Todos os 10 principais apps de e-commerce do Brasil registraram queda no início de 2024

Os downloads de aplicativos de e-commerce no Brasil tiveram queda no 1º trimestre de 2024 segundo estudo divulgado pela Snaq com base nos dados da Similarweb.

Todos os 5 grandes marketplaces do Brasil tiveram queda, com destaque para o AliExpress, Casas Bahia e Americanas, que recuaram na casa dos 50%.

Shopee ampliou sua liderança, com mais de 25 milhões de downloads no período, tendo quase o dobro de downloads do Mercado Livre, segundo colocado da lista.

Shopee: líder com 25,4 milhões de downloads, mas com uma queda de 2,9%;

Mercado Livre Brasil: 14,5 milhões de downloads e uma redução de 5,6%;

Magazine Luiza: 9,9 milhões de downloads, queda de 5,0%;

Amazon Brasil: 6,7 milhões de downloads, diminuição de 3,2%;

AliExpress: Uma das maiores quedas, 41,6%, com 5,4 milhões de downloads.

O que isso significa?

– Mudança nas preferências dos consumidores 🛒
– Saturação do mercado 📊
– Impacto econômico 💰

🚀 Para a Agora Deu Lucro, esses dados são essenciais para ajustar as estratégias de marketing e vendas, visando atender melhor às necessidades de um mercado em constante mudança.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/todos-os-10-principais-apps-de-e-commerce-do-brasil-registraram-queda-no-inicio-de-2024”

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Confira os produtos mais procurados no comércio eletrônico durante o inverno

A chegada do inverno, na última quinta (20), trouxe oportunidades para o mercado digital. Pensando nisso, a Nubimetrics analisou os principais produtos que estão se tornando tendência no varejo online durante a estação. Entre os destaques, estão as categorias de roupas, calçados e itens para casa.

Embora passando por sucessivas ondas de calor, as temperaturas tendem a cair, e com elas, as buscas por cobertores no comércio eletrônico disparam. Seguindo o padrão do ano passado, quando o interesse por esses produtos quase dobrou em junho, registrando seu melhor desempenho no marketplace. Pelo terceiro ano consecutivo, as mantas de microfibra são as preferidas dos brasileiros durante a estação, liderando as consultas na categoria.

Além disso, os consumidores também procuram manter os pés quentinhos durante o outono-inverno. Isso representa uma excelente oportunidade para as pantufas, especialmente as femininas, que continuam a subir no ranking de pesquisas com palavras mais buscadas.

Também seguindo a tendência de 2023, os pijamas estão em alta. No ano passado, os compradores procuraram principalmente pijamas femininos adultos, enquanto em 2024, os modelos masculinos e infantis são os mais desejados.

As roupas de frio também começam a se destacar no comércio online. Agasalhos, por exemplo, estão em alta e apresentam uma concorrência equilibrada, sendo uma boa categoria para trabalhar durante a baixa das temperaturas. A temporada marca o melhor período de negócios do ano.

Pelo segundo ano consecutivo, lareiras e calefatores continuam gerando interesse dos consumidores. Mesmo que a demanda ainda não esteja no auge, a chegada do frio deve impulsioná-la, atraindo novos compradores. Os dados da Nubimetrics indicam que, no último mês, menos de 30% desses produtos tiveram algum tipo de desconto – um fator importante a ser considerado. Os vendedores precisam entender o comportamento da categoria para aplicar as estratégias vencedoras e posicionar melhor seus produtos.

Devido às dimensões continentais do Brasil e seu clima variado, é importante que os vendedores analisem seu tipo de público e as regiões onde seus produtos têm mais busca. Eles devem considerar que o outono e o inverno são mais amenos em algumas partes do país do que em outras, e por isso, vale a pena ampliar o portfólio de produtos para comercialização, mas sempre com base em uma estratégia de vendas bem elaborada.

Fonte: “Confira os produtos mais procurados no comércio eletrônico durante o inverno – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Jamef amplia operações com novo endereço em Brasília e projeta aumento de 30% na produtividade

Com área de mais de 3 mil m², unidade terá capacidade de atendimento de até 10 mil serviços por mês e 500 por dia .

A Jamef anunciou a inauguração do novo endereço em Brasília. Com uma área total de 3,1 mil m², a unidade fará a distribuição, coletas e entregas em todo o Distrito Federal, além de cidades satélites. A empresa projeta que o novo centro contribua para um aumento de 30% na produtividade.

