Por que a China é tão assertiva quando falamos em e-commerce

Entender a estrutura do consumo local para encontrar soluções para seus gargalos foi um grande mérito do mercado da China. Ele viu a necessidade de reinventar seus negócios e, com essa nova postura, aproveitou a revolução digital para atingir patamares nunca antes vistos, sobretudo no e-commerce.

As empresas chinesas e seus ecossistemas de negócio atenderam à demanda do mercado por pura sobrevivência. Com diferentes modelos de negócio e aproveitando o volume de pessoas no mundo digital, a China investe também no mercado local. E estes são os motivos pelos quais o país é tão assertivo no e-commerce e nas vendas no varejo.

Volume de pessoas no mundo digital

Quando pensamos em estratégia de vendas no varejo, uma das primeiras atitudes é saber onde está o público-alvo, certo? No caso do varejo na China, sem dúvidas, eles estão no mundo digital.

De acordo com dados da Data Reportal de janeiro de 2021, a China atingiu uma população de 1,44 bilhão de pessoas. Foi um aumento de 0,4% (5,2 milhões) entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. A grande maioria de sua população (61,9%) vive em centros urbanos.

Essa grande quantidade de habitantes em cidades pode explicar os números assustadores quando pensamos em indivíduos conectados. Veja alguns dados também referentes a janeiro de 2021:

  • A China tem 1,61 bilhão de conexões móveis, o equivalente a 111,8% da população total, o que é justificado pelo fato de que muitas pessoas têm mais de uma conexão móvel;
  • Existem 930,8 milhões de usuários de mídia social, um aumento de 13% (110 milhões) entre 2020 e 2021, o equivalente a 64,6% da população total;
  • São 939,8 milhões de usuários de internet, um aumento de 10% (85 milhões) comparado a 2020.

Em suma, são muitas pessoas conectadas que têm a oportunidade de fazer uma compra on-line. Estatisticamente, os dados do Data Reportal apontaram que:

  • 64,3% compraram um produto on-line pelo smartphone;
  • 72,3% procurou por um produto ou serviço on-line;
  • 76,1% utilizou um aplicativo de compras no dispositivo móvel;
  • 77,4 compraram um produto on-line de qualquer dispositivo;
  • 91,5% visitou uma loja on-line.

Investimento em mercado local

O varejo na China começou seu processo de crescimento e inovação se baseando em modelos de negócios de sucesso, como Carrefour e Amazon. No entanto, como ressaltamos, não demorou muito para que os negócios chineses tomassem a frente no mercado local. Mas como aumentar vendas no varejo China e se sobressair em relação às gigantes estrangeiras?

A estratégia de vendas no varejo na China se baseou em compreender o jovem consumidor, que é o público que gasta bastante tempo na internet. Ele não gosta de lojas físicas, motivo pelo qual as empresas chinesas precisaram se reiventar para sobreviver. Isso significa ir para o mundo on-line para atender ao mercado local.

Um ponto interessante é que a digitalização do varejo na China se baseou no uso da infraestrutura de gigantes tecnológicas, como Tik Tok e WeChat, que fornecem sistemas de dados e nuvens para negócios. O Alibaba, por exemplo, se tornou a porta de entrada para as vendas no varejo no comércio on-line. As empresas viram que tem como aumentar vendas no varejo com a presença digital.

Outra questão que merece destaque é que os varejistas chineses, com a ideia de aproveitar e investir nesse mercado local, não focaram somente no lucro. A procura por novos negócios e parcerias que agregam valor ao consumidor também foi uma estratégia de vendas no varejo que eles adotaram.

Adoção de diferentes modelos de negócios

As vendas no varejo em lojas físicas seguem toda uma estrutura definida de negócios. No entanto, a partir do momento em que o consumidor entra no ambiente digital, as empresas chinesas, como apontamos, readequam seus modelos para atender o cliente on-line.

Esse novo cenário fez com que a China adotasse uma estratégia de vendas no varejo diferente, com diferentes modelos de negócio para ajudar no crescimento do e-commerce. Alguns varejistas, por exemplo, ampliaram suas perspectivas em relação a depósitos e fornecedores. Apesar de terem seus próprios locais e parceiros, passaram a atuar em parceria com lojas locais para realizar entregas.

Assim, ao mesmo tempo em que investe em lojas físicas para atender o consumidor que não está on-line, a China expande seu ecossistema para atender às demandas do e-commerce.

