade de ponta a ponta e flexibilidade nos processos de entrega, elementos que influenciam diretamente a competitividade e a experiência do cliente.

O fulfillment no contexto B2B: mais complexidade e personalização

Diferentemente do B2C, em que a rapidez de entrega e a experiência do consumidor são o foco, o fulfillment B2B abrange um cenário logístico mais robusto. No B2B, os pedidos costumam ter volumes maiores, exigem processos de conformidade rigorosos e envolvem pontos críticos que vão além da simples entrega. Alguns aspectos que destacam a complexidade do fulfillment B2B incluem:

Tamanho e frequência dos pedidos: as empresas compram em maior quantidade e com frequência recorrente, demandando uma capacidade de gerenciamento de inventário maior e uma logística de distribuição mais refinada.

Customização dos pedidos: o setor B2B frequentemente precisa de soluções personalizadas para atender a requisitos específicos dos clientes, como opções de montagem ou configurações de embalagem diferenciadas, além de agendamento de entregas em janelas específicas.

Exigências de conformidade e regulamentação: as operações B2B envolvem regulamentações rigorosas que variam por setor. Por exemplo, setores como saúde e automotivo requerem rastreabilidade dos lotes, armazenamento especializado e documentação adicional para garantir conformidade, o que torna o processo mais complexo.

Esses fatores exigem que as operações de fulfillment B2B sejam altamente adaptáveis e que empreguem tecnologias e processos que suportem desde o recebimento e armazenagem até a distribuição, garantindo precisão e segurança ao longo de todas as etapas.

Principais fatores que impulsionam o crescimento do fulfillment no setor B2B

O crescimento do fulfillment B2B reflete uma adaptação ao mercado, mas também uma necessidade estratégica em resposta a mudanças profundas no comportamento das empresas compradoras e no avanço tecnológico:

Digitalização e integração de sistemas

A transformação digital tem um papel fundamental na popularização do fulfillment no B2B. Com a adoção de plataformas digitais de venda e compra, tornou-se necessário conectar as operações com sistemas de gestão de armazém (WMS), transporte (TMS) e rastreamento para permitir uma visão centralizada e em tempo real. Essa integração entre sistemas possibilita:

– Automação do inventário: sistemas de WMS modernos mantêm o controle automatizado do inventário, otimizando a reposição de estoque e prevenindo rupturas.

– Gestão de pedidos eficiente: a automação permite que os pedidos sejam processados com rapidez e precisão, reduzindo a probabilidade de erros manuais e acelerando a expedição.

– Rastreamento e visibilidade em tempo real: o cliente B2B espera uma visibilidade completa do pedido, desde a preparação até a entrega. Com sistemas integrados, as empresas conseguem oferecer transparência e atualizações constantes.

Aumento da exigência dos clientes corporativos

A experiência dos clientes B2B também passou a ser modelada pelas suas vivências no e-commerce B2C. Eles agora exigem maior conveniência, agilidade e previsibilidade, o que pressiona as empresas fornecedoras a investir em fulfillment de ponta para atender às suas expectativas. Demandas como rastreabilidade, prazos mais curtos e a capacidade de adaptação em situações emergenciais se tornaram padrão no setor B2B, refletindo o impacto do e-commerce na forma como as empresas enxergam a experiência de compra.

Adoção de modelos D2C e suprimento direto ao cliente final

O modelo D2C, que elimina intermediários e conecta fabricantes diretamente com os clientes, também tem se mostrado atrativo para empresas B2B. Isso permite que fornecedores gerenciem pedidos sem a intermediação de distribuidores, mantendo o controle sobre a entrega final e garantindo uma experiência padronizada. A adoção desse modelo impulsiona o uso do fulfillment, que passa a gerenciar os envios diretos ao consumidor final, além de lidar com complexidades adicionais, como o processamento de grandes volumes e a customização de pedidos.

Benefícios estratégicos do fulfillment para empresas B2B

A integração do fulfillment em uma estratégia B2B transforma operações logísticas em verdadeiros diferenciais competitivos, promovendo uma série de vantagens que vão além da eficiência. Entre os principais benefícios estão:

Aumento da eficiência operacional e redução de custos

Um sistema de fulfillment otimizado automatiza várias etapas do processo logístico, permitindo a alocação mais inteligente de recursos, menor necessidade de mão de obra para tarefas repetitivas e a redução de falhas. Isso se traduz em menores custos operacionais e um melhor aproveitamento do espaço de armazenagem e transporte. Além disso, a automatização melhora a eficiência nas rotas e nos métodos de entrega, impactando positivamente as margens de lucro.

Precisão e confiabilidade para o cliente

No B2B, a consistência e a confiabilidade são fundamentais. Com um fulfillment eficiente, empresas podem garantir que cada pedido seja processado e entregue de acordo com os requisitos específicos de cada cliente. Esse nível de serviço não apenas fortalece a relação comercial, mas também agrega valor à marca, demonstrando um compromisso com a qualidade e a pontualidade.

Escalabilidade e flexibilidade na cadeia de suprimentos

A demanda por produtos e insumos no setor B2B pode ser volátil e influenciada por fatores externos, como sazonalidade e oscilações de mercado. O fulfillment eficiente permite que as empresas aumentem ou reduzam a capacidade operacional conforme necessário, mantendo a continuidade e a qualidade dos serviços. Essa flexibilidade garante que as empresas consigam adaptar-se rapidamente a variações sem comprometer a qualidade do atendimento.

Melhoria no nível de serviço e na experiência do cliente

A entrega rápida, o rastreamento em tempo real e a possibilidade de personalizar as etapas de processamento do pedido se tornam diferenciais no atendimento ao cliente. Ao proporcionar uma experiência de compra semelhante àquela vivenciada no B2C, as empresas que implementam fulfillment de forma robusta conseguem fidelizar clientes corporativos que veem valor em uma operação confiável e ágil.

