Grupo Boticário avança no mercado de beleza e omnicanalidade

Com crescimento histórico, Grupo Boticário se destaca com maior rede omnicanal do Brasil e entrada em segmentos de pet care e baby care.

O levantamento de 2023 do Grupo Boticário mostrou que a marca tem seguido os padrões de crescimento de mercado da beleza e, no ano citado, suas vendas gerais tiveram um crescimento de 30,5% em comparação com 2022. Esse percentual representa um valor de R$ 30,8 bilhões. Para a marca, o desempenho é considerado histórico, uma vez que representa quase o dobro do GMV (sigla em inglês para Gross Merchandise Volume, ou Volume Bruto de Mercadoria) registrado em 2021, quando a empresa atingiu R$ 18 bilhões. Para a companhia, o valor é resultado de avanços na multicanalidade e na variedade de marcas, além da entrada em novos canais. Houve ainda um crescimento no número de parceiros do grupo.

“A sólida performance de 2023 confirma a potência das alavancas internas e consistência no nosso desenho estratégico de longo prazo”, comenta Artur Grynbaum, Vice-Presidente do Conselho do Grupo Boticário. “Estamos formatando um ecossistema de beleza que expande nossa presença junto aos consumidores brasileiros, por meio de parceiros sólidos, atuando com diversas marcas, em diversas categorias, presentes nos mais diversos canais. Nosso crescimento não diz respeito a apenas uma marca, categoria ou canal. Temos um conjunto de ações que corroboram o desempenho de uma estratégia robusta, bem executada e com geração de valor a todos os clientes do ecossistema”.

Crescimento nos canais de venda do Grupo Boticário

Em 2023, o Grupo Boticário passou por uma expansão em seus canais de venda. Foi o maior crescimento de lojas reformadas, o que resultou na consolidação como a maior rede omnichannel do Brasil, com mais de 4 mil pontos de “Clique e Retire” e cerca de mil “Espaços do Revendedor”. Isso acontece em um cenário em que os consumidores brasileiros buscam mais de um canal para o relacionamento com as marcas. Vale pontuar ainda que, dentro dessa busca dos clientes, eles querem também um atendimento mais humano, com interação de forma direta.

Investimentos estratégicos e o cliente no centro

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, tecnologia e marcas sustentaram um alto patamar de inovação com cerca de quatro mil novos produtos desenvolvidos e outros 2 mil reformulados. Cerca de 26% das vendas totais (GMV) do Grupo Boticário foram provenientes de produtos lançados há menos de um ano.

Além disso, em 2023 a base ativa e identificada de consumidores cresceu 13% e chegou a 24 milhões de pessoas que realizaram pelo menos uma compra no último ano. Isso aconteceu a partir do conhecimento que a companhia tem sobre seus clientes, e que permitiu uma entrega de valor ao integrar marca, canal, categoria e parceiro. A cada quatro itens do setor de higiene e beleza que chegaram às mãos dos consumidores no Brasil, um passou pelo ecossistema do Grupo Boticário.

“Em um mundo cada vez mais volátil, decidimos mirar no consumidor, que é cross-marcas e cross-canal. Tão importante quanto o aumento no número de clientes identificados é o tratamento adequado dessas informações, que nos permite construir fundamentos e sistemas para uma experiência personalizada e de excelência, o que se traduz em maior ticket e frequência de compra”, destaca Artur Grynbaum.

Resultado em todas as dimensões

O impacto positivo na sociedade e em todo o ecossistema da beleza levou a companhia a ser reconhecida por premiações renomadas no Brasil e no mundo. Resultado do Corporate Sustainability Assessment (CSA) – avaliação anual das práticas de sustentabilidade das empresas e principal critério de elegibilidade para o Índice Dow Jones Sustainability Index – da S&P Global, uma das três maiores agências de classificação de risco, traz o Grupo Boticário na liderança das empresas de beleza brasileiras e como a 3ª empresa mais sustentável do mundo na categoria de produtos pessoais.

A companhia também foi reconhecida como a mais admirada na área de dados da América Latina segundo a 4ª edição da pesquisa State of Data, realizada pela Data Hackers em parceria com a consultoria Bain & Company. O compromisso com a excelência em práticas corporativas levou o Grupo Boticário a ser considerada a 4ª empresa de reputação mais sólida do Brasil, segundo o Monitor Empresarial de Reputação Corporativa (Merco) 2023.

Expansão do mercado da beleza

Os Estados Unidos lideram as vendas globais com uma participação de 39,8%, seguidos pela China (13,8%), Japão (6,1%), Alemanha (4%) e Reino Unido (4,2%). Esses cinco principais mercados representam juntos 67,7% das vendas totais em todo o mundo, enquanto os demais países contribuem com os 32,3% restantes. O estudo também revelou que 25,4% das vendas ocorreram online.

As projeções para os próximos anos apontam para um contínuo crescimento. Prevê-se que em 2023 as vendas atinjam US$ 1,107 trilhão e em 2024 é esperado um resultado global de US$ 1,179 trilhão, representando um aumento de 6,5%. Para 2027, estima-se que o setor alcance US$ 1,374 trilhão em vendas líquidas mundiais.

Mídia e consumo de beleza

No cenário do mercado da beleza, a mídia exerce forte influência. Segundo o estudo da Opinion Box, 40% dos brasileiros seguem nas redes sociais influenciadores voltados para a área de beleza e bem-estar. Ainda de acordo com o levantamento, 48% das pessoas têm o hábito de usar maquiagem. Dentro desse percentual, 81% são mulheres e 13% são homens.

Fonte: “Grupo Boticário avança no mercado de beleza e na omnicanalidade (consumidormoderno.com.br)

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Por que a logística impulsiona a transparência na sua empresa

Depois do tempo em que o foco estava nos clientes e nos times, é essencial mantermos os fornecedores no centro da estratégia corporativa para impulsionar o cumprimento de metas ESG, fortalecer a cultura, dar musculatura à transparência no ambiente empresarial e estimular a inovação.

Qual a responsabilidade que você tem com os fornecedores que contrata? Se não disser toda, direi que tem muita. Nos últimos anos, além de ser cada vez mais cobrada pela sociedade, essa responsabilidade vem sendo considerada pelas empresas como um multiplicador de performance. Atualmente, um número maior de organizações entende que colocar o fornecedor no centro da estratégia ESG é decisivo.

A Estrada brasileira é um exemplo clássico. Na logística analógica, é comum uma empresa “terceirizar” ou até “quarteirizar” seu fluxo de distribuição de produtos e matérias-primas. Em francês, minha língua materna, essas palavras nem mesmo existem. No frete manual, cada parte delega uma à outra a responsabilidade pela distribuição e a indústria perde controle, visibilidade e conhecimento sobre quem transporta suas mercadorias.

Se isso acontece, como podem mensurar e elaborar um plano de desenvolvimento de sua logística? Algumas companhias ignoram se as rotas que os motoristas escolhem são as mais eficientes e se seus procedimentos de segurança contam com o devido rigor. Mal sabem os riscos que correm por corresponsabilidade em caso de desrespeito à legislação por parte do fornecedor.