Fonte : ecommercebrasil

Varejo pós-pandemia não terá espaço para “analfabetismo digital”

Tecnologia contribui com a personalização da jornada do consumidor

Com as mudanças de comportamento do consumidor causadas pela pandemia de Covid-19, as empresas que estavam no “analfabetismo digital” terão de fazer investimentos mais fortes na tecnologia para não ficarem para trás.

Esse foi um dos assuntos abordados no evento Lide Talks promovido nesta quarta-feira (31) pelo Lide, grupo de lideranças empresariais. Com o tema “Como a segmentação com IA (Inteligência Artificial) e ML (Machine Learning) impacta a experiência personalizada do consumidor”, o encontro virtual teve moderação de Marcus Gouvêa de Souza,  presidente do Lide Comércio, fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem.

Para Carlos Alves, diretor-executivo de inovação e tecnologia do grupo Guararapes, para as empresas que estavam mais maduras digitalmente, esse será um diferencial. Mas, num futuro breve, a digitalização será um pré-requisito para todas.

“Aqueles que tiverem caixa para sair nunca mais vão querer passar e farão um investimento forte. O consumidor muda sua característica de relação com o varejo mesmo no universo físico porque o volume de interação digital que temos ao longo do dia é já era um caminho exponencial de integração”, diz.

Outro case inovador foi narrado pela head de canais digitais e e-commerce da Chili Beans, Marília Nagata. A marca de óculos e acessórios, que sempre teve uma forte experiência  no ponto de venda físico, criou um provador virtual em 2020.

O resultado é que a conversão de vendas de quem usa o provador virtual, hoje, é três vezes maior do que a que se percebia anteriormente. “É difícil comprar [óculos] sem saber se ele combina com o seu rosto. Para os clientes que não são digitais, estamos enviando os produtos para experimentarem”, diz.

Em tempos de pandemia por conta do coronavírus, o Lide tem se adaptado à atual realidade e promovido uma série de encontros virtuais aos seus associados. Nomes importantes dos setores público e privado têm contribuído com os debates, que trazem em suas pautas assuntos de interesse para os negócios no Brasil.

Fundado em 2003, a Lide é uma organização que reúne executivos dos mais variados setores, com 23 frentes de atuação, com o objetivo de potencializar a atuação do empresariado na defesa dos princípios éticos de governança corporativa nas esferas pública e privada.

 

 

Fonte : Mercado&Consumo

Recursos da logística inteligente que vieram para ficar

Uma pesquisa realizada pela Ebit|Nielsen, plataforma de mensuração de dados e opinião de consumidores, mostra o crescimento da procura por compras on-line. Os dados revelam que os adeptos ao e-commerce no Brasil cresceram 40% na pandemia. Com esse aumento, os lojistas se depararam com outras questões, como a necessidade de mais idas aos Correios ou transportadoras para envio de produtos e, consequentemente, mais problemas de logística. Felizmente, assim como o mercado de e-commerce cresceu nesta fase, se desenvolveram também os serviços de logística inteligente.

Empresas que não vendiam pela internet antes da pandemia enfrentaram diversos obstáculos para conseguirem se adaptar às novas rotinas de trabalho. Em parte dos casos, houve o aumento do volume de pedidos e, na mesma proporção, o aumento de trabalho para enviar com segurança e rapidez esses objetos para os consumidores.

Os serviços de logística inteligente facilitam processos, reduzem prazos, organizam todo o sistema de envios, além de trazerem economia e proporcionarem a diminuição de reclamações por parte dos clientes.

Logística inteligente

Algumas empresas que desenvolvem serviços de logística não se restringem apenas em fazer o transporte do item do estoque da loja até o cliente. Atualmente, há companhias especializadas noapoio ao lojista, tanto no início da venda, quanto no momento da última fase de contato com o cliente, que é a entrega. Elas oferecem sistemas nos quais o varejista pode acompanhar todas as etapas.

Este é o exemplo clássico da mudança nas operações logísticas atuais.

Para isso, é necessário desenvolver processos altamente conectados, dispor de IoT (Internet of Things), obter informações em tempo real para monitorar esses processos e ter uma visão integrada da cadeia de suprimentos, por exemplo. Desta forma, resulta-se em um serviço mais eficiente, com maior precisão e mais economia.

Outra vantagem que empresas de logística inteligente oferecem é a coleta de produtos, em muitos casos, diária.  Esse serviço evita que o lojista tenha que ir até os Correios ou à transportadora para fazer o envio ao cliente.

Tal recurso traz economia de tempo e de dinheiro, uma vez que ele não precisará se deslocar e se preocupar com os custos do combustível, assim como não precisará enfrentar trânsito e filas.