De acordo com a empresa, a operação tem capacidade de atendimento de aproximadamente 500 serviços por dia e 10 mil por mês, entre coletas e entregas. No novo endereço, a unidade também conta com sistemas de rastreamento em tempo real, integrando-se à rede de logística já existente da Jamef.

Localizada no condomínio logístico do aeroporto de Brasília, com infraestrutura de pátio, estacionamento e refeitório, a área ocupada contempla um terminal com oito docas e capacidade de atuação simultânea das frotas.

“Nossa infraestrutura permitirá maior agilidade nas operações de descarga e carregamento, além de oferecer ainda mais segurança por estarmos dentro de um complexo aeroportuário”, destacou a gerente das filiais de Goiânia e Brasília, Luzia Lorena Maia.

Segundo a companhia, a unidade faz parte do planejamento de crescimento e expansão da Jamef que visa contribuir com o crescimento da economia local.

Fonte: “Jamef amplia operações com novo endereço em Brasília (mundologistica.com.br)

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A Amazon se rendeu ao mundo das comprinhas da China

Vendo que os e-commerces chineses, como Shein e Temu, não param de crescer em terras americanas, a Amazon — que atingiu US$ 2 tri em valor de mercado — decidiu agir e se inspirar no playbook das concorrentes.

A ideia é uma ter uma nova aba no próprio site da empresa oferecendo itens que vão desde blusinhas até cremes para skincare — tudo por menos de US$ 20.

  • Os produtos vão ser enviados diretamente da China para os compradores nos EUA em no máximo 11 dias.
  • Em 2023, o número de itens vendidos por chineses na Amazon aumentou em mais de 20% na comparação ano a ano. Já os comerciantes da China que faturaram mais de US$ 10 milhões em vendas com a empresa de Jeff Bezos cresceram em 30%.
  • A varejista americana, por sua vez, estacionou nos 66 milhões, abaixo dos 70M que tinha em 2022.

Fora isso, a empresa de Bezos tem bastante vantagem no quesito faturamento. Em 2023, a receita da Amazon foi US$574bi, uma diferença considerável para os US$ 45 bi da Shein e os US$ 15 bi da Temu.

Lula sancionou o projeto que taxa as compras internacionais online abaixo de US$ 50 em 20%. O novo imposto passa a valer em agosto.

Fonte: “A Amazon se rendeu ao mundo das comprinhas da China – portal waffle

Empresas internacionais aumentam sua participação nos marketplaces do Brasil

O comércio digital transfronteiriço, ou cross-border, avança no país oferecendo mais opções de marketplaces aos consumidores brasileiros. Com uma ampla infraestrutura digital, o mercado busca maior movimentação, enquanto explora novos negócios na América Latina. É o caso da nocnoc, companhia uruguaia de tecnologia e e-commerce que participou do episódio #220 do Insights, o podcast produzido pelo Bradesco.

Criada em 2018 com o objetivo de conectar vendedores internacionais, marketplaces e o consumidor nas regiões em que opera, a companhia tem pouco mais de mil vendedores e quatro milhões de produtos cadastrados para venda em sua plataforma. É uma organização que tem como clientes empresas da China e dos Estados Unidos, e oferta produtos importados por meio de megalojas em grandes marketplaces no Brasil, como Amazon, Mercado Livre, Magalu, Americanas e Casas Bahia.

Na conversa, o country manager da nocnoc, Rafael Mandia, comentou sobre a aprovação da chamada “taxa das blusinhas” — nome dado popularmente à cobrança prevista de imposto de 20% sobre compras de até US$ 50, que antes eram isentas dessa tributação — pelo Congresso recentemente. A iniciativa faz parte do Projeto de Lei (PL) 914/24, que cria o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), do governo federal. “Só com a mudança implantada é que vamos ver os impactos reais”, analisou o executivo.

Alíquotas e descontos

Mandia lembrou que o projeto de lei traz ainda um desconto para produtos que custam mais de US$ 50. “É uma alteração que foi pouco comentada. Acima de US$ 50, vai haver um desconto bruto de US$ 20 sobre o imposto tributado da carga. Então, os produtos de US$ 50 a US$ 100 devem se tornar bem mais atrativos”. Para produtos acima de US$ 50 e até US$ 3mil, o imposto será de 60%, com desconto de US$ 20.

O convidado do podcast avaliou com otimismo a regulamentação do setor de cross-border, já que ela tende a inspirar mais confiança para o consumidor. “O Remessa Conforme, por exemplo, veio para regulamentar esse mercado. Há um controle de quem compra, quanto compra e a tributação que permite a competitividade. Por outro lado, há mais agilidade aduaneira, que garante que o produto chegue mais rápido ao consumidor”, complementou.