No modelo antigo, os gestores logísticos chegam a perder o controle de quase todas as fases do processo. Não dá para acreditar que isso possa acontecer em plena era dos dados. Em todo caso, ainda acontece e, infelizmente, há inúmeros situações de empresas que não estão por dentro de informações fundamentais, dispensando qualquer chance de redesenhar sua operação logística e aperfeiçoá-la. Ou mesmo atuar conforme as exigências de compliance, afastando-se de investidores e clientes.

Alinhada com as melhores práticas de transparência e governança, o modelo digital devolve para a organização o conhecimento sobre cada etapa e o poder de pensar na logística de forma estratégica, por meio do monitoramento e da análise de dados 24 horas por dia. E mais: faz tudo isso de forma transparente, segura, ética e facilmente auditável, trazendo sólidos ganhos de governança para as organizações.

Vivemos um cenário de transformações aceleradas, que impactam na exposição da empresa e geram riscos de todo tipo. Adotar mecanismos ágeis que simplificam e integram a visão sobre os fornecedores – reduzindo, assim, a chance de imprevistos e prejuízos –, é essencial para a estratégia corporativa.

A “Pesquisa Global de Gestão de Riscos de Terceiros 2023”, realizada pela Deloitte, indica que, no geral, “as organizações que investem adequadamente em gestão de riscos têm níveis mais altos de maturidade”, além de serem mais “resilientes e sustentáveis”, reforçando a confiança nas relações com as pessoas e no uso da tecnologia de maneira mais inteligente. Ainda no caso da Estrada, com a transparência das informações, ganha-se tempo e eficiência na contratação dos parceiros, municiando a organização com os melhores caminhoneiros para transportar suas cargas e garantindo a competitividade nos níveis de serviço.

Não foi apenas a pandemia que nos obrigou a reforçar o olhar para além das paredes do escritório. Se as maiores mudanças estão acontecendo do lado de fora, a inovação precisa contemplar espaços diferentes, condições variadas, além de pessoas que, embora estejam conectadas ao negócio, realizam seu trabalho a partir de suas casas, dos seus espaços próprios, cidades e até mesmo na rua ou nas rodovias. A evolução virá para as empresas que se aproximam dos parceiros e os enxergam como parte de sua cultura, do seu propósito. Grupos alinhados e conscientes de que o sucesso de uma parte depende do sucesso da outra.

Com todos os recursos de inovação acessíveis, precisamos aproveitar a oportunidade de utilizá-los para liderar a transformação que desejamos, aliada à transparência que a sociedade exige e merece.

Fonte: “Por que a logística impulsiona a transparência na sua empresa (suno.com.br)

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Setor logístico implementa princípios ESG visando sustentabilidade em transporte

O setor logístico está passando por uma transformação significativa ao integrar os princípios ESG (ambientais, sociais e de governança) em suas operações de transporte de cargas. Essa mudança reflete um compromisso crescente com a sustentabilidade, incentivando práticas que visam reduzir o impacto ambiental, promover o bem-estar social e garantir uma governança transparente e responsável.

Nos últimos anos, a conscientização sobre a importância da sustentabilidade tem crescido exponencialmente em todos os setores da economia global. De acordo com um relatório recente do Fórum Econômico Mundial, a demanda por práticas empresariais sustentáveis está em ascensão, com consumidores cada vez mais preocupados com o impacto ambiental e social das empresas. Nesse contexto, o setor de transporte de cargas não está apenas acompanhando a tendência, mas está liderando a mudança, integrando os princípios ambientais, sociais e de governança (ESG) em suas operações.

A pressão para reduzir as emissões de carbono, minimizar o desperdício e promover práticas comerciais éticas está impulsionando empresas de logística a repensarem suas estratégias e adotarem medidas inovadoras para atender às demandas da sociedade e do meio ambiente. Um estudo publicado pela revista científica Nature Communications destaca a urgência de reduzir as emissões de carbono no setor de transporte para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

O compromisso com a sustentabilidade no transporte de cargas não é apenas uma escolha ética, mas tem se tornado uma necessidade urgente. Em uma entrevista recente à CNBC, o CEO Credit Suisse, Thomas Gottstein, afirmou que “a demanda que vemos – tanto de nossos clientes privados, mas também de clientes institucionais – por produtos compatíveis com ESG está sempre aumentando. É claramente visto como, também, uma oportunidade para melhorar os retornos”. Empresas líderes no setor estão reconhecendo a importância de reduzir sua emissão de carbono e estão implementando medidas concretas para alcançar essa meta.

Isso inclui a adoção de tecnologias de transporte mais eficientes, como veículos elétricos e híbridos, e o investimento em soluções de logística mais inteligentes que otimizam rotas e reduzem o consumo de combustível. Um estudo conduzido pela consultoria McKinsey & Company demonstrou que a adoção de veículos elétricos pode reduzir significativamente as emissões de carbono no setor de transporte de cargas.

Além das questões ambientais, o setor de transporte de cargas também está focado em criar um impacto social positivo. Isso envolve garantir condições de trabalho justas e seguras para os funcionários, promovendo a diversidade e a inclusão em todos os níveis da organização e colaborando com comunidades locais para minimizar os impactos negativos das operações logísticas.

A integridade e a transparência são fundamentais para a governança eficaz no setor logístico. Segundo pesquisas da consultoria ODATA, ela destaca a importância da transparência nas operações logísticas para construir a confiança dos stakeholders e fortalecer a reputação das empresas. As empresas estão adotando práticas de governança responsável que promovem a ética nos negócios, a conformidade regulatória e a prestação de contas aos stakeholders.

Isso inclui a implementação de políticas anticorrupção robustas e a divulgação transparente de informações relacionadas às práticas ESG. À medida que a consciência sobre as questões ESG continua a crescer, o setor logístico está se posicionando como um líder na busca por soluções sustentáveis. Empresas que priorizam a sustentabilidade estão não apenas protegendo o meio ambiente e promovendo o bem-estar social, mas também fortalecendo suas próprias operações e construindo relacionamentos mais sólidos com clientes, investidores e comunidades.

No Brasil a empresa C-Freight que atua no setor de transporte de cargas, ocupando a 22ª posição no ranking OTIs de 2023, tem procurado transformar o transporte de mercadorias, integrando os princípios ESG em todas as suas operações abrir o caminho para um futuro mais sustentável e responsável.

Segundo o Diretor Executivo da C-Freight, Lucas Morgado, ao adotarem uma abordagem centrada na sustentabilidade, a C-Freight não está apenas reduzindo o impacto ambiental, mas também fortalecendo a posição competitiva no mercado. Para ele, a inovação e a eficiência que acompanham a busca por práticas mais sustentáveis não só permitem atender às crescentes expectativas dos consumidores e reguladores, mas também capacitam a criar novas oportunidades de negócio e a atrair investidores alinhados com visão de longo prazo.

Lucas acrescenta: “acredito firmemente que a integração desses princípios em nossas operações não é apenas uma responsabilidade moral, mas também uma estratégia inteligente para garantir o sucesso a longo prazo da nossa empresa.”

