Marketplace Temu desafia gigantes e redefine as regras do e-commerce no Brasil

O mercado de e-commerce brasileiro está passando por uma transformação profunda, impulsionada principalmente pela entrada de novos players chineses, como a Temu. Urgel Augustin, Diretor de vendas e CS da Similarweb, explicou com a Temu tem desafiado gigantes do setor, a exemplo de Amazon e Mercado Livre, e redefinido as regras do jogo.

No palco do Fórum E-commerce Brasil 2024, Augustin disse que a Temu atingiu 3,7 milhões de usuários em junho — hoje, ele acredita já ter ultrapassado os 5 milhões. Cerca de 15% dos usuários que visitaram a Temu também visitaram o Mercado Livre, Shopee e Amazon, mostrando uma competição acirrada pela atenção do consumidor.

Importante dizer que pela primeira vez um marketplace em crescimento afetou significativamente a participação de mercado de outros players relevantes. Alguns deles, aliás, perderam com uma redução de 30% de share para alguns.

A ascensão meteórica da Temu

Em pouco mais de três meses, a Temu conseguiu se tornar o aplicativo de compras mais baixado no Brasil, superando até mesmo a Amazon. Essa ascensão meteórica se deve a uma estratégia agressiva de marketing, com forte investimento em busca orgânica e paga, além da utilização de táticas de gamificação e influenciadores digitais.

Vale lembrar que os aplicativos chineses geram um ciclo interessante de dados. Afinal, o cliente instala o app, os dados são capturados e ele recebe sugestões do que pode gostar. Então, o aplicativo coleta os dados de localização e compartilha com os fabricantes, que entendem a demanda e casam a produção com a oferta. Ou seja, diminuem o tempo de produção e de marketing.

O que diferencia a Temu?

A Temu se destaca dos demais marketplaces por diversos fatores:

  • Gamificação: plataforma chinesa utiliza elementos de jogos para aumentar o engajamento dos usuários, oferecendo recompensas como descontos e produtos gratuitos.
  • Foco no mobile: investe fortemente em seu aplicativo, oferecendo uma experiência de compra mais rápida e intuitiva.
  • Análise de dados: utiliza dados dos usuários para personalizar as recomendações de produtos e otimizar suas campanhas de marketing.
  • Parcerias com influenciadores: conta com uma rede de influenciadores digitais para promover seus produtos e alcançar um público mais amplo.
  • Preços competitivos: oferece preços muito competitivos, atraindo consumidores em busca de boas ofertas.

Impacto no mercado brasileiro

A entrada da Temu no mercado brasileiro está gerando um grande impacto na concorrência. Outros marketplaces, como Shopee e AliExpress, também estão crescendo rapidamente e conquistando uma fatia cada vez maior do mercado.

Um dado interessante apresentado por Augustin: o tempo médio gasto no app da Temu é de 15 minutos, algo muito elevado para uma plataforma de compras. Em segundo lugar está a Shopee, com 10 minutos, e Shein com cerca de 8. Essa é a grande prova de que a gamificação é a lógica por trás dos apps chineses e funciona muito bem (Amazon e Magalu, que não seguem a gamificação, são de cerca de 3 e 2 minutos, respectivamente).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/marketplace-temu-desafia-gigantes-e-redefine-as-regras-do-e-commerce-no-brasil”

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Programas de fidelidade no e-commerce: como comunidades estão redefinindo a relação com marcas e produtos

Uma pesquisa realizada pela Yotpo em 2023, destacou que 83% dos consumidores dizem pertencer a um programa de fidelidade. Embora seja um número expressivo, em 2017, um levantamento da Accenture trouxe que, apesar do nome, 71% dos consumidores afirmam que esses programas na realidade não geram fidelidade. Por mais contraditório que seja, avaliando um panorama desse período até os dias atuais, é possível perceber que pouco foi modificado de lá para cá para que esse sentimento mudasse.

Surgimento dos programas de fidelidade

Para iniciar essa conversa, vale começarmos compreendendo o surgimento dos programas de fidelidade e por que, atualmente, eles não cumprem com o principal objetivo: a retenção de clientes.

Existem registros de que esses programas surgiram no século XVIII. Os varejistas da época queriam recompensar seus clientes fiéis e começaram a dar moedas de cobre que os consumidores poderiam trocar por produtos posteriormente. Desse período para cá, muita coisa aconteceu. Enquanto novos tipos de programas surgiram, a conexão entre marca e cliente continua a mesma do século XVIII, uma relação transacional.