Considerações finais

O fulfillment no setor B2B evoluiu de um conceito logístico para um verdadeiro pilar estratégico. Empresas que investem em uma infraestrutura de fulfillment bem desenvolvida conseguem não apenas atender às expectativas elevadas dos clientes, mas também se posicionar como parceiros de negócio ágeis e eficientes. Em um mercado no qual a competição exige rapidez e consistência, o fulfillment B2B é uma ferramenta essencial para alavancar resultados, reduzir custos e consolidar-se como referência de qualidade e confiabilidade no setor.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-crescimento-estrategico-do-fulfillment-no-setor-b2b”

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Estoca expande fulfillment em Extrema (MG) com foco em entregas rápidas

Em quatro anos, a logitech registrou o marco de 5 milhões de pedidos entregues e espera fechar o ano com ​mais de ​7 milhões de entregas.

Com um crescimento do volume no último semestre três vezes maior em relação a de dezembro de 2023, a Estoca tem ampliado a operação no centro de distribuição em Extrema (MG) para a oferta do serviço fulfillmentSegundo a companhia, o objetivo é garantir entregas personalizadas e mais rápidas.

Com tecnologia própria, o fulfillment é monitorado em tempo real, desde o estoque até a entrega. Em comunicado, a empresa afirmou que oferece empacotamento personalizado, suporte especializado e escalabilidade para acompanhar o crescimento da demanda de seus clientes, especialmente em momentos de pico do e-commerce, como Black Friday e Natal. 

De acordo com o CEO da Estoca, Caio Almeida, a cidade de Extrema combina uma excelente infraestrutura logística com uma localização estratégica, próxima às principais rodovias de São Paulo, o que permite uma distribuição massiva pelo Brasil.

Atualmente, a Estoca trabalha com dois modelos de negócios: o fulfillment e o WMS (Warehouse Management System), tecnologia proprietária que automatiza as operações e aumenta a produtividade na gestão de estoques nos galpões próprios de e-commerce.

“Ao atuar com diversas marcas de e-commerce, nossa proposta é que o cliente final – aquele que receberá o produto do nosso cliente – tenha a melhor experiência de entrega. O foco da empresa é oferecer soluções personalizadas, que se adaptem ao volume de cada operação de e-commerce, garantindo velocidade e eficiência”, afirmou Caio.

Além de Extrema (MG), a Estoca possui centros de distribuição em Itapevi (SP), Vargem Grande Paulista (SP), Serra (ES) e Recife (PE). A logitech, que registrou em julho o marco de 5 milhões de pedidos entregues desde sua fundação há quatro anos, espera fechar o ano com mais de 7 milhões de entregas.

“Pelo movimento do mercado, prevemos um aquecimento de vendas em função das duas datas mais aguardadas pelo varejo: a Black Friday e o Natal. Na Black Friday, por exemplo, estimamos que o volume de entregas entre outubro e novembro cresça cerca de 60% em relação ao mesmo período ano passado”, complementou o CEO da Estoca.

BENEFÍCIO FISCAL EM MINAS GERAIS

Segundo a companhia, um dos grandes atrativos de Extrema é o tratamento tributário especial voltado para o e-commerce, oferecido pelo Governo de Minas Gerais. Enquanto em São Paulo o ICMS pode chegar a 18%, em Minas Gerais esse percentual é drasticamente reduzido, variando de 2% a 6% para vendas internas e até 1,3% para vendas interestaduais.

De acordo com a companhia, o estado dispensa a retenção e o recolhimento do ICMS nas entradas de mercadorias, um benefício que pode representar uma economia significativa para o e-commerce.

Fonte: “Estoca expande fulfillment em Extrema (MG)

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onBlox leva soluções de TMS e WMS para a nuvem

Segundo a empresa, atualização dos sistemas reduz em até 60% o tempo de implantação da aplicação, além de diminuir custos.

A onBlox, empresa que desenvolve softwares para a gestão de armazéns e frotas, anunciou que seus sistemas TMS e WMS agora estão disponíveis na nuvem. Segundo a companhia, a atualização dos sistemas reduz em até 60% o tempo de implantação da aplicação, além de diminuir custos.

Com as plataformas em nuvem, a onBlox elimina a necessidade de infraestrutura local, como servidores e backups, além de possibilitar uma instalação imediata dos módulos a partir da habilitação.

“Com essa mudança, reduzimos em 60% o tempo de implantação da solução, que pode ser adquirida no pacote de funcionalidades de acordo com a necessidade do cliente. Basta habilitar a solução e o cliente já pode começar a usar”, explicou o diretor da onBlox, Fabrício Santos.

Santos destacou que o diferencial das soluções da onBlox é a comercialização em pacotes modulares, permitindo ao cliente escolher qual pacote irá levar a depender da demanda de seu negócio. A implementação também é personalizada e escalável, sem interrupções nas operações ou custos excessivos.

“Na onBlox, prezamos por romper com o modelo tradicional de comercialização para garantir os melhores e mais rápidos resultados à medida que o cliente evolui o seu negócio, além de possibilitar o menor custo e complexidade na adoção da tecnologia”, disse o executivo.

Fonte: “onBlox leva soluções de TMS e WMS para a nuvem

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Assaí inaugura centro de distribuição em Manaus para fortalecer expansão no Norte

Em comunicado, a companhia destacou que o novo CD melhora a eficiência logística e a capacidade de estocagem, apoiando a expansão da rede no Norte do Brasil e enfrentando os desafios climáticos da região.

O Assaí inaugurou o seu primeiro centro de distribuição no Amazonas para fortalecer a expansão no Norte brasileiro. Segundo a companhia, a nova unidade ajudará a melhorar o alinhamento de compras com a indústria e reduzir riscos de desabastecimento, além de enfrentar melhor os desafios causados pela estiagem, consequência das mudanças climáticas. 

