Fernando Simões, da JSL: “O custo Brasil nunca impediu o grupo de crescer”

Mesmo com toda a volatilidade, os desafios do Brasil são proporcionais às oportunidades

O pai cuidava de cabras em um sítio em Portugal, migrou para o Brasil na década de 50, comprou um caminhão para fazer entregas de verduras e 25 anos depois tinha a maior empresa de logística do País, a JSL (JSLG3). O filho começou a trabalhar com ele aos 14 anos, estudou só até os 16 anos e ajudou a impulsionar o negócio que se transformou na holding Simpar (SIMH3), dona de sete companhias que controlam 30 empresas com mais de 40 mil funcionários.

A história do empresário Júlio Simões, que chegou ao Brasil quando tinha 23 anos, e de seu filho Fernando, mostra o sucesso do empreendedorismo que começou no período em que o País começava a entrar na fase de industrialização.

O grupo passou por várias crises econômicas, mas nunca deixou de buscar novas oportunidades de negócio. Dissonante de muitos empresários que apontam o chamado “custo Brasil” como fator que trava investimentos, Fernando Simões, CEO da Simpar, diz que essa característica “nunca impediu o grupo de crescer”, assim como as flutuações do câmbio e a falta de infraestrutura.

Mesmo com toda a volatilidade, os desafios do Brasil são proporcionais às oportunidades”, afirma o executivo de 55 anos, dos quais mais de 40 trabalhando na empresa criada pelo pai. Mas, em outro tema, ele faz coro com a grande maioria do empresariado. “Torço por uma reforma tributária”, afirma, ao ser questionado sobre o que espera do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que assume em 1.º de janeiro. A seguir, trechos da entrevista.

O grupo Simpar chegou aos 66 anos como uma das maiores companhias brasileiras. Como nasceu esse negócio familiar?

Meu pai era filho de caseiros de uma quinta (sítio) em Portugal e cuidava de cabras desde os sete anos. Aos 23 anos, migrou para o Brasil com um tio. Trabalhou como mecânico e vendedor de roupas até comprar um “caminhãozinho” para fazer entregas de verduras, três anos após sua chegada ao País. Depois foi comprando outros caminhões e criou uma transportadora, a JSL.

Quando o sr. começa a atuar na empresa?
Eu comecei a trabalhar aos 14 anos, primeiro em meio período, e aos 16 anos, quando parei de estudar, em período integral. Eu adorava ficar perto do meu pai e não gostava de ir à escola. Minha formação foi na empresa. Naquele período a JSL tinha 16 filiais, 120 caminhões, 280 colaboradores e uma grande reputação: tinha crédito e boa relação com os clientes. Aos 20 anos fui para a área comercial, e começamos a diversificar o negócio de acordo com as necessidades dos clientes que iam além do transporte. Fomos descobrindo que precisavam alugar automóveis, financiamento, terceirizar suas frotas etc. Em 2000, nos tornamos a maior empresa de logística rodoviária do País, com o maior portfólio de serviços.

Em que ano o sr. assumiu o controle do grupo?

Foi em 2001. Meu pai continuou acompanhando tudo e a tomar decisões. Ele faleceu em 2012, aos 84 anos. Em 2010 abrimos o capital. Três anos depois compramos a Movida e várias outras empresas de ramos variados, como rede de concessionárias. Mais tarde, começamos a separar as unidades de negócio da JSL em empresas independentes. Em 2020 fizemos uma reorganização societária e criamos a Simpar, holding que hoje controla sete companhias – entre elas a JSL, a Movida e a Vamos, as três listadas na Bolsa de Valores. O grupo hoje envolve 30 empresas.

Como está o desempenho da companhia?

Este ano devemos ter um crescimento de receita por volta de 40% a 50%. Se anualizar, no futuro teremos crescimento maior ainda. No terceiro trimestre tivemos receita anualizada de R$ 31 bilhões e Ebitda de R$ 8 bilhões. Nosso capex (despesas de capital) líquido, nos últimos 12 meses, está por volta de R$ 12 bilhões. Cerca de 90% das principais indústrias de vários segmentos, como alimentos, mineração, agronegócio, papel e celulose são nossos clientes.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/negocios/fernando-simoes-da-jsl-o-custo-brasil-nunca-impediu-o-grupo-de-crescer/

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Novo Recorde: Mercado Livre tem receita líquida de US$2,7 Bi no terceiro trimestre

O Mercado Livre, considerado o maior e-commerce da América Latina, atingiu um novo recorde de receita total no terceiro trimestre de 2022. Neste caso, a receita líquida alcançou US$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 44,9%, em dólar, e de 60,6% em moeda constante, na comparação com o mesmo período de 2021. O Brasil representa cerca de 53% da receita líquida total do Mercado Livre, tendo alcançado US$ 1,4 bilhão e aumento de 33,9%.

A partir do crescimento constante das margens brutas, ano a ano e trimestre contra trimestre, o lucro bruto do Mercado Livre foi de mais de US$ 1,3 bilhão, aumento de 67,1% em dólar na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já a receita operacional atingiu US$ 295,9 milhões, crescimento de 84,5% em dólar, atingindo novo recorde no trimestre.