A facilidade da coleta feita pela empresa de logística também proporciona segurança, já que será possível manter o profissional em isolamento, continuando o trabalho em home office.

Essas empresas especializadas, inclusive, proporcionam estratégias para reduzir custos de logística reversa, com propostas para minimizar erros operacionais ou escolher as ferramentas mais indicadas para manter informações do estoque atualizadas, por exemplo.

Além disso, empresas de inteligência logística também possibilitam que as plataformas de e-commerce apliquem o conceito omnichannel em seus negócios.  Desta forma, diferentes canais de atendimento ficam disponíveis para os clientes, até mesmo com informações sobre o envio do produto, com possibilidade de rastreamento em tempo real.

Neste caso, vale atentar-se para a questão de proteção de dados do cliente. É fundamental que a empresa de logística promova a segurança dessas informações. Apenas colaboradores autorizados devem ter acesso às informações pessoais do cliente, assim como a política de privacidade deve estar clara. Também é possível verificar a compliance da empresa para saber como ela lida com esses casos.

Atendimento diferenciado

Assim como a praticidade e o sigilo de dados, o atendimento é um dos quesitos mais importantes para consumidores. E, de acordo com a pesquisa de janeiro deste ano da Hi Platform, plataforma de customer experience, intitulada A importância dos diferentes canais na relação com o consumidor, o WhatsApp se destacou como o canal de atendimento mais relevante para as empresas, ultrapassando o telefone e o e-mail na média geral.

O estudo mostra que com as novas rotinas impostas pela pandemia, é preciso que as empresas entendam que a evolução dos serviços devem acompanhar as exigências dos consumidores a fim de melhorar a experiência desses clientes.

E parte disso pode ser feita levando a tecnologia para o atendimento, uma vez que o mercado está cada vez mais digital. Atualmente, muitas empresas utilizam a AI (Inteligência Artificial) para escalonar o atendimento ao cliente e melhorar a sua comunicação, uma vez que softwares de robôs de atendimento têm capacidade de buscar informações, atender e monitorar vários clientes ao mesmo tempo, assim como de integrar dados para a tomada de decisão e de diminuir o tempo espera. E o melhor é que ele aprende a cada interação com o cliente.

Comunicação humanizada

Os dados da pesquisa mostram que especialmente para empresas menores, a preferência pelo uso do WhatsApp no atendimento é muito maior. Já no caso de companhias maiores, o aplicativo de conversa segue empatado com o telefone e e-mail como forma de interação com os consumidores.

Já no contato pós-venda, a relevância do chat humano vem na quarta colocação, logo após os canais citados acima. Isso ressalta a importância do atendimento humanizado e da mobilização dos recursos adequados para organizar o contato com o cliente da maneira que melhor atenda às suas necessidades e impacte positivamente em sua experiência. Ou seja, é importante automatizar o atendimento, mas sem fechar as portas para o contato humanizado, considerando que cada cliente tem suas demandas e preferências, e a finalidade do atendimento é satisfazê-las.

Desta forma, é reforçada a tese de que não basta apenas ser digital, é preciso ter humanização na maneira como se comunica com os consumidores.

Esses meios de contato com os clientes, por WhatsApp e outras ferramentas e de uma maneira mais humanizada, já estão presentes na rotina de algumas empresas de logística. Elas entendem da importância deste tipo de atendimento que já era uma tendência antes da pandemia e agora se consolidou com as medidas de isolamento exigidas na pandemia. Portanto, atualmente, o atendimento via WhatsApp, o contato humanizado e uma equipe pró-ativa já são uma realidade e serviços disponíveis no mercado.

Sabendo da existência desse tipo de atendimento, assim como a oferta de serviços especializados que facilitam o dia a dia do lojista e evitam problemas com os clientes, não há porque não aproveitar esses recursos. E fazer parcerias com empresas de logística inteligente é vantajoso para todos os envolvidos na cadeia de vendas por e-commerce.

Fonte : ecommercebrasil

Os novos territórios do varejo

Ao mesmo tempo em que a tecnologia amplia sua presença no cotidiano das pessoas, as fronteiras entre o físico e o digital vão se derretendo. Isso ficou muito evidente durante os cinco dias de conferências no South by Southwest, mais conhecido como SxSW, super evento sobre inovação, comportamento e tecnologias que costuma acontecer todo mês de março, em Austin, no Texas, e que neste ano ganhou uma versão virtual por conta da pandemia.