“Para vocês terem uma ideia do que estou falando, no Brasil, só 5% das ofertas online são de fora do país. Isso é praticamente nada”, destacou Mandia, para explicar o reflexo da desconfiança no comércio digital cross-border. “Em outros países, quase metade da publicidade que o consumidor vê é de anúncios estrangeiros.”

A superintendente-executiva do Bradesco Corporate, Gina Montone, perguntou a Mandia, durante o Insights, sobre os desafios de lidar com a alfândega no Brasil. Ele ponderou que não adianta ter um mercado regulamentado se o processo for confuso. “Quando a gente fala de importação de pessoa física, tributação e alfândega, o Brasil é o mais complexo da América Latina, onde a gente atua hoje. É o que tem as regras tributárias mais trabalhosas de entender, de lidar, de conseguir explicar”, ressaltou o executivo.

Fonte: “https://pipelinevalor.globo.com/conteudo-de-marca/bradesco/noticia/empresas-internacionais-aumentam-sua-participacao-nos-marketplaces-do-brasil.ghtml”

 

 

 

 

 

Modernização na logística: acompanhar a tecnologia para atender clientes exigentes

No atual cenário do comércio digital, a modernização constante na logística tornou-se uma necessidade imperativa para acompanhar o rápido avanço tecnológico e as exigências cada vez maiores dos clientes. A frase “quem não se moderniza não cresce” nunca foi tão verdadeira. Este artigo explora como a logística está evoluindo para oferecer soluções cada vez mais inovadoras e inteligentes, fundamentais para lidar com a crescente demanda por qualidade e personalização.

A revolução tecnológica na logística

A logística, tradicionalmente vista como uma função operacional, está se transformando em um componente estratégico crucial para o sucesso do e-commerce. A revolução tecnológica trouxe uma série de inovações que estão redefinindo a forma como as empresas gerenciam suas cadeias de suprimentos e entregam produtos aos consumidores.

A adoção de tecnologias avançadas está permitindo que as empresas logísticas otimizem suas operações de maneira sem precedentes, oferecendo visibilidade em tempo real, maior eficiência operacional e capacidade de resposta rápida a mudanças na demanda do mercado.

Automação e inteligência operacional

Uma das maiores tendências na modernização logística é a automação. Desde armazéns automatizados até sistemas de gestão de transporte inteligentes, a automação está revolucionando a forma como as empresas processam pedidos e gerenciam estoques. A implementação de robôs para a movimentação de mercadorias, por exemplo, está reduzindo significativamente o tempo de processamento e minimizando erros humanos.

A inteligência operacional, impulsionada pela análise de big data e IA, permite que as empresas prevejam padrões de demanda, otimizem rotas de entrega e gerenciem estoques de forma mais eficaz. A utilização de sistemas de gestão de pedidos (OMS) avançados, integrados com outras tecnologias, proporciona uma visão holística de toda a operação logística. Isso permite uma coordenação precisa e eficiente de todas as etapas do processo, desde o recebimento do pedido até a entrega final ao cliente.

Atendimento às expectativas do cliente

Os consumidores de hoje são mais exigentes do que nunca. Eles esperam entregas rápidas, precisas e personalizadas. Para atender a essas expectativas, as empresas de logística estão investindo em soluções tecnológicas que permitem uma maior flexibilidade e personalização dos serviços. A implementação de tecnologias de rastreamento em tempo real, por exemplo, oferece aos clientes visibilidade sobre o status de seus pedidos, aumentando a transparência e a confiança no serviço.

Além disso, a capacidade de oferecer opções de entrega flexíveis, como a escolha de janelas de entrega ou pontos de retirada convenientes, está se tornando um diferencial competitivo importante. As empresas que conseguem adaptar suas operações para atender às preferências individuais dos clientes estão se destacando no mercado.

Sustentabilidade e eficiência energética

Outra área em que a modernização está fazendo uma diferença significativa é na sustentabilidade. As empresas de logística estão adotando práticas mais ecológicas e eficientes em termos de energia para reduzir sua pegada de carbono. A utilização de veículos elétricos para entregas urbanas, a otimização de rotas para reduzir o consumo de combustível e a adoção de embalagens sustentáveis são apenas algumas das iniciativas que estão sendo implementadas.

