ANYMARKET anuncia expansão para a América Latina

Empresas de todos os tamanhos buscam cada vez mais mercados internacionais para expandir suas operações e aderir a essa tendência de globalização que pode trazer grandes benefícios para suas empresas.

Desta forma, o ANYMARKET, uma plataforma de vendas em marketplaces, criada e desenvolvida pelo Grupo DB1 para atender ao universo e-commerce, acelera seu projeto de expansão América Latina em 2019. Sendo referência como o mais completo hub de integração do mercado brasileiro, o movimento mais óbvio seria alcançar outros mercados fora do país.

Embora outros países da América Latina ainda não tenham um nível de desenvolvimento comparável ao do Brasil em termos de marketplaces e e-commerce, é inegável que é um mercado que está começando a ter um crescimento significativo. De acordo com um artigo da empresa BlackSip em conjunto com a Statista, espera-se que em 2019 as compras totais de comércio eletrônico na América Latina cheguem a US$ 79,7 bilhões.

Para acompanhar esse crescimento, o ANYMARKET vai focar sua estratégia de expansão apresentando a empresa a diferentes empresas que vendem em marketplaces e necessitam de assistência na gestão de suas operações. Nesta primeira etapa os mercados prioritários são Argentina, México, Chile e Colômbia, principais mercados de e-commerce na região, atrás do Brasil.

Como parte da estratégia de internacionalização, o ANYMARKET anuncia também a integração com o Mercado Libre Argentina e a chegada do colombiano Bryan Martinez, executivo de expansão do ANYMARKET. Entre suas atribuições estão buscar novas oportunidades de negócio, realizar pesquisas de mercado e investir em técnicas de inovação para otimizar ainda mais a plataforma.

O ANYMARKET vem apresentando crescimento acelerado com integração com mais de 100 canais de marketplaces, ERPs e plataformas, um time de mais de 100 especialistas altamente capacitados. Também apresentou 100% de disponibilidade durante a última edição da Black Friday, disponibilização de mais de 10 milhões de SKUs e mais de um bilhão de transações realizadas.

De acordo com Fabiano Camargo, coordenador de expansão do ANYMARKET, “o objetivo da expansão para a América Latina é analisar os principais mercados da região, buscar os principais marketplaces e estabelecer parcerias estratégicas que façam o ANYMARKET ser reconhecido a melhor opção entre os hubs do mercado, já que nenhum outro reúne as características imprescindíveis para uma integração de sucesso: estabilidade, segurança, robustez e estrutura”.

O ANYMARKET possui mais de 1.000 clientes ativos entre eles Samsung, Netshoes, Levi’s, Reserva, Livraria Cultura, Saraiva, L’oréal, Technos, LePostiche, Pneustore, Marabraz, Angeloni, Dpaschoal entre outras. A plataforma atende empresas com venda on-line que precisam de uma operação simples, ágil e centralizada para atuar em marketplaces, processando mais 1 bilhão de transações, conectando empresas a mais de 30 marketplaces como Amazon, Mercado Livre, Netshoes, Dafiti, Via Varejo, B2W, Magazine Luiza, Carrefour, entre outros.

Fonte: ecommercenews.com.br

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Supermercados: a nova fronteira do varejo online

Nos próximos anos, o setor de supermercados deverá ganhar relevância no varejo online. Embora representem quase 50% dos 300 maiores varejistas brasileiros, somente 18 empresas contam com operação online (incluindo negócios mais baseados no modelo de marketplace do que na venda de alimentos propriamente dita).

Segundo estudo da TetraPak, esse é um mercado que movimentou apenas US$ 75 milhões em 2017, representando 0,2% das vendas do setor supermercadista. Mesmo nos Estados Unidos, menos de 2% das vendas dos supermercados acontecem online, embora a Nielsen projete que, daqui a cinco anos, esse será um negócio de US$ 100 bilhões no mercado americano.

Em todo o mundo, o setor de supermercados é o de maior importância no varejo, mas é aquele no qual o e-commerce tem uma participação proporcionalmente menos relevante. Entre os fatores que explicam esse fenômeno estão a dificuldade de fazer compras de dezenas de itens online e o desejo dos clientes de comprar pessoalmente seus perecíveis.

A seleção de alguns itens mais maduros e outros ainda verdes, que serão consumidos depois de alguns dias, pode se tornar complexa demais quando feita a partir do smartphone. Existem motivos para crer, porém, que, nos próximos anos, o comportamento digital dos consumidores se expandirá também para a compra de supermercado.