O lucro líquido da empresa, por sua vez, bateu os US$ 129 milhões, alta de 35,8% — com melhora na margem total, ano contra ano, e resultando em lucro líquido de US$ 2,57 por ação, 33,8% acima na mesma comparação. A geração de caixa se manteve muito forte, a US$ 724 milhões, principalmente devido à expansão da margem e às contínuas melhorias na gestão do capital de giro. A posição total de caixa cresceu US$ 275 milhões neste trimestre, incluindo um aumento no financiamento de terceiros para o negócio de crédito.

Lucro líquido do e-commerce Mercado Livre
A receita líquida do negócio de commerce aumentou 19,6% em dólares na comparação anual, para US$ 1,5 bilhão. Apesar da maior retomada do varejo físico na região, chegou a 42 milhões o total de compradores únicos no trimestre, que cresceu 9,6%. A quantidade de itens adquiridos por comprador se manteve no mesmo patamar dos trimestres anteriores.

Já a receita líquida de fintech cresceu 93,7% em dólares, chegando a US$ 1,2 bilhão, ano contra ano. Portanto, permanece acima da marca de US$ 1 bilhão pelo segundo trimestre consecutivo — segundo a empresa, graças ao desempenho e receitas provenientes dos serviços financeiros e do negócio de crédito.

Mais de 40 milhões de usuários únicos no Mercado Pago
No terceiro trimestre, o Mercado Pago ultrapassou 41,6 milhões de usuários ativos, alta de 31,6%, com crescimento em todos os mercados da região. Pela primeira vez, o total de usuários únicos ultrapassou a barreira dos 40 milhões — somente nos últimos 12 meses, mais de 10 milhões de novos usuários foram adicionados. No Brasil, Argentina e México impulsionam ainda esse desempenho os pagamentos via código QR, transferências dentro do ecossistema e aumento do número de usuários de crédito.

Mais números do marketplace
O volume de vendas (GMV) do marketplace atingiu US$ 8,6 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 17,8%, em dólar, e de 31,5% em moeda constante. Ao todo, foram vendidos 284,3 milhões de itens, sendo 6,7 itens por comprador. O volume total de anúncios registrados na plataforma chegou a 329,6 milhões.

Vale acrescentar que os três principais mercados entregaram sólido crescimento no volume de vendas no período: Brasil avançou 20%, México 23% e Argentina 87% em moeda constante. O Brasil se destaca na região com crescimento de 20,5% no GMV, em moeda constante, e 150 milhões de itens vendidos no período.

Quantidade de produtos enviados
Na região, 275,7 milhões de itens foram enviados, aumento de 11,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Seguem significativos os avanços na execução e velocidade do Mercado Envios, cuja penetração atingiu 98,9% de toda operação, acima dos 97,4% registrados no mesmo trimestre de 2021. Desse total, mais de 91,9% corresponde à rede gerenciada do Mercado Livre — sendo 40,2% dos envios via modelo fulfillment. Do volume geral de mercadorias, cerca de 80% foi entregue em até 48 horas e cerca de 55% no mesmo dia ou no dia seguinte à compra.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/novo-recorde-mercado-livre-tem-receita-liquida-de-us-27-bi-no-terceiro-trimestre

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Amazon congela contratações em ‘ambiente macroeconômico incomum’

Cenário deve ser mantido pelos próximos meses, segundo o vice-presidente sênior de Experiência e Tecnologia de Pessoas

A Amazon interrompeu contratações corporativas e deve manter este cenário pelos próximos meses, diz carta de Beth Galetti, vice-presidente sênior de Experiência e Tecnologia de Pessoas, enviada ontem aos funcionários da empresa.

“Estamos enfrentando um ambiente macroeconômico incomum e queremos equilibrar nossas contratações e investimentos com uma reflexão sobre essa economia”, disse Galetti na carta.

No mês passado, a empresa anunciou a suspensão das contratações em sua principal divisão de varejo até o final do ano, o que afetou posições de tecnologia, como desenvolvedores de software. Os trabalhadores horistas dos armazéns, porém, não foram afetados. No setor, as contratações seguem movimentadas, o que é relacionado, principalmente, à aproximação das férias de final de ano.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/04/11/2022/economia/amazon-congela-contratacoes-em-ambiente-macroeconomico-incomum/

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A logística como centro de lucro das empresas

A necessidade de um serviço de entregas e de coletas ágil e integrado é mandatório, e ganhou ainda mais relevância com o crescimento acentuado do e-commerce e da digitalização dos negócios durante a pandemia. A logística, que normalmente ficava sob o guarda-chuva da área de “Serviços Compartilhados”, passou a ser estratégica e fundamental na viabilização das vendas e dos resultados das empresas nessa nova realidade.

A administração da cadeia logística e o consumidor exigente
A administração da cadeia logística inteira – desde o armazenamento dos produtos, passando por sua distribuição para a rede de unidades, até as entregas porta a porta de última milha, apresenta etapas desafiadoras que precisam ser muito bem controladas e geridas, pois a qualidade nessas movimentações traz impactos positivos nas vendas e nos resultados.

O consumidor está usando cada vez mais o comércio eletrônico e, nas pesquisas que realiza ao navegar nas páginas de varejistas e marketplaces, ele não está atrás apenas dos melhores produtos a preços competitivos. A preocupação igual ou até em grau superior está também com os prazos e os modelos de entregas, de modo que a logística ruim de um produto fantástico não é mais permitida e, certamente, prejudica significativamente qualquer negócio.

