Como o marketplace pode alavancar vendas dentro e fora do e-commerce

Com um faturamento superior a R$ 50 bilhões em 2018, segundo dados da Ebit|Nielsen. Com a entrada de novos consumidores no universo das compras online – cerca de 10 milhões somente no ano passado –, o setor de e-commerce representa uma grande oportunidade para quem quer empreender e crescer no Brasil.

Grande parte do bom momento do comércio eletrônico brasileiro se deve ao modelo de operação adotado pelo mercado: o marketplace. Uma iniciativa que representa uma importante fonte de receita tanto para os pequenos e médios players quanto para os grandes varejistas.

Ao estar inserido em um marketplace, o lojista consegue capitalizar as mercadorias para o público-alvo e atendê-lo com eficiência e rapidez, seja por meio de um a estratégia de nicho ou de cauda longa. Como modelo de negócios, o marketplace permite agregar categorias de produtos, ampliar a diversidade de ofertas; criar diferenciais competitivos; reforçar a imagem da marca e rentabilizar com a base de clientes a partir de uma experiência de compra mais completa. Tudo isso sem a necessidade de investir em uma estrutura própria.

Os aspectos tributários e logísticos ainda são grandes desafios tanto para os proprietários de plataformas de marketplaces quanto para os sellers que trabalham dentro desse modelo de negócios. No entanto, é um caminho que deve ser analisado como inevitável na busca por novos públicos e novas fontes de receita.

Entenda o modelo de negócio

Entender esse processo é fundamental para planejar uma operação em marketplace. Quais são os investimentos necessários? Como montar o meu time? Como definir o melhor sistema de comissionamento? Diante do meu modelo de negócios, Vale mais a pena ser um marketplace ou um seller?

A visão e atuação dos shopping centers em marketplaces também são aspectos importantes para esse debate no setor, com destaque para a estratégia utilizada no convencimento de lojistas físicos e os possíveis impactos para toda a cadeia produtiva.

A Cyrela Commercial Properties, empresa que administra e comercializa imóveis comerciais, é um exemplo de como esse movimento vem acontecendo no Brasil. A companhia desenvolveu há quase dois anos uma plataforma de marketplace voltada para os que operam em seus seis complexos de compras situados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Esse espaço permite que centenas de varejistas, de diferentes segmentos, possam usufruir de um canal exclusivo de vendas webdotado de tráfego de usuários e estrutura simplificada. Embora adquirido online, todos os itens são retirados pelo consumidor na respectiva loja física.

Usar loja ou lockers e envio no mesmo dia já são algumas das táticas aplicadas pelos marketplaces que buscam se diferenciar da concorrência. E no meio desse processo surgem ainda os aplicativos de entrega rápida como James Delivery, Rappi e DTudo que oferecem uma solução integrada de e-commerce para lojas físicas em shopping centers.

Conclusão

Os impactos dessas novas formas de consumo deverão nortear, cada vez mais, a gestão dos marketplaces no Brasil. Os dados falam por si só. O volume de vendedores atuando em marketplaces no Brasil cresceu 90,7% no ano passado, segundo o estudo “Panorama dos Marketplaces no Brasil”.

Para empresas com atuação também no varejo físico, especialmente em shopping centers, ao atuar em marketplaces, além da vantagem do domínio da geolocalização, elas podem oferecer entregas expressas, um recurso cada vez mais valorizado pelo cliente.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Google anuncia mudanças para entrar de vez no e-commerce e virar marketplace nos EUA

Google anunciou, nesta terça-feira (14), durante seu evento anual Marketing Live, uma série de mudanças nas suas plataformas voltadas a anunciantes e lojistas. Com as novidades, a gigante das buscas começa a entrar de vez no mundo do e-commerce – nos Estados Unidos, Amazon é o principal concorrente.

De São Francisco, a empresa apresentou uma versão remodelada do Google Shopping que, a princípio, funcionará apenas nos Estados Unidos*. As atualizações permitem aos usuários navegar por itens e lhes dá opções para comprar um produto tanto do site da marca quanto em uma loja física próxima ao consumidor e, até, no site do próprio Google, em breve. Neste caso, o internauta verá o ícone de um carrinho azul que adiciona aquele item à sacola.

Caso os clientes tenham problemas com a compra ou não sejam reembolsados, fará a intermediação com o varejista, afirmou Oliver Heckmann, vice-presidente de Engenharia, Shopping e Viagem do Google.

O pagamento também será feito por meio da plataforma da gigante das buscas usando os meios cadastrados na carteira virtual da companhia.

Na prática, essas novidades fazem com que o Google se torne um marketplace, em um movimento que segue a tendência de redes sociais – o Instagram, por exemplo, também entrou de cabeça no comércio eletrônico recentemente.

Anúncios no YouTube

Como parte da remodelação dos produtos, o Google também vai dar a opção de fazer compras diretamente de vídeos no YouTube. Por exemplo, se um criador posta um tutorial de maquiagem, a gigante das buscas dará a chance de os internautas comprarem aquele item específico – como um tipo de batom ou máscara.

A companhia também anunciou que a sua nova “galeria” de anúncios vai aparecer nas pesquisas. O formato vai usar fotos de uma maneira similar ao que ocorre no Instagram. Outra novidade é o Discovery Ads – campanhas publicitárias em vídeo e foto que podem mirar determinados critérios demográficos e que serão inseridos no feed do YouTube e nas guias de promoção do Gmail.

Todas as novidades serão colocadas no ar “até o fim do ano”, segundo o Google. Não foi explicado em quais países as novidades aparecerão primeiro,, mas, segundo o Google, no momento não há qualquer previsão de chegada da nova experiência ao Brasil.