Desafios e oportunidades

Embora a modernização da logística traga muitos benefícios, também apresenta desafios. A integração de novas tecnologias exige investimentos significativos e a adaptação de processos e sistemas existentes. Além disso, a segurança cibernética torna-se uma preocupação crescente à medida que mais dados e operações são digitalizados.

No entanto, as oportunidades superam os desafios. As empresas que investem em modernização estão posicionadas para ganhar uma vantagem competitiva significativa. A capacidade de responder rapidamente às mudanças no mercado, otimizar operações e oferecer uma experiência excepcional ao cliente é crucial para o sucesso no ambiente de e-commerce altamente competitivo de hoje.

Conclusão

A modernização na logística não é mais uma opção, mas uma necessidade para crescer e prosperar no mercado atual. A adoção de tecnologias avançadas, a automação e a inteligência operacional estão transformando a logística em uma função estratégica que impulsiona a eficiência, a personalização e a satisfação do cliente. As empresas que não acompanham essa evolução correm o risco de ficar para trás, enquanto aquelas que abraçam a modernização estão bem posicionadas para liderar o mercado e atender às crescentes expectativas dos consumidores.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/modernizacao-na-logistica-acompanhar-a-tecnologia-para-atender-clientes-exigentes”

 

Estratégias de sucesso para o varejo omnichannel: o que está dando certo

No cenário atual, no qual a experiência do cliente é fundamental para a competitividade das empresas, o varejo omnichannel se mostra uma abordagem indispensável. A integração entre canais online e offline não apenas facilita a jornada do consumidor, mas também impulsiona vendas e fidelidade à marca. Este artigo explora as estratégias de sucesso adotadas por varejistas líderes no mercado brasileiro.

A Influência da internet nas compras físicas

Segundo a Think With Google, embora apenas 4% das vendas no varejo brasileiro aconteçam online, a internet influencia mais de 50% das compras realizadas em lojas físicas. Isso demonstra a importância de uma presença digital integrada mesmo para os varejistas tradicionais.

Sustentabilidade em primeiro lugar

Uma das estratégias que se destacam é o foco na sustentabilidade. De acordo com um relatório da Manhattan Associates, 64% dos consumidores preferem comprar de marcas que oferecem embalagens sustentáveis. Grandes redes varejistas, como C&A e Leroy Merlin, têm adotado práticas ecológicas para atrair e reter clientes conscientes.

Simplificação do checkout

Outro ponto crítico é a simplificação do processo de checkout. O estudo aponta que 30% dos consumidores abandonam o carrinho se o checkout for complicado ou envolver muitas etapas. Empresas como H&M e The Home Depot investiram em soluções para tornar o pagamento mais rápido e conveniente, reduzindo barreiras e facilitando a conclusão das compras.

Experiência de compra personalizada

A personalização também é uma estratégia eficaz. O estudo aponta que cerca de 80% dos consumidores estão dispostos a pagar até 16% a mais por uma experiência de compra personalizada. As empresas líderes usam dados e tecnologias avançadas para entender as preferências dos clientes e oferecer recomendações e promoções personalizadas, aumentando vendas e satisfação.

Benefícios pós-compra

Oferecer benefícios após a compra é outro diferencial importante. Segundo o estudo, 50% das empresas líderes permitem que os clientes cancelem pedidos após a compra, e 33% aceitam devoluções na loja. Além disso, 100% dessas empresas oferecem a capacidade de rastrear devoluções, construindo confiança e incentivando novas compras.

Integração completa dos canais

A integração completa dos meios online e offline é essencial para uma experiência unificada. A convergência entre lojas físicas e e-commerce define a experiência omnichannel moderna. Segundo a PwC, anos de convergência entre esses canais moldaram o entendimento dos varejistas sobre o que é uma experiência omnichannel eficiente.

Programas de fidelidade

Por fim, programas de fidelidade continuam sendo uma ferramenta poderosa para manter os clientes engajados. O estudo da Manhattan Associates indica que 84% dos consumidores são mais propensos a permanecer fiéis a uma marca que oferece um programa de fidelidade. Esses programas incentivam compras recorrentes e ajudam a coletar dados valiosos sobre o comportamento do cliente.