Com a nova abertura, o Assaí passa a operar cinco CDs nas regiões Norte e Nordeste e quatro lojas no Amazonas, todas em Manaus. A rede iniciou suas operações no estado em 2016, com a abertura do Assaí Grande Circular. 

De acordo com o diretor de Logística do Assaí Atacadista, João Andrade, a infraestrutura do CD foi projetada para acomodar o crescimento futuro da companhia no Norte, uma região estratégica para o Assaí, com potencial para expansão. 

“O novo centro de distribuição em Manaus é fundamental para os objetivos do Assaí no estado. Primeiro porque já começamos com uma tecnologia de ponta para garantir um abastecimento eficiente e reforçado para as nossas lojas. E segundo porque, com este CD, ampliamos a nossa capacidade de estocagem para o Amazonas, garantindo maior precisão no nosso planejamento de compras e abastecimento das lojas”, analisou o executivo. 

Segundo o executivo, o CD ajudará a enfrentar as questões de estiagem que a região tem enfrentado devido às mudanças climáticas. “Esta operação nasce ajustada ao tamanho atual da nossa presença em Manaus, mas também possui a capacidade de expansão conforme o Assaí continue crescendo no Norte, uma região bastante estratégica para a companhia”, avaliou o Andrade. 

INOVAÇÃO 

Em junho, o Assaí Atacadista implementou o Sistema de Gerenciamento de Armazéns (WMS). O primeiro centro de distribuição a receber 100% dessa nova tecnologia foi o de Paulista, em Pernambuco. Agora, o CD em Manaus será o primeiro a operar com o novo sistema desde o início de suas atividades.  

“Dada a complexidade da nossa operação, um dos principais desafios é adaptar-se às diferenças regionais que existem em cada um dos nossos 12 CDs. Por isso, decidimos adotar uma ferramenta que pudesse lidar com a diversidade de cenários em nossos centros, o que motivou a mudança de tecnologia”, explicou Andrade. 

Fonte: “Assaí inaugura centro de distribuição em Manaus (mundologistica.com.br)

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Entregas atrasadas lideram motivos de abandono de marca, revela pesquisa

Relatório “CX Trends 2024” apontou que 58% dos consumidores estão dispostos a abandonar marcas após experiência negativa; CEO do Grupo MOVE 3 destaca estratégias para superar desafios logísticos .

Em um mercado digital cada vez mais competitivo, a experiência do cliente tornou-se o diferencial entre a fidelidade ou o abandono de uma marca. De acordo com o relatório “CX Trends 2024”, 58% dos consumidores afirmam que não comprariam novamente de uma marca após uma experiência negativa, com atrasos na entrega (28%) e baixa qualidade do serviço (27%) sendo os principais motivos de insatisfação.

Segundo o CEO do Grupo MOVE 3, Guilherme Juliani, os atrasos nas entregas representam uma quebra significativa de confiança. “As expectativas dos consumidores em relação à rapidez e precisão na entrega nunca foram tão altas, e as marcas que não conseguirem atender a essas demandas correm o risco de perder sua base de clientes para concorrentes mais ágeis”.

Em datas sazonais como a Black Friday e o Natal, por exemplo, a agilidade logística tornou-se ainda mais relevante. “O mercado é implacável e a lealdade do cliente está diretamente ligada à experiência que ele tem com a marca em todas as etapas do processo de compra, incluindo a entrega”, ressaltou o CEO.

ENTREGA RÁPIDA E FRETE GRÁTIS

Neste cenário, serviços como entrega rápida e frete grátis ganham destaque, influenciando diretamente a decisão de compra e a fidelização dos clientes. Uma pesquisa recente, realizada pela NielsenIQ em parceria com a Amazon Brasil, revela que 45% da população do país já assina algum tipo de serviço dessa categoria. Entre os setores com maior adesão, destacam-se o streaming, com 80% dos entrevistados assinando algum serviço, e o e-commerce, onde 77% consideram aderir a um serviço Prime ou Premium.

De acordo com a pesquisa, o principal motivador é o frete grátis: 74% dos entrevistados consideram esse um elemento fundamental para assinar um serviço. Em seguida, os participantes da pesquisa destacaram questões como descontos exclusivos (62%), facilidade de pagamento (51%) e acesso a benefícios exclusivos (50%).

COMO GARANTIR A SATISFAÇÃO DO CLIENTE?

Guilherme Juliani listou estratégias para auxiliar nos desafios logísticos e garantir a satisfação do cliente. Confira:

Otimização de rotas: utilize sistemas de roteirização que considerem tráfego, condições climáticas e outros fatores em tempo real para determinar a melhor rota. “Na MOVE 3, utilizamos um Sistema WMS de Gestão de Armazenagem, que permite o gerenciamento preciso de estoques e pedidos, além do rastreamento em tempo real das entregas. Isso garante total transparência e controle para os nossos clientes”, detalhou o CEO.

Tecnologia de rastreamento em tempo real: implemente sistemas que permitam monitorar as entregas em tempo real, oferecendo visibilidade tanto para a empresa quanto para o cliente. “Outro exemplo de investimento na MOVE 3 é o de tecnologias de ponta, como robótica, automação e big data, para otimizar processos e melhorar a eficiência das operações. Nossa flexibilidade e capacidade de adaptação às necessidades específicas de cada cliente são diferenciais que nos colocam à frente no mercado”, acrescentou Juliani.

Parcerias confiáveis com transportadoras e gestão de estoque: selecione transportadoras com histórico de pontualidade e mantenha uma comunicação constante para lidar rapidamente com qualquer imprevisto. O CEO ainda ressalta que é importante “manter um controle rigoroso do inventário para garantir que os produtos estejam disponíveis e prontos para envio imediato”.

Treinamento contínuo de equipes: capacite os colaboradores para que possam gerenciar situações imprevistas de forma eficiente. “Priorize entregas urgentes, sempre”, enfatizou.

