Não é novidade dizer que redes sociais como Whatsapp, Instagram e Facebook foram essenciais para a continuidade das vendas do varejo durante a pandemia. O uso dessas ferramentas se mostra vital para que os negócios possam, mesmo que longe de recuperar as vendas do passado, ao menos minimizar os impactos de permanecer com a loja física fechada.
A busca pelo WhatsApp, por exemplo, não é à toa. Mais de 93% dos brasileiros utilizam o aplicativo ao menos uma vez por dia, e ele se encontra instalado em mais de 99% dos celulares, segundo pesquisa da Panorama Mobile Time/Opinion Box. Ou seja, é uma ferramenta de comunicação que já está na mão do cliente, basta apenas encontrar os melhores caminhos para se conectar com ele.
Mas quais são eles?
- A comunicação não deve ser massificada
A lista de transmissão, embora uma opção prática na hora de enviar mensagens promocionais, já é algo tão ruim em resultados quanto o velho disparo de mensagens spam via e-mail. Em vez de enviar mensagens de maneira massificada, procure orientar seus vendedores a se comunicarem de forma mais personalizada. Quanto mais o cliente entender que está recebendo uma mensagem direcionada exclusivamente a ele, maiores serão as chances de receber uma resposta positiva. Afinal, quantas mensagens de texto ou imagens nos são encaminhadas diariamente e nem sequer são abertas? Acredite, os clientes têm a mesma percepção. - Colete e gerencie informações de seus clientes
Para saber quem compra e como compra com você, o CRM ou um sistema que lhe ajude a registrar e gerenciar esses dados é essencial para fornecer insights para a tomada de decisão. E se antes apenas um caderninho de anotações ou um simples Excel dariam conta do recado, hoje o varejista precisa estar atento à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), evitando multas com o mal uso de dados de seus clientes. - Catálogos digitais interativos
Ao enviar um catálogo para o seu cliente, evite mandar um PDF com dezenas de páginas, tal como na versão impressa. Além da visualização ser difícil nos telefones móveis, o cliente precisa sair da plataforma, navegar e depois retomar o contato para seguir com a compra. Links que direcionam para catálogos interativos digitais, hotsites ou mesmo uma página exclusiva de seu site podem aumentar consideravelmente a taxa de conversão e os resultados. - Links nas redes sociais
Embora boa parte das redes sociais já comece a criar ferramentas próprias que possibilitem a venda de produtos diretamente no Instagram e Facebook, muitas empresas têm utilizado agregadores de links, como o Linktr.ee ou o Biolinky.co para direcionar aos seus catálogos digitais, marketplaces ou páginas especiais de seus sites, realizando a venda diretamente para seus clientes. - Links de pagamento
Se no e-commerce já há um gap enorme entre a escolha dos produtos e a finalização da compra – muitos se assustam com questões de frete ou falta de parcelamento, por exemplo -, as vendas no WhatsApp ou redes sociais precisam buscar alternativas que facilitem a jornada do consumidor, evitando atritos. Oferecer pagamentos simplificados, usando links para pagamento ou soluções como o Pix, pode evitar que seu cliente desista da compra neste momento crucial para o varejista. - Mais que um canal de vendas, um canal de comunicação
O mais importante é entender que, embora muitas empresas tenham aderido às redes sociais só após o início da pandemia, elas não devem ser observadas somente como uma ferramenta de vendas. Para o consumidor, esses canais também servem para se comunicar com a marca e, portanto, seu atendimento deve estar adequado a essa expectativa. Uma mensagem no WhatsApp, por exemplo, não pode levar horas para ser visualizada e respondida, correndo o risco de perder o cliente.
Ainda estamos passando por um cenário incerto, com as lojas físicas alternando entre abertura e fechamento de acordo com os acontecimentos em cada cidade. Por isso, o varejo não pode apenas sentar e esperar pela normalização e deve procurar mais do que apenas se digitalizar, mas criar o máximo de oportunidades e resultados com as ferramentas disponíveis para vender mais nesse momento.
Fonte : Mercado&Consumo