A pesquisa Brasil Supermercados Online estima que, em 2023, o mercado brasileiro poderá movimentar R$ 48,65 bilhões. Qualidade, custo e conveniência são hoje as principais barreiras à compra online de itens de supermercado, mas esses obstáculos estão sendo derrubados por uma série de fatores:

O avanço do omnichannel

O setor supermercadista é um dos que mais podem se beneficiar de modelos omnichannel. Uma das grandes barreiras ao avanço do e-commerce, historicamente, tem sido a logística de última milha. Especialmente em compras de tíquete médio mais baixo, a conta não fecha.

Desde os tempos de pioneiros como a Webvan, no fim dos anos 1990, essa é a principal linha de custos e um grande impedimento à escalabilidade do negócio. A compra de produtos em plataformas online para retirada nas lojas físicas soluciona a logística de última milha.

Em troca do frete grátis (o frete é considerado um problema por 30% dos e-consumidores brasileiros), o cliente vai à loja para retirar suas compras e, com isso, pode complementar seu pedido pessoalmente, especialmente na área de perecíveis. O “clique e retire” tem um potencial ainda maior entre os millennials, habituados a interagir com canais físicos e online de forma transparente.

Relacionamento pelos apps

O fenômeno dos aplicativos de descontos, que começou a ganhar corpo no Brasil em 2017, pode tornar a compra online de alimentos mais simples para os consumidores.

A coleta de dados dos clientes e a integração das informações das compras físicas permitem desenvolver ofertas específicas e aumentar a assertividade na promoção de produtos e nas sugestões de compra. Tudo isso torna a compra online mais amigável e aumenta a interação digital dos clientes com os supermercados.

Entregas super rápidas

As empresas que fazem “delivery de tudo” têm sido alvo dos investidores. Em 2018, o Rappi se tornou unicórnio e o GPA adquiriu a James Delivery, entre outros movimentos que mostram um grande interesse do mercado em soluções que agilizem a última milha.

Nessa configuração, as lojas físicas funcionam como hubs para as vendas online, processando as compras no PDV e aproveitando toda a estrutura já instalada para atender aos consumidores pelos meios tradicionais. O modelo híbrido quebra barreiras culturais e, especialmente para determinados perfis de consumidores (millennials, sêniores), oferece um grande apelo de conveniência.

Marketplaces

O setor de supermercados é um negócio de baixas margens, o que, historicamente, funcionou como barreira de entrada. Os principais players do setor no Brasil investiram no desenvolvimento de marketplaces, o que amplia o sortimento para categorias e itens de cauda longa, reduz o custo de estoque e permite vender com margens mais elevadas, financiando a operação dos itens tipicamente de grocery.

As oportunidades para os supermercados online são bastante interessantes, não somente pelo potencial da venda online, mas especialmente pela integração omnichannel e a capacidade de aumentar o share of wallet por meio dos marketplaces, incrementando o relacionamento com os consumidores e coletando cada vez mais dados para conhecer melhor o público.

No Brasil, redes como Muffato, Mambo, Savegnago, Coop, Casa Santa Luzia, Mateus, Nagumo e Dia estruturaram suas operações online e aceleraram sua transformação digital. O desenvolvimento de seus negócios criará vantagens competitivas e irá acelerar o crescimento de suas vendas também nas lojas físicas.

Fonte: e-commerce Brasil

 

Mercado Livre lança opção de compre e retire na loja Reserva

Pela primeira vez uma marca na categoria Moda & Acessórios do Mercado Livre terá a opção de pick-up in store (ou compre e retire). A loja Reserva que, junto com sua marca infantil, Reserva Mini, passa a oferecer a opção de retirada em uma de suas 63 lojas em todo o Brasil. A novidade vale para todas as peças disponíveis no marketplace, independente do valor da compra.

“Nossa missão como marketplace é tornar a experiência de compra cada vez mais fluida e agradável, e isso passa por diversificar os modelos de entrega. A opção de retirada em loja é muito bem aceita pelo consumidor, que pode escolher o produto e finalizar a compra de onde estiver, pelo celular ou pelo computador, e depois retirá-lo na loja mais próxima”, afirma Cristina Farjallat, diretora de Marketplace do Mercado Livre Brasil.

Segundo Joana Rabello, diretora de Marketing Digital da Reserva, esta alternativa chega para coroar uma parceria iniciada em agosto de 2018.

