Logística personalizada: é possível crescer entre os gigantes

Estar em um segmento tão diversificado quanto o delivery nos faz ter contato com players diversos do mundo todo. Segundo pesquisa recente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), os pedidos de alimentos via app movimentam cerca de R$ 1 bilhão mensalmente por aqui. Ou seja, todos de dentro ou fora do país querem um pedaço deste promissor mercado. E o primeiro passo para isso é a real compreensão de seu público alvo.

Um caso recente que movimentou o mercado foi a saída da espanhola Glovo, empresa de entregas que encerrou suas operações no Brasil mesmo com um nome conhecido pelo grande público. Isso nos mostrou que a internacionalização, não apenas de uma marca, mas de sua cultura em si é um ponto delicado que não pode ser automatizado. Dinheiro no caixa é diferente de expertise de mercado.

Para crescermos entre os grandes nomes que atuam aqui no Brasil, utilizamos da nossa melhor arma: a logística personalizada. Temos um núcleo de Customer Success desde o início de nossas operações que gera insights regularmente a partir das necessidades e feedbacks de nossos clientes cadastrados. Com essa base de dados rica e própria, construída a partir de nossa vivência como empresa, conseguimos moldar o serviço mais assertivamente para quem nos consome e para futuros clientes.

Por exemplo, sabemos que em bairros com maior concentração de escritórios a natureza dos pedidos será diferente do que em locais mais residenciais. Outro ponto é que os pedidos de uma sexta-feira à tarde, antes de um feriado prolongado, serão diferentes das compras de uma segunda-feira de manhã. Portanto, temos que concentrar shoppers para operações diversas em pontos estratégicos. Todos estes aspectos precisam ser compreendidos e, além de conhecer o mercado, foco na execução e pessoas boas no time fazem muita diferença.

Recapitulando um pouco deste segmento, quando os serviços de deliveries de supermercado se iniciaram na década passada, um ponto que os tornavam menos atrativos era o tempo de espera para a chegada das compras. Eram compras separadas em um ponto de distribuição afastado dos centros urbanos e a logística de entrega era demorada. Esse intervalo entre a finalização dos pedidos e o recebimento dos itens na porta de casa poderia ultrapassar as 72 horas, algo pouco prático para o consumidor.

O cenário poderia ser outro se os clientes tivessem aderido de vez a este modelo, mas não foi isso que aconteceu. A busca por cada vez mais velocidade e qualidade nas entregas nos trouxe ao nosso cenário atual, com diversos players disponíveis. Em resumo, como crescemos e nos diversificamos perante eles depende de muita compreensão de nosso nicho e de um road map pautado na realidade de cada um. Não é preciso se apequenar, mas sim ser fiel à sua essência.

Fonte: ecommercebrasil.com

Download

Comércio eletrônico deve faturar R$ 3,3 bilhões no Dia das Mães

O comércio eletrônico espera faturar R$ 3,3 bilhões no Dia das Mães, segundo expectativa é da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). De acordo com a associação, esse montante é 16% superior ao movimentado na mesma data do ano passado. A previsão considera as vendas realizadas no período de 15 de abril até 11 de maio. O número de pedidos realizados pela internet será de 9,81 milhões, com o tíquete médio de R$ 345.

As categorias mais procuradas para a data são as de moda, cosméticos, eletrodomésticos, flores, além de artigos de casa e decoração, indicando os setores que possuem maior possibilidade de aumentar o faturamento. Ainda segundo a ABComm, esse aumento se deve ao reaquecimento da economia, queda no câmbio e a retomada da confiança do consumidor.

De acordo com Mauricio Salvador, presidente da ABComm, seguindo as demais datas sazonais, que vem apresentando resultados positivos no ano, o Dia das Mães deve também seguir no mesmo caminho. “Sendo uma data de tradicional relevância, as lojas vão preparar ações, ofertas e condições melhores para os consumidores”, afirma.

Fonte: ecommercebrasil.com

Download

O impacto da nova lei do Cadastro Positivo no varejo

Principal vantagem estaria na redução do custo do crédito ao consumidor, o que, de acordo com estimativa das entidades que formam a Frente do Cadastro Positivo, pode trazer um incremento de R$ 790 bilhões na geração de negócios e injetar, a médio prazo, até R$ 1,1 trilhão na economia.

Nesta segunda-feira (08) o presidente Jair Bolsonaro, sancionou a nova Lei do Cadastro Positivo. A matéria foi aprovada pelo Congresso Nacional no mês passado.