A era da Economia da Expectativa

No entanto, o que vemos é uma necessidade urgente de que a dinâmica dessa relação consumidores-empresas mude. Com o surgimento de Amazon, Spotify, Uber, Netflix e outros negócios similares, nasceu também uma nova forma de oferecer um serviço. Os consumidores se acostumaram a um cenário de ultraconveniência com entregas rápidas, uma experiência digital quase sem nenhuma fricção e uma hiperpersonalização.

Estamos na chamada era da Economia da Expectativa, conceito cunhado pela Trendwatching em 2015 para traduzir os sentimentos dos consumidores do século XXI em relação às empresas de qualquer setor. O mindset é: me dê o que eu quero, na hora que eu quero e rápido. Mohanbir Sawhney, especialista em estratégias para e-commerce, afirma que a única maneira de manter os consumidores engajados é entender, com profundidade, a jornada desse cliente, atender às suas necessidades e expectativas, e fazer isso em qualquer ponto de contato dessa jornada.

Empresas precisam continuar surpreendendo seus consumidores

No entanto, ainda existem poucas iniciativas por parte das empresas para realizar de fato esse desejo e realmente criar uma conexão com seus consumidores. A boa notícia é que há oportunidades para serem exploradas.

Em uma pesquisa da Wunderman Thompson (2023), 70% dos entrevistados não se lembram da última vez que uma marca fez algo que os deixassem empolgados. Isso mostra que há uma grande necessidade por parte dos consumidores de se sentirem surpreendidos. A mesma pesquisa ainda diz que 61% dos entrevistados querem que as marcas os ajudem a sentir emoções intensas. Se por um lado existem clientes sedentos por novidades, por outro existem empresas que desejam se destacar no mercado.

Contudo, essas empresas só vão conseguir se destacar ao assumirem o risco de desenhar estratégias mais ousadas e condizentes com os desejos dos consumidores, para além do lucro. Os executivos à frente de e-commerces e negócios que desejam implementar ou redesenhar um programa de fidelidade devem começar compreendendo de uma vez por todas que esse tipo de programa, em pleno século XXI, vai muito além de pontos.

O objetivo de ter uma iniciativa como essa evoluiu junto às mudanças de comportamento das pessoas. Hoje, as empresas podem desenhar programas com o foco em reter clientes, mas também podem atrair novos consumidores e aumentar a fidelidade do seu público, tudo vai depender dos objetivos estratégicos do negócio e do momento da companhia.

Autenticidade e conexão são fundamentais

No mundo complexo de policrise, não existe receita pronta. E é por isso que empresas que desenvolvem programas de fidelidade autênticos saem na frente. Autenticidade é uma tendência forte no mundo dos negócios, e no varejo não seria diferente. Ser autêntico em tempos de IA e deep fakes oferece segurança em tempos de incerteza. E, para negócios, pode ser uma estratégia forte de estabelecer uma conexão com os consumidores. É o caso da Recustom, uma marca de moda que tem como objetivo reviver a comunidade de alfaiataria de Singapura. Diferentemente do varejo convencional, os produtos não estão prontos e disponíveis para uso. Nesse caso, os clientes devem visitar os alfaiates locais para recriar os looks com moldes de design existentes e usar suas próprias roupas como matéria-prima.

Outro desejo latente do consumidor é por mais conexão. Em 2018, o Reino Unido criou o Ministério da Solidão com o objetivo de tentar amenizar a crise crescente que a população inglesa vinha enfrentando de se sentir só. Tendo em vista esse sentimento de desconexão e a necessidade das pessoas de terem mais encontros, surgem as comunidades. A pesquisa em economia comportamental e psicologia mostra que queremos nos sentir conectados, pertencentes e com um propósito, especialmente quando construímos algo. Trabalhar em direção a um objetivo comum é uma motivação relevante para as pessoas. As comunidades proporcionam isso, gerando um senso de responsabilidade compartilhada e valores em comum, ao mesmo tempo que mantêm a autonomia individual.

Do ponto de vista de negócios, a comunidade é um meio de fidelizar o cliente, criar uma conexão emocional e uma fonte de dados de qualidade. Um exemplo disso é a marca de beleza da jogadora de tênis Serena Williams, uma vez que 95% das vendas da Ulta Beauty vêm do programa de fidelidade. No próprio mercado da beleza, a comunidade da Sephora, Beauty Insider, já contabiliza seis milhões de usuários. O futuro dos negócios é mais aberto, conectado e envolvente, e as comunidades mudarão a natureza de como interagimos com marcas, produtos e outras pessoas.