Portanto, as principais práticas adotadas pelos melhores varejistas omnichannel demonstram que a chave para o sucesso está na combinação de sustentabilidade, simplicidade no checkout, personalização, benefícios pós-compra, integração completa dos canais e programas de fidelidade. Essas estratégias não apenas atraem novos clientes, mas também garantem a satisfação e a lealdade dos consumidores existentes, promovendo um crescimento sustentável para as empresas.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/estrategias-de-sucesso-para-o-varejo-omnichannel-o-que-esta-dando-certo”

 

 

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Lições do varejo asiático para o brasileiro é tema do primeiro pós-NRF Asia Pacific em São Paulo

Em sua palestra, Marcos Gouvêa destaca capacidade de renovação, integração de operações e tecnologia em todas as pontas.

Fazendo jus às palavras de Marcos Gouvêa, CEO da Gouvêa Ecosystem e publisher da MERCADO&CONSUMO, o que acontece na Ásia não fica na Ásia. E o primeiro encontro pós-NRF Asia Pacific, realizado nesta quinta-feira, 27, em São Paulo, reforça essa máxima. O evento, promovido pela Gouvêa Experience, vertical de experiência do grupo, apresentou os principais insights da delegação que acompanhou a primeira edição da NRF – Retails Big Show fora dos Estados Unidos e fez visitas técnicas a empresas e varejistas em Singapura e Coreia do Sul.

Entre os palestrantes convidados para a conferência, foi unânime a comparação positiva entre a feira de Singapura e Nova York. Muito do que se considerou como o futuro da Inteligência Artificial (IA) no evento tradicional no ocidente já é realidade do outro lado do mundo, como o uso de robôs no atendimento a hóspedes. “O que vai ser novidade já era realidade no hotel em que nos hospedamos”, disse Gouvêa.

Capacidade de renovação e integração

Ao colocar o consumidor no centro dos negócios, o varejo asiático investe na criatividade e na renovação para atrair os clientes e manter a fidelização. Marcos Gouvêa relatou que uma das operações da Dior, que a delegação visitou em Seul, na capital da Coreia do Sul, muda a sua configuração a cada 20 dias.

Outro destaque da capital coreana foi a loja de 189 mil metros quadrados da Hyundai. A operação combina os conceitos de loja de departamentos com shopping center. O megaedifício possui seis pisos ocupados com 500 lojas, sendo 300 delas destinadas ao foodservice.

O executivo se recorda de ter usado a Nordstrom, uma das maiores varejistas norte-americanas, como exemplo de empresa que oferece soluções integradas entre produtos e serviços, destacando as 300 operações de foodservice no país. “A Hyundai tem 300 em uma única loja”, comparou. E boa parte dos restaurantes é renovada anualmente.

Aliás, as lojas pop-ups, cujo conceito se aproxima dos quiosques no Brasil, é um dos modelos de negócio que mais funcionam em Seul em razão dessa necessidade de renovação. Em geral, permanecem de 3 a 6 meses em um mesmo local. O formato também ajuda o varejo a avançar em inovação a ponto de que até a Ikea, especializada em móveis e decoração para o lar, aderir ao modelo.

Outro exemplo marcante na operação de supermercados em Singapura, apresentado por Gouvêa, foi o FairPrice Market,  considerado benchmark sobre operações integradas. O cliente seleciona os produtos e, dentro do estabelecimento, existe uma grande área de restaurante, onde é possível pagar pelos itens, como alimentos e bebidas, e consumi-los naquele local ou, ainda, pedir para que seja preparado para ser consumido. As refeições podem ser feitas a qualquer momento do dia.

Na China, 85% da população faz refeições fora do lar e na Coreia, 69%. O percentual reflete características locais, em que as residências são muito pequenas e a intensa atividade de trabalho.

Em Myeong-Dong Zaemiro, também em Seul, uma multiplicidade de operações de alimentos se reúne a partir do final da tarde. Todo preparo é feito ao ar livre e atrai, não apenas a população local, mas também os turistas. Sobre o turismo, Gouvêa lembrou que enquanto o Brasil atraiu 6 milhões de turistas por ano na última década, Singapura recebeu14 milhões.

Tendências do varejo global

Um dos temas abordados por Marcos Gouvêa em seus artigos e que o executivo observou bem de perto na missão Ásia-Pacífico, foi a desglobalização do varejo físico, a exemplo do encerramento de operações de grandes companhias como o Carrefour na China e o Walmart no Brasil, em países latino-americanos e em partes da Europa.

Esse fenômeno global, que impacta as relações de negócio, sobretudo no varejo, cresce em consequência de duas principais vertentes ligadas ao e-commerce: metaglobalização do varejo digital e hiperdesentermediação.