Todo brasileiro que tem um CPF ativo passa a ser automaticamente incluído numa espécie de cadastro de bom pagador. Até então, para integrar o cadastro, o consumidor precisava solicitar o ingresso. A partir de hoje, será o inverso, todos estarão automaticamente cadastrados, mas se quiserem sair do cadastro, terão que solicitar o descadastramento. O cadastramento de todos os consumidores do País tem um prazo de 90 dias a partir da sanção presidencial para começar.

O secretário de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, destacou o alcance da nova lei, que deve incluir milhões de pessoas atualmente fora do mercado de crédito. “De acordo com estimativas, as mudanças no Cadastro Positivo pode beneficiar cerca 130 milhões de pessoas, inclusive 22 milhões de brasileiros hoje que estão fora do mercado de crédito, embora já apresentem bons históricos de adimplência”, afirmou. Carlos da Costa disse ainda que o estimulo à economia, com o cadastro, tem condições de gerar R$ 450 bilhões em arrecadação de impostos e contribuições federais, além de reduzir em 45% a inadimplência no Brasil.

De acordo com o Banco Mundial, a nova lei pode reduzir em até 45% a inadimplência no país, que atualmente atinge mais de 60 milhões de pessoas, segundo dados apresentados pelo secretário durante a cerimônia de sanção da nova lei no Palácio do Planalto. Carlos da Costa também disse que a expectativa é que, nos próximos anos, sejam injetados na economia, em decorrência do Cadastro Positivo, cerca de R$ 1 trilhão em investimentos, sendo que, desse total, cerca de R$ 520 bilhões apenas no âmbito das pequenas e médias empresas.

Benefícios ao varejo

O varejo, explica Marcos Piellusch, pesquisador do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo), assim como bancos, financeiras e outras empresas prestadoras de serviços, terão acesso por meio da consulta aos serviços dos chamados Bureaus (birôs) de crédito, como Serasa, SPC, Boa Vista e SCPC. Essa consulta conterá a pontuação de crédito do consumidor, auxiliando na decisão de conceder ou não crédito.

Estimativa das entidades que compõem a Frente do Cadastro Positivo mostra que as alterações efetuadas no sistema podem promover um aumento de R$ 790 bilhões (12% do PIB) na geração de negócios. Para Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a avaliação de risco baseada apenas na informação negativa, como sempre aconteceu até agora, é importante, mas insuficiente para uma análise mais completa da capacidade de pagamento do consumidor porque não mostra seu endividamento. “Isso tem gerado superendividamento de muitas pessoas, que tomam crédito em vários estabelecimentos com base na mesma renda”, avalia Solimeo.

Comparado com os países mais avançados, o percentual de crédito total na economia brasileira é baixo, segundo o economista, embora tenha aumentado desde o começo do século. “Para o consumidor, esse percentual é ainda menor e tem sido reduzido recentemente”, avalia.

Para ele, o Brasil tem uma demanda de crédito reprimida por conta do seu custo, em especial, para pessoas físicas. Isso impacta diretamente no consumo. “O alto custo do crédito para as pessoas físicas é um fator limitativo para sua expansão, e a redução da taxa SELIC não se refletiu na mesma intensidade no financiamento ao consumo. Se houver redução das taxas, mais gente se habilitará a financiamentos e em valores mais elevados”, avalia.

Solimeo afirma que o Cadastro Positivo pode ajudar a baixar o custo do crédito ao reduzir os riscos dos financiamentos, que compõem parte importante do preço do crédito. O novo sistema também tem o potencial de criar condições para o bom pagador, com juros e prazos melhores. Ele avalia ainda que um novo cadastro não vai gerar uma morosidade maior para liberação. “Não vai burocratizar as transações. Com as modernas tecnologias, é possível fazer análise mais rigorosa, sem demora ou dificuldades”, afirma.

Dirceu Gardel, presidente da Boa Vista, também destaca as vantagens do Cadastro Positivo para a economia em geral e o comércio em particular, apontando que são 130 milhões de CPF de população economicamente ativa hoje, contudo, 20 milhões desses 130 milhões o mercado não consegue enxergar, segundo ele porque ou a pessoa não é bancarizada ou não tem emprego fixo. “Ela trabalha, mas paga suas contas em dia, como autônomo. Com o Cadastro, para o varejo, são 20 milhões de pessoas adicionais para o crédito”, diz.