Fonte: “Setor logístico implementa princípios ESG visando sustentabilidade em transporte (folhavitoria.com.br)

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Com o que o setor logístico deve se preocupar em 2024: 8 desafios e tendências

Quais são as tendências da logística brasileira e quais os aspectos que merecem atenção?

Desafios não são, exatamente, uma novidade para o setor logístico e, em 2023, as empresas brasileiras tiveram de consolidar suas adaptações ao chamado “novo normal” — conceito pós-pandemia que exigiu realinhamentos em diversos segmentos.

O crescimento do e-commerce foi apenas um dos reflexos das mudanças no comportamento do consumidor. Agora, consciente sobre as demandas, a cadeia de suprimentos precisa dar mais um passo e reforçar os investimentos em automação, integração e colaboração. Nesse aspecto, 2024 será o ano da virada de chave: quais são as tendências da logística brasileira e quais os aspectos que merecem atenção?

PRINCIPAIS TENDÊNCIAS E PONTOS DE ATENÇÃO EM 2024

O setor logístico precisa manter a vigilância em relação aos desafios e às nuances do mercado e da economia. As soluções para otimizar operações, ampliar a visibilidade da cadeia de Supply Chain e reduzir custos estão disponíveis, mas é preciso iniciativa.

Para não perder o timing, as empresas devem priorizar a adaptabilidade e a inovação. Mais do que nunca, uma cadeia de suprimentos resiliente será necessária em 2024 e alguns aspectos chamam atenção:

Logística colaborativa

Apontada como uma das soluções mais eficientes para otimizar os processos da cadeia de suprimentos, a colaboração é uma tendência promissora em 2024. Ainda que em estágios iniciais no Brasil, a logística colaborativa vai ganhando força à medida que embarcadores, operadores logísticos, transportadores etc. entendem seus benefícios e encaram a cooperação como alternativa para gerenciar ativos e reduzir desperdícios ou custos.

O compartilhamento de informações (como dados de rastreamento e roteirização) e de recursos e ativos (inclusive frotas) deve impulsionar os resultados e as melhorias no setor logístico. No entanto, para alcançar seu potencial máximo, a logística colaborativa ainda depende de conscientização da indústria, maturidade e integração de tecnologias, melhoria na infraestrutura logística e alinhamento às regulamentações.

Investimento em capacitação

A escassez de motoristas profissionais é uma das dores do setor logístico. O número de caminhoneiros vem caindo ao longo dos últimos anos e o fenômeno não é exclusividade brasileira. Oferecer treinamento não garante apenas mão de obra qualificada e postos de trabalho abastecidos. Os investimentos em educação profissional –— especialmente para quem usa a tecnologia a seu favor, como plataformas EaD, gamificação e apps — leva à eficiência e à segurança nas viagens e melhora a qualidade dos serviços prestados.

Os programas de capacitação também conscientizam sobre a importância dos cuidados com a saúde, mantêm os times atualizados sobre as mudanças nas regulamentações, habilitam os profissionais para o uso de novas tecnologias e contribuem com práticas sustentáveis (redução de emissão de CO2 e eficiência energética).

Logística verde e ESG

Condição para operações que desejam se tornar ambientalmente sustentáveis e ganhar espaço frente à concorrência, a logística verde está em alta, assim como a chancela do “selo” ESG para quem busca novos investidores.

O setor de transporte é um dos principais responsáveis do planeta pela emissão de CO2 e, para se alinhar à logística verde, as empresas terão de investir em frotas sustentáveis (caminhões com baixa emissão), na redução da pegada de carbono, em eficiência energética, embalagens ecológicas, programas de manutenção preventiva, logística reversa etc.

A roteirização inteligente, a gestão de resíduos, as certificações de gestão ambiental — como a ISO 14001 — e a colaboração na cadeia de suprimentos são outras estratégias para acelerar a adesão das empresas à logística verde.

Infraestrutura

A infraestrutura precária em muitas regiões do país impõe custos elevados ao transporte de cargas. Em 2023, o tema “manutenção rodoviária” entrou na pauta do Governo Federal, mas a má condição das estradas e a falta de locais seguros para abastecimento e descanso continuam representando um dos grandes desafios do setor logístico.

Até 2026 estão previstos, no Brasil, investimentos de R$ 1,7 trilhão em infraestrutura. Estradas, pontes e viadutos estão na lista. Em 2023, o Governo Federal fez a manutenção ou restauração rodoviária de 2.045 quilômetros e 42 obras de arte especiais (pontes e viadutos).

Quais são as alternativas para reduzir os custos no transporte e os prejuízos com acidentes ou quebras na frota provocados pelas más condições das estradas? Como as empresas podem driblar a falta de infraestrutura e reduzir seus custos em 2024? A estratégia envolve a gestão da manutenção dos veículos, controle do consumo de combustível, roteirização para “fugir” de estradas ruins ou reduzir o tempo de viagem, monitoramento e controle de temperatura para evitar que atrasos levem à perda de produtos etc. A boa notícia é que, para tudo isso, já existe tecnologia.

Acidentes nas estradas e RoadSafe

O índice de acidentes e mortes nas estradas é um dos principais motivos de dor de cabeça para os gestores logísticos. Todos os anos, cerca de 2,5 mil pessoas morrem em acidentes envolvendo caminhões nas rodovias brasileiras. O prejuízo estimado é de R$ 13 bilhões.

O uso de tecnologias de monitoramento e rastreamento, aprimoramento da gestão de riscos, adesão a campanhas de prevenção e criação de programas de capacitação e conscientização são alguns dos aliados.

Tornar as estradas mais seguras é, sem dúvidas, uma urgência no Brasil. Além de salvar milhares de vidas, o que, por si só, já justifica investimentos no gerenciamento dos riscos.

Ineficiência logística

No Brasil, 40% dos caminhões rodam vazios e, só por isso, pensar na logística colaborativa e no compartilhamento de frotas e rotas já é uma grande ideia em 2024.

A baixa produtividade, a ociosidade da frota e falta de processos integrados são outros fatores que levam à ineficiência logística. Entre as alternativas para reverter o cenário, estão o uso de algoritmos de Machine Learning e os recursos de Inteligência Artificial — tecnologias capazes de prever demandas, fazer a roteirização eficiente e tornar a gestão de estoques mais assertiva.

Operações omnichannel

Tendência crescente no setor logístico é a estratégia omnichannel, considerada não mais uma inovação, mas uma resposta aos clientes que buscam uma experiência de compra completa e sem barreiras entre o off e online.

Para que o uso interligado de diferentes canais de vendas e de comunicação dê certo, as empresas terão de investir em: sistemas de gerenciamento de estoque integrados, com atualização em tempo real; plataformas de e-commerce unificadas e sincronizadas; personalização da experiência do cliente por meio de ferramentas de análise de dados e comportamentos dos consumidores; logística integrada e sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos capazes de coordenar armazéns, transportadoras e pontos de venda; integração de dados por meio de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações), garantindo a visão unificada das operações e sistemas de rastreamento de entregas em tempo real que ofereçam ao cliente a visibilidade sobre o status dos pedidos.