Foco na entrega do produto
A entrega do produto é uma das etapas mais importantes dentro do e-commerce e está diretamente atrelada à experiência positiva de compra do consumidor, já que é no momento de receber o produto comprado que o processo virtual se torna tangível.

Nesse sentido, considerando o momento de crescimento do número de compradores e de encomendas em circulação, a tangibilidade e a experiência do consumidor, é fundamental ofertar diversas modalidades de entregas. São alternativas que trazem flexibilidade e conveniência a todos os envolvidos da cadeia do comércio eletrônico e que influenciam a conversão das vendas nas páginas do varejo virtual.

Está em jogo não apenas a entrega do produto intacto dentro do prazo estipulado, que é uma exigência atual e define a conversão da venda, mas também os meios que possam eliminar as dores dos consumidores na hora de receber suas compras pela internet. Imaginemos que o comprador tenha dificuldades para receber o produto porque mora em um condomínio sem porteiro, ou permaneça o dia todo fora de casa e não tenha uma pessoa para receber sua encomenda, ou mesmo que resida em uma área de risco não atendida pelos serviços postais. Tais fatores podem fazer com que o e-shopper desista da compra. Contudo, se as alternativas logísticas sanarem essas dores, a venda será realizada.

É fundamental, então, que os varejistas online e marketplaces estruturem suas áreas logísticas e, em parceria com as transportadoras, ofereçam inúmeras alternativas de transporte das encomendas para que o consumidor escolha a mais adequada à sua jornada.

Soluções que otimizam as entregas
Disponibilizar aos e-shoppers as soluções OOH (Out Of Home, ou fora de casa, na tradução da expressão em inglês para o português), por exemplo, é estratégico, pois possibilita retirar a mercadoria em um ponto comercial parceiro definido previamente, próximo de casa ou do trabalho, com horário estendido de atendimento.

Nesse caso, temos principalmente os lockers e os PUDOS (Pontos Pick up Drop Off) como exemplos bem-sucedidos de soluções OOH, que são capazes de converter vendas. Colabora para isso o fato de reduzirem significativamente o insucesso nas entregas e os custos logísticos, pois, em média, são 20% mais baratos do que a entrega domiciliar.

Em termos de delivery, serviços que interajam de forma mais assertiva com os consumidores, fornecendo informações de rastreamento em tempo real e a possibilidade de prever o momento da entrega da encomenda, também são capazes de converter vendas. Mas só são possíveis com as áreas logísticas bem estruturadas e com ferramentas de TI implementadas.

Portanto, dentro da nova realidade de crescimento das vendas pela internet e de consumidores cada vez mais exigentes, a logística deixou de ser tratada como uma área menos importante e que apenas gerava despesas para o caixa das empresas, passando a ter destaque na gestão dos negócios e nos lucros. Dessa maneira, estruturar a área logística e estabelecer parcerias significativas tornaram-se fundamentais.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-logistica-como-centro-de-lucro-das-empresas

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Shein vai abrir pop up store em shopping de São Paulo

Espaço ficará no Shopping Vila Olímpia, na zona sul da cidade, por apenas cinco dias

A varejista chinesa Shein vai abrir em São Paulo uma loja temporária. A pop up store vai funcionar apenas por cinco dias, entre 12 e 16 de novembro, no Shopping Vila Olímpia, na zona sul da capital paulista. O grande diferencial desta unidade é que será a primeira loja da marca no Brasil a realizar vendas físicas, via cartão de crédito ou débito.

Durante os cinco dias, os consumidores terão a oportunidade para experimentar e sentir os tecidos e texturas de mais de 11 mil peças de coleções de roupas e acessórios da Shein. Segundo a empresa, a decoração e o projeto do local são inspirados no caráter urbano e cosmopolita que marcam o dia a dia dos moradores de São Paulo.

Com uma imensa base de clientes no Brasil, a Shein tem investido no país como mercado estratégico na América Latina e se aproximando cada vez mais dos consumidores brasileiros com experiências offline. A estreia da marca no cenário nacional foi em março deste ano, com uma pop up store localizada no Village Mall, na cidade do Rio de Janeiro.

“Queremos democratizar o acesso à moda. O modelo de loja pop-up é um grande aliado para a Shein, pois, ao mesmo tempo que proporciona uma experiência única para os consumidores ao sentirem e experimentarem as peças, também aproxima a marca dos brand lovers e impulsiona novos clientes”, destacou Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil.

A loja de São Paulo
Com aproximadamente 265m², a loja localizada no Shopping Vila Olímpia terá diversos ambientes instagramáveis, em que os clientes poderão tirar fotos dos looks e compartilhar nas redes. Serão cerca de 11 mil peças disponíveis para compras, somando roupas femininas, masculinas e acessórios das principais tendências globais e locais.

Todos os visitantes terão 15% de desconto para compras de produtos na loja e também no app. Além disso, os consumidores que postarem uma imagem com a hashtag “SHEINSP” e marcar o perfil oficial da marca no Instagram receberão um brinde especial da loja. Os conteúdos mais criativos também serão postados no mesmo perfil no Instagram, que hoje tem cerca de 7,5 milhões de seguidores.