“Ocorre um avanço do que nós chamamos de metaglobalização do varejo digital, que faz com que os produtos se movimentem através do mundo sem a necessidade do ponto físico, o que nós temos visto com as plataformas”, pontou Gouvêa. Além disso, a hiperdesentermediação faz com que as marcas cheguem aos consumidores finais, no mundo inteiro, de forma muito rápida. “Isso acontece com as marcas, com os serviços, com absolutamente tudo”.

Redes sociais

As redes sociais possuem um papel de extrema relevância nos negócios da Coreia, China e Singapura. A Kakao Friends é uma rede social que transformou a sua marca em uma operação de varejo com uma linha completa de produtos e meios de pagamento. Um dos chaveiros produzidos, em formato de gatinho, é utilizado como meio de pagamento de produtos e serviços em qualquer local.

As marcas próprias, com algumas diferenças, estão em plena expansão. De acordo com Gouvêa, o investimento é uma das principais estratégias do varejo para enfrentar a concorrência direta dos fabricantes com os consumidores finais.

O destaque ficou com a marca No Brand, criada pela Emart, do Grupo Shinsegae, “que se propôs a enfrentar o varejo orientado para valor dentro de uma operação tradicional de varejo”. A Emart reuniu todos os produtos da linha em uma parte específica da loja, com preços muito baixos e grande diversidade de produtos e categorias, variando entre itens estilo Stanley à alimentação para pets.

A iniciativa foi acompanhada de um posicionamento sustentável da linha. Segundo Gouvêa, a população endossou a marca, cujos itens não têm custos de marketing. elimina intermediários e vai direto do varejista para o consumidor. As embalagens são integralmente recicladas.

Soluções para o crescimento dos negócios

Gouvêa também destacou que a integração entre produtos e serviços tem se mostrado como uma das alternativas bem-sucedidas para os negócios em um cenário competitivo e desafiador, mas alerta para a importância de mudanças significativas na forma de pensar e de agir.

Dois exemplos que ele citou em sua palestra foram as integrações entre Samsung e Starbucks – “não se sabe onde começa uma e acaba a outra”, descreveu – e da Daiso na operação do Super Center da Lotte, integrando negócios, como forma de obter ganhos do tráfego que uma gera para a outra.

Reconfiguração dos centros comerciais

Para encerrar sua fala, Marcos Gouvêa abordou a reconfiguração dos centros comerciais, como shoppings e malls, desafiados pelo comércio online.

Ele destacou, primeiramente, a migração dos serviços para esses espaços. Essas atividades ocupam cerca de 80% das unidades ante 20% do venda de produtos. Ao mesmo tempo, tornaram-se templos de experiência para atrair o consumidor. Um dos shoppings inseriu uma imensa biblioteca e um aquário. Tais propostas somam oportunidades de vivência e se tornam pontos de visita e permanência no novo conceito de shopping. Em outro local, a administração construiu um canal interno, com um bote para passeio; em outro, uma pista de bicicleta atravessa todo centro comercial.

Por fim, e não menos importante, a experiência 5.0, que integra físico e digital, para envolver, personalizar, entreter e potencializar negócios”, usa o reconhecimento facial combinado com elementos demográficos e características pessoais para recomendar produtos e personalizar ofertas.

Para se ter uma ideia desse alcance, algumas lojas da BYD, na China, mudam a decoração do espaço conforme o reconhecimento do perfil do cliente para criar uma conexão maior com o produto.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/28/06/2024/noticias-varejo/licoes-do-varejo-asiatico-para-o-brasileiro-e-tema-do-primeiro-pos-nrf-asia-pacific-em-sao-paulo/”

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Personalização na Experiência do Cliente

Especialista elenca os principais pontos de atenção para que as empresas possam extrair os pontos positivos dessa tendência.

A personalização na experiência do cliente (CX) é uma tendência crescente que está revolucionando a forma como as empresas interagem com seus consumidores.

Primeiramente, para entender a personalização na experiência do cliente, é essencial distinguir entre personalização e individualização.

Arthur Igreja, especialista em tecnologia, inovação e tendências, TEDx speaker e autor do livro Conveniência é o Nome do Negócio, explica. “Individualização é quando se tem diferenças entre indivíduos. Personalização é quando, para aquele indivíduo, ele consegue ter as suas customizações”, descreve.

Em outras palavras, enquanto a individualização oferece opções predeterminadas (A, B ou C), a personalização permite que o cliente ajuste essas opções conforme suas preferências dentro dessas categorias.

