A revolução da IA: estratégias empresariais emergentes na América Latina

A revolução da Inteligência Artificial (IA) está em pleno andamento na América Latina, com uma série de estratégias empresariais emergentes que estão moldando o futuro da região. A IA está se tornando uma força transformadora no mundo dos negócios, com quase 80% das empresas na região já implementando a tecnologia, de acordo com uma pesquisa recente da NTT DATA e MIT Technology Review. Além disso, 17,5% das empresas planejam iniciar a implementação em 2024.

A adoção rápida da IA na América Latina tem levado muitas empresas a intensificarem seus esforços de treinamento. O objetivo é maximizar o potencial da IA para aumentar a eficiência e a competitividade, já que ela está se tornando uma ferramenta essencial para as empresas se manterem relevantes e competitivas no mercado global.

IA generativa: uma ferramenta valiosa

A IA generativa está emergindo como uma ferramenta valiosa, especialmente para os profissionais de marketing. Em tempos de recursos limitados, a genAI simplifica tarefas, inspira criatividade e aprimora processos. Isso permite que os profissionais de marketing se concentrem nas tarefas mais importantes, liberando tempo e recursos para estratégias mais complexas e criativas.

IA no varejo

A IA também está proporcionando aos varejistas vantagens significativas em um mundo cada vez mais digital. De acordo com uma pesquisa da Ipsos de junho de 2023, os adultos na América Latina mostram maior conforto com empresas que utilizam IA em comparação com os europeus. Os varejistas estão atentos a essa mudança de atitude e estão usando a tecnologia para enriquecer a experiência de compra e o cotidiano dos consumidores.

Perspectivas futuras

De acordo com o levantamento “Global Views on AI”, da Ipsos, feito em julho de 2023, 70% dos respondentes de 16 a 74 anos de idade do Brasil e 70% da América Latina (incluindo, além do Brasil, Peru, Chile, México, Colômbia e Argentina) acreditam que produtos e serviços que usam a IA deverão impactar profundamente suas vidas nos próximos três a cinco anos.

O caso do Brasil

De acordo com o levantamento “The Canva Marketing and AI Report”, feito pelo Morning Consult em setembro de 2023, 54% dos respondentes no Brasil iniciaram treinamentos formais em IA. Além disso, 64% acreditam que a ferramenta aumenta a criatividade das equipes.

Aplicabilidade e ética

Pouco a pouco, a IA deverá se tornar cada vez mais integrada em nossas vidas diárias, desde assistentes virtuais em nossos telefones até carros autônomos nas ruas. À medida que a tecnologia continuar a avançar, podemos esperar muitas inovações e aplicações em várias indústrias. Ela tem o potencial de transformar a maneira como vivemos e trabalhamos, tornando nossas vidas mais convenientes e eficientes. No entanto, também é importante considerar as implicações éticas e sociais da IA. À medida que continuamos a explorar e desenvolver essa tecnologia, devemos garantir que ela seja usada de maneira responsável e justa.

A revolução da inteligência artificial está apenas começando na América Latina. As empresas que adotarem essa tecnologia e investirem em treinamento e desenvolvimento de habilidades estarão posicionadas para liderar em seus respectivos mercados nos próximos anos.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-revolucao-da-ia-estrategias-empresariais-emergentes-na-america-latina”

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Traduções ruins fazem 40% dos brasileiros repensarem suas compras online

A América Latina tem cerca de 300 milhões de compradores on-line, transformando-se em uma das regiões mais promissoras do mundo para as empresas de comércio eletrônico internacionais. Só que é preciso prestar atenção com as traduções das descrições dos produtos, segundo uma pesquisa recente da Sherlock Communications. Ao analisar seis países da região, cerca de 77% dos entrevistados desistiram de comprar em empresas internacionais devido à qualidade dos textos como traduções automáticas e imagens diferentes das descrições.

O relatório “Papo Furado – Como erros de comunicação impactam nas vendas” entrevistou mais de 3.100 participantes na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, para identificar as preferências dos consumidores e o como a comunicação impacta nas decisões de compra dos consumidores.

Os motivos

Só no Brasil, 40% dos consumidores disseram que desistiriam de uma compra online devido a traduções ruins para o português. Quando perguntados sobre como se sentiram em relação às empresas depois dos problemas no site, as respostas foram:
43% – Perderam a confiança na empresa em questão
40% – Sentiram medo de ser um golpe
27% – Compraram do concorrente
11% – Alertaram aos amigos para não realizarem compras no e-commerce

A média de gastos anuais com compras online nos seis países observados é de US$ 587, com os brasileiros chegando a US$ 656. Entretanto, traduções inadequadas podem afetar negativamente as lojas. Alguns sites do e-commerce internacional afirmaram que perderam, em média, US$ 154 por cliente, apenas porque o site não estava adequado o suficiente para compreensão.