Está será a primeira vez no Brasil que uma pop up store da Shein realizará vendas fora do aplicativo, sujeitas a disponibilidade de estoque. Nessa modalidade serão aceitos pagamentos somente com cartões de débito e crédito. A loja não vai aceitar Pix. Caso o consumidor queira comprar algum item que já estiver esgotado, será possível fazer a compra o mesmo item via app, com um desconto especial.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/03/11/2022/noticias-varejo/shein-vai-abrir-pop-up-store-em-shopping-de-sao-paulo/

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Funil de vendas: Metodologia capaz de transformar visitantes em clientes no e-commerce

O famoso funil de vendas do marketing digital nada mais é do que uma representação das etapas necessárias que uma pessoa precisa passar para se tornar um cliente do seu negócio.

Montando um plano estratégico para cada uma dessas etapas, você consegue ter melhores resultados, ou seja, mais pessoas viram seus clientes ao final da jornada.

Dessa forma, podemos “organizar” as ações a serem implementadas em função do grau de consciência que o usuário tem sobre o negócio e sobre o problema que o acomete.

Veja um exemplo: suponhamos que um usuário X recebeu a indicação da sua loja virtual de um amigo próximo. Este enviou o link do site através do chat de uma rede social. Podemos considerar que o usuário X, que nunca ouviu falar do seu negócio, passou a habitar o topo do seu funil de vendas, ou seja, ele teve um primeiro contato e se transformou em um cliente em potencial. O que ocorrer a partir de agora, quando ele entrar no seu site e começar a interagir com o conteúdo, irá determinar a permanência dele dentro do funil.

O ideal é manter os leads do seu funil sempre descendo até o fundo, onde eles se transformam, de fato, em clientes. Para isso, existem tipos diferentes de ações que motivam esse movimento em cada etapa.

Vejamos quais são essas ações e como implementar no seu negócio!

Topo de funil: quanto mais, melhor.
No topo do funil, estão todos os seus potenciais clientes. Pessoas que ainda não conhecem ao certo o negócio podem nem mesmo saber que precisam dos seus produtos. Portanto, o nível de consciência desse público é baixo. A regra sobre o topo do funil é clara: quanto mais pessoas chegarem a essa etapa, maior seu número de clientes ao final da jornada. Portanto, a maior parte dos esforços geralmente se concentra em atrair pessoas para o topo do funil.

É claro que, à medida que os leads avançam, muitos se perdem pelo caminho, e isso é normal. O grande desafio é manter a maior quantidade possível dentro do funil.

O topo do funil poderia ser dividido em duas etapas: visitantes e leads. Essa é a primeira conversão do site. Pessoas que não conhecem o seu negócio passam a conhecer e se transformam em leads a partir do momento em que deixam seus dados para contato (geralmente, um e-mail). Isso demonstra interesse e abre oportunidade para continuar aumentando o nível de consciência dos leads a fim de eles avançarem na jornada.

Alguns exemplos de ações de topo de funil seriam:

Anúncios alinhados com o tipo de público que busquem despertar interesse, e não necessariamente fechar uma venda.
Postagens em redes sociais tratando de assuntos referentes ao seu produto de maneira descomplicada, como explicando possíveis usos.
Campanhas de branding ou brand awareness.
Conteúdos de e-mail marketing relacionados aos interesses demonstrados pelos leads.
O objetivo das ações de topo de funil é fazer o usuário identificar o problema que seu produto resolve. Dessa forma, se o produto em questão for um colchão, frases como: “Sente que não está descansando direito?” ou “Dor nas costas? Talvez esteja na hora de mudar seu colchão” são exemplos de abordagens de topo de funil.

Naturalmente, uma porcentagem dará o próximo passo, avançando na jornada e migrando para o meio do funil.

Meio do funil: aumentando o nível de consciência
O meio do funil é composto por pessoas que já identificaram o problema que o seu negócio poderia resolver, e estão começando a avaliar mais a fundo a possibilidade de se tornarem clientes. Para isso, elas precisam de informação mais detalhada e quebrar possíveis objeções. Aqui, o nível de consciência é um pouco mais alto.

Poderíamos dividir esse estágio também em dois grupos: leads e oportunidades. O que vai determinar as condições necessárias para um lead se tornar uma oportunidade varia de negócio para negócio. Geralmente, tem a ver com o “alinhamento” do perfil do cliente. Por exemplo, essa pessoa tem dinheiro para comprar meu produto? Ou essa pessoa realmente precisa do meu produto? Identificando esse alinhamento ou a falta dele, podemos concentrar esforços para vender para aquele público mais alinhado, e oferecer alternativas para o público menos alinhado, como um produto de ticket mais baixo.

Alguns exemplos de ações meio de funil são:

Marketing de conteúdo em redes sociais, dessa vez com informações mais detalhadas.
E-mail marketing automatizado.
Chatbots conversacionais.
Remarketing dos produtos de interesse.
Lembrando que o foco aqui é quebrar as possíveis objeções e oferecer aos leads mais motivos para darem o próximo passo e migrarem para o fundo do funil.

Fundo de funil: um lugar de decisões tomadas
No fundo do funil, temos pessoas com um nível de consciência alto em relação ao seu problema e ao seu negócio. Aqui, elas já sabem todas as nuances do problema delas e consideram realmente que você é uma solução palpável. Por isso, a comunicação deve ser focada em converter, de fato, esses leads em clientes. Os meios não são diferentes, sendo possível utilizar:

E-mail marketing
Marketing de conteúdo
Remarketing
Anúncios segmentados
Etc.
O que realmente muda é o conteúdo. Já não precisamos aumentar o nível de consciência e oferecer informações superdetalhadas. Aqui, devemos focar em oferecer benefícios e tornar a nossa oferta irresistível. As principais características de uma comunicação de fundo de funil são objetividade, assertividade e apresentação de preços, condições especiais, bônus etc.