A futurista Amy Webb, estrela maior da maratona de palestras desse ano, definiu bem a nova realidade com uma frase: “O mundo físico e o digital estão entrelaçando-se de novas e surpreendentes maneiras.” E bota surpreendente nisso. Amy previu que em breve deixaremos de usar smartphones e passaremos a vestir óculos, fones de ouvido e anéis que cumprirão todas as funções dos nossos celulares e irão além. Também implantaremos no corpo chips que permitirão acompanhar, em tempo real, nossas funções vitais, inaugurando o tempo da YoT – You of Things, uma variante da tal internet das coisas.

Os sinais de que a divisão entre físico e digital está desaparecendo rapidamente não se restringem a novos “wearables“. O concerto virtual que o cantor Lil Nas X realizou na plataforma de games Roblox, para mais de 33 milhões de pessoas, é outro exemplo de como o universo gamer pode ampliar o alcance das marcas e abrir perspectivas para novos negócios, inclusive com a venda de produtos digitais. Varejistas, como Ralph Lauren, já vendem roupas para vestir avatares em jogos digitais e o McDonald’s brasileiro testou a venda de produtos dentro do Minecraft, instalando ali uma versão virtual da sua loja Méqui 1.000.

Nada, no entanto, é mais fascinante do que as possibilidades trazidas pelo Metaverso, universo virtual que converge para o ambiente físico. O Decentraland é um desses espaços, onde as pessoas podem comprar lotes de terreno virtuais, utilizando moedas reais. O Facebook também está testando seu próprio mundo, o Horizon, definido por eles como “uma experiência social onde você pode explorar, jogar e criar de maneiras extraordinárias”. Muito mais do que simples brincadeiras, esses novos territórios são importantes laboratórios para avaliar a receptividade de consumidores à criação de comunidades em espaços digitais, bem como à venda de produtos e serviços.

A ampliação da atuação das marcas para além das fronteiras das lojas físicas era um movimento que vinha aos poucos sendo incorporado pelos varejistas. A questão é que, como aliás acontece em diversos segmentos, a velocidade da mudança aumentou. Dramaticamente. Empresas como Peloton e Mirror permitem que aulas de spinning ou ioga sejam realizadas em casa, com os alunos interagindo em tempo real com professores e colegas, o que alarga de maneira impressionante a quantidade de pessoas se exercitando, ao mesmo tempo em que desafia o negócio das academias de ginástica. Tecnologias como o Microsoft Mesh viabilizam encontros profissionais ou sociais, permitindo que as pessoas se sintam como se estivessem no mesmo ambiente, por meio de projeções holográficas. E, dessa maneira, o velho conceito de tempo e espaço vai se tornando ultrapassado.

As implicações de tudo isso para varejo e shopping centers são gigantescas. Se a convergência entre lojas e e-commerce já é realidade, as possibilidades trazidas por novas tecnologias tanto obrigam a revisão de conceitos e modelos de negócio quanto determinam a abertura de novas frentes de trabalho fascinantes. Em breve, poderemos escolher entre ir ao shopping favorito presencialmente ou entrar na sua versão no Metaverso, podendo também encontrar amigos, visitar lojas e conversar com os vendedores, participar de eventos e até comprar um lanche na praça de alimentação, recebendo o pedido em casa. Novos e expandidos territórios.

Os maiores obstáculos para a implantação de tudo isso são a nossa própria dificuldade em lidar com o novo e nossa histórica aversão em largar velhos hábitos. William Gibson, pai do movimento cyberpunk, disse em 1999 a célebre frase: “O futuro já está aqui, só não foi distribuído igualmente entre todos.” Pois bem, as tecnologias que moldarão as novas realidades estão sendo agora distribuídas rapidamente, com ajuda da comunicação digital. A hora é de acelerar. O futuro é hoje à noite.

Fonte : Mercado&Consumo

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Com um ano de pandemia, venda online de eletrônicos aumenta 600% no Brasil

Em abril de 2020, após o primeiro mês de isolamento social devido à pandemia de Covid-19, snacks e chocolates tiveram o maior crescimento no consumo online no Brasil. Agora, um ano depois, as compras online de alimentos caíram 27%, enquanto outras categorias, como artigos esportivos, que tiveram queda em 2020, estão começando a crescer. Os dados fazem parte do levantamento da Criteo.

Ao comparar o mercado de vendas de comércio eletrônico de 2020 com as vendas de 2021, a Criteo descobriu que os dispositivos eletrônicos portáteis e produtos domésticos tiveram aumentos consideráveis.

