IA humanizada vai fazer diferença na batalha do e-commerce

A meta é aperfeiçoar rapidamente a interação virtual com o consumidor, que se mostrou vital durante a pandemia.

NOVAS PRIORIDADES Tendências como realidade estendida e I.A. humanizada vão fazer a diferença nas vendas online no futuro próximo (Foto: Getty Images)

A pandemia de Covid-19 obrigou empresas a aumentar a presença on-line e acelerar a transformação digital sem ter clareza de como se preparar, planejar e conduzir essa jornada. “O brasileiro não é de se antecipar ou planejar, mas costuma reagir bem e se adaptar rápido”, resume Alexandre Thomaz, mestre em transformação digital pelo Ibmec e diretor-geral da Globant no Brasil.

Unicórnio argentino dedicado a inovação, design e engenharia, a Globant tem mais de 16 mil funcionários e cuida da transformação digital de clientes como Disney, Google, Latam, Johnson & Johnson e Santander. Sua equipe, espalhada por 16 países, identificou quatro tendências para o investimento em tecnologia das empresas nos próximos meses (leia abaixo). Segundo Thomaz, os esforços vão se concentrar na interação das empresas com o consumidor — temperados por crescente preocupação com cibersegurança.

(Foto: Divulgação)
  1. Inteligência Artificial mais humanizada

Ferramentas como chatbots, reconhecimento de voz e assistentes digitais nem sempre são eficientes, o que traz frustração. Desenvolvedores de inteligência artificial (IA) precisam adotar pontos de vista externos e, assim como as outras áreas do negócio, manter o cliente no centro das decisões. Só assim chegarão a uma IA humanizada, capaz de reconhecer intenções, interagir de forma mais natural e pedir ajuda a um colega humano quando necessário.

– Conexão emocional com a marca pode elevar receitas em 23%, sugere uma pesquisa do Gallup.

(Foto: Divulgação)
  1. Consumo cresce com realidade estendida

Da manufatura ao varejo, passando por educação, entretenimento e saúde, experiências digitais devem se intensificar com experiências imersivas. No conceito de realidade estendida, empresas usam realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR), mas não só — os navegadores do desktop e do celular oferecem muitas possibilidades a explorar. Estudo da Forrester aponta que a pandemia aumentou a disposição do consumidor para essas experiências.

– Imagens 3D de produtos da Houzz permitem experimentar na própria casa antes de comprar (foto).
– A Louis Vuitton lançou objetos virtuais em 3D, e a coleção primavera/verão 2021 em realidade aumentada.

(Foto: Getty Images)
  1. Uso de dados para criar experiências 

Empresas já usam dados para tomar decisões estratégicas. O próximo passo é distribuir o uso dos dados para o maior número possível de interações no dia a dia — por exemplo, para personalizar experiências e adaptar interfaces ao gosto individual de cada cliente.

– O Instituto Forrester mostra que 85% dos tomadores de decisão priorizam dados para definir suas escolhas.
– Na Amazon, 35% das vendas são fruto das recomendações feitas a partir do histórico de navegação na plataforma.

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  1. Cibersegurança a cada passo

Desde o início da pandemia, cibercrimes aumentaram 300%, segundo o FBI. É necessário incorporar segurança, proteção e criptografia em cada etapa da interação com o cliente. Há várias linhas de atuação: incluir segurança no ciclo de desenvolvimento de software; envolver os responsáveis por segurança nos processos de transformação digital e desenvolver sentinelas tecnológicas para resposta rápida às ameaças, usando machine learning e inteligência artificial.

-O IDC avalia que o gasto global com segurança deve crescer 8% ao ano, para US$ 175 bilhões em 2024.

-Já em 2026 podemos começar a sentir os efeitos da computação quântica como arma cibernética. Empresas como Mastercard se preparam par esse cenário.

Fonte : epocanegocios.globo.com

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