O que venho percebendo é que, se quisermos falar de programas de fidelidade para além de pontos, devemos investir em autenticidade, criar uma conexão emocional com os clientes e construir relacionamentos baseados em comunidades. No final do dia, tudo se trata de ler o comportamento humano vigente e transformá-lo em oportunidades de negócio.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/programas-de-fidelidade-no-e-commerce-como-comunidades-estao-redefinindo-a-relacao-com-marcas-e-produtos”

Amadurecimento da IA e responsabilidade ecológica estão entre as tendências do varejo

Executivo da consultoria WGSN apresenta dados da pesquisa “A visão de futuro do varejo brasileiro”.

Quais as principais tendências que moldarão o varejo brasileiro nos próximos anos? Para esta pergunta – constantemente feita pelo setor -, o head de Consultoria da WGSN para a América Latina, Rafael de Araújo, destaca cinco, incluindo o amadurecimento da Inteligência Artificial (IA) e a responsabilidade com a sustentabilidade. A análise do consultor se baseia na pesquisa realizada pela empresa, intitulada “A visão de futuro do varejo brasileiro”, que combina dados quantitativos e entrevistas com marcas para identificar padrões e previsões.

Segundo Araújo, as cinco tendências emergem como forças dominantes para o próximo período e a primeira delas é o “renascimento do varejo”, que destaca uma reconfiguração do setor para se adaptar às novas exigências dos consumidores.

A segunda tendência é o “amadurecimento da IA”, em que a Inteligência Artificial ganha um papel cada vez mais relevante na otimização de processos e na personalização de experiências. O terceiro ponto destacado pelo executivo foi o “paradoxo da polarização”, que trata das crescentes divisões sociais e suas implicações para as estratégias de mercado.

Além disso, Araújo destacou a “responsabilidade ecológica” como uma prioridade crescente, com consumidores e empresas se tornando mais conscientes do impacto ambiental de suas ações.

Por fim, a “ascensão do varejo hiperlocal” foi identificada como uma tendência segundo a qual o foco em comunidades e produtos locais se intensifica, respondendo a uma demanda por autenticidade e proximidade.

Estratégias para enfrentar o desafio

Para enfrentar essas mudanças, ainda de acordo com o executivo, a WGSN sugere estratégias específicas, como a diferenciação na era do “permadesconto”.

Com 60% dos líderes de decisão acreditando que a economia impactará as relações do varejo, será essencial criar promoções e cashbacks que realmente façam sentido para os consumidores. No campo do “comércio subconsciente”, o uso de dados e tecnologia para prever preferências e necessidades se torna crucial para manter a conexão com os clientes.

Investir no varejo de experiência também foi apontado como vital, especialmente, considerando que 65% dos consumidores desistem de compras devido a experiências ruins e 55% estão priorizando experiências em detrimento de produtos.

Em relação à preparação para extremos climáticos, apenas 13% das empresas demonstraram liderança em questões de ESG. A adoção de práticas circulares e uma abordagem holística para a cadeia de produção são recomendadas.

Para Rafael Araújo, outro ponto importante para o varejo é a humanização dos serviços de IA. Segundo ele, foi observada uma necessidade de tornar as interações mais humanas e compreensíveis, especialmente, com o uso crescente de tecnologias como realidade aumentada e experiências gameficadas. A omnicanalidade é vista como uma estratégia essencial para criar um ciclo completo e consistente de experiências de compra.

O consultor da WGSN se apresentou no palco Marketing e Vendas, durante o Fórum E-commerce Brasil, que ocorreu no Distrito Anhembi, em São Paulo, entre os dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto.

Ao encerrar sua apresentação, enfatizou a importância da diferenciação e da oferta de experiências personalizadas. O uso de dados proprietários para fidelizar clientes e a exploração de novas formas de interação, como colaborações.

De acordo com o especialista, são estratégias recomendadas para se destacar no mercado, além da colaboração e do otimismo com inovações, pois os consumidores estão cada vez mais engajados com empresas que se conectam emocionalmente e que oferecem experiências únicas.
Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/05/08/2024/noticias-varejo/amadurecimento-da-ia-e-responsabilidade-ecologica-estao-entre-as-tendencias-do-varejo/”

 

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Soluções com base em IA e IoT revolucionam operações logísticas

Ao unir serviços, soluções e tecnologia, a IVECO inovou para apoiar o cliente em uma jornada end-to-end mais preditiva e proativa.