É completamente normal que a esse estágio chegue apenas uma pequena parcela dos leads do topo, e é por esse motivo que o funil possui esse formato característico.

O funil de dois fundos: encantamento e fidelização
Há quem diga, e com bons motivos, que o fundo do funil não é o fim da jornada do cliente (e não é mesmo). Qualquer negócio de sucesso sabe da importância de fidelizar os clientes e estimular a recorrência nas compras, já que esta é a única maneira de alcançar o real crescimento e diminuir o custo de mídia.

Por isso, é importante pensar em estratégias de fidelização e incluí-las em todos os estágios da jornada do cliente através de rapidez no atendimento, linguagem humanizada e foco em solucionar eventuais problemas no percurso.

O pós-venda também é uma etapa que merece atenção, pois permite medir a satisfação dos clientes e otimizar seus produtos e operações, ao mesmo tempo em que mostra ao cliente o quanto você se importa com ele, de fato.

Algumas estratégias de fidelização no pós-venda incluem:

Pesquisas de satisfação e avaliação dos produtos.
Remarketing segmentado considerando o intervalo necessário até o cliente precisar novamente dos produtos.
Acompanhamento de indicadores de comportamento.
Marketing de conteúdo visando estabelecer relacionamentos de longo prazo.
Ao contrário do que, intuitivamente, possa parecer, a jornada do cliente não tem por que ser linear. Isso significa que os leads podem entrar e ir direto ao fundo do funil, ou estarem no fundo e retroceder para o meio – isso é completamente normal considerando que a vida das pessoas não é linear, e que as prioridades mudam conforme o tempo passa. O importante é sempre ir trabalhando estrategicamente cada estágio do funil do seu negócio, e garantir que existe uma boa taxa de conversão dos leads que ali se encontram, sem interpretar isso como uma “linha do tempo”, e sim como uma representação que auxilia no planejamento.

Também, a depender do funcionamento do negócio e das etapas que você identifica como decisivas dentro da jornada, o seu funil pode ter mais ou menos estágios, sendo uma representação altamente personalizável.

Independentemente disso, seus clientes sempre vão tender a passar pelas mesmas etapas: reconhecimento da necessidade/reconhecimento do negócio, consideração das alternativas, escolha da solução (compra) e fidelização.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/funil-de-vendas-metodologia-capaz-de-transformar-visitantes-em-clientes-no-e-commerce

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Prêmio Black Friday de Verdade reconhece as empresas com melhor experiência do cliente

De acordo com estudo feito pela Zendesk, 75% das pessoas estão dispostas a pagar mais para empresas que proporcionam boas experiências

A Black Friday de Verdade, iniciativa criada para promover descontos e promoções reais durante a data, acontecerá entre os dias 21 e 27 de novembro. O projeto foi idealizado pela Proxy Media, empresa de marketing digital, e também conta com uma premiação para condecorar as empresas que oferecem de fato preços promocionais aos clientes.

Para atingir o máximo de setores possíveis na promoção, a campanha conta com um amplo portfólio de marcas participantes. Entre elas, estão: Dolce Gusto, Pague Menos, AliExpress, Fila, Umbro, Ortobom, Extrafarma, Canon, O Boticário e outras mais. Além de concorrer a uma televisão, os consumidores que votarem também terão descontos atrativos, frete grátis, brindes nas compras e mais benefícios.

“Nosso objetivo é motivar que as empresas façam cada vez mais da Black Friday do Brasil uma campanha com descontos verdadeiros, facilidade de compra, atendimento e entrega dentro do prazo para gerar uma boa experiência para os clientes”, disse Francisco Cantão, sócio-diretor da Proxy Media.

De acordo com estudo feito pela Zendesk, empresa de softwares para relacionamento com clientes, 75% das pessoas estão dispostas a pagar mais para empresas que proporcionam boas experiências.

Premiação
Os principais requisitos para a escolha dos vencedores são o atendimento, o tempo de entrega, a facilidade de compra e o preço. Os vencedores de cada segmento serão anunciados no dia 1º de dezembro, quinta-feira.

Antes de as lojas passarem pelo processo de definição por voto popular, realizado no site da campanha, elas passaram por um corpo de jurados. O júri é composto por especialistas em experiência do cliente, marketing e vendas. Entre os jurados, estão Rodrigo Bandeira, da ABComm, Tiago Baeta, do E-commerce Brasil, Carolina Moreno, do Mulheres no E-commerce e Helenice Moura, do A Liga Digital.

Esta é a 6º edição do prêmio e, neste ano, o consumidor que participar da votação pode garantir melhores descontos na Black Friday. Além disso, ele concorrerá a uma televisão smart 4K de 75 polegadas com a promoção “TV para você”.

