Startup JettaCargo usa inteligência artificial para otimizar transporte de cargas

A ociosidade na frota de caminhões é um problema enfrentado pela maior parte das transportadoras. Pensando em resolver isso, Diego Rörig criou a JettaCargo, startup focada na otimização e planejamento inteligente de cargas. A ideia surgiu em 2015, durante um trabalho de conclusão do curso de sistemas de informação. “Queria criar algo inovador, que resolvesse um problema”, conta o empreendedor, em entrevista à StartSe.

Hoje, o software é capaz de otimizar o uso do espaço de carga em paletes, caminhões e contêineres.  Para isso, usa inteligência artificial e algoritmos matemáticos. “Hoje, a maior dificuldade em carregar os caminhões não é só no tamanho dos produtos, mas em quais itens podem ser empilhados, deitados ou em como fazer a distribuição do peso. Isso normalmente é feito com conhecimento empírico ou em cálculos aproximados no Excel”, explica Diego.

A JettaCargo atua então no planejamento logístico, calculando os espaços nos caminhões e o melhor tipo de carga para cada um deles. “Algumas empresas já usam softwares estrangeiros, mas eles não estão preparados para as regulamentações brasileiras. Nossa solução foi pensada em cima disso”, explica Diego.

Para chegar em um produto final, lançado em 2017, o software foi alimentado durante um ano e meio, com ajuda de uma empresa de consultoria e matemática aplicada. “Nesse tempo fizemos vários projetos pilotos com empresas, construindo algoritmos e testando o que funcionava”, conta o empreendedor. Hoje, a startup, com sede em Florianópolis, possui clientes como Mercedes-Benz e Gerdau.

Logística em transformação

Segundo Diego, o setor está passando por mudanças. “Quando estamos dentro de uma empresa cliente, descobrimos que ela tem outros problemas relacionados à logística. Temos muitas oportunidades para aplicar inovação na área”, ressalta.

Pensando nisso, a startup se prepara para lançar novas soluções e ampliar o seu portfólio de produtos. “Acredito que a transformação e novas tecnologias chegaram primeiro nos setores financeiros, de saúde e na indústria. Agora, elas também estão na logística”, diz o empreendedor.

Fonte : startse

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