Open Delivery: nova linguagem promete acabar com os problemas nas entregas

Tecnologia busca baratear serviço e torná-lo mais eficiente para contratantes e consumidores. Linguagem unificada promete trazer economia e qualidade para o serviços de entrega de comida em todo o Brasil.

Quem usa aplicativos para pedir comida, com certeza, já viveu situações como a da professora Cibele Andrade que, certa vez, solicitou um prato para ela e a família, pagou no cartão de crédito e não recebeu o pedido. “O entregador do restaurante sofreu uma pane na moto e não conseguia terminar as entregas e, como depois do tempo que ficou para encontrar um mecânico, também terminou ficando sem bateria de celular”, conta.

O valor do pedido foi estornado, mas a espera e frustração ficaram. Na verdade, intercorrências como essas estão com os dias contados. Pelo menos é o que propõe a chegada do Open Delivery idealizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

De acordo com o Conselheiro da Abrasel e Co-criador da primeira versão implantada Célio Salles, o Open Delivery foi desenvolvido com o objetivo de desburocratizar e facilitar a operação de delivery no Brasil. “Ele não se configura como uma plataforma, um aplicativo, um sistema ou qualquer outro tipo de ambiente digital. Trata-se de uma série de padrões que integram os softwares de gestão do restaurante com os aplicativos / marketplaces e operadores logísticos reduzindo as ineficiências na gestão do cardápio, pedidos e logística”, esclarece.

Salles explica que, como a Abrasel é idealizadora e líder, o principal papel é articular e coordenar os esforços entre todos os atores do ecossistema de food delivery com objetivo de criarem juntos e estimularem ampla adesão aos padrões que permitirão a integração de todos. “A consequência disto será uma enorme redução de ineficiências e maior conforto operacional para os restaurantes, e como reduzirá barreiras para aumento de oferta e concorrência, também proporcionará mais equilíbrio nas negociações entre restaurantes e plataformas”, comemora Salles destacando que o fato de que o Open Delivery desburocratiza e qualifica os serviços de entrega.

Código aberto

Especialista em Relações Institucionais e Governamentais para ecossistemas inovadores, presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), que reúne as maiores plataformas digitais em operação no país, e do Conselho de Economia Digital e Inovação da Fecomercio/SP, Vitor Magnani explica que tudo estará um único sistema de código aberto será responsável por todos os serviços de entrega.

“Quando estiver pronto com as novas tecnologias e ferramentas, o consumidor vai pedir a refeição ou serviço normalmente, a mudança é que o Open Delivery age entre o restaurante e o aplicativo e ou site do pedido, com a padronização de cardápio, recebimento e organização de pedidos, trazendo mais agilidade e reduzindo a chance de atrasados na entrega. Sendo uma vantagem para o restaurante e o cliente”, complementa.

Vitor Magnani defende que o Open Delivery colaborará para o crescimento digital, inclusive de aplicativos e marketplaces.

Magnani assegura que o Open Delivery não comprometerá aplicativos como IFood e outras marketplaces, pois os restaurantes ainda vão poder continuar vendendo por essas plataformas. “O objetivo do Open Delivery é auxiliar no crescimento digital do segmento de bares e restaurantes para atender seus consumidores, reduzindo prejuízos e golpes”, diz o especialista, salientando que, os testes antes da utilização são fundamentais para se ter uma avaliação e continuar a utilização da tecnologia.

Para Priscila Fecchio, uma das fundadoras da Bdoo (primeira startup de tecnologia a conectar serviços logísticos ao Open Delivery), o sistema abrirá mais possibilidades para os restaurantes, principalmente aqueles 22% de bares e restaurantes que não estão em marketplaces. “Com mais opções e fornecedores dentro do protocolo Open Delivery, os restaurantes terão mais opções e poderão trocar mais facilmente seus sistemas, assim como um plug and play, se um fornecedor estiver caro demais ou não estiver atendendo aos prazos combinados, poderá o restaurante trocar mais facilmente, tornando o processo menos custoso e com ofertas de serviços mais adequadas”, defende.