Concorrência

As novas ferramentas marcam uma ofensiva da empresa no mundo do e-commerce. A habilidade do Google para facilitar a venda direta é um grande fator – um movimento que coloca a companhia no mesmo patamar de competição da Amazon e do Instagram para atrair mais criadores de conteúdo e marca às suas plataformas de publicidade e vendas.

 

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Tag: Varejo

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Cada vez mais populares, marketplaces começam a revelar problemas

No México, Walmart é acusado de pressionar fornecedores que também são parceiros da Amazon. No Brasil, tendência é de redução dos shoppings virtuais.

São Paulo — Nesta semana, uma disputa entre duas das maiores empresas do varejo no mercado mexicano chamou a atenção para o lado B das operações de marketplace, cada vez mais populares, inclusive no Brasil.

A subsidiária mexicana do Walmart estaria pressionando os fornecedores de alimentos que distribuem seus produtos também para a Amazon. Esse comportamento teria forçado algumas dessas empresas a retirar suas mercadorias do site da maior varejista on-line do mundo. O caso foi revelado pela agência de notícias Reuters.

O mercado mexicano está entre os mais relevantes para as duas varejistas, mas o Walmart leva vantagem nessa briga. Ainda segundo a reportagem, a rede teria exigido descontos de empresas do setor de alimentos que tinham produtos com preços mais baixos no site da Amazon. O caso teria ocorrido no ano passado, segundo fontes.

Alguns desses fornecedores disseram que optaram por tirar seus produtos do marketplace da Amazon. Eles temiam que o relacionamento comercial com o Walmart do México fosse ameaçado no meio dessa disputa. As empresas informaram que a rede responde por mais da metade das vendas de supermercados no território mexicano. Em outras palavras, é o tipo de inimizade que ninguém que dependa do varejo quer comprar.

O Walmart mexicano negou à agência que force seus fornecedores a fazer negócio com esse ou aquele parceiro. No entanto, a multinacional admitiu pressionar por preços mais baixos, especialmente quando os concorrentes estão oferecendo um negócio melhor aos clientes. “Nunca poderíamos dizer a ninguém que eles não podem vender para outra pessoa”, declarou Ignacio Caride, diretor de comércio eletrônico do Walmart México, à Reuters.

As subsidiárias brasileiras das duas empresas foram procuradas pela reportagem para que contassem como funciona a relação com os fornecedores de seus marketplaces no país e se há alguma semelhança com a operação mexicana. Por e-mail, o departamento de comunicação da rede informa que “no momento, a agenda do Walmart Brasil para a imprensa está fechada”. Já a Amazon diz apenas que “não comentará” o caso.

Destaque no Brasil 

Os marketplaces no Brasil são cada vez mais relevantes como canal de venda. Pesquisa sobre o varejo virtual, divulgada ontem pelo Sebrae, mostra que mais da metade, ou exatos 52% dos negócios on-line, ocorrem nesses shoppings virtuais. Esse é o principal canal para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.

A 4ª edição da Pesquisa Nacional de Varejo On-line, feita em parceria com E-Commerce Brasil, Lojas Integradas (VTEX) e B2W, apontou que os empresários já presentes no comércio eletrônico planejam ampliar as vendas em marketplaces até 2021.
Ainda segundo o levantamento do Sebrae, 30% das empresas entrevistadas trabalham apenas com e-commerce, 22% mesclam seus negócios entre loja física e comércio eletrônico, e apenas 12% têm somente loja física.

Crescimento

Com o crescimento do e-commerce cada vez mais na rotina dos consumidores, estar fora desse canal de vendas pode comprometer o caixa e o futuro de muitos negócios. Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) e integrante do Conselho da E-commerce Foundation, diz que não vai levar muito tempo para que esse canal de vendas passe por um ajuste.

Segundo Salvador, não há notícias no Brasil de disputas entre marketplaces como o registrado entre as operações mexicanas do Walmart e da Amazon. Mas, para o presidente da Abcomm, “sob regras de livre mercado existe o direito de uma empresa se negar a atender um cliente”.

Hoje, diz ele, fica a critério do mercado se autorregulamentar. “Quando existe um desequilíbrio, como um monopólio, o governo passa a ter de interferir. Num caso como o da Amazon e do Walmart, no México, não vejo problema. Até porque, a rede sempre teve uma cultura global de pressão por pressão. Reduzindo preço, ele ganha na escala. É uma opção de o fornecedor aceitar ou não. Assim como tem o Walmart, há outras redes de varejo e o fornecedor tem a liberdade de escolher um plano B. Por isso, não vejo como isso possa causar distorção”, opina.

O representante da Abcomm acredita que, como os negócios em torno dos marketplaces estão em um processo rápido de expansão, a tendência é de que venham a fazer parte das políticas públicas. Hoje, lembra, sem uma regulação específica, esses shoppings virtuais podem ser punidos por regras mais genéricas que regulamentam o comércio, como nos casos de venda casada, questões de dumping ou de concentração de mercado.

Ajuste 

Para o presidente da associação, o Brasil deverá ver, em breve, uma fase de ajuste no segmento de marketplace. Salvador espera por uma consolidação, com menos empresas atuando como shoppings virtuais do que se vê hoje, assim como ocorreu em mercados mais maduros, como o americano. Ele acredita que sobraram poucas empresas de grande porte e outras pequenas que vão atuar em nichos, como o de petcare.

“Muitos vendedores já estão entendendo que, sem poder de barganha, não conseguem tornar suas operações lucrativas. Por isso, esse tipo de canal de venda tem de ser muito bem estudado antes de se tomar uma decisão”, explica.

Fonte: correiobraziliense.com.br

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