O profissional exemplifica essa distinção de duas formas principais:

  • A customização de produtos, em que o cliente pode modificar características de acordo com seu gosto;
  • E o uso da tecnologia para facilitar essas mudanças. Essa abordagem coloca o cliente no centro das decisões, permitindo uma experiência mais ajustada às suas necessidades e desejos.

Benefícios da personalização

A personalização oferece vantagens significativas tanto para empresas quanto para consumidores. Arthur Igreja destaca que, com a personalização, as empresas podem obter uma retenção maior, uma conversão maior, menor atrito, pois a pessoa se identifica mais e, assim, isso reduz a chance de ela procurar uma outra alternativa, um concorrente.

Para os consumidores, a personalização proporciona uma experiência mais relevante e satisfatória. Quando os clientes sentem que as empresas compreendem e atendem suas necessidades específicas, a fidelidade à marca aumenta, e a satisfação geral com os produtos e serviços é aprimorada.

Utilizando IA e análise de dados para personalização

A inteligência artificial (IA) e a análise de dados são ferramentas poderosas para implementar estratégias de personalização eficazes.

“A análise de dados ajuda absurdamente, assim como a IA, pois é possível fazer essa hiper personalização, só que em escala e de uma forma muito mais profunda, intervindo em mais variáveis”, frisa.

Com a IA, as empresas podem coletar e analisar grandes volumes de dados sobre comportamentos e preferências dos clientes, permitindo uma personalização em tempo real e altamente precisa.

Isso resulta em recomendações de produtos mais acertadas, comunicações mais relevantes e uma experiência de usuário significativamente melhorada.

Melhores práticas para implementação

Para iniciar a implementação de personalização na experiência do cliente, o especialista sugere que as empresas primeiro identifiquem quais elementos são personalizáveis e reconhecidos como valiosos pelos consumidores.

“É fundamental entender quais atributos são primordiais e, a partir disso, verificar que tipo de tecnologia pode ajudar, que tipo de jornada pode fazer sentido”, exemplifica.

Essa abordagem centrada no cliente exige uma análise cuidadosa das preferências e comportamentos dos consumidores, seguida pela aplicação de tecnologias adequadas para suportar a personalização.

Ferramentas, como plataformas de gestão de dados e sistemas de recomendação baseados em IA, podem ser extremamente úteis nesse processo.

Equilibrando personalização e individualização

Encontrar a sinergia entre personalização e individualização é crucial para o sucesso da estratégia de CX. Arthur Igreja ressalta a importância de entender o que é reconhecido e valorizado pelo consumidor e equilibrar isso com a curva de custo e de complexidade.

Ele alerta que, embora a personalização ofereça valor significativo, é essencial não sobrecarregar o consumidor com opções excessivas ou complicadas que possam gerar confusão e dificultar a tomada de decisão.

Em alguns casos, uma abordagem mais padronizada pode ser mais eficiente e eficaz, desde que atenda às expectativas dos consumidores de forma satisfatória.

A implementação de estratégias de personalização não está isenta de desafios. Arthur Igreja identifica como principal obstáculo errar a mão e criar excesso de opções, o que normalmente dificulta o processo decisório do consumidor.

Ele explica que, ao invés de facilitar a personalização, isso pode causar confusão e até degradar a experiência do cliente.

Para superar esses desafios, as empresas devem focar em criar opções de personalização que sejam intuitivas e fáceis de usar. Além disso, é importante monitorar continuamente o feedback dos clientes e ajustar as estratégias conforme necessário para garantir que a personalização realmente melhore a experiência do cliente.

A importância da tecnologia

A personalização na experiência do cliente representa uma evolução significativa na forma como as empresas interagem com seus consumidores. Ao permitir que os clientes ajustem produtos e serviços às suas necessidades específicas, as empresas podem aumentar a retenção, melhorar a conversão e reduzir o atrito.

No entanto, para implementar a personalização de forma eficaz, é essencial utilizar ferramentas de IA e análise de dados, identificar os elementos mais valiosos para os consumidores e equilibrar cuidadosamente as opções de personalização e individualização. Com uma abordagem bem planejada, as empresas podem transformar a experiência do cliente e alcançar um novo nível de satisfação e fidelidade.

Arthur Igreja, com sua expertise em tecnologia e inovação, fornece um roteiro claro para empresas que desejam aproveitar os benefícios da personalização na CX.