Economia

Salles garante que a integração proporcionada pelo Open Delivery permite que os estabelecimentos economizem ao fazer a gestão por um único lugar, sem que eles precisem implementar diferentes esforços de desenvolvimento para cada novo parceiro integrado. “A economia nos processos de gestão por parte dos bares e restaurantes, por sua vez, impacta diretamente nos preços dos serviços de food delivery que serão adquiridos pelos consumidores finais”, reforça.

Para integrar o Open Delivery é importante que os empresários tenham um software que esteja nos padrões do sistema, possibilitando que o pedido será recebido em um único lugar, independentemente dos canais de venda de que eles vierem. “Além disso, o cardápio estará no software de gestão do restaurante. Qualquer ajuste no cardápio será enviado para os aplicativos que estejam integrados com o software no padrão do Open Delivery”, destaca o representante da Abrasel.

Salles defende que o Open Delivery estimulará um ambiente concorrencial dinâmico ao tornar mais fácil aderir e gerenciar um novo canal de vendas. “Por isso, para manter ou melhorar os resultados em relação aos concorrentes, os fornecedores precisarão investir em melhores condições de taxas e marketing, por exemplo”, diz.

Vale lembrar que o Open Delivery é um projeto da iniciativa privada que contou com 16 empresas patrocinadoras que acreditaram no projeto, inclusive a ABO20. A primeira operação oficial só aconteceu em abril desse ano, utilizando a tecnologia padrão do Open.

Fonte : https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/open-delivery-nova-linguagem-promete-acabar-com-os-problemas-nas-entregas/

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Redes varejistas já faturam mais na internet do que na rua no Brasil

Quando Fabrício Garcia começou a trabalhar no negócio da família, o Magazine Luiza, em Franca (SP), tinha 13 anos. Nas férias escolares, ao lado do primo Frederico Trajano (atual presidente da varejista), fazia jus à cultura de “barriga no balcão”, uma tradição da família para ensinar às novas gerações da empresa, fundada em 1957, como atender o cliente.

Hoje, aos 44 anos, o atual vice-presidente de operações do Magazine Luiza precisa fazer muito mais pelo consumidor do que mostrar o que tem na loja: 71% de todas as vendas da rede acontecem pela internet.

Levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que mais da metade das vendas de três grandes varejistas do país é feita online. A despeito das milhares de lojas espalhadas em todo o país, Via (redes Casas Bahia e Ponto), Magazine Luiza e Lojas Americanas têm, respectivamente, 59%, 71% e 76% das vendas realizadas pela internet.
Os números incluem o marketplace, quando vendedores (“sellers”) cadastram seus produtos nos sites das varejistas, que ganham uma comissão sobre a venda.

Uma das medidas tradicionais do varejo –as vendas “mesmas lojas”, do inglês “same store sales” (SSS)– dá um sinal dos novos tempos. O indicador considera só as lojas existentes há um ano ou mais, excluindo as mais recentes, para dar uma amostra do ganho de produtividade e da retenção dos clientes.

Em 2021, a venda nesses pontos físicos cresceu pouco ou caiu nas grandes redes: alta de 0,2% no Magazine Luiza e de 4,6% na Americanas. A Via não divulga o indicador, diz apenas que, nas lojas físicas, a venda caiu 2,3% no ano.

A venda no online, no entanto, saltou em todas as varejistas: 39% tanto na Magalu quanto na Via, e alta de 56% na Americanas.

Isso não significa, porém, que as lojas estejam acabando: nos últimos cinco anos, o número de pontos de venda também aumentou, como aponta levantamento da Folha de S.Paulo. Mas hoje a maior preocupação de Fabricio Garcia, do Magalu, e dos demais grandes varejistas é investir muito mais em tecnologia e logística do que em inauguração de loja, a fim de integrar todas as pontas do varejo e fazer com que qualquer produto chegue ao cliente.

Em 2021, por exemplo, enquanto investiu R$ 222 milhões para abrir 182 pontos de venda, o Magalu aplicou R$ 790,2 milhões em tecnologia e logística. Já a Via destinou R$ 223 milhões para inaugurar 101 lojas no ano passado, período em que reservou R$ 601 milhões para tecnologia e logística.