Com os consumidores isolados em casa, muitos tiveram que adaptar suas áreas de estar para acomodar o trabalho em home office e espaços escolares. Devido a esta nova forma de viver, as vendas online de cadeiras e escrivaninhas continuaram a aumentar 142% e 125%, respectivamente, enquanto a compra de laptops aumentou 666% e a de tablets aumentou 492%.

No entanto, os dados mostram que as vendas de produtos eletrônicos e domésticos não giram apenas em torno do trabalho e da escola. Os videogames e os televisores também registraram aumento no número de vendas, de 412% e 248%, respectivamente, à medida que as pessoas buscam formas de se divertir em casa.

Enquanto a demanda online por alimentos despencou, a venda de roupas e acessórios aumentou 23%, apesar dos longos meses de isolamento social. Especificamente, os dados da Criteo viram aumentos de + 227% nas compras de trajes de banho, + 113% em chaveiros, + 111% em anéis e + 95% em colares. Ao contrário do que foi observado em 2020, a venda de artigos esportivos cresceu 127%.

Eletrônicos e itens para casa em alta

Muitos consumidores também estão aproveitando para melhorar suas casas, resultando em um crescimento de 28% das vendas online no setor de decoração para casa, especificamente um aumento de + 272% em itens de cozinha, +188 em itens para sala de jantar, + 161% em prateleiras e +59 nas mesinhas de cabeceira.

“A pandemia causou mudanças duradouras no comportamento do consumidor à medida que passamos de medidas altamente restritivas para medidas moderadas de isolamento social. Isso se reflete diretamente nas compras e canais de consumo escolhidos pelos brasileiros à medida que a pandemia evoluiu no ano passado”, afirma Tiago Cardoso, diretor geral para a América Latina da Criteo.

Metodologia

A Criteo analisou dados comerciais de mais de 1000 clientes no Brasil de 15 a 28 de fevereiro de 2021 em comparação com 15 a 28 de fevereiro de 2020.

Fonte : ecommercebrasil

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PayPal lança serviço de pagamento de compras online em criptomoedas

O PayPal Holdings anunciará no final desta terça-feira (30) que começou a permitir que consumidores dos EUA usem suas reservas em criptomoedas para pagar milhões de seus comerciantes on-line em todo o mundo, um movimento que pode aumentar significativamente o uso de ativos digitais no comércio.

Os clientes que possuem bitcoin, ether, bitcoin cash e litecoin em carteiras digitais do PayPal agora poderão converter seus ativos em moedas fiduciárias no caixa para fazer compras, disse a empresa.

O serviço, que o PayPal revelou estar funcionando no ano passado, estará disponível para todos os seus 29 milhões de comerciantes nos próximos meses, disse a empresa.

“Esta é a primeira vez que você pode usar criptomoedas perfeitamente da mesma forma que um cartão de crédito ou débito dentro da carteira do PayPal”, disse o presidente e CEO Dan Schulman à Reuters antes de um anúncio formal.

Como é o serviço da PayPal?

O ‘Checkout with Crypto’ se baseia na capacidade dos usuários do PayPal de comprar, vender e manter criptomoedas, que a empresa de pagamentos com sede em San Jose, na Califórnia, lançou em outubro.

A oferta fez do PayPal uma das maiores empresas financeiras tradicionais a abrir sua rede para criptomoedas e ajudou a impulsionar os preços das moedas virtuais.

O valor do bitcoin quase dobrou desde o início deste ano, impulsionado pelo aumento do interesse de grandes empresas financeiras que estão apostando em uma maior adoção e o veem como uma proteção contra a inflação.

O lançamento do PayPal acontece menos de uma semana depois que a Tesla disse que começaria a aceitar pagamentos de bitcoin por seus carros. Ao contrário das transações do PayPal em que os comerciantes receberão moeda fiduciária, a Tesla disse que manterá o bitcoin usado como pagamento.

Embora o ativo esteja ganhando força entre os principais investidores, ainda não se tornou uma forma de pagamento generalizada, devido em parte à sua volatilidade contínua.

O PayPal espera que seu serviço mude para que, ao liquidar a transação em moeda fiduciária, os comerciantes não assumam o risco da volatilidade.

“Achamos que é um ponto de transição onde as criptomoedas deixam de ser predominantemente uma classe de ativos que você compra, mantém e ou vende para se tornar uma fonte de financiamento legítima para fazer transações no mundo real para milhões de comerciantes”, disse Schulman.

A empresa não cobrará nenhuma taxa de transação para pagamento com criptomoeda e apenas um tipo de moeda pode ser usado para cada compra, disse.