Os setores de moda são os que mais sofrem o impacto dos erros na comunicação, pois 28% dos entrevistados latino-americanos decidiram não comprar em seus sites. Enquanto 18% disseram que esse tipo de erro em sites de varejo foi fundamental para repensar a compra. Já os sites de saúde e beleza contaram com 16% e os sites de entretenimento ou jogos ficaram com 14%.

As traduções erradas também influenciam a reputação das empresas. Os brasileiros informaram que ao notar erros em artigos online, 30% disseram que não confiariam no artigo ou empresa nele mencionada, enquanto 8% se sentiram insultados.

Erros em anúncios

Uma das formas dos sites chegarem aos consumidores é por meio de anúncios e resultados de pesquisa online. O relatório identificou que quatro em cada cinco entrevistados (79%) em toda a América Latina evitam clicar em anúncios de empresas internacionais devido às mensagens inadequadas. Outros 37% não acessaram os anúncios que tinham traduções de má qualidade para a sua língua nativa, porque suspeitavam que poderiam ser fraudes. No Chile, essa resposta se destacou como a opção de 42% dos entrevistados, que disseram não clicar em traduções mal feitas para o espanhol.

Na avaliação dos resultados de mecanismos de pesquisa, a relação com os consumidores também é delicada, com as primeiras impressões e erros de comunicação desencorajando a interação. Cerca de 79% dos latino-americanos optaram por não clicar em resultados de busca ou redes sociais ao procurarem produtos ou serviços, devido a falhas nas mensagens.

Para os brasileiros, a desconfiança na tradução para o português (28%) e na exibição de valores em outras moedas além do real (26%) foram as principais razões para evitar clicar nos resultados. Em geral, a pesquisa destacou que os consumidores latino-americanos não gostam de publicações com os preços em moedas estrangeiras, enfatizando a preferência por informações de preço na moeda local. Com isso, o relatório chama a atenção para a empresas internacionais, que devem reconhecer a importância de fornecer essas informações de maneira acessível aos consumidores na América Latina.

Fonte: “Traduções ruins fazem 40% dos brasileiros repensarem suas compras online – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

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eMarketer traz dados sobre os marketplaces na América Latina e sobre o retail media

Matteo Ceurvels, Analista Sênior da eMarkerter LATAM e Espanha, começou sua apresentação no Fórum E-commerce Brasil 2023, comentando que a região da América Latina é uma das maiores áreas cobertas pela eMarketer e grande utilizadora de pesquisas com metodologias confiáveis do setor. A empresa é responsável por agregar dados de centenas de fontes de pesquisas para fornecer uma cobertura abrangente sobre todos os tópicos e tendências populares do digital.

Para a palestra, Matteo trouxe dados para mostrar o panorama da situação do varejo na América Latina, situando os mercados digitais como um canal de vendas, destacando as oportunidades e principais players. Além disso, abordou a importância do retail media para direcionar o marketplace como um canal de anúncios e também como os sellers e anunciantes podem aproveitar o melhor do e-commerce em 2023.

A situação do comércio varejista na América Latina

Os dados do FMI revelam que os varejistas da América Latina se encontram em situações desafiadoras. Entre elas, estão a Guerra na Ucrânia, ocasionando dificuldades de abastecimento, a alta inflação e a estagflação, que provoca um crescimento lento do PIB. Porém, mesmo diante do cenário,as vendas digitais têm prosperado com a gradual diminuição da inflação, complementou o palestrante.

Mesmo assim, estima-se que o volume de vendas do e-commerce varejista volte a crescer em 2023, pois no ano passado o retorno ao comércio físico desacelerou os gastos no online, sendo a primeira vez em que as vendas em ambos canais alcançaram níveis aproximados.

No ranking dos 28 países com maior crescimento no e-commerce varejista, o Brasil ocupa a 11º posição, enquanto a Argentina lidera na região, demonstrando que o setor não para de crescer na América Latina. A previsão é de que os gastos on-line ultrapassem a marca de US$200 bilhões em 2026 e dobrem de tamanho para US$226,51 até o final de 2027.

Durante a plenária, Matteo Ceurvels também trouxe as 5 principais empresas que representam quase metade do total de vendas no e-commerce na América Latina, sendo elas: Mercado Livre, Magalu, Amazon México, Via (Casas Bahia, Ponto, Extra) e Fallabela.com, do Chile.

Usando o marketplace como um canal de vendas

“Os marketplaces são a principais plataformas usadas para fazer compras on-line no Brasil” afirmou Ceuverls. Portanto, o sucesso de vendas dos grandes marketplaces vem da adoção de estratégias que impulsionaram esse tipo de comércio na América Latina.

O palestrante listou 5 pontos importantes para entendê-las melhor:

1 – Aumento das vendas e dos lucros: os marketplaces têm maior alcance, com custos de aquisição mais baixos, ampliam a visibilidade e alcance dos produtos, além de oferecer uma possibilidade de diversificar o portfólio e melhores ofertas.

2 – Redução dos custos de aquisição de clientes: os vendedores pagam taxas apenas quando o produto é vendido e o uso dessas plataformas proporcionam experiências de compras melhores.