Comunicação proativa com clientes: mantenha os clientes informados sobre o status de suas entregas e, em caso de possíveis atrasos, ofereça alternativas e suporte imediato. Segundo o CEO, “a MOVE 3 oferece suporte pós-venda em múltiplos canais, atendendo às expectativas de 23% dos consumidores que, segundo o CX Trends 2024, valorizam esse tipo de atendimento”.

Manutenção preventiva de veículos e revisões: garanta que a frota de veículos esteja sempre em perfeito estado, realizando manutenções regulares para evitar problemas durante as entregas. “Outro ponto essencial é realizar auditorias frequentes nos processos logísticos para identificar e corrigir potenciais falhas antes que causem atrasos”, afirmou.

Flexibilidade na entrega e planejamento: ofereça opções flexíveis de entrega, como horários diferenciados ou entrega no mesmo dia, para atender melhor às necessidades dos clientes. “É importante antecipar as demandas sazonais e planejar a logística com antecedência, aumentando a capacidade operacional quando necessário”, ressaltou o CEO do Grupo MOVE 3.

Fonte: “Entregas atrasadas lideram motivos de abandono de marca (mundologistica.com.br)

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Farma Conde amplia centro de distribuição com foco na expansão da rede por franquias

Com R$ 35 milhões investidos, o CD passará dos atuais 700 mil produtos distribuídos diariamente para 2 milhões.

De olho na expansão da rede pelo modelo de franquias, a Farma Conde investiu R$ 35 milhões na ampliação do Centro de Distribuição em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O aumento da capacidade do CD é o primeiro passo para crescer e fechar 2024 com mais 40 unidades abertas. Hoje, são cerca de 500 em operação.

“A ampliação do CD vem ao encontro com as prospecções das novas unidades que devemos abrir, principalmente, após lançarmos o modelo de franquia na rede. Teremos cada vez mais unidades para abastecermos com rapidez e excelência. Sempre estamos um passo à frente quando o assunto é ampliação, uma vez que nossa expectativa é a de encerrar o ano com mais 40 unidades”, afirma Manoel Conde Neto, presidente e fundador da marca.

O espaço passará de 20 mil metros quadrados para 32 mil metros quadrados. O CD funcionará 24 horas por dia, com 400 funcionários diretos trabalhando em 20 estações de medicamentos e produtos.

Os caminhões que realizam toda a logística são abastecidos no local com cerca de 700 mil itens encaminhados a todas as lojas da rede diariamente. São distribuídos medicamentos, itens de higiene pessoal, cosméticos, suplementos alimentares e alimentos, além dos acessórios de bem-estar e beleza, inclusive de marca própria. Com a ampliação, a quantidade de produtos encaminhados às unidades chegará à marca dos 2 milhões por dia.

Sistema robotizado

O Centro de Distribuição conta com sistema robotizado e verticalizado, aproveitando melhor o espaço de armazenamento dos mais de 8 mil tipos de itens. A fim de garantir a confiabilidade de toda a cadeia de distribuição, o CD possui o sistema WMS (Warehouse Management System), que gerencia as movimentações dos produtos em todas as suas etapas e agiliza todo o processo de separação. No investimento de R$ 35 milhões, um servidor foi adquirido. O equipamento é de hiperconvergência, capaz de otimizar o processo tecnológico.

O CD tem ainda sala informatizada, que contabiliza todo o fluxo de itens, como entradas e saídas, desde o faturamento do produto, até o ponto de venda, além de acompanhar em tempo real toda a logística de entrega, com frota própria.

Segundo Eduardo Mota, diretor de Engenharia do Grupo Farma Conde, o Centro de Distribuição está localizado estrategicamente em São José dos Campos devido à facilidade de entrega para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde estão concentrados atualmente as unidades do grupo. “Isso traz rapidez na entrega dos itens para todas as lojas da rede”, destaca.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/21/08/2024/logistica/farma-conde-amplia-centro-de-distribuicao-com-foco-na-expansao-da-rede-por-franquias/”

 

 

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E-Commerce: o fundamental continua sendo essencial

Marshall Porter (AlleyCorp) escreveu “Retail Tech: The Biggest Retail Problems Remain The Biggest Retail Problems” (“Tecnologia no varejo: os maiores problemas do varejo continuam sendo os maiores problemas do varejo”), o que me fez refletir. Será que é uma falta de compreensão do que são os fundamentos do e-commerce?

No seu estado mais básico, o e-commerce é um sistema logístico impulsionado por marketing e análises financeiras. Por que os empreendedores e startups não estão interessados em resolver a parte de custos das demonstrações de lucros e perdas? Será que isso se deve a uma falta de interesse dos investidores de capital de risco em financiar essas empresas, ou à falta de expertise de fundadores que possam gerar retornos de 10x nessas oportunidades?

Faço uma boa quantidade de due diligence e, em 2024, a maior parte tem sido em empresas de inteligência artificial tentando resolver problemas de maneiras inovadoras. Entendo que a IA é a nova onda do momento, com empreendedores e investidores buscando aproveitar e não perder a oportunidade. Dito isso, o varejo e o e-commerce têm oportunidades tangíveis que exigem tecnologia para criar novas soluções. As marcas estão sofrendo e não têm as ferramentas corretas disponíveis para resolver planejamento de inventário, logística e devoluções.

Acredito que negócios de e-commerce bem-sucedidos são quase obcecados pela rentabilidade. O fundamento permanece: a maioria dos negócios de e-commerce não é lucrativa porque isso não é uma prioridade.

Cada parte do negócio deve ser analisada, negociada e renegociada. Continuo surpreso com o quanto as empresas estão dispostas a aceitar taxas de transportadoras como verdades absolutas e não percebem que precisam renegociar trimestralmente para gerar lucros. Entendo que existem serviços que ajudam os clientes a encontrar melhores taxas, mas as empresas de e-commerce gastam milhões em taxas logísticas.