Fonte : ecommercebrasil

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Magalu amplia delivery de alimentos com mais duas aquisições

Empresa anunciou a compra do app ToNoLucro e da plataforma GrandChef

O Magalu acaba de chegar à quarta posição do mercado brasileiro de delivery. A empresa anunciou, nesta terça-feira (30), duas novas aquisições: a do aplicativo ToNoLucro e da plataforma GrandChef.

A empresa elencou o setor de delivery de alimentos como um dos focos estratégicos. O mercado brasileiro movimentou R$ 18 bilhões no ano passado. Levando em conta todo o mercado de alimentação fora de casa, o mercado potencial é de R$ 196 bilhões.

“Devemos, em pouco tempo, estar brigando pela liderança desse setor”, afirma o vice-presidente de negócios do Magalu, Eduardo Galanternick. “O superapp do Magalu será referência na cabeça do brasileiro quando a fome bater.”

Entrega e pagamento de pedidos

O ToNoLucro é um app de delivery com forte atuação em Goiás, Pará e Tocantins, presente em mais de 40 cidades e com 5 mil restaurantes cadastrados, além de cerca de 2 mil entregadores ativos. A plataforma conta com uma rede de entregadores e também gerencia pagamentos dos pedidos.

O Magalu entrou no ramo de delivery de comida pronta em setembro do ano passado, com a aquisição da AiQFome. “A AiQFome já é um dos principais players de delivery do País, presente em 500 cidades e, em termos anualizados, processando cerca de 30 milhões de pedidos no valor total de R$ 1 bilhão”, afirma o vice-presidente de negócios do Magalu, Eduardo Galanternick. “Este é um segmento muito importante para o Magalu e que, no geral, em 2020, movimentou R$ 196 bilhões.”

Com o Tonolucro, a AiQFome amplia sua operação, além de passar a oferecer novos serviços para os estabelecimentos parceiros, como a entrega e a maquininha de cartão (mobile terminals) para os entregadores.

Integração de restaurantes

Para acelerar o crescimento das suas plataformas de delivery, o Magalu adquiriu, também, a GrandChef. Fundada no Paraná, a ferramenta cresceu exponencialmente para se tornar uma das maiores plataformas de tecnologia para pequenos e médios restaurantes do Brasil.

Por meio de aplicativos para celular e sistemas para desktop, a GrandChef possibilita a gestão completa da operação do restaurante, incluindo o controle de pedidos on-line e off-line (mesas, comandas e balcão) e a integração com plataformas de delivery, além da gestão financeira e controle de estoque.

Atualmente, a base de clientes da GrandChef é formada por mais de 3 mil restaurantes presentes em 25 Estados brasileiros. Com ela, o Magalu conseguirá fornecer uma opção fácil e rápida de digitalização e integração de restaurantes em sua plataforma.

Fonte : Mercado&Consumo

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A segunda onda das vendas por WhatsApp e redes sociais

Não é novidade dizer que redes sociais como Whatsapp, Instagram e Facebook foram essenciais para a continuidade das vendas do varejo durante a pandemia. O uso dessas ferramentas se mostra vital para que os negócios possam, mesmo que longe de recuperar as vendas do passado, ao menos minimizar os impactos de permanecer com a loja física fechada.

Se muita gente “improvisou” a venda nessas plataformas durante os primeiros impactos da pandemia, buscando vender de qualquer jeito e com qualquer esforço, a situação atual do varejo (que pode permanecer por todo o ano) está levando as empresas a adotarem soluções cada vez mais adequadas de comunicação e vendas, buscando otimizar seus resultados.

A busca pelo WhatsApp, por exemplo, não é à toa. Mais de 93% dos brasileiros utilizam o aplicativo ao menos uma vez por dia, e ele se encontra instalado em mais de 99% dos celulares, segundo pesquisa da Panorama Mobile Time/Opinion Box. Ou seja, é uma ferramenta de comunicação que já está na mão do cliente, basta apenas encontrar os melhores caminhos para se conectar com ele.

Mas quais são eles?