3 – Investir em interfaces UX eficientes: além de aumentar a probabilidade de repetir as compras, elas oferecem maior confiança e segurança na usabilidade, resultando em maior satisfação do cliente.

4 – Investir em segurança: para inspirar confiança tanto para consumidores quanto para vendedores.

5 – Criação de ecossistema para construir a marca: nos marketplaces, existe um acesso a um grande número de leads e os vendedores podem enxergar uma oportunidade de aumentar sua presença e marca através de diferentes marketplaces.

Conhecendo os gigantes do marketplace na América Latina

De acordo com os dados exibidos, o Brasil liderou o número de marketplaces na América Latina (359), seguido pelo México (235) e Argentina (201). A previsão é de que esses três países representem mais de 75% das vendas de comércio eletrônico na região esse ano.

Os marketplaces impulsionam as vendas no e-commerce e seus consumidores estão diversificando suas compras através deles. Entre as categorias mais populares, estão: vestuário, acessórios, computadores e eletrônicos – impulsionando o crescimento do comércio digital no Brasil.

O comércio eletrônico na América Latina tem sido dominado pelo Mercado Livre, Amazon México, OLX e Shopee, mas os players locais, como Magalu e Americanas ganharam destaque entre os principais sites brasileiros.

Matteo também ressaltou que, desde o começo da pandemia, as vendas em todos os principais mercados digitais da região têm crescido significativamente. A Magalu teve a maior expansão, aumentando suas vendas em 5x. O impacto dos marketplaces 3P é notável, representando uma grande parte das vendas do comércio online.

Já no caso da Americanas, mais da metade das vendas de e-commerce são 3P, e no Magalu, um pouco mais de um terço. Esses marketplaces têm influenciado não apenas o e-commerce, mas também o varejo em geral, chegando a superar as vendas físicas em alguns casos.

O palestrante comentou que essa mudança foi impulsionada pelo aumento do número de vendedores integrados aos ecossistemas digitais desses varejistas, trazendo uma oferta maior de produtos e atraindo mais consumidores. Para expandir seus mercados 3P, eles estão adicionando novos vendedores e investindo em retail media para obter novos fluxos de receita com anúncios pagos, por exemplo.

Retail media: a terceira onda dos anúncios digitais da América Latina?

Se destacando como uma estratégia de sucesso, o retail media é um tipo de anúncio online usado pelas marcas para aparecer em canais (sites, aplicativos, streaming, e-mails, lojas, rede sociais etc.) de varejistas. Seu grande diferencial é que os dados utilizados para segmentação são dos compradores do próprio varejista anunciante, definiu o palestrante da eMarketer.

Ainda, Matteo acrescentou que essa estratégia oferece relevância, eficácia e objetividade, pois permite colocar diante de compradores digitais ativos produtos relevantes na hora certa.

O anunciante também poderá contar com a eficácia que as soluções de dados e branding desenvolvem para atingir consumidores em toda a jornada de compras. Além disso, o e-commerce também fornece acesso aos dados de comportamento do consumidor em tempo real.

O retail media é a terceira onda depois da busca e das redes sociais, seguindo a tendência para se tornar a maior forma de impacto, chegando a ser mais rápida que o TikTok em 2022.

Conforme a pesquisa da eMarketer apresentada, no Brasil, os consumidores preferem buscar os produtos que querem comprar nos sites dos varejistas e marketplaces ao invés das plataformas de busca. Portanto, os anúncios patrocinados de produtos podem reduzir o atrito no processo de compra e aumentar a efetividade do retail media.

Dicas para aproveitar o melhor dos marketplaces em 2023

Ao final da apresentação, Matteo Ceurvels também apresentou quatro sugestões para os varejistas interessados em impulsionar seus negócios por meio dos marketplaces:

Valor agregado para atrair vendedores e consumidores: uma vez que o tráfego em grande escala é a base para o sucesso dos marketplaces, é importante construir uma estratégia para atingir seu público-alvo e gerar clientes fiéis. Invista em anúncios personalizados e em uma boa curadoria para aumentar o engajamento dos consumidores.

Estratégia de marketplace com duas vertentes: para maximizar os resultados, seja para criar o seu marketplace ou vender seus produtos no marketplaces de terceiros, é importante aprofundar o relacionamento com os clientes, expandir o brand awareness e aumentar seu alcance.

Suba no funil para se concentrar na descoberta: os marketplaces estão expandindo sua oferta de anúncios para incluir um conjunto de formatos de marca por meio do retail media. Esse será um caminho para atingir os consumidores da geração Z e dos millennials.

Aproveite o potencial da IA generativa: as principais empresas de tecnologia da área estão lançando rapidamente novas ferramentas para criar experiências de compras hiperpersonalizadas como assistentes de compras virtuais e uma atualização dos mecanismos de recomendação de produtos.

‘ https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/emarketer-traz-para-o-forum-ecbr-2023-dados-sobre-os-marketplaces-na-america-latina-e-perspectivas-sobre-o-retail-media

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