Imagine se, a cada semana, mês ou trimestre, suas taxas pudessem ser comparadas com as de outras empresas do setor. Isso é uma grande oportunidade de negócio, já que os dados que precisam ser usados estão dentro de APIs controladas pelas transportadoras, ou o quê?

Os fundamentos do planejamento de inventário são uma ciência obscura encontrada em uma planilha

O planejamento de inventário, na maioria das vezes, é feito em uma planilha Excel com métricas e cálculos para garantir que o inventário esteja disponível para os consumidores o tempo todo. O planejamento de inventário é tão fundamental para as marcas quanto o uso de serviços logísticos para mover mercadorias até os consumidores. O que pode dar errado? Muita coisa.

O pedido de inventário deve ser baseado em dados, como taxas de compra históricas, dados econômicos para o mercado, temperatura se a sazonalidade faz parte da demanda de inventário. Imagine se ocorre uma tempestade natural e tudo isso se torna irrelevante e o inventário desaparece. Imagine a complicação se o seu negócio for de vestuário e a quantidade mínima de pedido fizer parte desse cálculo.

Em mais de uma década de experiência, vi dashboards, relatórios, mas nunca nada que ajudasse os planejadores de inventário a comprar a quantidade correta de estoque. Nem estou mencionando ciclos de caixa do inventário e a data de envio para o local.

Devoluções rudimentares consomem capital e não geram receitas futuras

Devoluções são um problema fundamental para qualquer negócio de e-commerce. E aprendi nos últimos dezoito meses que o capital privado adora empresas de logística/cadeia de suprimentos. Essas empresas, em alguns casos, operam com softwares arcaicos que precisam ser acessíveis via API.

Será que a falta de interesse por soluções se deve ao volume de conectores de software que precisam ser construídos para uma variedade de softwares de gerenciamento de armazéns (WMS) e de pedidos (OMS)? Outra coisa que precisa ser mencionada é que sua solução precisará interagir com varejistas que, em sua maioria, não estão interessados em usar o software mais recente e que são contra inovações (sei que isso soa como uma generalização, mas essa tem sido minha experiência).

As três áreas (planejamento de inventário, logística e devoluções) são fundamentais para negócios de longo prazo

Se você é uma marca ou executivo de e-commerce – quando foi a última vez que você auditou seus fornecedores e transportadoras? Como você sabe que está obtendo o melhor negócio? Contratos? Nosso setor está inundado por incentivos de curto prazo e por uma nova e grande solução para todos os seus problemas anualmente.

Não é responsabilidade do seu Diretor Financeiro garantir a lucratividade da sua unidade de negócios. Os melhores operadores que conheço possuem sua própria demonstração de lucros e perdas e entendem que é uma luta constante para garantir resultados. São necessárias pessoas, sistemas e planejamento para garantir desempenho.

Se sua empresa é listada em uma bolsa de valores – isso é ainda mais difícil, já que seus resultados são públicos e visíveis para todo o setor. As empresas listadas, percebi, são muito avessas a mudanças, pois isso pode custar o emprego dos executivos se tomarem a decisão errada. Os fundamentos são:

O pessoal da agência e os executivos devem garantir que as marcas com as quais trabalham comuniquem seu estado atual e esperado. Onde queremos estar em 12 meses? A compra de inventário tem conexão direta com campanhas publicitárias – por que você faria uma campanha se não há inventário disponível?

Infelizmente, percebi que o pessoal da agência muda trimestralmente ou anualmente, e garantir que as devoluções, a compra de inventário e a análise logística sejam realizadas semanalmente e trimestralmente não recebe a devida atenção. Você entende por que empresas menores podem superar empresas estabelecidas administradas por agências?

Investidores de capital privado e de risco. Vocês veem empresas em diferentes estágios. Uma no início (VC) e outra após a maturidade (PE), mas essas empresas precisam trabalhar com startups que possam ajudar esses negócios a crescer por meio de análise e fundamentos. Não há histórias de sucesso da noite para o dia (desculpem, aquelas histórias do TechCrunch não vêm de empresas que têm acesso a balas de prata ou novas tecnologias que lhes dão uma vantagem injusta).

Espero que os VCs estejam dispostos a abrir programas de executivos-em-residência para ajudar especialistas a construir empresas que possam resolver problemas de devoluções, planejamento de inventário e taxas logísticas.

Porter está certo – precisamos de mais fundadores de startups e startups que enfrentem esses problemas fundamentais.

Fonte: “E-Commerce: o fundamental continua sendo essencial – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Digitalização de armazéns: Investimento inicial é principal desafio para 25% dos logísticos

Levantamento da Infor e da Seal Sistemas, realizado com mais de 100 especialistas de todo o país, avaliou o nível de digitalização dos armazéns brasileiros e buscou entender o impacto das novas tecnologias em diferentes indústrias.

A Infor e a Seal Sistemas lançaram a pesquisa “O Armazém do Futuro” que mostra a logística e armazenagem entre os setores com as avaliações mais baixas sobre o nível de digitalização da própria empresa. Em uma escala de 1 a 5 pontos, a nota foi de 2,59, acima apenas das indústrias farmacêutica e metalúrgica — ambas com nota 2,50.

Já os entrevistados da indústria automotiva foram os que tiveram a avaliação mais alta sobre o nível de digitalização do armazém da própria empresa (a nota foi 3,13). Na sequência, aparecem os setores de tecnologia (2,82), varejo (2,73) e manufatura (2,71).

Realizada com 124 executivos e profissionais de 97 empresas, representando diferentes indústrias no mercado brasileiro (logística/armazenagem, varejo, manufatura, tecnologia, serviços, automotivo, farmacêutica e metalúrgica), o objetivo da iniciativa foi entender o nível de digitalização dos armazéns brasileiros, as tecnologias que serão adotadas, os desafios enfrentados e os benefícios esperados dessa transformação digital.