Aprimorar a eficiência logística é cada vez mais essencial para a competitividade das empresas. Prova disso é que, de acordo com o Gartner, clientes satisfeitos com a experiência na última milha têm 21% mais propensão a repetir uma compra. Ainda que a satisfação com o produto seja o aspecto mais determinante nesse sentido, é fato que a diferenciação a partir de serviços pode gerar valor extra para o consumidor.

Operações seguras, eficientes e rastreáveis ampliam a geração de valor e a capacidade de criar relacionamentos de longo prazo com os clientes. Portanto, são fatores essenciais para a construção de estratégias de Customer Experience (CX) de empresas dos mais diversos segmentos – do E-commerce à Indústria.

Entregas que unem rapidez, qualidade e transparência despertam um sentimento de confiança no cliente. No entanto, garantir uma experiência excepcional não é uma tarefa simples. É preciso ir muito além da gestão de estoque e do transporte, investindo em tecnologias que têm revolucionado operações logísticas, como soluções avançadas de análise de dados, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT).

Nesse sentido, atenta às necessidades de mercado, a IVECO compreendeu que deveria ir além da produção de veículos modernos e de alta qualidade e passou a investir na tríade de serviços, soluções e tecnologia – criando uma jornada de experiência completa, mesmo no pós-compra. Exemplos concretos disso são o IVECO ON e o NEXPRO Connect, que estão aliados ao Control Room.

As plataformas de conectividade IVECO ON – exclusiva para veículos da IVECO – e NEXPRO Connect – uma solução multimarcas oferecida pela montadora – monitoram, em tempo real, o desempenho dos veículos e dos motoristas e possuem uma interface intuitiva que gera insights valiosos para os motoristas e frotistas por meio de relatórios detalhados. “O principal objetivo é suportar os clientes a extrair o máximo do veículo a cada quilômetro percorrido por meio da conectividade com suporte em tempo real, aumentando a eficiência e diminuindo o custo operacional”, explica Bernardo Brandão, diretor-geral de Peças e Serviços da IVECO para a América Latina.

Com o histórico dos dados disponível, torna-se possível entender as necessidades de cada cliente e oferecer produtos e serviços mais adequados. Além de colaborar para prevenir falhas nos veículos, esse approach analítico pode, por exemplo, sugerir configurações técnicas diferentes para determinada rota, buscando maior eficiência.

“Toda essa gama de informações é monitorada e analisada no Control Room, que está localizado na nossa fábrica em Sete Lagoas (MG). A estrutura é um centro de controle, no qual o nosso time utiliza dados coletados para oferecer suporte proativo aos clientes. Trata-se da única solução do segmento que opera 24 horas por dia e 7 dias por semana, instalada dentro da fábrica, antecipando necessidades de manutenção e otimizando a operação dos veículos. O impacto do monitoramento é significativo, pois proporciona maior eficiência operacional aos clientes, reduzindo, inclusive, o tempo de inatividade dos veículos”, afirma Brandão.

Compromisso com a qualidade

Toda a inovação, que guia operações logísticas modernas, só é possível graças a uma cultura organizacional voltada para a criação de novos caminhos e comprometida com a qualidade dos produtos e serviços prestados, buscando sempre a satisfação do cliente. Não à toa, a consistência na construção de experiências únicas fez com que a IVECO fosse reconhecida por quatro anos consecutivos no Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente.

“A oferta de um ecossistema que vai muito além do produto – incluindo serviços personalizados, soluções adaptadas a necessidades específicas e tecnologia de última geração, que possibilita uma gestão de frotas sem precedentes – está diretamente relacionada com a nossa proposta de manter um relacionamento estreito com os clientes”, diz Brandão. “A integração desses elementos, de forma simples e eficiente, cria uma experiência única e de alto valor para os clientes.”

Em paralelo, a preocupação com a melhoria contínua da jornada de experiência faz parte do dia a dia da fabricante. Entre pesquisas de satisfação, monitoramento de redes sociais e feedback direto de clientes e concessionárias, a IVECO utiliza inteligência analítica para desenvolver e aprimorar produtos e serviços.