Ricardo Thomaziello, diretor-executivo de Dados da Quod, (birô que vai trabalhar com quatro linhas de crédito do Cadastro Positivo: consórcio, cartão de crédito, parcelados e rotativos), destaca a necessidade de reduzir a assimetria de informações no comércio sobre o histórico de pagamento do consumidor. “Quando você amplia as informações disponíveis, você melhora a qualidade da carteira de crédito e assim o acesso e a qualidade do crédito”, diz.

Para ele, a inadimplência pode vir do desconhecimento que as empresas têm sobre um consumidor na hora de conceder o crédito e que a mudança desse quadro pode reduzir o número de brasileiros endividados, que extrapolou a casa dos 60 milhões no ano passado. “Todos os estudos sobre a implementação do Cadastro Positivo em outros países mostram uma queda na inadimplência”, garante Thomaziello. Gardel faz coro a Thomaziello: “Porque disso? Crédito mais assertivo, risco de inadimplência menor. Uma vez caindo a inadimplência, o consumidor vai ter a taxa de juros adequada a ele. Hoje a taxa é uma média do que perde e o de que ganha. Certamente o mau pagador será punido e o bom pagador beneficiado”, explica.

A tendência é que o varejo se beneficie do aumento da base de consumidores e do tíquete médio, dado que certos produtos (em especial, bens duráveis) só são acessados via crédito. Além disso, as grandes redes varejistas que mantém braços financeiros e concedem, elas mesmas, o crédito, terão o benefício de ter um sistema mais eficiente de financiamento, otimizando as duas pontas, a entrega do crédito e, possivelmente, as vendas. Claro que, só a otimização da análise de crédito não é suficiente. É preciso haver emprego e renda para que os compromissos sejam pagos.

Thomaziello diz que o setor de varejo pode ganhar novos consumidores via crédito porque o Cadastro Positivo vai jogar luz sobre um ponto cego do varejo e das empresas do sistema financeiro: o comportamento de compra das pessoas não bancarizadas. As contas de consumo serão incluídas como cadastro positivo alegadamente para analisar a capacidade de pagamento de quem não tem conta em banco.

Mesma análise é feita pela Confederação Nacional dos Dirigentes Logistas (CNDL) e o SPC Brasil, de que a nova lei do Cadastro Positivo deve tornar o acesso ao crédito mais fácil e com juros menores para os consumidores adimplentes. O presidente da CNDL, José César da Costa reforça a reformulação nas regras dos cadastro dará mais precisão na análise de crédito. “O Cadastro Positivo eleva o Brasil ao patamar de nações do primeiro mundo que já usam o modelo, assim como os Estados Unidos e União Europeia. As novas regras permitirão, principalmente, que micro e pequenos empresários tenham acesso a informações já utilizadas por instituições financeiras de grande porte, gerando maior segurança no processo de concessão de crédito e estimulando a competição na oferta de crédito entre fintechs, cooperativa, pequenas financeiras e empresas do varejo”, afirma.

A lei vai permitir acessar dados de pagamento relacionados a contas de serviços continuados, como água, luz e telecomunicações. “Uma grande revolução dessa nova legislação. Ela não engloba só dados financeiros. Imagine um consumidor que não tenha conta em banco ou tenha uma movimentação muito baixa. Os dados sobre pagamento de serviços continuados vão dizer o que ele consome e se tem um histórico de pagamento saudável”, ressalta Thomaziello.

Banco de dados
O texto aprovado no Congresso e agora sancionado incluiu um dispositivo que estabelece que a responsabilidade do banco de dados, das fontes de informações e dos consulentes por danos causados ao cadastrado será objetiva e solidária, como previsto no Código de Defesa do Consumidor.

A nova lei também estabelece a exigência de que os gestores de bancos de dados realizem ampla divulgação das normas que disciplinam a inclusão no cadastro, além da possibilidade e de formas de cancelamento prévio.

A lei exige ainda que o Banco Central encaminhe ao Congresso Nacional, no prazo de até 24 meses, relatório sobre os resultados alcançados com as alterações no Cadastro Positivo, com ênfase na ocorrência de redução ou aumento dos juros.

Fonte: portalnovarejo.com

Download

Personalização e engajamento na era do novo varejo

Quanto maior o engajamento dos clientes com sua marca, mais dados podem ser coletados e, a partir daí, mais correlações podem ser estabelecidas.