AUTOMAÇÃO ROBÓTICA

Dados da pesquisa apontam que, na opinião dos profissionais de logística e armazenagem, que representam 27% do total, as tecnologias com maior impacto nos armazéns do futuro serão automação robótica (de acordo com 18% dos entrevistados), seguidas por WMS (sistema de gestão de armazém, na sigla em inglês) e Inteligência Artificial e Machine Learning, ambos com 16% dos votos.

Segundo o CEO da Infor no Brasil, Waldir Bertolino, nos últimos anos, os armazéns deixaram de ser um custo e passaram a ser estratégicos para as empresas. “Com essa pesquisa, buscamos entender como as organizações estão se preparando para o futuro e quais tecnologias serão fundamentais nessa jornada. Temos visto que, ao implementar um WMS, as empresas não só reduzem os custos da operação, como conseguem controlar a produtividade no nível do indivíduo. Os gestores de armazéns passaram a trabalhar em parceria com RH, avaliando a performance dos operadores e criando formas de bonificação e retenção, a partir do software”, afirmou.

Na avaliação do CEO da Seal Sistemas, Wagner Bernardes, o levantamento estratégico, não só comprova que a tecnologia está no centro das tendências globais em gestão de armazéns, como também demonstra em que medida esse movimento já está no radar de players que atuam na cadeia nacional de suprimentos.

“Por isso, é tão importante viabilizar o acesso local a soluções integradas, capazes de acelerar a automação e a digitalização de diversas atividades que fazem parte da rotina das operações logísticas e intralogísticas — desde a separação de produtos e do controle de estoque até a otimização das rotas de distribuição”, disse.

INVESTIMENTO INICIAL ELEVADO É CONSIDERADO O PRINCIPAL DESAFIO

Quando perguntados sobre quais os principais desafios a serem superados no processo de digitalização dos armazéns, o investimento inicial elevado vem em primeiro lugar para os profissionais de logística e armazenagem, com 25% dos votos, seguido da necessidade de requalificação da equipe (20%) e manutenção e atualização de tecnologia (19%).

No entanto, Bertolino desmistifica a questão. “A preocupação com o investimento alto inicial é uma herança dos tempos em que ainda não existiam soluções na nuvem. Agora, com o uso de metodologias ágeis e com as melhores práticas já embarcadas no software, o retorno do investimento acontece, normalmente, em dois anos e o tempo dos projetos é reduzido em 80% quando comparado ao passado. É preciso educar o mercado para este novo olhar”, explicou.

Entre os benefícios mais esperados pelo setor com a adoção de novas tecnologias, os mais citados foram redução de erros e retrabalhos, aumento da eficiência operacional, otimização da rotina dos colaboradores, disponibilidade de dados para apoiar decisões e redução nos custos operacionais, todos com 13% dos votos. De acordo com Bernardes, da Seal Sistemas, estas vantagens são largamente impulsionadas, principalmente, pela adoção do Voice Picking (coleta de dados por comando de voz), do WMS e da Inteligência Artificial.

“Um software WMS nativo na nuvem permite monitorar e gerenciar as atividades diárias de um armazém ou centro de distribuição, controlar o fluxo de estoque desde o recebimento até a expedição e fornecer visibilidade em tempo real das mercadorias armazenadas e em trânsito. A integração da IA em um WMS contribui para a melhoria significativa na gestão de inventário, fornecendo análises avançadas e capacidades de otimização”, ressaltou o CEO da Infor no Brasil.

Fonte: “Digitalização de armazéns: Investimento desafio logístico (mundologistica.com.br)

Digitalização na logística é uma questão de sobrevivência

Em tempos de incertezas e de volatilidade econômica, é preciso encarar a tecnologia e a digitalização como uma forma de encarar e responder mais prontamente os desafios e aproveitar as oportunidades.

O atual cenário em evolução da indústria da cadeia de suprimentos em todo o mundo, apresenta alguns desafios às empresas como tensões geopolíticas, escassez de mão de obra e complexidade regulamentar. Diante disso, as empresas do setor têm de se adaptar a um ambiente em constante mudança para superar as incertezas.

No meu ponto de vista, os desafios que as cadeias de abastecimento enfrentam hoje só podem ser resolvidos em grande escala de uma maneira: por meio da tecnologia.

A inovação é a força motriz por trás da evolução da gestão da logística. Em tempos de incertezas e de volatilidade econômica, é preciso encarar a tecnologia e a digitalização como uma forma de encarar e responder mais prontamente os desafios e aproveitar as oportunidades.

Portanto, a tecnologia está aí para ajudar as empresas a explorar e desenvolver estratégias para gerenciar e mitigar riscos em um ambiente cada vez mais imprevisível. E mais: quem não abraçar a transformação digital não conseguirá responder às necessidades e exigências dos clientes de forma eficaz para garantir ou manter a competitividade do seu negócio.

O uso de tecnologias avançadas e sistemas eficientes de automação é crucial para enfrentar os pontos críticos dos clientes, ao mesmo tempo, em que melhora a eficiência geral da cadeia de suprimentos e proporciona economia de custos.

Os modernos sistemas de gestão de transporte — também conhecido como TMS —, por exemplo, oferecem uma ampla gama de soluções de software projetadas para otimizar rotas, dar visibilidade do status de pedidos, obter insights em tempo real, além de fornecer status de remessa e documentação de comprovante de entrega.

Ao fornecer um alto nível de visibilidade, o TMS também ajuda as empresas a se adaptarem rapidamente a situações inesperadas, tomar decisões imediatas e manter um processo de transporte bem coordenado, mesmo em casos de emergências.

Dando um passo atrás no processo de transportes de cargas e mercadorias, também é preciso pensar em como tornar os processos de armazenagem mais eficientes. Para isso, existem os sistemas de gestão de armazenagem (ou WMS). Seu propósito é ajudar as empresas a reduzir erros, minimizar o tempo de inatividade e melhorar a produtividade geral em cada estágio do processo de armazém.