“A expansão dos serviços de conectividade, a IoT e a integração de IA e Machine Learning para personalização dos serviços fazem parte da evolução do CX. Essas devem ser as bases para termos um nível de atendimento ao cliente cada vez mais eficaz e avançarmos como empresa. A integração dos avanços tecnológicos no nosso dia a dia é essencial, mas o que torna a experiência com a marca realmente única são as pessoas e a cultura que está por trás de cada interação e decisão que tomamos pensando no cliente”, finaliza o executivo.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/revista/solucoes-com-base-em-ia-e-iot-revolucionam-operacoes-logisticas/”

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Social commerce: um novo fator de pressão para as varejistas no Brasil?

Você sabe o que é o social commerce? Difundido ao longo dos últimos anos em alguns países, trata-se de um modelo emergente que conecta transações comerciais e plataformas de redes sociais, surgindo como uma alternativa para compras online.

Com sua forte recorrência e visibilidade das preferências dos consumidores, ele vem impulsionando um rápido crescimento e levando-o a responder por 14%-15% das vendas no varejo da China e EUA no ano passado.

De acordo com a Accenture, espera-se que o social commerce cresça 3 vezes mais rápido do que o comércio eletrônico tradicional para atingir um mercado endereçável de US$ 1,2 trilhão até 2025.

Ainda de acordo com o relatório, a maior parte desse crescimento deve ser impulsionada pelo live commerce, um recurso criado pela primeira vez pelo Alibaba em 2016, que já contabiliza US$ 157 bilhões (dos quais 60% destes valores vêm da China).

Em relação aos players, os analistas destacam que o TikTok Shop (TTS) é líder nesse setor, com expectativa de atingir US$ 18 bilhões nos EUA este ano, enquanto outras plataformas de mídia social também têm investido em recursos de compras como Instagram, Pinterest e Youtube.

O TikTok Shop combina conteúdo de vídeos viciantes com compra por impulso de forma visual e é o recurso de crescimento mais rápido do aplicativo, com a combinação de vídeos atraentes, influenciadores populares e comércio em grande escala.

A plataforma atua em 8 países e, por estar dentro do app do TikTok, proporciona uma experiência sem atritos, com os consumidores podendo ter a jornada completa sem sair do app, o que é uma importante alavanca de conversão (mais de 2 vezes acima na comparação com os e-commerces tradicionais). Além disso, a TTS lançou o ‘Fulfilled by TikTok‘ em agosto de 2023 no Reino Unido, oferecendo uma solução logística para os vendedores, incluindo armazenagem, embalagem e envio.

Algumas notícias locais apontavam que a TTS poderia se expandir para o Brasil/América Latina para competir com o Instagram Shop (71% das vendas de live commerce da América Latina, de acordo com a McKinsey).

No Brasil, esse tipo de transação é pequeno, mas a XP vê a ascensão do social commerce como uma tendência que vale a pena monitorar, uma vez que adiciona ainda mais pressão ao cenário já competitivo e desafiador do comércio eletrônico.

Por outro lado, alguns players já se aventuraram no live commerce, como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), oferecendo descontos especiais e presença de celebridades.

No entanto, segundo a XP, o movimento de maior competição por conta do social commerce deve ser uma ameaça apenas de médio a longo prazo para o setor em geral. Notícias locais apontam para uma desaceleração dos planos do TTS no Brasil para se concentrar em questões regulatórias nos EUA. A dona do Tik Tok, Byte Dance, quer se consolidar nos EUA como forma de provar o seu valor aos comerciantes e consumidores do país, podendo focar menos em outros países.

Fonte: “Social commerce: um novo fator de pressão para as varejistas no Brasil? (infomoney.com.br)

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Nuvem Envio realiza 3,9 milhões de entregas no primeiro semestre de 2024

A Nuvem Envio, unidade de negócios especializada em soluções de logística da Nuvemshop – plataforma de e-commerce que é líder na América Latina –, realizou 3,9 milhões de entregas no primeiro semestre de 2024, um montante 42% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

O período de maior pico de entregas foi no final de abril, como consequência das compras de presentes para o Dia das Mães. Em relação aos estados que mais receberam entregas, São Paulo (45%) lidera, seguido por MG (11%), RJ (9%), RS (5,5%) e PR (5%).