“Desde o ano passado, com a entrada da Reserva no Mercado Livre, o foco é em dar mais comodidade e poder de escolha para nossos clientes sobre sua jornada de compra, independente de comprar direto na Reserva ou com nossos parceiros. Colocar o cliente como centro desse processo mesmo que isso envolva concretizar a integração omnichannel entre empresas distintas é o grande passo desse projeto.”, explica.

Fonte: e-commerce Brasil

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Centauro faz proposta maior e tenta “atravessar” negócio entre Magazine Luiza e Netshoes

Duas grandes varejistas brasileiras estão envolvidas em uma disputa pelo controle da Netshoes. Em abril, o Magazine Luiza anunciou a compra do e-commerce por US$ 62 milhões. Agora, a Centauro, que atua no mesmo segmento da loja virtual, tenta “furar” o Magalu.

O Magazine Luiza já tem aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a compra da Netshoes. A Superintendência Geral da instituição aprovou nesta quinta-feira (23) a negociação sem restrições. A varejista disse que “manterá seus acionistas e o mercado em geral devidamente informados sobre a conclusão e demais informações da operação”.

Nesta madrugada, porém, o grupo SBF, que controla a Centauro, fez uma proposta concorrente pelo e-commerce de artigos esportivos. Enquanto o Magazine Luiza oferece US$ 62 milhões pelo controle da Netshoes, a Centauro quer pagar US$ 87 milhões pela empresa.

Na próxima quinta-feira (30), acionistas da Netshoes participam da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para votar a fusão com o Magazine Luiza. A empresa tem a opção de não concluir o acordo firmado no fim de abril, de acordo com a Centauro. Encerrar a negociação com o Magazine Luiza custaria US$ 1,8 milhão à Netshoes. A diferença de US$ 35 milhões entre as propostas de Magazine Luiza e Centauro seria suficiente para compensar a perda.

Listadas em Nova York, as ações da Netshoes disparam após a divulgação da proposta da Centauro. Em fato relevante, a SBF disse ter identificado mecanismo que regula a possibilidade de apresentação por qualquer terceiro de proposta concorrente à diretoria da Netshoes desde que a oferta seja superior à anterior e feita antes da reunião de acionistas que vai votar a venda da empresa. O encaminhamento de proposta à Netshoes foi aprovado por unanimidade.

Fonte: portalnovasrejo.com.br

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Como o marketplace pode alavancar vendas dentro e fora do e-commerce

Com um faturamento superior a R$ 50 bilhões em 2018, segundo dados da Ebit|Nielsen. Com a entrada de novos consumidores no universo das compras online – cerca de 10 milhões somente no ano passado –, o setor de e-commerce representa uma grande oportunidade para quem quer empreender e crescer no Brasil.

Grande parte do bom momento do comércio eletrônico brasileiro se deve ao modelo de operação adotado pelo mercado: o marketplace. Uma iniciativa que representa uma importante fonte de receita tanto para os pequenos e médios players quanto para os grandes varejistas.

Ao estar inserido em um marketplace, o lojista consegue capitalizar as mercadorias para o público-alvo e atendê-lo com eficiência e rapidez, seja por meio de um a estratégia de nicho ou de cauda longa. Como modelo de negócios, o marketplace permite agregar categorias de produtos, ampliar a diversidade de ofertas; criar diferenciais competitivos; reforçar a imagem da marca e rentabilizar com a base de clientes a partir de uma experiência de compra mais completa. Tudo isso sem a necessidade de investir em uma estrutura própria.

Os aspectos tributários e logísticos ainda são grandes desafios tanto para os proprietários de plataformas de marketplaces quanto para os sellers que trabalham dentro desse modelo de negócios. No entanto, é um caminho que deve ser analisado como inevitável na busca por novos públicos e novas fontes de receita.

Entenda o modelo de negócio

Entender esse processo é fundamental para planejar uma operação em marketplace. Quais são os investimentos necessários? Como montar o meu time? Como definir o melhor sistema de comissionamento? Diante do meu modelo de negócios, Vale mais a pena ser um marketplace ou um seller?

A visão e atuação dos shopping centers em marketplaces também são aspectos importantes para esse debate no setor, com destaque para a estratégia utilizada no convencimento de lojistas físicos e os possíveis impactos para toda a cadeia produtiva.

A Cyrela Commercial Properties, empresa que administra e comercializa imóveis comerciais, é um exemplo de como esse movimento vem acontecendo no Brasil. A companhia desenvolveu há quase dois anos uma plataforma de marketplace voltada para os que operam em seus seis complexos de compras situados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Esse espaço permite que centenas de varejistas, de diferentes segmentos, possam usufruir de um canal exclusivo de vendas webdotado de tráfego de usuários e estrutura simplificada. Embora adquirido online, todos os itens são retirados pelo consumidor na respectiva loja física.