Com operações de depósito automatizadas, as empresas podem gerenciar efetivamente os níveis de estoque e atender pedidos por meio do rastreamento eficiente de estoques. Como resultado, as empresas podem garantir entregas precisas e rápidas e excelência operacional para seus clientes.

E só para ficarmos em três exemplos, afinal há muitas tecnologias disponíveis, vale destacar como a inteligência artificial e a tecnologia de aprendizado de máquina também melhoram o dia a dia dos negócios. Câmeras equipadas com essas tecnologias nos veículos podem garantir a segurança do motorista e a proteção da frota, ao mesmo tempo, em que otimizam suas operações para a entrega pontual de bens e serviços. Esses dispositivos são capazes de detectar e lidar rapidamente com direção distraída, perigos na estrada e outros riscos de transporte em tempo real.

Enfim, as novas tecnologias oferecem vários benefícios para as empresas e as ajudam a reduzir erros humanos, obter dados e análises valiosos, melhorar a precisão e aprimorar os serviços ao cliente.

Porém, a inovação exige investimentos. Então, como justificar a aplicação de recursos financeiros em logística em empresas que não a têm como atividade fim, ou seja, ela é “apenas” parte do todo?

Aqui é preciso levantar a bola para a necessidade de indústrias, varejistas e demais organizações em terceirizar suas necessidades de transporte e logística para provedores de soluções que têm a inovação em seu DNA. Dessa forma, as empresas podem se concentrar em suas atividades principais, ficando livres de complexidades logísticas.

À medida que as empresas navegam em um ambiente cada vez mais imprevisível, adotar a digitalização e a automação será essencial para atingir a resiliência e a eficiência da cadeia de suprimentos.

As organizações que ainda não adotaram a digitalização, encontram maiores efetivos, maiores custos de horas extras e despesas operacionais adicionais, tudo isso prejudicando o sucesso geral. Construir uma cadeia de suprimentos resiliente é mais econômico a longo prazo, pois aumenta a eficiência e evita perdas potenciais durante eventos imprevistos.

Fonte: “Digitalização na logística é uma questão de sobrevivência  (mundologistica.com.br)

Você quer uma cadeia de suprimentos mais inteligente? Comece no armazém

Organizações que focam em criar um ambiente bem-sucedido para integração, extensibilidade e implementação, descobrirão que podem considerar suas operações de armazém uma vantagem competitiva.

Quando as pessoas falam sobre cadeias de suprimentos “inteligentes”, você pode imaginar armazéns totalmente automatizados, gerenciados por robôs que fazem o picking e empacotam produtos, como se fossem saídos de um livro de Isaac Asimov; recebendo, movendo, armazenando e enviando pacotes com eficiência para consumidores ansiosos. Você pode até sonhar com frotas de caminhões, aviões e drones autônomos movidos a hidrogênio e energia solar.

A realidade da oferta de cadeias de suprimentos mais inteligentes é que, enquanto a automação é um componente crítico para otimizar operações, a verdadeira inteligência vai muito além disso. Em 2024, cadeias de suprimentos mais inteligentes e resilientes começam no armazém.

Os armazéns de hoje são cada vez mais o epicentro do fulfillment de pedidos. Comparados com sistemas solares – com uma variedade de corpos celestes, cada um com órbitas de diferentes formas – os armazéns são compostos por muitos elementos, processos e diferentes prestadores envolvidos, todos interconectados, interagindo em harmonia.

CONECTIVIDADE É ESSENCIAL

Um dos elementos mais importantes para o funcionamento sem atritos do armazém moderno é a conectividade. Seja o ERP, sistemas de automação, scanners robóticos e dispositivos wearable, impressoras de etiquetas, sensores IoT e RFID, ou até mesmo sistemas de conformidade de transportadoras terceirizadas.

As operações de armazém mais inteligentes também incluirão a capacidade de mesclar conjuntos de dados e insights de forma integrada entre uma variedade de processos e tecnologias. Com soluções unificadas nativas da nuvem, tudo está a apenas uma chamada de API de distância, tornando a convergência e o uso de dados entre processos e soluções uma realidade genuína.

Além da conectividade, no entanto, está o conceito de orquestração. Para os sistemas mais focados em execução, como manuseio de materiais e robótica, a conectividade é realmente o mínimo necessário daqui para frente, e o verdadeiro valor reside em como o sistema de gerenciamento de armazéns pode efetivamente orquestrar o trabalho entre todos esses recursos, juntamente com os trabalhadores.

Ser capaz de equilibrar o trabalho de forma adequada entre humanos e máquinas, impulsionando uma alta densidade de picking enquanto atende ou supera os SLAs (Acordos de Nível de Serviço) dos clientes, será uma característica dos sistemas de gestão de armazéns mais inteligentes no futuro.

ALÉM DA INTEGRAÇÃO

Desde o momento em que um pedido é feito, até o envio e entrega, uma cadeia de suprimentos integrada é possível apenas quando sistemas como armazéns, pátios e transporte trabalham de forma fluida entre si em tempo real, como parte de uma cadeia de suprimentos unificada.

A unificação vai além da mera integração. Trata-se de quebrar silos e processos arraigados para resolver desafios de toda a cadeia de suprimentos de maneiras novas e criativas. Com uma abordagem baseada em microsserviços e sem versões, não são necessárias atualizações demoradas de hardware ou software, e novos recursos são simplesmente adicionados a cada 90 dias, muito parecido com o que você experimenta com uma atualização do iOS no seu iPhone como consumidor, com a importante distinção de que as operações não precisam ser pausadas durante a atualização, pois realmente requerem zero tempo de inatividade.