De acordo com Vitor Cunha, diretor de Nuvem Envio LATAM, o aumento da capacidade do cross-docking da empresa, realizado no final de 2023, consolidou o crescimento do negócio. “Buscamos alcançar a melhor experiência, tanto para o lojista quanto para os consumidores finais. Nos últimos anos realizamos diversas modernizações que impulsionaram as soluções e nos possibilitou realizar entregas cada vez mais rápidas e eficientes”, afirma o executivo.

Do total de entregas realizadas pela empresa no primeiro semestre, 3 milhões foram feitas com coleta diretamente nos pontos de venda e 950 mil através de pontos de postagem.

Para a análise, foram consideradas as entregas realizadas de 1º de janeiro a 30 de junho de 2023 e 2024 pela Nuvem Envio.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/nuvem-envio-realiza-39-milhoes-de-entregas-no-primeiro-semestre-de-2024”

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Goldko, da família fundadora da Kopenhagen, investe em expansão e mira 500 lojas no Brasil

Para 2024, a previsão é inaugurar 15 novas lojas e mapear pelo menos 30 novas operações para o ano seguinte.

A GoldKo, empresa especializada em chocolates, marshmallows, barras de proteína e sorvetes sem adição de açúcares, anunciou um crescimento anual de 55% e espera atingir 500 lojas em território nacional nos próximos 10 anos. Para 2024, a previsão é inaugurar 15 lojas e mapear, pelo menos, 30 novas operações para o ano seguinte.

Fundada há sete anos por Paulo, Chantal e Gregory Kopenhagen Goldfinger, a empresa conta com 10 lojas franqueadas, uma unidade própria e 15 mil pontos de venda atualmente.

Nos últimos dois anos, a empresa investiu R$ 5 milhões na estruturação de sua operação de franquias. Parte desse investimento foi direcionada à produção de sorvetes zero açúcar com textura cremosa. Desde junho, as lojas GoldKo começaram a oferecer essa linha, que a empresa projeta que possa representar até 15% do faturamento total da rede.

Os produtos passaram por formulação ao longo de três anos até a versão final dos chocolates ser estabelecida, possuindo uma fórmula mais saudável que os demais.

A partir de julho, todas as lojas da GoldKo integrarão o modelo omnicanal da empresa, atuando também como centros de distribuição para o e-commerce. Cada franqueado será responsável pelo faturamento e envio dos produtos em sua região.

O investimento inicial para abrir uma franquia GoldKo é cerca de R$ 300 mil, incluindo a taxa de franquia. O payback estimado varia entre 24 e 36 meses. As lojas operam com baixa complexidade e oferecem uma seleção de cafés especiais desenvolvidos pela própria GoldKo, além de chocolates, sorvetes e alguns itens salgados.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/02/08/2024/noticias-varejo/goldko-da-familia-fundadora-da-kopenhagen-investe-em-expansao-e-mira-500-lojas-no-brasil/”

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Mercado Livre mais que dobra lucro no 2º tri em resultado acima do esperado

A gigante do comércio eletrônico, que atua em 18 países, apurou lucro líquido de 531 milhões de dólares no trimestre encerrado em junho.

O Mercado Livre informou nesta quinta-feira que seu lucro líquido mais que dobrou no segundo trimestre ante um ano antes, superando as estimativas de analistas.

A gigante do comércio eletrônico, que atua em 18 países, apurou lucro líquido de 531 milhões de dólares no trimestre encerrado em junho, acima da previsão média de 432 milhões apurada pela Lseg junto a analistas.

O Mercado Livre reportou receita de 5,1 bilhões de dólares, 42% acima de um ano antes e superior às expectativas de analistas, de 4,68 bilhões.

As vendas totais no conceito GMV subiram 20% ano a ano, impulsionadas por um salto de 36% no Brasil, principal mercado da empresa.

Fonte: “https://www.cnnbrasil.com.br/economia/mercado/mercado-livre-mais-que-dobra-lucro-no-2o-tri-em-resultado-acima-do-esperado/”

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A Inteligência Artificial na logística: transformando negócios e operações

A inteligência artificial (IA) está emergindo como uma força transformadora no setor de logística, revolucionando como as empresas gerenciam suas operações e serviços. Empresas de todos os tamanhos estão adotando soluções de IA para otimizar processos, melhorar a eficiência e reduzir custos, criando uma vantagem competitiva significativa.

