Apesar de inúmeras lojas virtuais serem abertas diariamente, apenas 17 marcas ou grupos representam 85% do e-commerce brasileiro, sendo a maioria deles marketplaces. Esses dados são apresentados no relatório “Como os Brasileiros Compram Online”, elaborado pela SEMrush, com o panorama do comércio eletrônico em 2020.
Segundo o levantamento, mais de 50% das visitas aos grandes sites de e-commerce são visitas diretas, aquelas nas quais o cliente digita diretamente no navegador o endereço do site. Outro ponto são as redes sociais. Com a queda de alcance orgânico nas redes sociais, principalmente as postagens com links, as visitas vindas desses canais representam apenas 1,8% do total analisado.
O estudo inédito, realizado pela SEMrush e Web Estratégica, mostra de onde vem as visitas dos 100 maiores e-commerces do Brasil. Os dados levam em conta a média de visitas dos sites durante 120 dias, representando o tráfego médio mensal desses sites. A análise também inclui os marketplaces que atualmente dominam o cenário do e-commerce no país.
Tendências de tráfego no e-commerce do Brasil
São em média 1.100.000.000 (1 bilhão e 100 milhões) de páginas vistas mensalmente nos sites avaliados. A proporção de visitas entre dispositivos mobile e equipamentos desktop é de 70,3% dos acessos via mobile e 29,7% via desktop, em média. Nos segmento de moda, a proporção chega a 75%/25%, enquanto nos e-commerces de tecnologia, o desktop ainda mantém a frente numa proporção de 41%/59%.
A influência dos marketplaces no e-commerce
Mesmo entre os 100 maiores e-commerces, destacam-se marcas famosas na internet e marketplaces. Mercado Livre, B2W, Via Varejo, Cnova, Magazine Luiza, Amazon, Submarino, Dafiti, Netshoes, Máquina de Vendas, Tricae, Privalia, Leroy Merlin e os marketplaces restantes representam mais de 85% das visitas entre os sites analisados e-commerce brasileiro. Somados, Submarino, Americanas, Casas Bahia, Magazine Luiza, Amazon e Mercado Livre representam 71% da audiência entre os sites analisados.
De onde vêm os visitantes do e-commerce
De acordo com o levantamento, mais de 50% das visitas aos grandes sites de e-commerce são visitas diretas, aquelas nas quais o cliente digita diretamente no navegador o endereço do site. Como se tratam de marcas conhecidas do público e, muitas delas tradicionais no e-commerce ou em suas regiões de atuação no Brasil, 52,5% das visitas em média acontecem de forma direta, seja digitando a URL no browser ou usando o aplicativo da marca da loja.
A segunda maior fonte de tráfego para os 100 maiores e-commerces são as visitas orgânicas vindas de buscas na internet, sendo que o Google representa 98% destas buscas. 24,7% das visitas foram originadas por buscas no Google.
O anúncios pagos de busca e em mídia de display representaram 13,3% do tráfego na média dos 100 sites analisados. Juntos, tráfego orgânico e pago de buscas representa 38% das visitas totais analisadas, ou cerca de 418 milhões de visitas por mês.
Outras origens de visitas para o e-commerce
Com um total de 7,7% do total de visitas analisadas, o tráfego de referência é uma fonte importante para o e-commerce além das buscas e das visitas diretas.
Agregadores de conteúdo, como Indeed, Zoom, Buscapé, Bazaarvoice e similares, se destacaram entre as fontes de visitas. Sites de Cupons (como Cuponomia, Meliuz e Cuponation) são outra fonte de visitas, representando cerca de 3% do tráfego total.
A busca por cupons no Google representa 83% do volume de visitas destes sites. Sites de Programas de Fidelidade, como Dotz e Livelo, também apareceram entre as fontes de tráfego de referência.
Como os brasileiros compram
A pesquisa revela alguns comportamentos que impactam na estratégia de qualquer e-commerce. O investimento em branding e criação de marcas de valor é fundamental para o sucesso, segundo o estudo.
A maior parte dos consumidores busca por sites famosos e marcas reconhecidas na hora de comprar online. Seja por insegurança ao comprar online, por fidelidade às marcas preferidas ou pela experiência de compra, boas marcas com bons e-commerces fidelizam clientes e isso se reflete no perfil de visitas analisado.
Marcas mais antigas ou mais famosas mostraram volumes de visitas diretas próximos aos 57%. O brasileiro compara antes de comprar. A quantidade imensa de buscas no Google mostra que há um volume gigante de clientes em busca de informações detalhadas, avaliações, imagens, vídeos, recomendações e preços diferentes de frete quando estão em busca de um produto.
Com 38% do total de visitas ao e-commerce, entre orgânicas e pagas, buscadores como Google e Bing não podem ser ignorados para que a estratégia de e-commerce tenha sucesso.
Outro ponto levantado é que o brasileiro gosta de descontos, cupons e ofertas promocionais. O grande volume de buscas por frete grátis, cupons e descontos provou que o cliente gosta de desconto e de pagar o menor preço possível.
Faturamento x perfil de visitas
Cruzando os dados de visitas com os dados financeiros da empresas, nota-se que as lojas com os maiores faturamentos em geral são aquelas com maior volume de tráfego direto e orgânico de buscas, segundo Rafael Rez, fundador da Web Estratégica.
“O investimento em marca gera mais visitas diretas, que não custam por clique ao lojista e não passam nem pelo Google nem pelas redes sociais. Grandes lojistas têm optado por fornecer aplicativos com tráfego gratuito, que não consome o plano de telefonia do cliente, o que aumenta o tráfego direto e diminui o custo por venda consideravelmente”, afirma.
O consultor ainda destaca que “a segunda melhor fonte de visitas na internet é o Google, como a Amazon descobriu quase 20 anos atrás. Não é à toa que a Amazon é um gigante do e-commerce global e cresce rapidamente no Brasil. A Amazon domina os resultados das buscas no Google. Isso gera muitas visitas sem custo por clique e derruba os custos por venda”, finaliza Rez.
Para baixar o conteúdo completo do relatório, basta acessar https://pt.semrush.com/ebooks/como-os-brasileiros-compram-online-145653121/
Fonte : ecommercebrasil.com.br