  1. A comunicação não deve ser massificada
    A lista de transmissão, embora uma opção prática na hora de enviar mensagens promocionais, já é algo tão ruim em resultados quanto o velho disparo de mensagens spam via e-mail. Em vez de enviar mensagens de maneira massificada, procure orientar seus vendedores a se comunicarem de forma mais personalizada. Quanto mais o cliente entender que está recebendo uma mensagem direcionada exclusivamente a ele, maiores serão as chances de receber uma resposta positiva. Afinal, quantas mensagens de texto ou imagens nos são encaminhadas diariamente e nem sequer são abertas? Acredite, os clientes têm a mesma percepção.
  2.  Colete e gerencie informações de seus clientes
    Para saber quem compra e como compra com você, o CRM ou um sistema que lhe ajude a registrar e gerenciar esses dados é essencial para fornecer insights para a tomada de decisão. E se antes apenas um caderninho de anotações ou um simples Excel dariam conta do recado, hoje o varejista precisa estar atento à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), evitando multas com o mal uso de dados de seus clientes.
  3. Catálogos digitais interativos
    Ao enviar um catálogo para o seu cliente, evite mandar um PDF com dezenas de páginas, tal como na versão impressa. Além da visualização ser difícil nos telefones móveis, o cliente precisa sair da plataforma, navegar e depois retomar o contato para seguir com a compra. Links que direcionam para catálogos interativos digitais, hotsites ou mesmo uma página exclusiva de seu site podem aumentar consideravelmente a taxa de conversão e os resultados.
  4. Links nas redes sociais
    Embora boa parte das redes sociais já comece a criar ferramentas próprias que possibilitem a venda de produtos diretamente no Instagram e Facebook, muitas empresas têm utilizado agregadores de links, como o Linktr.ee ou o Biolinky.co para direcionar aos seus catálogos digitais, marketplaces ou páginas especiais de seus sites, realizando a venda diretamente para seus clientes.
  5. Links de pagamento
    Se no e-commerce já há um gap enorme entre a escolha dos produtos e a finalização da compra – muitos se assustam com questões de frete ou falta de parcelamento, por exemplo -, as vendas no WhatsApp ou redes sociais precisam buscar alternativas que facilitem a jornada do consumidor, evitando atritos. Oferecer pagamentos simplificados, usando links para pagamento ou soluções como o Pix, pode evitar que seu cliente desista da compra neste momento crucial para o varejista.
  6. Mais que um canal de vendas, um canal de comunicação
    O mais importante é entender que, embora muitas empresas tenham aderido às redes sociais só após o início da pandemia, elas não devem ser observadas somente como uma ferramenta de vendas. Para o consumidor, esses canais também servem para se comunicar com a marca e, portanto, seu atendimento deve estar adequado a essa expectativa. Uma mensagem no WhatsApp, por exemplo, não pode levar horas para ser visualizada e respondida, correndo o risco de perder o cliente.

Ainda estamos passando por um cenário incerto, com as lojas físicas alternando entre abertura e fechamento de acordo com os acontecimentos em cada cidade. Por isso, o varejo não pode apenas sentar e esperar pela normalização e deve procurar mais do que apenas se digitalizar, mas criar o máximo de oportunidades e resultados com as ferramentas disponíveis para vender mais nesse momento.

Fonte : Mercado&Consumo

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Via Streaming e Via Logística: a meta da Via Varejo é ser cada vez menos varejo

Empresa mostra resultados após um processo de turnaround comandado por Roberto Fulcherberguer, mas ainda está distante das rivais em valor de mercado.

A Via Varejo não quer mais ser apenas conhecida pelo setor que carrega no nome. A dona das Casas Bahia e do Ponto Frio vem passando por um processo total de transformação nos últimos anos e chega em 2021 com um lucro bilionário, estreando negócios que vão de um serviço de streaming até plataforma de logística para vendedores que utilizam o seu marketplace.

Nos últimos anos, a empresa passou por um verdadeiro processo de virada, especialmente após o executivo Roberto Fulcherberguer assumir o cargo, em meados de 2019. A empresa vinha de resultados ruins há tempos, quando ainda tentava arrumar a gestão após a fusão da operação digital (Cnova) com a física, em 2016.

Para se ter ideia, no ano de 2019, enquanto rivais como o Magazine Luiza disparavam na bolsa e se tornavam queridinhas dos investidores, a empresa não só tinha resultados ruins em suas ações como acumulou um prejuízo de R$ 1,4 bilhão. Como recuperar, então, a confiança do mercado?

“Primeiro, tínhamos que voltar a fazer varejo para recuperar a confiança”, diz Fulcherberguer.

Pelo menos na questão operacional, o pior ficou para trás. A Via Varejo reverteu prejuízo e registrou lucro de R$ 1 bilhão no ano passado. Se analistas de mercado ainda enxergam a empresa atrás de suas concorrentes, especialmente no ambiente digital, os resultados de 2020 podem começar a mudar esse conceito.

Com o efeito da pandemia, que acelerou o processo de digitalização dos clientes, a Via Varejo teve 48,5% das suas vendas feitas por meios digitais. Um ano antes, esse percentual era de 23,9%.