O uso da tecnologia se faz cada vez mais presente em diversos setores da economia e no varejo não poderia ser diferente. A quantidade de informações disponíveis é cada vez maior e a sua análise é imprescindível para o sucesso das companhias. A análise qualificada e produtiva desses dados torna-se viável por meio de ferramentas de Big Data e inteligência analítica.

Este cenário passou a ser conhecido no setor como a Nova Era do Varejo, que se baseia em oferecer um atendimento e relacionamento personalizados para os seus consumidores ao mesmo tempo que proporciona, para o varejistas, instrumentos para evolução de vendas e rentabilidade. De acordo com um estudo realizado pela Applause, líder mundial em testes de multidões e qualidade digital, 91% dos consumidores estão mais propensos a comprar de empresas que lembram deles e são capazes de oferecer recomendações e ofertas relevantes. Outro estudo feito pelo Google mostra que uma em cada três pessoas espera recomendações de produtos personalizados de acordo com o seu perfil de compra.

Assim, percebe-se que a personalização da oferta de produtos e do atendimento é um meio de reconhecer que o cliente é único. Tal processo funciona como o alicerce para uma experiência consistente do cliente e fortalecimento da marca. Um levantamento realizado nos Estados Unidos pela Segment, empresa que ajuda a rastrear e consolidar os dados dos consumidores para entregar melhores produtos, serviços e experiências, com mais de mil consumidores mostra que 49% compraram itens que não pretendiam adquirir por causa de recomendações personalizadas da marca com quem mantêm relacionamento.

Com base nestas informações, podem-se identificar diversos benefícios que as empresas experimentam ao se valerem da personalização das ofertas e da aproximação com os clientes. Dentre eles, se destacam:

Aumento do faturamento da empresa: 40% dos consumidores americanos afirmaram que o atendimento personalizado fez com que eles comprassem algo mais caro do que pretendiam;

Reduz o volume de devoluções: Somente 5% das compras por impulso foram devolvidas quando o cliente recebeu atendimento personalizado e 85% ficaram felizes com o que compraram;

Aumenta a fidelidade dos clientes: 44% dos consumidores entrevistados pela Segment disseram que provavelmente repetiriam a compra, depois de ter uma experiência personalizada com a marca.

Mas, para que as marcas implementem um atendimento individualizado, é preciso utilizar a tecnologia como uma aliada na hora de analisar os dados. Por meio dela é possível gerar diagnósticos e insights sobre o comportamento do consumidor e antecipar padrões. Ou seja, quanto mais informações o varejo tem sobre seus clientes, maior a possibilidade de identificar hábitos de consumo e prever comportamentos.

Por mais que todo mundo queira ser único, estatisticamente é muito provável que grupos de pessoas ajam de forma parecida e se interessem por determinados produtos e serviços. Assim, quanto maior o engajamento dos clientes com sua marca, mais dados podem ser coletados e, a partir daí, mais correlações podem ser estabelecidas.

Por fim, o varejo ideal é aquele que tem o produto que o cliente quer, na hora que ele deseja. Ele precisa oferecer experiências para ser relevante, já que o novo momento do varejo é a era do encantamento do cliente. Desse modo, abrace o uso de tecnologia para conhecer cada cliente e entregar a ele um atendimento personalizado.

Fonte: portalnovarejo.com

Download

Conheça os principais impactos do blockchain na logística

O blockchain na logística é a utilização da tecnologia que foi criada inicialmente para dar suporte ao bitcoin ou moeda virtual. Basicamente, a ferramenta cria um banco de informações que, quando inseridas, se tornam registros e não podem ser alterados.

O funcionamento se dá pela validação de dados que podem ser inseridos de computadores privados ou compartilhados. O grande diferencial da ferramenta é permitir que essas transações aconteçam online e sem a intervenção de um órgão regulamentador. Hoje, o blockchain já é aplicado em diversos setores, inclusive na logística.

Para ajudar você a explorar ao máximo essa nova tecnologia, neste artigo, mostrarei a importância do blockchain na logística e as vantagens da sua implementação. Continue lendo e saiba mais!

Qual a importância do blockchain na logística?

Ao mesmo tempo em que a evolução tecnológica trouxe facilidades para a sociedade e para o mundo corporativo, ela também apresentou novos perigos e desafios. Hoje, é possível realizar diversas transações de maneira simultânea, envolvendo duas ou mais pessoas. Com isso, as negociações ficaram mais dinâmicas, mas também vulneráveis a roubos, alterações de dados e problemas de comunicação.