Agora toda loja precisa contar com um espaço maior para o estoque: é de lá que sai o produto comprado online direto para a casa do cliente (ou será entregue ao próprio consumidor que preferir buscar na loja). No Magalu, esse espaço corresponde, em média, a 25% do tamanho do ponto de venda (era no máximo 15% antes da pandemia). Na Via, um quinto do espaço da loja é para o estoque, ante um décimo de poucos anos atrás.

Com os altos investimentos em tecnologia e logística, o grande objetivo é agilizar a entrega e diminuir os custos: a mercadoria não precisa mais ir para um centro de distribuição (CD) distante.

Quanto menor for o prazo da entrega, maior a chance de ganhar o consumidor, que também está interessado em pagar pouco ou nada pelo frete.

“Desde os anos 2000, muita gente achou que a importância da loja física ia diminuir, uma discussão que ficou ainda maior com a pandemia e a explosão das vendas online”, diz Garcia. “Mas a verdade é que as lojas têm um papel fundamental no ecossistema do varejo, como ponto de apoio à logística, em especial quando se trata da capilaridade do mercado brasileiro.”

Nesse novo contexto, as lojas passaram a contar com um lugar para a retirada rápida de produtos comprados online, com drive-thru, e reservam um espaço para separar e despachar produtos dos “sellers”.

Ao mesmo tempo, os vendedores não ficam só com a barriga no balcão: são treinados para tirar dúvidas de clientes e fechar vendas pelo aplicativo. Também aproveitam a visita à loja para tentar vender produtos dos “sellers” cadastrados no marketplace.

“Já vendemos até trator pela internet”, diz Abel Ornelas, vice-presidente comercial e de operações da Via, citando um negócio feito pelas Casas Bahia de Irecê (BA).

Um dos vendedores da loja, que fica em uma região agrícola, vendeu um microtrator a diesel, no valor de R$ 25,7 mil. O produto é de um dos “sellers” da rede, e toda a negociação com o consumidor foi feita virtualmente.

“Antes o vendedor achava que a internet ia tirar venda dele, mas agora considera o online seu aliado”, afirma Ornelas. “Se antes ele tinha 3.000 ou 4.000 SKUs [itens] para vender em loja, agora, com os ‘sellers’, tem 41 milhões”, diz, destacando que metade das vendas digitais da Via passa pelas lojas físicas.

“Vai ficar cada vez mais difícil saber o que é venda online ou o que é venda física daqui para a frente.”

Uma das novidades que surgiram com as lojas fechadas durante a pandemia, a função “Me chama no Zap”, instalada no app das Casas Bahia, continua sendo muito usada.

“O consumidor pesquisa a compra de uma TV de 80 polegadas na internet, por exemplo. Mas ele tem dúvidas e pode entrar no app para falar direto com o vendedor, que tem a chance de fechar a compra ali mesmo ou na loja”, diz.

Por isso, Ornelas defende manter uma relação próxima com o cliente, algo que só a loja física dá.

O avanço das vendas online também ajudou a reconfigurar a escolha dos pontos das lojas físicas. Para as varejistas, vale a pena marcar presença em todos os estados do país, mas não é preciso estar em todos os bairros das capitais.

“Na época do carnê, chegamos a ter seis lojas em uma mesma rua em Osasco”, diz Ornelas. “Era muita gente para pagar a prestação e não cabia todo o mundo dentro da loja. Hoje o pagamento é pelo BanQi, nossa conta digital.”

Para o consultor Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail, a loja física tem um papel fundamental em meio à transformação digital do varejo. “A loja contribui para captar e cativar os clientes”, diz ele. “Tanto que operações que nasceram no varejo online, como a Amaro [moda] ou a Westwing [decoração], acabaram abrindo lojas físicas.”

Na opinião de Eugênio Foganholo, da consultoria Mixxer, a expansão do varejo deixou de depender essencialmente da loja física –o que no passado levou a um movimento de grandes aquisições.