Integração de sistemas, soluções end-to-end e plataformas open logistics

Em 2024, será possível ser competitivo sem integrar sistemas, melhorar a visibilidade end-to-end e contar com uma plataforma integradora de tecnologias?

À medida que o cenário competitivo evolui e as expectativas dos consumidores aumentam, a integração, a otimização contínua e a automação se tornam elementos essenciais.

O primeiro passo é recorrer a uma plataforma open logistics e o Brasil tem a maior delas. A implementação de todos os sistemas, ferramentas e tecnologias necessárias para que sua empresa esteja em dia com as tendências de 2024 até pode ser feita gradualmente, mas é preciso começar agora.

Operações estruturadas e integradas, tecnologias para o monitoramento e a visibilidade total da cadeia logística, assim como a adesão a plataformas open logistics são medidas mais eficazes para o aumento da performance operacional do setor logístico.

Fonte: “https://mundologistica.com.br/artigos/com-o-que-o-setor-logistico-deve-se-preocupar-em-2024”

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Com investimento de R$ 20 milhões, OPME Log mira expansão no interior de São Paulo

Novidades incluem nova unidade em Campinas, que contará inicialmente com dois veículos e projeção de aumentar para 15 nos próximos cinco anos, incluindo veículos elétricos.

Em processo de expansão para atender a demanda na região de Campinas, a OPME Log anunciou investimento de R$ 20 milhões, que contempla o lançamento de uma unidade no município em março deste ano.

Segundo a empresa, Campinas se tornou um importante polo de saúde, evidenciado pela inauguração recente da unidade do Hospital São Luiz pela Rede D’or. Atualmente, a OPME Log já realiza cerca de 200 cirurgias por mês em Campinas e região, a partir da unidade em São Paulo.

“A nova filial permitirá uma maior eficiência operacional, liberando espaço na matriz em São Paulo e, do ponto de vista ESG, reduzindo a emissão de carbono ao diminuir o número de veículos no trajeto entre as duas cidades”, afirmou a empresa em comunicado à imprensa.

Quanto à frota, a unidade contará inicialmente com dois veículos e projeção de aumentar para 15 nos próximos cinco anos, incluindo veículos elétricos.

De acordo com a empresa, o investimento total para a implementação desta filial é próximo a R$ 1 milhão, sendo 100% financiado com recursos próprios da empresa.

Fonte: “OPME Log mira expansão no interior de São Paulo (mundologistica.com.br)

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Cresce a relevância da pauta ESG para os consumidores brasileiros

Entre as mudanças que estão acontecendo no comportamento do consumidor, destaca-se neste momento a relevância conferida aos produtos e serviços pautados por ESG.

O assunto está há alguns anos na agenda das empresas, mas agora existe uma maior predisposição por parte do público em premiar (ou punir) as marcas em função do seu comprometimento com as causas relacionadas à sustentabilidade, à governança e à responsabilidade social.

E a tendência é de que o tema se torne cada dia mais presente, uma vez que essas questões têm impactado a vida da população de forma mais significativa.

Não se pode mais ignorar as mudanças climáticas e muito menos os debates vinculados à necessidade de as empresas se posicionarem melhor frente aos dilemas enfrentados pela sociedade.

Em outras palavras, os problemas têm ganhado mais evidência, fazendo com que a pauta finalmente “fure a bolha”. Ou seja, não está mais restrita aos ativistas.

ESG influencia na decisão de compra cada vez mais
O Índice do Setor de Sustentabilidade 2023, da Kantar, divulgado recentemente, indica que mais da metade da população (56%) deixa de consumir os produtos de uma marca que não investe em sustentabilidade ou que tem práticas vistas como nocivas ao meio ambiente e à sociedade.

Em sua terceira edição, o estudo global considera que o tema ganhou mais urgência para as empresas, exigindo que elas se posicionem sobre suas ações.

Ao fazer isso, contudo, elas devem ser criteriosas. De acordo com os dados da pesquisa (apenas no Brasil, foram entrevistadas mais de mil pessoas), o consumidor também está mais atento às marcas que praticam o “greenwashing”.

Ou seja, o público está de olho naquelas ações das companhias que se dizem sustentáveis, mas que não passam de marketing.

Para se ter ideia, nesta edição, mais da metade dos entrevistados vê ações de ESG das empresas como enganosas.

Outros dados relevantes:

– 63% do público diz procurar marcas com um histórico ativo de ações pró-ESG;
– 77% dos entrevistados acreditam que os negócios têm a responsabilidade de tornar a sociedade mais justa;
– 67% defendem que as marcas deveriam se responsabilizar e tentar resolver os problemas climáticos e sociais no mundo;
– a maioria dos brasileiros, segundo o Índice do Setor de Sustentabilidade da Kantar, entende que o combate do aquecimento global e da desigualdade são responsabilidade das marcas.

Qual o impacto dessas ações no varejo?
Outro estudo, dessa vez sobre “Impacto ESG no Varejo”, realizado pela Mosaiclab para o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), traz insights importantes a respeito do comportamento do consumidor em relação ao local de compra.

Nesse caso, também chama a atenção a forma como o tratamento do tema tem evoluído. A porcentagem de pessoas que dizem saber do que o tema se trata subiu de 50% em 2022 para 62% em 2023.

Conhecer mais o tema não significa maior prática. Segundo as informações apuradas nesse estudo, 85% dos entrevistados confirmaram que, no seu dia a dia, nem sempre adotam práticas benéficas para o planeta.

Uma questão importante, até porque pode influenciar na decisão de como as marcas vão trabalhar o conceito de ESG, é a análise das diferentes percepções quando se considera o perfil socioeconômico do público.

Enquanto na classe A 33% afirmam conhecer bem o tema do ESG, esse percentual cai para 13% na classe B e para apenas 8% na classe C.

Diante desses dados, refletindo sobre as ações que podem ser mais propositivas por parte das empresas, e uma das oportunidades é atuar no campo da educação, adotando iniciativas que ajudem a população a fazer a sua parte.

Nesse caso, vale lembrar, as marcas conseguem estruturar melhor os seus propósitos. Esse é um aspecto que tem aparecido como determinante para influenciar a decisão de compra de grupos de clientes, como os que pertencem à geração Z.

No ranking geral das iniciativas que mais preocupam os consumidores, o assunto mais destacado são justamente as ações ligadas ao combate ao desmatamento e os incentivos ao reflorestamento.

Para quem ainda tem dúvidas sobre os investimentos nessa área, vale atentar para este dado: mais da metade dos entrevistados declara que estaria disposta a pagar a mais, entre 5% a 20%, por produtos ou serviços que realmente fizessem ações efetivas em ESG.

Quando questionados sobre os temais mais importantes, a maioria indicou a proteção ao meio ambiente: 59% das pessoas disseram que pagariam mais por uma marca alinhada com a redução do seu impacto ambiental.