O blockchain é uma excelente opção para trazer mais segurança para vários tipos de registro de informações, incluindo a logística. Com ele, acordos logísticos, como a compra e entrega de cargas ou mesmo registro de status de entrega passam a ser feitos com maior transparência e rastreabilidade, tornando-os mais eficientes e atrativos para todos os envolvidos.

Exemplo do blockchain na logística

Imagine que a sua empresa se encontra no sul do país e precisa entregar uma carga para um cliente no nordeste. Em teoria, se ela for à produtora, você contratará uma transportadora, negociará os preços sobre impostos e formas de envio e repassará essas informações ao comprador. Além disso, ficará acertado o prazo para entrega.

Veja que em uma simples negociação foram envolvidas três pessoas diferentes (físicas ou jurídicas). Se tudo correr dentro do combinado, ninguém reclamará e novas transações serão feitas. Porém, se houver um problema, como roubo ou avaria da carga, alguma das partes pode questionar quem arcará com o prejuízo. Mesmo que as informações tenham sido armazenadas em um software, não é totalmente confiável, pois os dados podem sofrer alterações a qualquer momento.

Com o Blockchain, tudo isso muda. Todos os envolvidos na negociação acessam a mesma rede e conseguem verificar as informações diretamente da fonte. Além disso, qualquer acerto envolvendo processos importantes, como preços, rotas, tipo da carga, é decidido em consenso.

E, o mais importante: os dados inseridos e gravados não podem ser alterados. Assim, caso ocorra algum problema, é só consultar o que foi decidido anteriormente.

Quais os benefícios do uso do blockchain?

Agora que você já sabe o quanto o blockchain pode ser importante na logística da sua empresa, confira, de forma detalhada, quais são os principais benefícios do uso da ferramenta.

Maior confiabilidade

Como mostrado no exemplo, o blockchain torna qualquer processo mais confiável. A ferramenta, ao mesmo tempo em que permite acesso direto a todos os responsáveis por determinada atividade ou negociação, também bloqueia alterações em informações já gravadas.

Seja em uma transação com clientes, melhorando o relacionamento ou em planejamentos internos, os processos ficam muito mais confiáveis.

Otimização de processos

Com um compartilhamento de informações mais bem-estruturado, os colaboradores passam a utilizar dados mais concretos e transparentes em suas atividades. Esse novo cenário promovido pela implementação do blockchain permite que os processos sejam desenvolvidos com maior fluidez, pois, a necessidade de intermediários e os ruídos de comunicação são excluídos.

Suporte para tomada de decisões

O blockchain pode fazer toda diferença na rotina de um gestor logístico. A ferramenta, que tem como uma das características principais a segurança das informações, permite que o líder do setor trabalhe com dados únicos. Além disso, a tecnologia apresenta os dados de forma cronológica, evitando que o gestor se atrapalhe com questões que já foram resolvidas. Assim, ele tem um suporte importante e organizado para tomar decisões diárias.

Enfim, podemos dizer que o blockchain na logística é uma realidade, mas com uma forte tendência de crescimento para os próximos anos. Com essa tecnologia, as empresas diminuem seus custos com auditorias e burocracias, além de aperfeiçoarem processos, como a entrega e a movimentação de cargas. Então, analise as informações apresentadas e considere as vantagens de trabalhar com o blockchain.

Fonte: ecommercebrasil.com

Download

Cada vez mais populares, marketplaces começam a revelar problemas

No México, Walmart é acusado de pressionar fornecedores que também são parceiros da Amazon. No Brasil, tendência é de redução dos shoppings virtuais.

São Paulo — Nesta semana, uma disputa entre duas das maiores empresas do varejo no mercado mexicano chamou a atenção para o lado B das operações de marketplace, cada vez mais populares, inclusive no Brasil.

A subsidiária mexicana do Walmart estaria pressionando os fornecedores de alimentos que distribuem seus produtos também para a Amazon. Esse comportamento teria forçado algumas dessas empresas a retirar suas mercadorias do site da maior varejista on-line do mundo. O caso foi revelado pela agência de notícias Reuters.

O mercado mexicano está entre os mais relevantes para as duas varejistas, mas o Walmart leva vantagem nessa briga. Ainda segundo a reportagem, a rede teria exigido descontos de empresas do setor de alimentos que tinham produtos com preços mais baixos no site da Amazon. O caso teria ocorrido no ano passado, segundo fontes.