Nas praças onde a Via abriu lojas novas, as vendas digitais triplicaram, diz Abel Ornelas. “Muitos clientes se sentem mais seguros de fazer uma compra online se têm a loja física perto”, diz.

O Magazine Luiza, que chegou na metade de 2021 ao Rio de Janeiro, viu as vendas online no estado aumentarem depois da estreia, diz Danniela Eiger, analista de varejo da XP.
“A diferença é que antes a expansão das redes se dava só pelas lojas físicas, agora está mais vinculada ao marketplace.”

No Magazine Luiza, por exemplo, os próprios vendedores saem em busca de novos “sellers” para integrar o marketplace, entrando em contato com pequenos varejistas no entorno da loja, diz Garcia.

Fonte : https://cidadeverde.com/noticias/366527/redes-varejistas-ja-faturam-mais-na-internet-do-que-na-rua-no-brasil

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Conversão de vendas por WhatsApp é de 9% ante 2% no comércio eletrônico

As vendas por aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, têm taxa de clientes que finalizam as compras acima do comércio eletrônico tradicional. A conversão de vendas tradicional costuma ficar entre 1% e 2% das intenções de compra. Já nos aplicativos de mensagens podem chegar a 40% dependendo do segmento de mercado. A média é de 9%.

Os dados são de um estudo da OmniChat, startup do segmento denominado chat commerce. A análise foi feita com base nos dados de mais de 400 empresas que utilizaram a plataforma em 2021. Grandes marcas como L’Oréal, Decathlon, Animale, Telhanorte, Loungerie, La Moda, RiHappy e Leroy Merlin fazem parte desse portfólio.

A pesquisa mostrou que 10 milhões de consumidores foram atendidos em 2021, totalizando cerca de 18 milhões de interações via plataforma OmniChat. Dentre as marcas atendidas, estão 50 dos maiores varejistas do Brasil. Em 2021, 8,5% dos brasileiros que usam WhatsApp conversaram com alguma marca atendida pela plataforma.

Pelo segundo ano consecutivo, a segunda-feira é o dia com maior número de atendimentos pelo aplicativo. O fenômeno pode ser explicado por existir um acúmulo de conversas iniciadas nos finais de semana e que não receberam atendimento. A segunda-feira representa 18,3% do total dos 7 dias da semana. “Esse dado mostra a necessidade de estratégias mais assertivas das marcas para não sobrecarregar sua equipe no começo da semana e atender os consumidores de maneira mais satisfatória e eficiente”, afirma Maurício Trezub, CEO da OmniChat.

Segundo o levantamento, apesar do horário comercial, entre 8h e 18h, ser o período com o maior volume de atendimentos, houve queda considerável em relação ao ano anterior. Houve crescimento de 67% no período entre 19h e 22h, e 64% a mais no período entre 23h e 7h.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/conversao-vendas-whatsapp-comercio-eletronico/

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O que os marketplaces e os superapps têm a oferecer ao seu e-commerce em 2022?

O ano de 2022 já começou carregado de novidades e oportunidades para que os sellers façam do seu e-commerce um negócio de sucesso, conforme as tendências do mercado.

Segundo dados da Juniper Research, centro de pesquisa britânico especializado em mercado digital, o crescimento do ramo de marketplaces deve dobrar até o ano de 2022, passando de US$ 19 bilhões a US $40 bilhões de faturamento.

Isso significa que estar dentro desse modelo de negócio trará muitos benefícios e, consequentemente, terá um grande impacto não só nas vendas online, mas também na forma como o lojista se posiciona no mercado.

Inclusive, um canal de tração que é tendência este ano são os superapps dos marketplaces, que reúnem múltiplas soluções dentro de um mesmo aplicativo mobile e fornecem um ambiente mais atrativo e imersivo ao consumidor.

Vale ressaltar ainda que, em 2022, mesmo o cenário da pandemia voltando à sua normalidade, a forma como as pessoas passaram a consumir produtos e serviços mudou, e a tendência é se manter no digital.

Isso não significa que o mercado físico morreu, mas que o comportamento do consumidor, em um cenário pós-pandêmico, demanda uma atenção equivalente à sua extensão digital.