Focando nas ações do varejo, o estudo indica que os consumidores têm procurado incentivo para serem mais conscientes no consumo e descarte de produtos, embalagens, além de maior uso de materiais recicláveis ou sustentáveis na cadeia.

No âmbito social, por sua vez, destacam-se iniciativas focadas no respeito aos direitos humanos, diversidade e inclusão.

Em governança, figuram ações voltadas à ética e transparência, ao combate ao trabalho escravo ou infantil e à proteção e segurança digital dos dados e informações pessoais dos clientes.

Como em outras áreas, o ideal é que os esforços nessa frente estejam devidamente alinhados à cultura da empresa. Ou seja, serão pouco efetivas as iniciativas isoladas.

Pesquisas relacionadas ao modo como as operações lidam com o assunto têm confirmado que as iniciativas ainda são pouco abrangentes, principalmente quanto à estrutura das áreas.

No relatório da Vetico, que trata justamente dessa adoção por parte das empresas, apenas 17% das companhias entrevistadas contam com a área há mais de cinco anos.

Ou seja, apesar de o conceito ser discutido há mais de 20 anos, ele ainda não ocupa o espaço necessário nas empresas. Por outro lado, percebe-se que esse é um assunto mais relevante também para a retenção de talentos: 50% das pessoas entrevistadas destacaram que o que empresas fazem de ESG é importante na hora de tomar uma decisão durante a proposta de trabalho.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/cresce-a-relevancia-da-pauta-esg-para-os-consumidores-brasileiros

Descomplicando o ESG

A sigla ESG significa em inglês Environmental, Social and Governance, o que em português se traduz como ASG – Ambiental, Social e Governança. Cada letra desta sigla representa um pilar a ser seguido no ambiente corporativo sobre o qual trataremos mais adiante.

As empresas, até o surgimento do ESG, eram movidas principalmente pelo lucro, faturamento e crescimento. Estes eram os pilares que determinavam as suas decisões. Esse conceito foi revolucionado em 2004, após uma provocação de Kofi Annan, ex-secretário da ONU em uma convenção para CEOs do mercado financeiro, que fez a seguinte indagação: “Como é possível integrar os fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais?”

A partir dessa provocação, as empresas de todos os tamanhos e setores do mundo começaram a definir bases do chamado investimento sustentável. Desde então, o termo ESG foi adicionado ao dicionário corporativo e as pautas de meio ambiente e sustentabilidade passaram a ter mais relevância nos negócios, incluindo também as questões de cunho social e governança.

É evidente nos dias de hoje a necessidade de as empresas abraçarem essa transformação para integrarem a sustentabilidade nas suas tomadas de decisões, devendo traçar novos planos de ação, superar desafios e acompanhar resultados medindo seus avanços, sob pena de perderem valor, relevância e reputação no mercado, além de investimentos pela falta de implementação das boas práticas ESG.

O que é ESG?
ESG ou ASG diz respeito a um conjunto de diretrizes, de boas práticas e estratégias a serem seguidas pelas empresas para que tenham um desenvolvimento com impactos positivos no meio ambiente, que sejam mais justas, conscientes e inclusivas no aspecto social e que, na tomada de decisões, sejam mais transparentes e responsáveis.

É certo que o tema tomou grande proporção e ganha força ano a ano no mundo dos negócios, sendo prioritário para nove de cada dez CEOs de empresas. Isso demonstra que, independentemente do tamanho ou segmento da empresa, em um futuro próximo aquelas que não aderirem ao ESG acabarão ficando para trás.

O ESG domina hoje as maiores conferências de negócios e meio ambiente do mundo, se tornou pauta cada vez mais obrigatória, de forma que as empresas que fecharem os olhos para esta transformação acabarão por serem devoradas por ela.

As letras que compõem a sigla ESG representam, cada uma, um pilar que demonstra os desafios a serem enfrentados no mundo dos negócios.

No pilar presente na letra “E”, que significa Environmental ou Ambiental, os maiores desafios hoje são as mudanças climáticas, o uso de recursos hídricos, gestão de resíduos, aumento da poluição e a preservação da biodiversidade.

No caso do pilar “S”, que significa Social, já podemos enfatizar como maiores desafios a diversidade e inclusão, a responsabilidade com clientes, a preocupação com a saúde e segurança de todos os colaboradores da empresa e a rastreabilidade da cadeia de fornecedores.

No último pilar, na letra “G”, que significa Governança, destacamos como desafios a necessidade de implementação de valores e cultura da organização com ampla divulgação e de forma transparente, regras de compliance, decisões responsáveis com transparência e ética, planejamento de longo prazo, gestão de risco e, principalmente, relacionamento com todos os stakeholders – o que, traduzindo para o português, podemos colocar como “parte interessada”.

Crise climática
Hoje é cristalino no mundo dos negócios que as empresas precisam implementar urgentemente as diretrizes ESG, e essa urgência parte primeiramente da consciência da crise climática, pois, sem recursos naturais, não sobrevivem negócios, não há vida.

É fato que tratar de sustentabilidade interfere diretamente na saúde financeira e na longevidade dos negócios, sendo certo que as empresas que ainda não se adequaram às diretrizes ESG tendem a perder não só reputação no mercado, mas também investimentos. É posição consolidada que as práticas ESG proporcionam retornos financeiros. Na bolsa de valores do Brasil, há, inclusive, um Índice de Sustentabilidade Empresarial.

Outro ponto de extrema relevância são os consumidores, que estão cada vez mais envolvidos e observando o que as empresas estão fazendo para se adequarem às diretrizes ESG e cada vez mais atentos a ações de fachada que, na prática, não ajudam a minimizar quaisquer impactos. Um estudo feito pela Bain & Company mostrou que propósito e sustentabilidade são dois dos critérios mais decisivos para os consumidores no ato da compra. Os consumidores hoje estão dispostos a pagar mais por produtos que sejam de fato sustentáveis.

Ainda podemos destacar que colaboradores e talentos também estão atentos e consideram um grande diferencial no aceite de proposta de novo emprego o fato de a empresa ter implementado e atuar com base nas diretrizes ESG.

As diretrizes ESG tendem a impulsionar a inovação e fortalecer a cultura da empresa. Além disso, ajudam na atração e retenção de talentos, garantem a responsabilidade nos processos e chamam a atenção de consumidores e novos investidores.

Bons exemplos
Podemos destacar empresas como Natura &Co, Apple, JBS, Itaú e Ambev, que são alguns exemplos de empresas que estão se dedicando continuamente às práticas ESG. Podemos, ainda, citar a iniciativa do Google, que lançou uma plataforma de dados para medir a percepção ESG do consumidor. Ela deve contribuir muito com as empresas na sua tomada de decisões com base em informações consolidadas e dados exclusivos.

Na prática, a implementação das diretrizes ESG serve para todas as empresas de todos os segmentos e tamanhos. Quando bem aplicadas nos negócios e de forma consistente, essas diretrizes geram valor e estabilidade para a empresa, Aos olhos dos stakeholders, são bem vistas as ações de comprometimento com as questões ambientais, sociais e de governança e, por consequência, estes tendem a promover e defender a marca, deixando evidente que resultados financeiros e ESG andam juntos.