Confira abaixo a lista de finalistas do Prêmio Black Friday de Verdade 2022:

Bebê e Brinquedos: Ri Happy, Tricae, Puket, Toy Mania e Americanas;
Bebidas: Evino, Zé Delivery, Wine, Pão de Açúcar e Empório da Cerveja;
Cosméticos: O Boticário, Ikesaki, Avon, Natura e Forever Liss;
Eletrodom e UD: Magalu, Fast Shop, Americanas, Shopee e Shopclub Electrolux;
Eletrônicos e Informática: Amazon, Kabum, Submarino, Fast Shop e Carrefour;
Esportes: Centauro, Netshoes, Decathlon, Nike e Adidas;
Farmácias: Droga Raia, Drogaria São Paulo, Panvel, Pague Menos e Drogaria Araújo;
Livros, filmes e games: Amazon, Submarino, Kabum, Livraria Cultura e Estante Virtual;
Moda íntima e Praia: Intimissimi, Hope, Loungerie, Lupo e Casa das Cuecas;
Modas, Calçados e Acessórios: Renner, C&A, Amaro, Shein e Riachuelo;
Móveis e Decoração: Madeira Madeira, Mobly, Tok Stok, Camicado e Casas Bahia;
Pet Shop: Petz, Cobasi, Pet Love, Zee Dog e Royal Pets;
Mercados: Pão de Açúcar, Carrefour, Mambo, Rappi e Tenda Atacado;
Telefonia: Americanas, Mercado Livre, Motorola, Samsung e Havan;
Viagens: Booking.com, 123Milhas, Decolar.com, MaxMilhas e CVC

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/02/11/2022/noticias-varejo/premio-black-friday-de-verdade-reconhece-as-empresas-com-melhor-experiencia-do-cliente/

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Black Friday: Como não deixar problemas logísticos afetarem suas vendas?

Éder Medeiros, fundador e CEO do Melhor Envio, analisa os principais erros cometidos pelos lojistas e apresenta as soluções para evitar que eles aconteçam

Apesar do e-commerce ter desacelerado nos últimos meses, a expectativa é grande para a Black Friday, que acontece em 25 de novembro. Uma pesquisa feita pela empresa de análise do comportamento do consumidor, Nielsen|Ebit, apontou que mais de 78% dos brasileiros utilizarão a internet como principal meio de compras para a famosa data de promoções.

Entretanto, ao mesmo tempo que a Black Friday estimula o tráfego dos sites e impulsiona o lucro das empresas ao oferecer vantagens aos clientes, o período pode gerar algumas dores de cabeça tanto para quem vende quanto para quem compra online. Um dos principais desafios das empresas está relacionado à logística. Ninguém quer comprar um produto em promoção com um frete caro, por exemplo, ou que a alta demanda atrase os pedidos ou até que a encomenda chegue danificada.

É essencial que os empreendedores digitais se preparem para a data. Para isso, Éder Medeiros, CEO e fundador do Melhor Envio – plataforma de intermediação logística -, selecionou alguns erros cometidos pelos vendedores virtuais e as soluções para evitar que eles aconteçam. Veja:

Abandono de carrinho motivado pelo frete caro

Uma pesquisa feita pela All in em parceria com a Opinion Box revelou que 45% dos entrevistados desistiriam de uma compra por conta do valor do frete. Por isso, evite erros como o preço da entrega mais caro do que o produto. Na época das grandes promoções, vale ficar atento em criar vantagens específicas para o frete. A dica é não cobrar o consumidor após um valor mínimo de compras. Assim, a loja estimula o cliente a comprar mais da empresa para ter acesso ao desconto. Também é possível estipular um valor fixo de frete para que os usuários de regiões mais distantes não sejam tão afetados.

Atrasos nas entregas

Você já comprou um produto que demorou para chegar muito mais do que o prazo determinado pela empresa? A situação é super chata, pois acaba deixando o cliente na mão, principalmente se ele estava dependendo daquela data para utilizar a compra.

Alguns cuidados são capazes de reduzir a chance de transtornos, como saber, com exatidão, o tempo necessário para separar o produto no estoque, embalá-lo, emitir a nota fiscal (ou declaração de conteúdo) e despachá-lo para a transportadora, assim como conferir periodicamente se o seu negócio tem em mãos todos os insumos para empacotar as encomendas.

Caixas de variados tamanhos e itens de proteção dos objetos não podem faltar na hora de enviar a mercadoria. Mantenha essa reserva em condições de suportar a demanda. Também vale adicionar dois dias ao prazo final de entrega informado ao consumidor. Isto permitirá um fôlego extra para o despacho do volume sem impactar na contagem do transporte. Melhor ampliar o prazo do que perdê-lo, não é mesmo?

Produtos danificados no transporte

Outra “dor de cabeça” tanto para o consumidor quanto para o vendedor é ter o produto danificado durante o transporte. Por isso, além de escolher transportadoras de confiança, veja como seu produto está sendo embalado. Escolha materiais de qualidade e à prova d’água, que evitam que a compra chegue molhada ao cliente e, se for um item frágil, utilize embalagens resistentes, deixando sempre um lembrete no produto.

Logística reversa: a devolução das compras

A logística reversa é o caminho de volta que uma encomenda pode precisar fazer no e-commerce, do comprador para a loja online. Segundo a lei, o cliente tem até sete dias após o recebimento da encomenda para solicitar a troca ou devolução do produto. É uma consequência de alguns dos problemas já mencionados, como a chegada de produtos danificados e o atraso da entrega.

