Segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo divulgada na última quinta-feira (29/7), o comércio varejista deve movimentar R$ 6,03 bilhões e superar até mesmo as receitas de 2019.
As vendas do varejo para Dia dos Pais, a ser comemorado no dia 8 de agosto, devem subir 13,9% sobre a mesma data no ano passado e alcançar R$ 6,03 bilhões, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada na última quinta-feira (29/7). A projeção indica que a movimentação do setor também será ligeiramente maior do que em 2019, com R$ 5,97 bilhões.
No início de julho, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, mostrou que as vendas do comércio varejista tiveram expansão pelo segundo mês consecutivo em maio, com alta de 1,4% ante igual mês do último ano, após avanço de 4,9% em abril. Em maio, o volume de negócios do segmento superou em 3,9% os resultados de fevereiro de 2020, período anterior à pandemia. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, o crescimento é de 6,8%.
Para a CNC, dois fatores explicam a reação positiva nos meses recentes. O primeiro é a desaceleração da pandemia em abril, fator que “devolveu” o fluxo de consumidores para as lojas físicas. “Embora a circulação de consumidores no comércio ainda não tenha se normalizado, especialmente nos shopping centers, a movimentação de clientes vem aumentando desde o arrefecimento da segunda onda da pandemia”, destaca a entidade em análise.
O outro aspecto é que a comercialização nos canais digitais ajudou a equilibrar o recuo no consumo presencial desde o último ano. Segundo dados da Receita Federal, a venda no comércio eletrônico chegou a quase R$ 115 bilhões entre janeiro e maio deste ano, na comparação com igual período do ano passado. Em maio, os e-commerces faturaram 30% a mais do que no mesmo mês de 2020, com R$ 24,47 bilhões.
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Dessa forma, a CNC acredita que as lojas de vestuário, calçados e acessórios, que costumam estar entre as primeiras opções de presentes, devem se destacar mais uma vez, com receita de R$ 2,43 bilhões (40,2% do total). Em seguida, aparecem os setores de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com R$ 1,24 bilhão, e produtos de perfumaria e cosméticos, com R$ 860 milhões. Outros segmentos devem registrar R$ 940 milhões, enquanto as compras em hiper e supermercados são estimadas em R$ 570 milhões.
Os estados de São Paulo (R$ 2,15 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 632,1 milhões) e Minas Gerais (R$ 629,3 milhões) tendem a responder pela maior parte da movimentação financeira no Dia dos Pais, com 56,6% do total. No entanto, todas as unidades da Federação devem ter crescimento real, aponta a CNC. Após os estados do Sudeste, Rio Grande do Sul (R$ 459,7 milhões), Paraná (R$ 441 milhões) e Santa Catarina (R$ 374,3 milhões) são os que mais devem faturar com a celebração da data.
A entidade que representa o comércio pontua, ainda, que o ritmo de atividade econômica em 2020 favorece o crescimento de taxas mais expressivas em 2021. Entretanto, a insegurança financeira da população resulta em condições menos favoráveis em relação àquelas presenciadas há dois anos. “Além do mercado de trabalho ainda em dificuldade e do crédito mais caro, o comportamento do nível geral de preços e a composição da inflação são obstáculos a serem transpostos para o varejo não apenas no Dia dos Pais, mas também nas demais datas comemorativas deste ano”, observa a CNC.
Por fim, a avaliação é que a cesta de bens e serviços relacionados ao Dia dos Pais deverá estar 7,8% mais cara agora do que no último ano – é a maior variação desde 2016, quando registrou alta de 8,6%. Dos 13 itens analisados, apenas dois estão mais baratos neste momento: livros (-1,7%) e aparelhos de som (-1,3%). Por outro lado, tendem a apontar altas expressivas artigos como televisores (+22,3%), bebidas alcoólicas (11,8%), perfumes (10,5%) e relógios de pulso (9,8%), que agora têm preços mais altos.
Fonte : https://revistapegn.globo.com/Economia/noticia/2021/07/cnc-vendas-do-varejo-para-o-dia-dos-pais-devem-subir-139-em-2021.html