Impacto da IA na Logística

  1. Otimização de Rotas e Gestão de Frotas: A IA está aprimorando a eficiência no transporte de mercadorias através de algoritmos de otimização de rotas que analisam padrões de tráfego, condições das estradas e capacidade dos veículos. Por exemplo, a FedEx melhorou a eficiência de suas rotas em 700 mil milhas por dia utilizando IA. Esses algoritmos também permitem uma manutenção preditiva, monitorando veículos em tempo real e identificando possíveis problemas antes que se tornem críticos.
  2. Automação de Armazéns e Gestão de Inventário: A automação em armazéns é uma das áreas onde a IA mais se destaca. Robôs habilitados por IA são usados para tarefas de picking e movimentação de inventário, melhorando a precisão e a velocidade das operações. Ferramentas como as da Locus Robotics podem navegar autonomamente e colaborar com trabalhadores humanos, facilitando a operação 24/7 e compensando desafios laborais .
  3. Previsão e Planejamento: A IA permite previsões mais precisas ao analisar grandes volumes de dados históricos e atuais. Isso é essencial para ajustar a oferta à demanda, especialmente em um cenário pós-pandemia onde os padrões de consumo mudaram drasticamente. Empresas podem integrar dados de inventário, fornecedores e redes de distribuição para criar modelos de previsão resilientes.
  4. Atendimento ao Cliente e Chatbots: Sistemas de IA, como chatbots, estão transformando o atendimento ao cliente, oferecendo assistência em tempo real, atualizações de pedidos e resolução de problemas. Isso reduz significativamente o tempo de espera e melhora a experiência do cliente. Empresas como a XPO Logistics implementaram chatbots para melhorar a visibilidade dos pedidos e a satisfação do cliente.

O Papel do Transvias na Transformação Logística

O Transvias, uma editora que conecta transportadoras e clientes para cargas compartilhadas, está aproveitando a IA para melhorar suas operações. “A adoção de IA tem sido crucial para nós. A capacidade de prever demandas, otimizar rotas e automatizar processos não só nos ajudou a reduzir custos, mas também a melhorar significativamente o atendimento ao cliente,” afirma Célio Martins, gerente de novos negócios do Transvias.

Estatísticas e Dados

A adoção da IA está gerando resultados impressionantes na logística:

  • Aumento na Produtividade: Empresas que adotam IA em armazéns registraram um aumento de 130% na produtividade de picking e precisão de inventário de 99,9%. Isso se deve ao uso de robôs e algoritmos avançados que automatizam e otimizam tarefas repetitivas e críticas.
  • Redução de Custos: A otimização de rotas e a automação de processos podem reduzir os custos logísticos em até 30-50%. A IA permite uma melhor utilização dos recursos, minimizando desperdícios e melhorando a eficiência operacional.
  • Crescimento do Mercado: O mercado global de robótica de armazém está crescendo a uma taxa anual de 14%, impulsionado pela adoção de IA . Esse crescimento reflete a crescente demanda por soluções automatizadas e inteligentes que podem lidar com a complexidade e a escala das operações logísticas modernas.

“Implementar IA na logística apresenta desafios, como a integração de novos sistemas com infraestruturas existentes, a necessidade de expertise técnica e preocupações com a privacidade e segurança dos dados. No entanto, com planejamento estratégico e colaboração entre stakeholders, as empresas podem superar esses obstáculos e desbloquear o potencial completo da IA”, finaliza Célio.

Sobre o Transvias

Fundado em 1951, o Transvias se consolidou como o principal guia de transportes do Brasil. Com a missão de facilitar o redespacho de carga em todo o território nacional e no Mercosul, o Transvias é uma ferramenta indispensável para conectar indústrias, comércios e transportadoras. O guia oferece uma plataforma abrangente, tanto em sua versão impressa, que circula semestralmente, quanto na sua versão online, sempre atualizada.

Fonte:”A Inteligência Artificial na logística: transformando negócios e operações – Sala da Notícia (saladanoticia.com.br)

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Digitalização de armazéns: Investimento inicial é principal desafio para 25% dos logísticos

Levantamento da Infor e da Seal Sistemas, realizado com mais de 100 especialistas de todo o país, avaliou o nível de digitalização dos armazéns brasileiros e buscou entender o impacto das novas tecnologias em diferentes indústrias.

A Infor e a Seal Sistemas lançaram a pesquisa “O Armazém do Futuro” que mostra a logística e armazenagem entre os setores com as avaliações mais baixas sobre o nível de digitalização da própria empresa. Em uma escala de 1 a 5 pontos, a nota foi de 2,59, acima apenas das indústrias farmacêutica e metalúrgica — ambas com nota 2,50.