Para isso, você deve ter uma rotina já montada para estas situações. Nos casos de devolução, é obrigação da loja arcar com o custo do segundo envio, do destinatário para o e-commerce. Já nas solicitações de troca, cada e-commerce define quem paga pelo segundo frete.

Transforme o frete um aliado do seu negócio. Com a estratégia certa, vendedores digitais podem encontrar na gestão de entrega de encomendas um diferencial para alavancar as vendas na Black Friday.

Fonte : https://www.segs.com.br/seguros/362317-black-friday-como-nao-deixar-problemas-logisticos-afetarem-suas-vendas

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PMEs esperam faturar a 50% da receita anual com calendário inédito de varejo

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas estimadas apenas para a Copa do Mundo estão estimadas em R$ 1,48 bilhão. Neste caso, trata-se de um valor 7,9% acima do registrado na competição de 2018 (R$ 1,37 bilhões).

E, de acordo com o estudo Holiday Season, encomendado pela Meta e realizado pela Toluna em agosto de 2022, os consumidores terão preferências bastante específicas nessa reta final do ano.

Enquanto o evento esportivo, o Natal e o ano-novo podem ter mais buscas por vestuário e alimentação, Black Friday e Cyber Monday tendem a ser melhores para eletrônicos.

Brasileiros irão comemorar
Dos mil brasileiros entrevistados, 83% planejam alguma comemoração nessa grande temporada e 65% pretendem antecipar as compras natalinas. Identificar esse cenário permite que os empreendedores também se planejem com antecedência.

Em julho, a mesma pesquisadora realizou uma entrevista com pequenos e médios empreendimentos. Nela, 29% das empresas brasileiras disseram esperam faturar mais da metade da receita anual no último trimestre do ano. Para a executiva, 2022 traz um ambiente ainda mais positivo, porque é o primeiro desde o início da pandemia com abertura total do comércio físico e canal online mais sofisticado. “Estamos com muito otimismo.”

Momento desafiador, mas promissor
Nesse levantamento, 50% das PMEs tiveram vendas maiores nos 30 dias anteriores do que no mesmo período do ano passado. Por outro lado, a pandemia impactou os negócios: 20% tiveram de reduzir a força de trabalho nos seis meses anteriores e, no mesmo período, 57% dizem ter aumentado os preços dos produtos e serviços em mais de 20%.

Carolina diz que, embora o panorama seja desafiador, as pequenas empresas conseguiram mais eficiência de gerar demanda, elevar receita e girar a economia. Para atravessar esse momento, vale otimizar o orçamento, usar as ferramentas de análise das plataformas para entender onde o dinheiro dá mais retorno e fazer testes.

Outra boa notícia para as PMEs chegou hoje pela manhã pelo IODE-PMEs (Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs). Afinal, o estudo mostrou crescimento de 1,1% em setembro de 2022 nas atividades financeiras das PMEs, na comparação com o mesmo mês de 2021.

Investimento em redes
O estudo Holiday Season sugere que investir nas redes sociais para vender é uma importante estratégia. Afinal, 64% dos brasileiros afirmam que já encomendaram produtos e serviços pelo WhatsApp e 60% já compraram após ver um anúncio personalizado no Facebook ou no Instagram. As plataformas também ajudaram os consumidores a encontrar e decidir por uma compra.

Além de ser o mais assertivo possível com a audiência que deseja alcançar, o empreendedor pode investir em formatos que vêm crescendo, como vídeos em reels e stories.

Carolina reforça a abordagem eficiente das mensagens de texto. “Hoje, temos empresas em que o serviço ocorre 100% no WhatsApp, desde a descoberta do produto, a conversa prévia até a venda e pós-venda. Ter comunicação direta é crítico”.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pmes-esperam-faturar-50-da-receita-anual

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O crescimento do comércio eletrônico está diminuindo – como as empresas devem agir

O boom causado pela pandemia já passou. O segredo agora é olhar tendências para destravar novas oportunidades digitais

O cenário do comércio eletrônico tem passado por transformações rápidas nos últimos anos. Se em 2020 vimos ocorrer uma aceleração digital massiva como nunca antes e 2021 nos mostrou as novas fronteiras do mundo physical, 2022 tem sido definido, até agora, por turbulências macroeconômicas, causadas principalmente pela alta inflação, pela Guerra na Ucrânia e por flutuações de mercado.

É com este pano de fundo que o e-commerce está sendo remodelado constantemente e novos ganhadores vêm emergindo. A batalha pelo tempo e dinheiro do consumidor está cada vez mais feroz e é por isso que, para se destacar, é tão importante se atentar a dados e se mostrar aberto a novas oportunidades digitais.

No auxílio dos players que atuam neste espaço de vendas digitais, o painel The Great Realignment, organizado pela Insider Intelligence, empresa de pesquisa de mercado, discutiu as previsões para a indústria e para o comércio eletrônico para os próximos cinco anos.

Para chegar aos resultados, foram utilizadas mais de 10 mil métricas que levaram em conta tendências emergentes e mudanças no mercado e no comportamento do consumidor, a fim de que as companhias possam melhor desenvolver suas campanhas e estratégias. Aqui estão os principais pontos levantados.

Sim, o comércio eletrônico parou de crescer nos níveis anteriores
Os otimistas que esperavam que o comércio eletrônico continuasse a crescer nos níveis da pandemia já devem rever suas expectativas. Segundo dados apresentados pela Insider Intelligence, o pico de crescimento do e-commerce, de fato, aconteceu em 2020. Mas a partir daí começa a cair em um padrão mundial.