Nesse contexto, o vendedor deve se atentar à multicanalidade, já que a convergência entre canais, online e offline, vai prover um melhor desempenho do negócio e uma ampliação do impacto para com o público-alvo.

Dada a introdução, neste artigo, vamos listar os principais benefícios que os marketplaces e os superapss podem trazer para o lojista em 2022, para impulsionar o seu negócio.

O que é e como funciona um marketplace?

Os marketplaces são um “shopping virtual” que abrigam em um mesmo lugar uma variedade de marcas e lojistas para uma gama de consumidores, conectando oferta e demanda de produtos e/ou serviços.

Alguns exemplos dos maiores marketplaces do Brasil são Magazine Luiza, Americanas, Amazon, Shoppe e Aliexpress. Somente no primeiro semestre de 2020, eles acumularam mais de R$ 30 bilhões de reais em vendas no país.

Um dos grandes benefícios para os vendedores que optam por entrar para os marketplaces é a oportunidade do aumento da visibilidade.

Apenas a Americanas Marketplace, o segundo maior canal de venda em volume de usuários ativos, possui uma recorrência de mais de 170 milhões de acessos que entram na plataforma mensalmente.

Como demonstrado na imagem abaixo, o número de pesquisas orgânicas pelos principais marketplaces comprova seus verdadeiros potenciais como vitrines virtuais.

Gráfico de volume de pesquisas orgânicas dos grandes marketplaces do Brasil

Como pode-se perceber no gráfico acima, com dados retirados do Ubersuggest, o Mercado Livre é, ainda, o marketplace com maior relevância nacional, sendo, inclusive, a empresa mais valiosa da América Latina.

No entanto, marketplaces como Shopee e AliExpress são grandes apostas dos últimos dois anos no país. O AliExpress, aliás, abriu o cadastro para vendedores brasileiros em 2021, e já apresenta uma curva acentuada no número de lojas cadastradas.

O maior marketplace cross-border do mundo ainda investiu em funcionalidades tecnológicas que auxiliam na estratégia do lojista, como a possibilidade de agendar e realizar live commerce dentro de sua própria plataforma.

O Magazine Luiza, por sua vez, tem investido na expansão de seu portfólio. A marca vem ampliando seu market share nos últimos anos, com a compra da Netshoes em 2019, a criação de uma marca própria de moda em 2021, e da aquisição de um dos principais marketplaces de jogos e eletrônicos do Brasil, também em 2021: a Kabum!, por R$3,5 bilhões.

Os marketplaces de nicho, como Elo7 e Centauro, não aparecem entre os maiores canais de venda, conforme volume bruto de usuários, mas merecem atenção dos lojistas por possuírem um público mais segmentado.

O que são os marketplaces de nicho?

Existem várias categorias de nichos dentro de cada segmento do mercado. Isso não seria diferente quando falamos sobre marketplaces.

Um exemplo disso são os marketplaces de prestações de serviços. Eles conectam prestadores de serviços com aqueles que o buscam. O GetNinjas ilustra esse segmento, em que é possível fazer a contratação de trabalhadores autônomos para um trabalho pontual.

Outros exemplos são:

  • Airbnb: locações de casas e apartamentos de temporada;
  • Centauro: venda de artigos esportivos;
  • Elo7: venda de produtos confeccionados e artesanato;
  • Amazon Brasil: apesar de o vendedor poder vender múltiplas categorias, a Amazon Brasil possui uma enorme relevância na venda de livros e e-books;
  • Enjoei: revenda de roupas de segunda mão;
  • Dafiti: venda de produtos de moda e lifestyle;
  • Madeira Madeira: venda de móveis e decoração.

Lista com os marketplaces de nicho com operação no Brasil

Apesar de esses canais de venda terem um número reduzido de usuários mensais, o público é segmentado e as chances de conversão são maiores.

Ou seja, um consumidor que acessa a Centauro está interessado, unicamente, em consumir produtos como tênis, mochilas e mercadorias de ginástica. Enquanto outro que acessa o Madeira Madeira está à procura de algo para sua casa.