À medida que a tecnologia continua a evoluir, as oportunidades para oferecer experiências cada vez mais personalizadas e significativas só aumentarão, criando um cenário onde a conveniência e a satisfação do cliente são a prioridade máxima.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/personalizacao-na-experiencia-do-cliente/”

 

O futuro dos marketplaces: desafios e oportunidades

A internet nasceu como uma plataforma que abriu uma gama de oportunidades em todos os setores e redefiniu como a sociedade se relaciona consigo mesma. Novos atores surgiram, novas formas de interação social emergiram e novos serviços essenciais foram criados, de tal modo que, hoje, perder o celular é mais avassalador do que perder a carteira com todos os documentos pessoais.

Provedores

Com essa revolução, também floresceu uma diversificação entre as plataformas na web. Quem acompanhou os primórdios da internet no Brasil se lembra da guerra dos provedores, com a falecida AOL distribuindo CDs em todo o país contendo seus discadores (os mais novos nem vão saber o que é isso).

Havia centenas de provedores de e-mail, dezenas de sites de buscas, inúmeras “lojas virtuais” para compras. No entanto, após o boom, a consolidação também chegou ao ambiente anárquico da internet, e os principais serviços foram se concentrando em poucas grandes empresas, que se tornaram as donas de grande parte de nossa atenção e do tráfego na internet.

A vez dos marketplaces

O mesmo processo vem ocorrendo no Brasil com os marketplaces, que ganharam tração substancial no país ao oferecer uma experiência de compra com cada vez menos atrito aos usuários, minimizando o tempo de entrega, o preço e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelos vendedores.

Havia uma profusão de ofertas e soluções, que gradualmente foram se consolidando com o amadurecimento dos usuários e também por pressão da chegada de grandes grupos globais, com modelos de negócio e escala desafiadora para as empresas nacionais.

Essa tendência de consolidação ocorre com rapidez no Brasil, com players como a Amazon e o Mercado Livre dominando o setor em conjunto com empresas orientais há menos tempo no país, graças a altos investimentos em anúncios online, frete grátis e velocidade de entrega. O Mercado Livre, por exemplo, investiu em diversas ações, trazendo experiências de redes sociais para seu app e serviços de fulfillment para agilizar a entrega e aperfeiçoar a experiência do usuário, enquanto a gigante de Jeff Bezos está se aventurando no mercado de usados com selo “Amazon” e setores como o varejo alimentar e o entretenimento, tudo para capturar ainda mais o interesse e os investimentos do setor.

Se para os clientes isso significa uma melhor experiência de compra, para os vendedores é um convite para unificar seus serviços em uma única plataforma, escolhendo a que melhor atende seu público-alvo, já que o regionalismo do mercado consumidor brasileiro também tem se refletido no cenário online.

Ilustram esse caso as empresas brasileiras Magalu e Casas Bahia, que têm boa capilaridade nas regiões Norte e Nordeste devido à presença de suas lojas físicas. Elas já possuem rotas logísticas, base de consumidores e marcas preferidas regionalmente. Já o Mercado Livre tem uma boa proposta de valor para o Sudeste, com suas entregas em menos de 24 horas e sua ampla gama de vendedores concentrada em São Paulo.

Valorização de vendedores

Esse cenário de competição e consolidação pode elevar os vendedores – muitas vezes deixados de lado no início da expansão dos marketplaces – a um novo patamar, já que, com menos plataformas no mercado, elas devem buscar um diferencial justamente nos produtos anunciados e na qualidade dos parceiros de negócio que atuam na ponta da oferta. Atrair os melhores sellers, inclusive, é um fator crítico de sucesso, e as principais plataformas há tempos trabalham com hunters em busca de agregar ou até retirar bons vendedores de outras plataformas, enquanto buscam também se diferenciar em taxas, custos de comissões, níveis de serviço e exigências qualitativas em geral.

A Amazon, por exemplo, expandiu sua base de vendedores em 50% entre 2022 e 2023. O Mercado Livre já conta com um atendimento VIP para vendedores com os melhores desempenhos, além de condições diferenciadas para lojas oficiais. A Shopee, quando chegou ao Brasil, teve que fazer um acelerado esforço de atração de sellers locais para consolidar sua atuação. A Magalu oferece diversos benefícios e soluções para esse público. E assim por diante (veremos qual será a estratégia adotada pela agressiva e recém-chegada Temu).

A consolidação, a regionalização e a busca por diferenciação são fatores que moldarão o cenário dos marketplaces nos próximos anos. As empresas que souberem se adaptar e oferecer valor agregado aos consumidores estarão à frente nessa corrida e, certamente, em não mais do que três anos, teremos uma nova configuração do setor no Brasil.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-futuro-dos-marketplaces-desafios-e-oportunidades”

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