Isso significa, no contexto do armazém especificamente, que quando a gestão da mão de obra e a gestão do armazém convergem em uma única aplicação, é possível uma experiência gamificada do colaborador. O planejamento e o acompanhamento do desempenho com relação às metas se cruzam com os fluxos de trabalho de execução, proporcionando total transparência aos trabalhadores sobre seu desempenho, com técnicas motivacionais para incentivar níveis mais altos de produtividade e satisfação da equipe.

Além disso, uma abordagem unificada ao armazém e no transporte pode entregar um refinamento contínuo dos planos de transporte, uma vez que os horários agora podem ser enriquecidos com pesos e volumes reais do WMS como um resultado da cubagem e paletização. Anteriormente, o máximo que se poderia fazer era chegar a um envio otimizado, mas assim que o armazém começava a executar (e inevitavelmente, exceções e ajustes ocorriam naturalmente) não havia como ajustar. Agora, os envios podem ser construídos e refinados com base em dados precisos e em tempo real até o ponto da saída do caminhão, levando a espaços mais bem utilizados e menos quilômetros rodados. O resultado final é menor custo, juntamente com uma estratégia mais sustentável, claramente uma situação vantajosa para todos.

A INFUSÃO DA CIÊNCIA APLICADA

Não se trata apenas de um monte de palavras da moda. A aplicação da ciência no ambiente de armazém é real e está acontecendo hoje.

Nos últimos cinco anos, a taxa de desenvolvimento tecnológico no espaço da cadeia de suprimentos avançou em um ritmo nunca antes visto. As organizações de hoje precisam acompanhar os últimos desenvolvimentos em IA e IA Generativa se quiserem permanecer em vantagem em um cenário altamente competitivo.

Essa corrida contínua por tecnologia torna essencial ter uma equipe de cientistas de dados que possam ajudar a garantir que as técnicas certas sejam usadas para os problemas certos. Por exemplo, refinar regras de negócios com inteligência adicional de IA pode ajudar os profissionais de armazéns a alcançar uma meta de forma mais eficiente.

A organização provavelmente terá uma infinidade de regras diversas para impulsionar a priorização do trabalho associado aos pedidos com base nas características deles. A IA pode complementar essas regras de priorização com base na proximidade dos prazos de envio, enquanto inclui algum trabalho de menor prioridade para ajudar a aumentar a densidade e a eficiência do picking. À medida que o prazo de envio se aproxima, ele ajusta automaticamente, garantindo o envio. Nesse cenário, a IA ajuda a equilibrar as prioridades concorrentes de envio no prazo com a eficiência do picking, um resultado não frequentemente dominado por algoritmos tradicionais e heurísticos.

Embora estejamos apenas no processo de entendimento de como esse espaço tecnológico em rápida mudança impactará a vida diária e profissional, já existem muitas aplicações práticas para a IA Generativa no contexto de cadeias de suprimentos e armazéns.

Precisa de uma resposta para uma pergunta? Basta perguntar ao sistema e ele retornará instantaneamente com a resposta. Precisa de ajuda para escrever uma extensão? Sem problemas! Basta inserir algumas orientações e o sistema pode fornecer um início para uma função que pode ser refinada e utilizada para fornecer uma nova validação ou atualização de dados personalizada.

Precisa de ajuda para descobrir a melhor maneira de configurar certos aspectos do sistema? Ou talvez o último grupo de novos contratados possa se beneficiar de um pouco de orientação em tempo real para se integrar mais rápida e eficientemente?

A IA Generativa pode ajudar em todos esses cenários de armazém e muito mais.

FLEXIBILIDADE É A CHAVE PARA A INOVAÇÃO CONTÍNUA

Finalmente, e talvez o ponto mais importante: se você deseja se destacar, não pode simplesmente atualizar seu sistema de gestão de armazéns a cada quatro a seis anos.

Se aprendemos uma lição nos últimos quatro anos de pandemias globais, múltiplas interrupções na cadeia de suprimentos e instabilidade global, é que a mudança não é apenas inevitável, mas está aumentando em frequência. Portanto, as cadeias de suprimentos (especialmente os sistemas de gerenciamento de armazéns) precisam ser capazes de acompanhar o ritmo dessa mudança.

A capacidade de ser ágil, rápido e continuamente atualizado torna soluções nativas da nuvem, com microsserviços e sempre atualizadas, um requisito básico. Imagine novos recursos surgindo automaticamente a cada 90 dias, muito parecido com um sistema operacional de um telefone.

Hoje, as soluções de gestão de armazéns precisam ser ágeis e atualizadas de forma automática e contínua. Mas o acesso à inovação contínua não é suficiente por si só.

Os clientes que utilizam sistemas de gestão de armazéns inteligentes provavelmente terão demandas únicas para seu negócio, tornando a solução totalmente extensível, na qual os clientes podem facilmente adicionar elementos de dados, validações e regras de negócios, bem como ajustar e aprimorar fluxos de trabalho de execução, algo crítico para o sucesso.

A ideia de uma “cadeia de suprimentos mais inteligente” não é um conceito novo. O que é novo é a ideia de uma abordagem holística que reúne processos de alta qualidade, colaboradores qualificados e capacitados, e tecnologia de ponta.

Quando se trata de melhores práticas de cadeia de suprimentos, não existe uma solução mágica. No entanto, um bom ponto de partida será sempre o armazém. Organizações que focam em criar um ambiente bem-sucedido para integração, extensibilidade e implementação, descobrirão que podem considerar suas operações de armazém uma vantagem competitiva, em vez de um ponto problemático.

Em última análise, uma estratégia de cadeia de suprimentos mais unificada começa no armazém, criando eficiência, o que, por sua vez, cria sustentabilidade, tanto em termos econômicos quanto ambientais – e isso só pode ser uma boa coisa para os lucros e para o planeta.

* Adam Kline é diretor de Gerenciamento de Produtos da Manhattan Associates.

Fonte: “Você quer uma cadeia de suprimentos mais inteligente? (mundologistica.com.br)

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