Isso não significa que a postagem de anúncios em marketplaces generalizados, como Mercado Livre e Shopee, deve ser descartada por alguém que venda algum produto específico que se encaixe com o portfólio de um marketplace específico. Ambos devem ser complementares para aumentar as chances de exposição do lojista.

Vantagens de estar presente nos marketplaces

Como já citado anteriormente, os marketplaces são uma excelente oportunidade para o vendedor conquistar visibilidade para seu negócio.

No entanto, para ter bons desempenhos, o lojista precisa estar apto a se dedicar e oferecer uma boa experiência para o usuário. Dessa forma, ele adquire algo extremamente valioso dentro desse canal de tração: a reputação.

Reputação nos marketplaces

Os marketplaces possuem indicadores para mensurar o potencial de sua base de vendedores e destinar benefícios para incentivar o investimento na qualidade de serviço ao cliente. A variável que categoriza esses lojistas é a reputação.

Com uma boa reputação, o vendedor pode ser designado a usar as soluções logísticas do marketplace para ter uma expedição mais veloz e prática.

Logicamente, também, um negócio que possui uma maior reputação tem seus anúncios melhor ranqueados, aumentando a chance de eles aparecerem para os usuários. Dessa forma, as chances de conversão e aumento de faturamento são ainda maiores.

Existem várias práticas que influenciam no cálculo da reputação dentro do marketplaces. Abaixo, estão citadas as três principais.

Atendimento de qualidade

Assim como em qualquer outro negócio, um bom atendimento ao consumidor reflete diretamente na reputação da loja.

Manter uma conversa ativa e um tempo médio baixo para as dúvidas dos usuários é fundamental para manter o indicador favorável ao seu negócio.

Alguns marketplaces permitem a criação de respostas automáticas, como o Mercado Livre. Dessa forma, o vendedor pode catalogar um padrão com as perguntas frequentes e cadastrar as respostas para tornar o atendimento mais rápido.

A educação também auxilia na manutenção da reputação. Caso o cliente emita uma reclamação, o vendedor é muito prejudicado, já que contabiliza no cálculo desse indicador.

Frete competitivo e veloz

A pontualidade é essencial para o comprador, uma vez que aproximadamente 16% dos compradores abandonam suas compras por causa do prazo muito longo de entrega, segundo o Mercado Pago.

Por isso, é muito importante que você, como vendedor, procure ser muito transparente e ofereça um prazo de entrega realista ao seu comprador.

Soluções logísticas, como fulfillments, ou ferramentas para e-commerce que automatizam a expedição, como hubs de integração, agilizam o processo de envio e evitam erros.

Ofereça produtos de excelência

Não se pode entregar para o consumidor produtos de qualidade duvidosa ou até mesmo que sejam diferentes do que foi anunciado. Além de isso gerar uma enorme frustração ao seu cliente, contribui para que ele avalie negativamente o seu negócio.

Sendo assim, o foco do seu negócio deve sempre girar em torno do bem estar e da satisfação do seu cliente, e você atinge isso entregando bons produtos a ele.

Como já foi citado anteriormente, caso o consumidor emita reclamações sobre o serviço de atendimento ou produto, ou ainda cancele o pedido, o vendedor tem sua reputação prejudicada.

Por isso, é interessante que, junto com a mercadoria, o lojista envie flyers com opções alternativas de contato, como WhatsApp ou demais redes sociais, e um “passo a passo” para efetuar a troca do produto sem precisar abrir uma reclamação no marketplace.

O que são fulfillments e como o vendedor consegue adotá-los em sua operação?

Uma das maiores vantagens de fazer parte de um marketplace é também estar inserido nas soluções logísticas que os eles oferecem, os chamados fulfillments.

Esse benefício dos marketplaces oferecido a vendedores com alta reputação promete uma expedição ágil e de responsabilidade do canal de venda.

O vendedor que adota essa funcionalidade precisa apenas embalar, etiquetar e entregar as mercadorias nos centros de distribuição dos marketplaces.