Importante que, como primeiro passo, a empresa saiba que não necessariamente deverá implementar toda e qualquer diretriz ESG, mas sim as que se enquadram ao tamanho e segmento do seu negócio. Para isso, importante fazer o que chamamos de “matriz de materialidade” para definir qual pilar é prioritário em relação aos outros para sua empresa, pois sempre terá uma questão que demanda mais atenção, estratégia e ação, seja por um período, seja por toda a existência da empresa.

Materialidade significa a identificação e priorização dos aspectos de sustentabilidade que são mais relevantes para uma empresa específica, considerando seu tamanho, segmento, contexto operacional e stakeholders. É mais do que um conceito, é o que permite o alcance de uma sustentabilidade empresarial de sucesso.

A matriz de materialidade é a ferramenta que propicia identificar as questões mais materiais do seu negócio. Ao elaborar a matriz, será possível verificar as questões mais materiais do seu negócio e mais relevantes, e ainda entender como cada um dos seus stakeholders se envolve e é impactado por essas questões. Com a matriz de materialidade, é possível classificar os temas mais importantes e os riscos apontados e oportunidades associados a eles.

A partir da elaboração da matriz de materialidade é que será possível, com base nos riscos e oportunidades identificados, traçar os planos de ação que serão capazes de aumentar impactos positivos e mitigar os negativos.

20 anos
Considerando todos os pontos aqui abordados, resta evidente que são inúmeras as vantagens da implementação das diretrizes ESG, não só para o meio ambiente, mas também para sua empresa. É certo que isso mantém a longevidade do negócio e o coloca na frente dos seus concorrentes – se tornando referência no segmento em que atua -, garante a fidelidade dos seus stakeholders e retornos financeiros positivos alcançados pela implementação dessas boas práticas, agregando valor, relevância e propósito ao seu negócio.

No ano de 2024, o tema ESG fará 20 anos. Então coloque nas metas do próximo ano comemorar fazendo parte das empresas que adotam e implementam essas diretrizes.

Valéria Toriyama e Ana Paula Caseiro Camargo são advogadas do Caseiro e Camargo Advocacia Estratégica.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
‘https://mercadoeconsumo.com.br/28/12/2023/artigos/descomplicando-o-esg/

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A transformação nos padrões de consumo dos brasileiros

A evolução dos hábitos de compra e a ascensão das classes C, D e E redefinem o cenário do consumo no país, impulsionam mudanças significativas no varejo e na indústria, e criam novos padrões.

Os padrões de consumo dos brasileiros têm mudado com as décadas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), atualmente, as classes C, D e E representam 76% da população brasileira. Consequentemente, respondem pela maior parte do consumo no Brasil. Nesse cenário, e com a digitalização, muda também o comportamento do consumidor. Com isso, a indústria e o varejo devem ter atenção sobre as novas perspectivas de transformação, estratégias e execução. Além disso, uma pesquisa “Mercado da Maioria”, da PwC Brasil com o Instituto Locomotiva, mostrou que o brasileiro está mais adepto à tecnologia, em comparação ao restante do mundo.

“Nós fizemos uma um uma categorização em relação aos adeptos à tecnologia, uma régua de muito até pouco adepto. Quando comparamos essa linha com o mundo, vemos que o Brasil quer realmente consumir mais tecnologia. O brasileiro tem mais até um celular, e das mais diversas classes sociais, e não só nas classes A e B. As C e D, muitos deles têm até mais de uma linha”, comenta Luciana Medeiros, sócia da PwC Brasil.

Segundo o estudo, o consumo do mercado para é encarado como uma questão de conquista e esforço individual. 61% se esforçam para comprar coisas que não tiveram condições financeiras de ter quando eram mais jovens. Outros 71% se sentem realizados quando economizam para comprar um produto e conseguem. O estudo ainda levantou tendências, chamadas de transformações para o varejo e para o consumo. A primeira foi em relação ao policonsumidor. 63% dos brasileiros já compraram online e fizeram retirada em lojas físicas. Além disso, o estudo mostrou que a maioria dos consumidores está nas classes C, D e E.

“Primeiro temos o que chamamos de policonsumidor. 63% dos brasileiros já compraram online e fizeram retirada em loja física. O que isso quer dizer? Fala muito sobre essa questão do phygital, que para as classes C, D e E é uma realidade. Muitas vezes pensamos que só A e B vão comprar no digital, mas não. Essa questão de integrar esses dois mundos, tanto do mundo digital, quanto da experiência da loja, de olhar o produto. Como de, dentro da loja, os consumidores das classes C, D e E vão fazer comparações. Eles vão olhar quais são os comentários sobre aquele produto. Ele faz a utilização desses dois ambientes. Ele vai estar dentro de uma loja, e comprando via digital”, comenta Luciana.
Eletrodomésticos lideraram compras

Tendência durante a pandemia, a compra de eletrodoméstico não foi deixada de lado no período pós pandêmico. Prova disso é que 66% dos ouvidos já têm ou desejam adquirir um eletrodoméstico inteligente nos próximos 12 meses, sendo que 41% já possuem e 25% pretendem comprar nos próximos 12 meses. Já outros 61% gostariam de ter eletrônicos e eletrodomésticos mais modernos do que os que têm atualmente. O estudo mostrou ainda que 47% dos brasileiros passaram a se importar mais com eletrônicos e eletrodomésticos mais modernos em relação há dez anos. Apenas 15% declaram se importar menos.

A justificativa para esse comportamento do consumidor está na busca por economia de tempo. Em um cenário em que uma pessoa sai de casa para trabalhar, passa um longo período no transporte e outro no trabalho, ao retornar ela quer se dedicar a outras questões, seja aproveitar a família ou descansar. Sendo assim, os eletrodomésticos mais modernos, desde a máquina de lavar ao robô de limpeza, podem ser aliados nesse objetivo.

“Aqueles eletrodomésticos que vão facilitar o que chamamos de ‘trabalho do cuidar’ que é o cuidar da casa da família, é o desejo do consumidor. Consumir mais esses eletrodomésticos, e mais inteligentes, para que ele tenha um tempo maior para as coisas realmente quer fazer. Nós vimos isso, e é um ponto positivo para as empresas tanto de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, como para os grandes varejistas”, explica a sócia da PwC.

Outro ponto mostrado pela pesquisa é que 66% dos consumidores dependem mais da internet, do que dependia há 10 anos. Isso mostra o quanto os brasileiros estão ligados a esse ponto. Além disso, 65% se preocupam mais com o uso de seus dados pessoais pelas empresas do que há 10 anos. Outro aspecto mostrado pela pesquisa foi o chamado “consumidor da verdade”, voltado às questões de ESG. As classes C, D e E consideram essas causas.
Aspecto ESG importa

“A pesquisa demonstrou que eles olham esse ponto das causas, analisam e deixam de consumir marcas em função disso. O consumidor está olhando quais são as causas sociais daquela empresa, como isso se conecta com o público e como, por exemplo, ele se identifica com os vendedores que estão atendendo. Esse consumidor da verdade está assim olhando muitos aspectos de ESG. Não é mais a questão de quanto no meu bolso. Ele quer um produto de qualidade. Se for o caso, vai esperar para comprar aquele produto de qualidade e não comprar outro que ele entende que não tem qualidade, não tem uma causa, ou é uma empresa, por exemplo, que teve problemas com determinadas causas. Ele vai se afastar dessa marca”, comenta a executiva.