Usar loja ou lockers e envio no mesmo dia já são algumas das táticas aplicadas pelos marketplaces que buscam se diferenciar da concorrência. E no meio desse processo surgem ainda os aplicativos de entrega rápida como James Delivery, Rappi e DTudo que oferecem uma solução integrada de e-commerce para lojas físicas em shopping centers.

Conclusão

Os impactos dessas novas formas de consumo deverão nortear, cada vez mais, a gestão dos marketplaces no Brasil. Os dados falam por si só. O volume de vendedores atuando em marketplaces no Brasil cresceu 90,7% no ano passado, segundo o estudo “Panorama dos Marketplaces no Brasil”.

Para empresas com atuação também no varejo físico, especialmente em shopping centers, ao atuar em marketplaces, além da vantagem do domínio da geolocalização, elas podem oferecer entregas expressas, um recurso cada vez mais valorizado pelo cliente.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Google anuncia mudanças para entrar de vez no e-commerce e virar marketplace nos EUA

Google anunciou, nesta terça-feira (14), durante seu evento anual Marketing Live, uma série de mudanças nas suas plataformas voltadas a anunciantes e lojistas. Com as novidades, a gigante das buscas começa a entrar de vez no mundo do e-commerce – nos Estados Unidos, Amazon é o principal concorrente.

De São Francisco, a empresa apresentou uma versão remodelada do Google Shopping que, a princípio, funcionará apenas nos Estados Unidos*. As atualizações permitem aos usuários navegar por itens e lhes dá opções para comprar um produto tanto do site da marca quanto em uma loja física próxima ao consumidor e, até, no site do próprio Google, em breve. Neste caso, o internauta verá o ícone de um carrinho azul que adiciona aquele item à sacola.

Caso os clientes tenham problemas com a compra ou não sejam reembolsados, fará a intermediação com o varejista, afirmou Oliver Heckmann, vice-presidente de Engenharia, Shopping e Viagem do Google.

O pagamento também será feito por meio da plataforma da gigante das buscas usando os meios cadastrados na carteira virtual da companhia.

Na prática, essas novidades fazem com que o Google se torne um marketplace, em um movimento que segue a tendência de redes sociais – o Instagram, por exemplo, também entrou de cabeça no comércio eletrônico recentemente.

Anúncios no YouTube

Como parte da remodelação dos produtos, o Google também vai dar a opção de fazer compras diretamente de vídeos no YouTube. Por exemplo, se um criador posta um tutorial de maquiagem, a gigante das buscas dará a chance de os internautas comprarem aquele item específico – como um tipo de batom ou máscara.

A companhia também anunciou que a sua nova “galeria” de anúncios vai aparecer nas pesquisas. O formato vai usar fotos de uma maneira similar ao que ocorre no Instagram. Outra novidade é o Discovery Ads – campanhas publicitárias em vídeo e foto que podem mirar determinados critérios demográficos e que serão inseridos no feed do YouTube e nas guias de promoção do Gmail.

Todas as novidades serão colocadas no ar “até o fim do ano”, segundo o Google. Não foi explicado em quais países as novidades aparecerão primeiro,, mas, segundo o Google, no momento não há qualquer previsão de chegada da nova experiência ao Brasil.

Concorrência

As novas ferramentas marcam uma ofensiva da empresa no mundo do e-commerce. A habilidade do Google para facilitar a venda direta é um grande fator – um movimento que coloca a companhia no mesmo patamar de competição da Amazon e do Instagram para atrair mais criadores de conteúdo e marca às suas plataformas de publicidade e vendas.

 

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Tag: Varejo

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Cada vez mais populares, marketplaces começam a revelar problemas

No México, Walmart é acusado de pressionar fornecedores que também são parceiros da Amazon. No Brasil, tendência é de redução dos shoppings virtuais.

São Paulo — Nesta semana, uma disputa entre duas das maiores empresas do varejo no mercado mexicano chamou a atenção para o lado B das operações de marketplace, cada vez mais populares, inclusive no Brasil.

A subsidiária mexicana do Walmart estaria pressionando os fornecedores de alimentos que distribuem seus produtos também para a Amazon. Esse comportamento teria forçado algumas dessas empresas a retirar suas mercadorias do site da maior varejista on-line do mundo. O caso foi revelado pela agência de notícias Reuters.