Usar essa funcionalidade evita atrasos na entrega e agiliza os processos de envio, tornando o vendedor mais competitivo, tendo em vista que a agilidade da expedição é uma das tendências do e-commerce em 2022.

Alguns exemplos de fulfillment são:

  • Mercado Envios Full, do Mercado Livre;
  • B2W Entregas, da B2W;
  • Magalu Entregas, do Magazine Luiza;
  • Shopee Envios, da Shopee;
  • Cainiao, do AliExpress;
  • Envvias, do Via Varejo.

Esse método, inclusive, auxilia em manter a reputação do vendedor, já que a experiência do usuário se manterá estável com prazos de entrega competitivos.

A metodologia de envios flex, disponíveis para vendedores do Mercado Livre que residem na região metropolitana de São Paulo e zona central do Rio de Janeiro, cumpre prazos ainda menores, podendo finalizar pedidos em até um dia útil.

Esse serviço subdivide essas zonas de abrangência em microrregiões e calcula o frete conforme a distância entre cada uma delas. O valor, por sua vez, pode variar entre R$8,90 e R$15,90.

Mas afinal, o que esperar dos marketplaces em 2022?

A competitividade entre os canais está cada vez maior, principalmente com a chegada de players asiáticos com alto valor agregado e a melhoria na qualidade dos benefícios logísticos.

Aumento de benefícios para atrair vendedores de alta performance

O Magazine Luiza, além de investir no aumento do seu portfólio, continua oferecendo condições favoráveis a lojistas de alta performance a venderem em sua plataforma. Dessa forma, o marketplace mantém um padrão alto de qualidade de serviço.

O principal benefício que impacta na estratégia do vendedor, que vende nesse canal, é a possibilidade de ter até 75% do valor do frete subsidiado pelo Magalu em pedidos com frete grátis. Para que isso aconteça, o lojista precisa investir em seu sistema logístico e entregar mais de 97% dos pedidos sem quaisquer atrasos.

Anteriormente, esses vendedores conseguiam ter 100% do valor do frete subsidiado pelo Magazine Luiza, mas, com o aumento do preço dos combustíveis fósseis, será comum a reanálise dessas políticas de frete grátis em todos os marketplaces.

Outro marketplace que tem investido na qualificação da sua base de vendedores e no aumento do ticket médio é a Shopee.

O marketplace, reconhecido por seus preços baixos, começou a adotar uma estratégia para aumentar seu GMV (Gross Merchandise Volume), atraindo a atenção de lojistas que vendem produtos com preços mais elevados.

Para atingir esse objetivo, a empresa estabeleceu um limite para a cobrança da comissão de R$100,00 sob o produto. Ou seja, se o usuário compra uma mercadoria que custa R$1.500, sob uma comissão de 12%, a Shopee não cobrará R$180 do vendedor pela venda, mas apenas R$100.

Devido à alta concorrência e à necessidade de melhorar a qualidade da experiência de compra na plataforma, os marketplaces tendem a melhorar as condições oferecidas aos vendedores com potencial.

Expansão dos centros de distribuição dos marketplaces

Como a velocidade na entrega é uma das principais tendências do e-commerce para 2022, é comum que os marketplaces invistam em seu aparato logístico.

O ponto a se prestar atenção, no entanto, é a criação de novos centros de distribuição no Norte e Nordeste do país, frente à crescente demanda dessas regiões.

A Amazon e o Via Varejo chegaram a abrir suas unidades em Cabo do Santo Agostinho, na região metropolitana de Recife (PE), e em Marituba, na região metropolitana de Belém (PA), respectivamente, no segundo semestre de 2021.

A abrangência nacional, facilitada pelo mercado digital, está cada vez mais fomentada pelos players, a fim de aproveitar todo o potencial do consumidor brasileiro.

Chegada do AliExpress no Brasil

A chegada do AliExpress no Brasil fez com que os marketplaces prestassem atenção ao investimento em tecnologia e novos serviços.

O marketplace chinês oferece, hoje, ao vendedor brasileiro a oportunidade de integrar várias das principais tendências digitais do varejo dos últimos anos de forma simples e prática.

