Na China, JD.com adiciona mais lojas físicas à cadeia de suprimentos para acelerar entregas

A JD.com, gigante das compras online na China, tem como alvo prazos de entrega de até 30 minutos no país. Para isso, está usando vários pontos de venda offline, incluindo o Walmart, para destinar produtos diretamente aos clientes.

A mais recente iniciativa da JD.com, com sede em Pequim, faz parte dos esforços para melhorar a eficiência geral de sua cadeia de suprimentos. Quem diz essas palavras é Carol Fung, presidente do negócio de bens de consumo em rápida evolução da empresa.

“Este programa elimina etapas desnecessárias. Melhora a eficiência dos varejistas, maximiza recursos, reduz custos e otimiza a experiência do cliente”, disse Fung em comunicado nesta terça-feira. Em vez de fazer com que todos os produtos passem por armazéns, centros de distribuição e estações de entrega tradicionais antes de chegar ao cliente, o novo programa possui canais offline que fazem diretamente as entregas de pedidos processados ​​na plataforma online do JD.com.

Entregas por proximidade

O programa usa um algoritmo de inteligência artificial para determinar a proximidade de pontos de venda offline, bem como os armazéns e centros de distribuição da JD.com com um cliente. Se uma loja offline com as mercadorias encomendadas estiver mais próxima, o sistema de IA solicitará que a loja faça uma entrega direta.

Esses canais offline incluem supermercados, lojas de conveniência, lojas próprias de algumas grandes marcas e a plataforma de entrega Dada-JD Daojia. O programa cobre inicialmente itens como bebidas não alcoólicas, cerveja, vinho, arroz e farinha.

Atualmente, inclui 20.000 lojas offline em 54 cidades. Há 175 hipermercados Walmart, 198 estações de abastecimento de água offline da Nongfu Spring, em Pequim, e 166 lojas de bebidas 9bianli em toda a China. Vale destacar que o Walmart trabalha com JD.com desde 2016.

JD.com x Alibaba

O tempo médio de entrega do programa é de duas horas. Porém, os clientes podem receber pedidos em até 30 minutos, de acordo com o JD.com. A empresa disse que as marcas que participam do programa provavelmente verão um tráfego melhorado nas lojas e taxas de rotatividade.

Esse programa intensificaria a rivalidade da JD.com com Alibaba Group Holding, que adotou sua estratégia de “novo varejo” para integrar compras online e offline na segunda maior economia do mundo.

Alibaba

Em Nova Iorque, a Alibaba, em parceria do South China Morning Post, já investiu bilhões em vários provedores de serviços de logística, bem como em empresas de varejo físico. Isso inclui o Sun Art Retail Group, lojas de departamento Intime e supermercados Hema. A ideia, nesse caso, é se aproximar dos consumidores e entregar as mercadorias o mais rápido possível.

Nos mais de 30 supermercados Hema em toda a China, por exemplo, os usuários podem fazer pedidos de compras online ou fazer compras offline e depois entregar suas compras diretamente em suas casas. Os clientes também podem escolher frutos do mar frescos no Hema e pedir que os chefs os preparem no local para uma refeição.

A Alibaba possui uma subsidiária de logística, a Cainiao Network. Essa, administra uma plataforma que faz de tudo, desde a digitalização e padronização de guias de transporte até a otimização de rotas para correios. A JD.com investiu em prestadores de serviços de logística e opera sua própria rede de armazéns e centros de atendimento automatizados.

Colhendo os frutos

Para a marca de bebidas chinesa Nongfu Spring — uma das primeiras parceiras na nova inovação da cadeia de suprimentos da JD.com —, o programa permitiu a entrega de 90% dos pedidos recebidos em 18 de junho dentro de duas horas sem adicionar funcionários nas estações de Nongfu. Lembrando que essa data é nada menos do que o último dia do festival de compras de 18 anos da JD.com na China.

Suas encomendas diárias também aumentaram cerca de 20% no total, de acordo com Li Zhou, secretário-chefe do conselho em Nongfu Spring. “Vemos um enorme potencial para entregar mais pedidos de canais offline no futuro e lançaremos o programa em mais cidades da China em breve”, disse Li.

Atingir prazos de entrega mais rápidos seria um bom presságio para os fornecedores de comércio eletrônico da China expandirem seus negócios nas cidades menores do país. De acordo com um relatório da Nielsen, de agosto, a taxa de penetração de compras online nas cidades de primeiro e segundo níveis da China é de 36,4%, em comparação com 13,8% nas cidades menores.

Fonte : e-commerce Brasil

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