A internet não matou o varejo, assim como a Covid-19 também não vai matar porque as pessoas ainda querem comprar”. Foi com essa afirmação que Anthony Long, diretor de campanha da Philip Morris International, abriu sua palestra no último dia do Fórum E-Commerce Brasil – Global Edition, nesta quinta-feira (30). Apesar da crise gerada pela pandemia, o especialista acredita ser possível alavancar vendas atraindo os novos consumidores do e-commerce com estratégias específicas.A pandemia de coronavírus “obrigou” milhões de pessoas no mundo a comprarem pela internet, especialmente nos locais que adotaram o isolamento social para conter o avanço do vírus. No Brasil, o e-commerce aumentou 56,8% nos primeiros cinco meses de 2020, e os pedidos delivery cresceram 27%, segundo pesquisas apresentadas pelo especialista. “Agora, os varejistas precisam ser mais flexíveis para lidar com esse novo público, e a melhor forma é a propaganda. Você precisa mostrar ao cliente que está lá”, aconselha.
Segmentação é valiosa
“Os varejistas precisam saber por que se compra e para quem ele compra. Tudo isso ainda está muito no escuro. Geralmente, os dados só existem nas bases dos varejistas, sem conhecimento do antes ou depois da compra. Mas tem que usá-los para ver o que está acontecendo, qual foi a última ação dos consumidores” , afirma Long. De acordo com o especialista, com os dados, o varejista pode pegar as ideias de compra e customizar. “Você não vende produtos para estatísticas. Você vende produtos para pessoas”, defende Long.
Diante dessas informações, é hora de usar os dados para alavancar as visualizações dos produtos, trabalhando com marketing de conteúdo, baseados nesses dados. “Esse conteúdo com os insights dos consumidores vai alavancar as visualizações do produtos e aumentar os números, e pode ser publicado em blogs e mídias sociais. Assim, fica mais fácil conferir o que performa melhor, o que as pessoas procuram, mais leem. Isso ajuda a direcionar o conteúdo publicado”, ensina o especialista.
Encontrar um consumidor específico rapidamente é o desejo de muitos varejistas, pois facilita o direcionamento do conteúdo. Porém, o especialista aconselha a começar de forma abrangente e ir afunilando aos poucos. “A boa segmentação começa quando as pessoas se identificam com o que você está dizendo”, afirma.
Custo de aquisição de consumidores
Antes de saber quanto investir em propaganda, é importante conhecer todos os custos envolvidos em todas as áreas para não sair no prejuízo. “A propaganda pode ajudar a alavancar as vendas, mas o alto custo com anúncios pode aumentar o valor de aquisição do consumidor”, ressalta Long.
“Metade do dinheiro que gasto com propaganda é desperdício. O problema é que não sei o quanto é essa metade.”
- Average Order Value – valor médio do pedido
- Net profit – lucro líquido
- Customer Retention Rate – taxa de retenção de clientes
- Purchase Frequency (average) – frequência de compra (média)
- Customer Lifecycle – ciclo de vida do cliente
“O futuro vai continuar sendo gerenciado por dados”, acredita Long.
Fonte : ecommercebrasil.com.br