A mudança nesse cenário é significativa, tanto que 70% dos consumidores se declaram dispostos a pagar mais por marcas que apoiem causas ambientais. Já as marcas que apoiam causas sociais são preferidas de 69%. 86% estão dispostos a priorizar marcas e lojas sustentáveis, e outros 55% de entrevistados prestam mais atenção nas causas que uma marca apoia, quando perguntado em relação há dez anos.

“Ligado a esse ponto, temos o que chamamos de ‘consumidor com propósito’. 86% dos entrevistados estão dispostos a priorizar marcas e lojas sustentáveis. Para nós, esse patamar é altíssimo. 53% já deixaram de comprar uma marca por falta de responsabilidade social. Não imaginávamos que o consumidor de baixa renda estivesse tão ligado aos aspectos de ESG como ele realmente está. Falamos da maior parte da população. É mais do que falar que abraça uma causa social; o consumidor quer ver na prática. Ele quer ver como é que aquela empresa realmente está atuando de uma forma ligada seus temas de ESG no dia a dia”, acrescenta.

Outro tema mostrado pelo estudo, chamado de “a nova arena Circular”, mostrou que a população de baixa renda, hoje, busca produtos usados não por questão financeira, mas por querer aquele item. Os dados revelam que os públicos C, D e E entendem que aquele produto é factível de comprar usado, e não há a necessidade de um novo. Para esse interesse dos consumidores, as redes sociais têm sido portais de compra. Prova disso é que 40% (44 milhões) já compraram produtos por essas plataformas. Outros 38% (42 milhões) já compraram itens usados em sites e aplicativos especializados. Os descontos também têm um lugar especial, pois, 35% (38 milhões) dos consumidores já participaram de jogos/games para acumular pontos em troca de descontos e benefícios.

“Nós chamamos isso de ‘o novo mercado’, ou ‘nova arena circular’, que é a utilização de um mercado secundário de produtos. A maioria da população de baixa renda olha isso com ótimos olhos. É uma realidade hoje, e foi um dado que nos surpreendeu”, finaliza Luciana.
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/12/13/padroes-consumo-brasileiros/

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A COP e a transição energética no transporte

No Brasil, está tramitando no Congresso Nacional a regulação do mercado de carbono; é importante perceber que esse é um passivo que vai chegar para todos, de fora para dentro.

Tive o privilégio de ser convidado para representar a Bravo na COP28, maior e principal evento do mundo para debater e buscar soluções para a crise climática global. O convite aconteceu por meio da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) para dividir o palco em um painel e falar sobre transição energética no transporte.

Foi uma oportunidade incrível ver tanta diversidade de povos e pessoas envolvidas na questão climática, olhando pelo planeta. Por outro lado, também trouxe algumas inquietações: a mudança climática já chegou e a transição energética está apenas começando.

O apelo feito ao final da COP28 por quase 200 países a favor de uma transição energética que permita abandonar progressivamente o uso dos combustíveis fósseis, foi um aceno importante. Não me arrisco a discutir se ainda há tempo de contermos o avanço da temperatura ou não, até porque não sou especialista em clima, mas é importante perceber que precisamos transformar as intenções em ações e o verbo agir precisa ser conjugado na primeira pessoa, é hora de ser protagonista e não seguidor.

E vale questionarmos: quanto a mudança climática pode afetar os nossos negócios? Muito. Estamos falando de secas, inundações, catástrofes, interrupção no fornecimento de energia, restrições na logística e mudanças de hábitos de consumo. Aqui no Brasil está tramitando no Congresso Nacional a regulação do mercado de carbono e é importante perceber que este é um passivo que vai chegar para todos, de fora para dentro.

Tudo indica que a partir de determinados limites de emissão, teremos responsabilidades no mercado regulado para reportar, reduzir e compensar. Importante termos consciência de que mudanças virão e nos prepararmos para elas — como pessoas e como empresas. É recomendável revermos nossas matrizes de riscos e agirmos antes que seja tarde para assegurar a longevidade dos nossos negócios.

Lembrando que risco e oportunidade caminham juntos. Muitos compromissos de redução de emissões de GEE (gases de efeito estufa) foram assumidos pelos mais diversos setores e as empresas de logística que se prepararem para atender as demandas de baixo carbono, encontrarão um mercado cada vez mais ansioso por novas soluções.

Não existe bala de prata, nem solução pronta que possa resolver a questão das emissões de GEE no transporte de uma forma geral. Qualquer solução tem prós e contras e precisa ser planejada em cada contexto. O caminhão elétrico, por exemplo, é uma solução com emissão zero, se a origem da geração da energia for de fonte renovável, mas que apresenta restrições de autonomia, sendo indicada para rotas curtas e mobilidade urbana. Já o biodiesel misturado ao diesel fóssil é tema de discussão sobre qual o percentual de mistura é adequado.

Os testes do B100 100% de biodiesel foram iniciados sob autorização da ANP. O biometano, já famoso nas discussões, tem grande potencial de crescimento e promete ser uma boa alternativa, mas deve encontrar soluções para a falta de infraestrutura de abastecimento. O HVO é o sonho de todo o transportador, pois é “drop in”, é abastecer e sair rodando nos veículos Euro 5 e Euro 6, mas tem alto custo e falta escalabilidade.

O hidrogênio verde surgiu como a grande promessa a longo prazo, mas tem a tecnologia de produção do veículo e combustível em desenvolvimento. Por fim, o diesel fóssil continuará a ser a matriz dominante nos próximos anos e deve ser utilizado de forma mais eficiente por meio de veículos com menor consumo e programas para redução de consumo e emissões.

Aqui na Bravo estabelecemos uma estratégia de combate às mudanças climáticas baseada em três pilares: malha logística, multimodalidade e transição energética. Com isso, buscamos soluções inovadoras, às vezes encontrando mais perguntas que respostas, mas no final trazendo de forma pioneira soluções de baixo carbono para os nossos clientes.

Mas temos a consciência de que estamos em uma jornada de aprendizado e desafios, já que temos um negócio com características específicas e rotas de longo percurso, o que dificulta abastecimento dos veículos com combustíveis renováveis, não disponíveis na cadeia de abastecimento tradicional.

Quando falamos em redução das emissões, não podemos resumir a transição energética ao transporte rodoviário — que corresponde a cerca de 11,8% das emissões no Brasil —, mas a cada um de nós, as ações de todos como uma comunidade. Olhando do ponto de vista pessoal, o quanto cada um de nós está contribuindo para o todo? Estamos dispostos a fazer mudanças? Que combustível utilizamos nos nossos veículos, quais os nossos hábitos de consumo, reciclamos nossos resíduos?

