O faturamento de R$ 68,9 bilhões do mercado pet brasileiro

Estimativas apontam crescimento no setor pet brasileiro, com destaque para o e-commerce e desafios tributários.

Com desempenho de mercado acompanhado até setembro de 2023, a estimativa é que o setor pet brasileiro tenha faturado R$ 68,9 bilhões, com um crescimento anual estimado de 14%. Os dados são do Instituto Pet Brasil (IPB), que deve divulgar, ainda no início de 2024, o faturamento consolidado desse mercado no ano anterior. Em 2022, o rendimento da área foi de R$ 60,2 bilhões, com alta de 16,4% sobre 2021, que registrou uma arrecadação de R$ 51,7 bilhões, segundo o IPB.

As principais áreas de faturamento do mercado pet brasileiro

Apesar disso, o Pet Food é considerado um item supérfluo e é tributado de maneira similar a bebidas e cigarros. Atualmente, a tributação sobre alimentos para animais de estimação ultrapassa os 50% na soma das taxas, um índice considerado excessivo e que posiciona o Brasil como um dos países que mais tributam esses produtos no mundo.

Além disso, a projeção para a venda direta de animais de estimação pelos criadores é de movimentar R$ 7,3 bilhões, ou seja, 10,6% do faturamento total e um aumento de 15,5% em relação a 2022. Em terceiro lugar, está o segmento Pet Vet, englobando a comercialização de medicamentos veterinários, com R$ 6,9 bilhões, representando 10% do faturamento do mercado e prevendo um aumento de 16,3% para 2023.

Já os pet shops, de pequenos ou médios portes, representam praticamente metade de todo o dinheiro movimentado pelo varejo pet. Com alta de 13%, esse canal de acesso dos consumidores projeta que o faturamento de 2023 tenha alcançado de R$ 33,5 bilhões. Enquanto isso, as clínicas e hospitais veterinários se mantiveram como segundo canal principal de acesso aos produtos e serviços para animais de estimação. Com a projeção de ter faturado R$ 12,6 bilhões, eles representam 18% do faturamento total.

Crescimento do e-commerce pet

Com 6,7% de participação no mercado, as vendas online de produtos pet atingiram um faturamento de R$ 1,44 bilhão em janeiro de 2020, com projeções indicando um crescimento para R$ 4,6 bilhões até o final de 2023. Os números representam um aumento superior a 200%.

O comércio eletrônico especializado, composto por empresas que comercializam exclusivamente pela internet, lidera as vendas em 2023 e responde por 42,5% do faturamento total. Estima-se que esse segmento alcance a marca de R$ 1,94 bilhão dos R$ 4,58 bilhões até o término de 2024.

Dentro desse segmento, o comércio eletrônico de Mega Stores continua à frente das pequenas e médias pet shops, consolidando-se como o segundo colocado, com previsão de faturamento de R$ 1,2 bilhão em comparação com os R$ 984 milhões destas últimas. Clínicas e hospitais veterinários, agrolojas, varejo alimentar (supermercados e mercearias) e outros estabelecimentos, como clubes de serviços, lojas de conveniência e farmácias, completam a lista, seguindo essa ordem.

Para 2024, as projeções apontam para a manutenção da prudência no setor. Além das incertezas econômicas e possíveis mudanças nas leis que impulsionaram o comércio e os serviços nos últimos anos, a discussão contínua e sem previsão de conclusão da Reforma Tributária trazendo um alerta para todos.

O crescente universo dos animais de estimação

Os animais de estimação, considerados aqueles criados para o convívio com os seres humanos por razões afetivas. As principais espécies são cães, gatos, aves canoras e ornamentais, peixes ornamentais, pequenos mamíferos e répteis. Em 2022, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a população de animais de estimação no Brasil era de 167,6 milhões.

Em 2022, o faturamento mundial foi de US$ 149,8 bilhões. Nesse cenário, o Brasil, que passou a ocupar o Top 10 em 2016, ocupa a 3ª colocação (4,95%). O país fica atrás da China (8,7%) e dos Estados Unidos (43,78%).

Fonte: “faturamento-mercado-pet-brasileiro (consumidormoderno.com.br)

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