O efeito do auxílio emergencial ajudou, inclusive, as vendas em lojas. Apesar de as unidades da companhia terem ficado fechada por vários meses graças à pandemia, no ano tiveram uma alta de 7,7% nas vendas.

Quanto disso vai ficar no pós-pandemia? Para Fulcherberguer, muito. Na verdade, ele enxerga que o futuro do varejo é por meio da integração de todos os canais de venda, conhecida como omnicanalidade. Mais: as empresas de varejo vão ser cada vez mais multisserviços.

“Queremos, agora, ir além do varejo. A nossa companhia será várias outras coisas e também vai ser varejo. Queremos prestar uma gama de serviços para os clientes.”

E isso vai trazer mais vendas para a Via Varejo: segundo a companhia, os clientes que utilizam os canais integrados gastam 2,2 vezes mais do que aqueles que optam apenas pelo e-commerce ou pela compra nas lojas físicas.

Entrega a jato

Para melhorar esses números, a intenção de Fulcherberguer é correr na frente das suas rivais, literalmente. A entrega mais rápida virou um grande diferencial nesse mercado. Não por acaso, a primeira medida da Via Varejo é fazer com que as entregas cheguem o mais rápido possível.

Segundo o executivo, em 2020, 40% de todas as vendas foram entregues em 24 horas e 72%, em até 48 horas. “Vamos chegar ao ponto de entregar na mesma hora que o cliente fizer a compra”, diz o presidente.

Para o executivo, a Via Varejo vai se destacar frente à concorrência por causa da sua capilaridade, especialmente por causa das mais de mil lojas espalhadas pelo Brasil. Dos 5.570 municípios do país, só em cinco deles a empresa não fez nenhuma entrega no ano passado, conta o executivo.

Maior marketplace do Brasil?

Os planos da Via Varejo são ambiciosos. Fulcherberguer quer se tornar o maior marketplace do Brasil. Para isso, precisa ampliar dois índices internos: a recorrência de compra e também o número de vendedores em suas plataformas.

A empresa encerrou 2020 com 45 mil vendedores, e pretende pelo menos dobrar este ano. Segundo Fulcherberguer, os números registrados no início deste ano demonstram que a meta é possível. Com mudanças na tecnologia, Fulcherberguer afirma que, em menos de cinco minutos, um varejista consegue começar a vender em seu marketplace.

Streaming gratuito

Do lado da demanda, a ideia é criar ferramentas para que os usuários comprem cada vez mais na Casas Bahia.

Uma das ferramentas utilizadas para aumentar fidelização é a criação da Casas Bahia Play. Qualquer compra que um cliente fizer na plataforma da empresa resultará em um plano de três meses com conteúdos da Paramount+. Após o fim dos três meses, qualquer outra compra renovará o benefício. A ideia é aumentar a parceria com outras plataformas de streaming.

“Será o único serviço de streaming gratuito de verdade. Não vamos fazer um plano de assinatura para o cliente. Será um benefício para sempre”

Trocar o carnê por banco digital

Além disso, a empresa quer ampliar ainda mais o seu banco digital, o banQi – a Via Varejo comprou a fintech no início da pandemia.

Historicamente, a Casas Bahia cresceu calcada nos seus carnês. O fundador da empresa, Samuel Klein, era conhecido como o rei do carnê. Ele praticamente inventou a prática por aqui no Brasil ao perceber que o brasileiro mais pobre não liga de pagar juros em um produto se as parcelas forem pequenas e couberem em seu bolso.

Por isso, depois de popularizar o carnê, a Via Varejo quer bancarizar o brasileiro. A ideia é fazer uma inclusão financeira das classes C e D e trazer mais recorrência e rentabilidade para a Via Varejo. No fim de 2020, a empresa já tinha mais de 1,8 milhão de contas (33% delas abertas no último trimestre).

São nessas plataformas, principalmente, que a empresa quer colocar parte dos R$ 600 milhões que pretende investir em 2021. E trata-se de um investimento 50% maior do que o registrado nos últimos dois anos.

O que falta para agradar os investidores?

Apesar da confiança do executivo, os investidores ainda não enxergaram tanto valor nas ações da Via Varejo. Quer dizer, em 12 meses, as ações VVAR3 sobem mais de 125%. Porém, no ano, acumulam uma queda de 24%. Hoje, a empresa vale cerca de R$ 19 bilhões. O valor ainda é bem distante dos registrados pelo Mercado Livre (R$ 385 bilhões), Magazine Luiza (R$ 127,7 bilhões) e B2W (R$ 33,7 bilhões).

Fonte : cnnbrasil.com

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