Mesmo sem perceber estamos nos adaptando a mudança climática, já enfrentamos as tempestades com cautela, nos preparamos melhor para enfrentar as altas temperaturas, levamos o clima mais seriamente ao planejar nossas viagens e por aí vai.

Olhando o cenário como um todo, é possível imaginar um trade-off de custo entre a transição energética e o impacto das mudanças climáticas. Se não começarmos a agir agora, talvez tenhamos uma conta muito maior a pagar no futuro. A jornada é longa, mas em 2030, o primeiro marco dos compromissos de redução de GEE do Pacto de Paris está logo aí. Então, mãos à obra!

* Marcos Azevedo é head de Sustentabilidade da Bravo Serviços Logísticos.

‘https://mundologistica.com.br/artigos/a-cop-e-a-transicao-energetica-no-transporte

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ESG na logística: realidade ou desafio distante?

Dado o impacto das atividades de transporte – e também sua importância econômica – esse esforço precisa ser otimizado, sobretudo no sentido do ganho de maturidade estratégica das empresas, para que mais exemplos de sucesso surjam no mercado e os pilares de governança se tornem diretrizes.

Quando consideramos que a temática ESG se tornou uma das pautas mais discutidas no ambiente de negócios contemporâneo, esse fato, por si só, é digno de reconhecimento, afinal de contas, é a partir de um debate mais amplo e maduro que diferentes setores do mercado serão alcançados e poderão se mobilizar em prol de mudanças que beneficiam toda a sociedade.

Um exemplo desse alcance pode ser observado na logística, setor que, nos últimos anos, viu um aumento progressivo dos investimentos e do interesse de operadores em relação aos pilares de governança social, ambiental e corporativa.

Sobre esse ponto, é válido destacar uma pesquisa da ILOS de 2022 na qual 81% dos entrevistados indicaram que sua empresa contava com uma área específica de sustentabilidade. Nesse mesmo sentido, a consultoria Allied Market Research apontou que, só no ano passado, o segmento de logística verde movimentou US$ 1,3 trilhões dentro de uma tendência que deve se expandir, em média, 8,3% até 2032.

Isso não significa afirmar, no entanto, que não existam desafios para a construção de uma “cultura ESG” na logística – e eles abarcam os três eixos do conceito.

Da disparidade de gênero a responsabilidade do setor de transportes e dos operadores acerca da emissão de gases de efeito estufa – especialmente quando consideramos o modal rodoviário, mas não só ele –; o compromisso do segmento se coloca como crucial para que o país possa, dentre outros pontos, cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas).

A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA LOGÍSTICA

Em relação aos desafios, uma primeira questão que merece ser analisada se refere a supracitada emissão de gases de CO2. De acordo com um levantamento da Deloitte, com diferentes segmentos econômicos, o setor de distribuição e transportes é responsável por cerca de 16% das emissões globais (atrás apenas dos segmentos industrial, com 24%, e de construção, 18%).

Desse montante, a maioria das emissões vem do transporte rodoviário – principal modal logístico do Brasil, o que denota a urgência no compromisso das empresas acerca das políticas de governança ambiental.

O lado positivo dessa discussão, como vimos na pesquisa da ILOS, diz respeito ao avanço na criação de áreas de sustentabilidade nas empresas. No entanto, para que esse esforço se traduza em resultados, há uma necessidade da aplicação de dados, indicadores e metas (fato que não foi observado em 51% das organizações consultadas no levantamento).

Sem tais métricas, a definição e validação das estratégias de sustentabilidade correm o risco de não se tornarem prioridades dos operadores, uma vez que a mensuração de suas ações tende a ser imprecisa e não se desdobrar em objetivos práticos.

Globalmente, existem progressos também nesse sentido: o mesmo estudo da Deloitte, divulgado em 2021, identificou em uma amostra de sua pesquisa que 63% das empresas divulgaram ao menos um relatório ESG dentro do período do levantamento. É válido salientar ainda que os reports de sustentabilidade tem um valor importante dentro de uma economia que observa a consolidação dos fundos verdes no mercado de capitais.

“O setor de distribuição e transportes é responsável por cerca de 16% das emissões globais (atrás apenas dos segmentos industrial, com 24%, e de construção, 18%). Há, no entanto, um esforço para o alinhamento aos propósitos ESG nas empresas: 81% das empresas consultadas em uma pesquisa recente afirmaram contar com uma área de sustentabilidade.”

INCLUSÃO E DIVERSIDADE

Sobre o pilar social do ESG na logística, temos também um cenário que apresenta dois polos distintos: temos, por um lado, um genuíno esforço das empresas no tocante, por exemplo, a contratação mais diversas em diferentes níveis organizacionais (na pesquisa da ILOS, esse foi o principal direcionamento estratégico – em conjunto com a segurança do trabalho – dos operadores com ações de ESG implementadas em seus negócios).

Dentro desse contexto, em 2021, a Gupy identificou um aumento significativo de 229% no número de vagas ocupadas por mulheres na logística. Em contrapartida, a discrepância ainda é alta, uma vez que mais de 71% dos postos de trabalho do setor – também segundo a Gupy – é ocupado por homens.

Para mudar esse cenário, é fundamental, além da criação de áreas de ESG e do uso de tecnologias e métricas que possam apoiar lideranças em processos de governança social, que o mercado estude exemplos de sucesso do mercado que podem, por sua vez, oferecer um norte para ações mais efetivas.

Um case interessante nesse sentido é o da Pepsico.

ESG X LOGÍSTICA

Como é possível observar, a temática ESG não só alcançou a logística: há avanços consideráveis em tempos mais recentes que colocam o setor como protagonista desse debate. Por sua vez, dado o impacto das atividades de transporte – e também sua importância econômica – esse esforço precisa ser otimizado, sobretudo no sentido do ganho de maturidade estratégica das empresas, para que mais exemplos de sucesso surjam no mercado e os pilares de governança se tornem diretrizes para o futuro.

ESTRADAS DO FUTURO

Enfrentar o desafio dos acidentes em estradas e rodovias do Brasil não é uma questão simples e, ao mesmo tempo, trata-se de uma demanda que pede urgência. De acordo com dados da CNT (Confederação Nacional de Trânsito), só em 2022, mais de 64 mil acidentes foram registrados no país — desses, 82,1% deixou vítimas, incluindo mortos e feridos. Em termos gerais, o Brasil ocupa a preocupante posição de 3º país com o maior número de mortes no trânsito, conforme relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Para contribuir com a transformação desse cenário, a MundoLogística lançou a campanha “Estradas do Futuro”, uma iniciativa que conta com patrocínio da nstech, apoio da Onisys, da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) e da Associação Brasileira de Logística (Abralog). Por meio da campanha, o intuito é unir os diferentes atores da cadeia logística nacional, difundindo conteúdos educacionais que tragam tanto visibilidade para a pauta da segurança no transporte rodoviário, quanto práticas e divulgação de soluções que possam colaborar com a capacitação e proteção de motoristas.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/esg-na-logistica-realidade-ou-desafio-distante

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