O mercado mexicano está entre os mais relevantes para as duas varejistas, mas o Walmart leva vantagem nessa briga. Ainda segundo a reportagem, a rede teria exigido descontos de empresas do setor de alimentos que tinham produtos com preços mais baixos no site da Amazon. O caso teria ocorrido no ano passado, segundo fontes.

Alguns desses fornecedores disseram que optaram por tirar seus produtos do marketplace da Amazon. Eles temiam que o relacionamento comercial com o Walmart do México fosse ameaçado no meio dessa disputa. As empresas informaram que a rede responde por mais da metade das vendas de supermercados no território mexicano. Em outras palavras, é o tipo de inimizade que ninguém que dependa do varejo quer comprar.

O Walmart mexicano negou à agência que force seus fornecedores a fazer negócio com esse ou aquele parceiro. No entanto, a multinacional admitiu pressionar por preços mais baixos, especialmente quando os concorrentes estão oferecendo um negócio melhor aos clientes. “Nunca poderíamos dizer a ninguém que eles não podem vender para outra pessoa”, declarou Ignacio Caride, diretor de comércio eletrônico do Walmart México, à Reuters.

As subsidiárias brasileiras das duas empresas foram procuradas pela reportagem para que contassem como funciona a relação com os fornecedores de seus marketplaces no país e se há alguma semelhança com a operação mexicana. Por e-mail, o departamento de comunicação da rede informa que “no momento, a agenda do Walmart Brasil para a imprensa está fechada”. Já a Amazon diz apenas que “não comentará” o caso.

Destaque no Brasil 

Os marketplaces no Brasil são cada vez mais relevantes como canal de venda. Pesquisa sobre o varejo virtual, divulgada ontem pelo Sebrae, mostra que mais da metade, ou exatos 52% dos negócios on-line, ocorrem nesses shoppings virtuais. Esse é o principal canal para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.

A 4ª edição da Pesquisa Nacional de Varejo On-line, feita em parceria com E-Commerce Brasil, Lojas Integradas (VTEX) e B2W, apontou que os empresários já presentes no comércio eletrônico planejam ampliar as vendas em marketplaces até 2021.
Ainda segundo o levantamento do Sebrae, 30% das empresas entrevistadas trabalham apenas com e-commerce, 22% mesclam seus negócios entre loja física e comércio eletrônico, e apenas 12% têm somente loja física.

Crescimento

Com o crescimento do e-commerce cada vez mais na rotina dos consumidores, estar fora desse canal de vendas pode comprometer o caixa e o futuro de muitos negócios. Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) e integrante do Conselho da E-commerce Foundation, diz que não vai levar muito tempo para que esse canal de vendas passe por um ajuste.

Segundo Salvador, não há notícias no Brasil de disputas entre marketplaces como o registrado entre as operações mexicanas do Walmart e da Amazon. Mas, para o presidente da Abcomm, “sob regras de livre mercado existe o direito de uma empresa se negar a atender um cliente”.

Hoje, diz ele, fica a critério do mercado se autorregulamentar. “Quando existe um desequilíbrio, como um monopólio, o governo passa a ter de interferir. Num caso como o da Amazon e do Walmart, no México, não vejo problema. Até porque, a rede sempre teve uma cultura global de pressão por pressão. Reduzindo preço, ele ganha na escala. É uma opção de o fornecedor aceitar ou não. Assim como tem o Walmart, há outras redes de varejo e o fornecedor tem a liberdade de escolher um plano B. Por isso, não vejo como isso possa causar distorção”, opina.

O representante da Abcomm acredita que, como os negócios em torno dos marketplaces estão em um processo rápido de expansão, a tendência é de que venham a fazer parte das políticas públicas. Hoje, lembra, sem uma regulação específica, esses shoppings virtuais podem ser punidos por regras mais genéricas que regulamentam o comércio, como nos casos de venda casada, questões de dumping ou de concentração de mercado.

Ajuste 

Para o presidente da associação, o Brasil deverá ver, em breve, uma fase de ajuste no segmento de marketplace. Salvador espera por uma consolidação, com menos empresas atuando como shoppings virtuais do que se vê hoje, assim como ocorreu em mercados mais maduros, como o americano. Ele acredita que sobraram poucas empresas de grande porte e outras pequenas que vão atuar em nichos, como o de petcare.

“Muitos vendedores já estão entendendo que, sem poder de barganha, não conseguem tornar suas operações lucrativas. Por isso, esse tipo de canal de venda tem de ser muito bem estudado antes de se tomar uma decisão”, explica.

Fonte: correiobraziliense.com.br

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