Enquanto a América Latina, por exemplo, registrou um salto de 30% para 60% nas vendas por meios digitais naquele ano emblemático, agora vê a taxa despencar até uma perspectiva que fica em torno de 10% de crescimento em 2025 – mesma previsão para Europa, América do Norte, Ásia e África. Neste cenário de estagnação, a única exceção é a China, onde o boom do e-commerce aconteceu antes mesmo da pandemia.

Não é à toa que a gigante asiática lidera no setor. Lá, as vendas pelo e-commerce representam 45,3% do total do varejo. Quem segue em segundo lugar no ranking é a Grã-Bretanha, com 35,9%; o Brasil está na 11º posição, com o comércio eletrônico representando apenas 12,3% do total.

Além da dianteira nas mudanças de hábitos do consumidor, é explicação para isso o fato de que grandes canais de e-commerce estão em países com plataformas consolidadas de comércio digital. Basta dizer que as varejistas asiáticas Shopee e Shein ainda estão caindo nas graças dos brasileiros, enquanto já atuam por lá pelo menos desde 2015 e 2008, respectivamente.

Já um resultado concreto da pandemia foi a disseminação do marketing digital, que acabou mais fortalecido. A China continua liderando, com 81,5% do gasto em publicidade indo direto para mídias digitais. Como comparação, o Brasil continua no 11º lugar da lista, com 59%.

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Nem tudo é queda no e-commerce:
setor de alimentos e bebidas é destaque
O analista de varejo e e-commerce da Insider Intelligence, Andrew Lipsman, traz uma explicação simples para o que gerou um crescimento tão expressivo durante a pandemia no setor: “aceleramos dois anos e meio no tempo de um ano em 2020”, diz.

Assim, seria natural os índices voltarem a patamares anteriores, uma vez que estamos no final ou já saindo da pandemia de covid-19. No entanto, os números continuam muito bons em uma área específica: alimentos e bebidas, a qual ele chama de “digital grocery”. A expectativa é que continue a crescer.

“Para uma aceleração permanente de crescimento acontecer é preciso haver uma mudança de comportamento. No caso de vestuário ou eletrônicos, já havia um consumo híbrido, tanto online quanto em lojas físicas, por exemplo. Mas em relação a alimentos houve realmente um movimento novo, eram itens que não eram comprados por e-commerce e passaram a ser após a pandemia”, comenta.

Tecnologias no comércio eletrônico
são para facilitar vida do consumidor
Para os especialistas da Insider Intelligence, ainda que sejam importantes, inovações surpreendentes não foram os principais fatores para fizeram o comércio eletrônico chamar cada vez mais atenção. Pelo contrário, a eficácia e a redução de ruído no uso de tecnologias digitais mais “mundanas” é que acabaram trazendo maior impacto.
Ferramentas como “compre com um clique” e checkout automatizado, por exemplo, geram mais conveniência e rapidez ao consumidor, que também valoriza preços mais acessíveis.

Até a Amazon, que ainda domina o setor por uma larga margem, se mostrou mais vulnerável justamente por essas tecnologias. Pela primeira vez, ela começa a perder sua fatia de mercado no e-commerce devido à competição mais intensa com as varejistas tradicionais e por perder algumas tendências em alta.

Duas delas – das quais a gigante varejista por enquanto está de fora – são as vendas D2C (direto ao consumidor) e a possibilidade de comprar online e retirar em pontos físicos, o que fortalece o conceito physical e exige tanto logística quando otimização de estoque das grandes e pequenas companhias.

“Nesses casos, a tendência que influencia é a diminuição das barreiras para as marcas passarem a vender online diretamente ao consumidor. O social commerce ajudou com esta demanda. Inclusive, o aumento do D2C não foi liderado apenas por nativos digitais, mas principalmente por marcas bem estabelecidas, como Nike, Levi’s e Adidas”, fala Andrew Lipsman.

“Terceira onda do marketing digital” é publicidade no e-commerce
Com o crescimento, afinal, estagnado, é hora de olhar não só para as possibilidades tecnológicas e setores que permanecem em alta, mas também para oportunidades que rondam o setor digital como um todo.

Neste sentido, o destaque é o investimento em mídia digital no varejo. Para o analista em publicidade e mídia da Insider Intelligence, Paul Verna, ela é mais do que uma nova fonte de receita: é a terceira grande onda do marketing digital.

“A conexão entre a procura de produtos e o e-commerce está ampliando a fatia de investimento em publicidade nas plataformas de varejo. É por isso que a Amazon vai dobrar sua fatia em buscas nos EUA, partindo de 13,1% em 2019 para 26,3% em 2024. Já o Google vai cair de 61,3% para 51,4%”, esclarece o analista.

Ele afirma que os gastos em mídia no comércio eletrônico irá bater U$ 60 bilhões em 2024, fechando finalmente a lacuna que existia entre esta opção “esquecida” de publicidade digital e as já consolidadas nas plataformas de busca e nas redes sociais.

“Basicamente, quanto mais pessoas procuram por produtos e os compram online, mais os anunciantes têm um incentivo para escolherem as plataformas que os fornecem aos consumidores”, completa Paul Verna.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/10/28/comercio-eletronico-diminuindo/