Alguns desses fornecedores disseram que optaram por tirar seus produtos do marketplace da Amazon. Eles temiam que o relacionamento comercial com o Walmart do México fosse ameaçado no meio dessa disputa. As empresas informaram que a rede responde por mais da metade das vendas de supermercados no território mexicano. Em outras palavras, é o tipo de inimizade que ninguém que dependa do varejo quer comprar.

O Walmart mexicano negou à agência que force seus fornecedores a fazer negócio com esse ou aquele parceiro. No entanto, a multinacional admitiu pressionar por preços mais baixos, especialmente quando os concorrentes estão oferecendo um negócio melhor aos clientes. “Nunca poderíamos dizer a ninguém que eles não podem vender para outra pessoa”, declarou Ignacio Caride, diretor de comércio eletrônico do Walmart México, à Reuters.

As subsidiárias brasileiras das duas empresas foram procuradas pela reportagem para que contassem como funciona a relação com os fornecedores de seus marketplaces no país e se há alguma semelhança com a operação mexicana. Por e-mail, o departamento de comunicação da rede informa que “no momento, a agenda do Walmart Brasil para a imprensa está fechada”. Já a Amazon diz apenas que “não comentará” o caso.

Destaque no Brasil 

Os marketplaces no Brasil são cada vez mais relevantes como canal de venda. Pesquisa sobre o varejo virtual, divulgada ontem pelo Sebrae, mostra que mais da metade, ou exatos 52% dos negócios on-line, ocorrem nesses shoppings virtuais. Esse é o principal canal para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.

A 4ª edição da Pesquisa Nacional de Varejo On-line, feita em parceria com E-Commerce Brasil, Lojas Integradas (VTEX) e B2W, apontou que os empresários já presentes no comércio eletrônico planejam ampliar as vendas em marketplaces até 2021.
Ainda segundo o levantamento do Sebrae, 30% das empresas entrevistadas trabalham apenas com e-commerce, 22% mesclam seus negócios entre loja física e comércio eletrônico, e apenas 12% têm somente loja física.

Crescimento

Com o crescimento do e-commerce cada vez mais na rotina dos consumidores, estar fora desse canal de vendas pode comprometer o caixa e o futuro de muitos negócios. Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) e integrante do Conselho da E-commerce Foundation, diz que não vai levar muito tempo para que esse canal de vendas passe por um ajuste.

Segundo Salvador, não há notícias no Brasil de disputas entre marketplaces como o registrado entre as operações mexicanas do Walmart e da Amazon. Mas, para o presidente da Abcomm, “sob regras de livre mercado existe o direito de uma empresa se negar a atender um cliente”.

Hoje, diz ele, fica a critério do mercado se autorregulamentar. “Quando existe um desequilíbrio, como um monopólio, o governo passa a ter de interferir. Num caso como o da Amazon e do Walmart, no México, não vejo problema. Até porque, a rede sempre teve uma cultura global de pressão por pressão. Reduzindo preço, ele ganha na escala. É uma opção de o fornecedor aceitar ou não. Assim como tem o Walmart, há outras redes de varejo e o fornecedor tem a liberdade de escolher um plano B. Por isso, não vejo como isso possa causar distorção”, opina.

O representante da Abcomm acredita que, como os negócios em torno dos marketplaces estão em um processo rápido de expansão, a tendência é de que venham a fazer parte das políticas públicas. Hoje, lembra, sem uma regulação específica, esses shoppings virtuais podem ser punidos por regras mais genéricas que regulamentam o comércio, como nos casos de venda casada, questões de dumping ou de concentração de mercado.

Ajuste 

Para o presidente da associação, o Brasil deverá ver, em breve, uma fase de ajuste no segmento de marketplace. Salvador espera por uma consolidação, com menos empresas atuando como shoppings virtuais do que se vê hoje, assim como ocorreu em mercados mais maduros, como o americano. Ele acredita que sobraram poucas empresas de grande porte e outras pequenas que vão atuar em nichos, como o de petcare.

“Muitos vendedores já estão entendendo que, sem poder de barganha, não conseguem tornar suas operações lucrativas. Por isso, esse tipo de canal de venda tem de ser muito bem estudado antes de se tomar uma decisão”, explica.

Fonte: correiobraziliense.com.br

Download