Já os entrevistados da indústria automotiva foram os que tiveram a avaliação mais alta sobre o nível de digitalização do armazém da própria empresa (a nota foi 3,13). Na sequência, aparecem os setores de tecnologia (2,82), varejo (2,73) e manufatura (2,71).

Realizada com 124 executivos e profissionais de 97 empresas, representando diferentes indústrias no mercado brasileiro (logística/armazenagem, varejo, manufatura, tecnologia, serviços, automotivo, farmacêutica e metalúrgica), o objetivo da iniciativa foi entender o nível de digitalização dos armazéns brasileiros, as tecnologias que serão adotadas, os desafios enfrentados e os benefícios esperados dessa transformação digital.

AUTOMAÇÃO ROBÓTICA

Dados da pesquisa apontam que, na opinião dos profissionais de logística e armazenagem, que representam 27% do total, as tecnologias com maior impacto nos armazéns do futuro serão automação robótica (de acordo com 18% dos entrevistados), seguidas por WMS (sistema de gestão de armazém, na sigla em inglês) e Inteligência Artificial e Machine Learning, ambos com 16% dos votos.

Segundo o CEO da Infor no Brasil, Waldir Bertolino, nos últimos anos, os armazéns deixaram de ser um custo e passaram a ser estratégicos para as empresas. “Com essa pesquisa, buscamos entender como as organizações estão se preparando para o futuro e quais tecnologias serão fundamentais nessa jornada. Temos visto que, ao implementar um WMS, as empresas não só reduzem os custos da operação, como conseguem controlar a produtividade no nível do indivíduo. Os gestores de armazéns passaram a trabalhar em parceria com RH, avaliando a performance dos operadores e criando formas de bonificação e retenção, a partir do software”, afirmou.

Na avaliação do CEO da Seal Sistemas, Wagner Bernardes, o levantamento estratégico, não só comprova que a tecnologia está no centro das tendências globais em gestão de armazéns, como também demonstra em que medida esse movimento já está no radar de players que atuam na cadeia nacional de suprimentos.

“Por isso, é tão importante viabilizar o acesso local a soluções integradas, capazes de acelerar a automação e a digitalização de diversas atividades que fazem parte da rotina das operações logísticas e intralogísticas — desde a separação de produtos e do controle de estoque até a otimização das rotas de distribuição”, disse.

INVESTIMENTO INICIAL ELEVADO É CONSIDERADO O PRINCIPAL DESAFIO

Quando perguntados sobre quais os principais desafios a serem superados no processo de digitalização dos armazéns, o investimento inicial elevado vem em primeiro lugar para os profissionais de logística e armazenagem, com 25% dos votos, seguido da necessidade de requalificação da equipe (20%) e manutenção e atualização de tecnologia (19%).

No entanto, Bertolino desmistifica a questão. “A preocupação com o investimento alto inicial é uma herança dos tempos em que ainda não existiam soluções na nuvem. Agora, com o uso de metodologias ágeis e com as melhores práticas já embarcadas no software, o retorno do investimento acontece, normalmente, em dois anos e o tempo dos projetos é reduzido em 80% quando comparado ao passado. É preciso educar o mercado para este novo olhar”, explicou.

Entre os benefícios mais esperados pelo setor com a adoção de novas tecnologias, os mais citados foram redução de erros e retrabalhos, aumento da eficiência operacional, otimização da rotina dos colaboradores, disponibilidade de dados para apoiar decisões e redução nos custos operacionais, todos com 13% dos votos. De acordo com Bernardes, da Seal Sistemas, estas vantagens são largamente impulsionadas, principalmente, pela adoção do Voice Picking (coleta de dados por comando de voz), do WMS e da Inteligência Artificial.

“Um software WMS nativo na nuvem permite monitorar e gerenciar as atividades diárias de um armazém ou centro de distribuição, controlar o fluxo de estoque desde o recebimento até a expedição e fornecer visibilidade em tempo real das mercadorias armazenadas e em trânsito. A integração da IA em um WMS contribui para a melhoria significativa na gestão de inventário, fornecendo análises avançadas e capacidades de otimização”, ressaltou o CEO da Infor no Brasil.

Fonte: “Digitalização de armazéns: Investimento desafio logístico (mundologistica.com.br)