A possibilidade de agendar e realizar transmissões ao vivo dentro da plataforma, e de personalizar a página do vendedor com banners e logos da loja virtual, permite que o lojista trabalhe branding ainda dentro do marketplace.

Além disso, a plataforma possui um alinhamento muito claro com as redes sociais. Com a prática do social commerce, o marketplace fornece descontos agressivos aos usuários que compartilharem os anúncios com amigos em outros canais de mídia.

Esse investimento em novas funcionalidades tecnológicas e a integração com as redes sociais acabaram se tornando importantes hotspots para o segmento em 2022.

Superapps: o que são e o que eles trazem de novo para o mercado digital em 2022?

Por fim, os superapps vão bem mais além da proposta do marketplace, apesar de estar bastante vinculada à proposta de vendas.

Eles funcionam como um verdadeiro ecossistema completo dentro de aplicativos mobile, apresentando uma cartela múltipla de serviços e que não necessariamente se limita ao core business da empresa.

Ou seja, um aplicativo de banco pode criar seu próprio marketplace e faturar milhões de reais, como é o caso do Banco Inter, assim como um aplicativo de delivery de comida pode começar a comercializar pacotes com viagens aéreas, como faz a Rappi.

Somente no último trimestre de 2021, o Inter Shop – extensão de um marketplace dentro do superapp do Banco Inter – movimentou aproximadamente R$946 milhões.

O superapp veio com a função de unir múltiplos serviços em uma única plataforma, tirando a necessidade de um usuário baixar muitos aplicativos que vão comprometer a memória do aparelho. Pensando na melhoria na experiência, esse é um grande avanço para a sociedade contemporânea que vive plugada em celulares.

Um exemplo internacional latente é o WeChat, da China, que, além de ser o aplicativo mais baixado do país, possui um volume diário de mais de um bilhão de usuários.

O WeChat, além de ter funções semelhantes às do WhatsApp, tem dentre suas funcionalidades:

  • Delivery de comidas (Food delivery);
  • Transferências bancárias (WeChat Pay);
  • Agenda consultas médicas (Health);
  • Faz reserva de quartos de hotéis (Hotel);
  • E muito mais!

No Brasil, um exemplo é o Superapp Magalu que, em 2020, estava entre os três aplicativos mais baixados do país, que é a quarta nação que mais consome aplicativos no mundo, segundo a consultoria americana App Annie.

Como qualquer negócio, os superapps possuem quatro pilares que são mais trabalhados pelos players que usam esse tipo de serviço. São eles: social, pagamentos, produtos e serviços.

  • Social: são as mídias e as redes sociais, que trabalham visando a trazer engajamento e envolvimento com os clientes;
  • Pagamentos: aqueles que desejam concentrar as transações financeiras dos clientes e sua carteira digital;
  • Produtos: pilar em que os e-commerces se encontram, que oferecem produtos de diversos tipos para o cliente comprar;
  • Serviços: abre oportunidades para fornecedores e prestadores de serviços oferecerem seu trabalho para aquele público mais segmentado.

Um fato curioso sobre os superapps é que, segundo uma pesquisa feita pelo Google, 81% dos brasileiros não sabem o que são, mas que, após entender os conceitos desses aplicativos, 45,8% dos entrevistados disseram que utilizariam ou já utilizam.

O Prêmio iBest em 2021 divulgou a lista dos dez superapps mais bem avaliados dentro da Internet, são eles:

  • PicPay
  • Inter
  • iFood
  • Mercado Pago Brasil
  • Magalu
  • C6
  • Pagseguro Pagbank
  • Ame Digital
  • RecargaPay
  • Rappi

Todos eles têm algo em comum: criaram um ecossistema próprio com o objetivo de facilitar a jornada de seus clientes e consumidores a realizarem de forma prática atividades do dia a dia.

Os superspps com operação no Brasil

Mas quais são as vantagens para o lojista participar de um superapp?

Já ficou mais do que claro que o comportamento do consumidor mudou completamente após a pandemia e que a presença online se mantém forte, mesmo após a flexibilização das lojas físicas.

Procurar e comprar serviços/produtos e resolver problemas, agora, ficou muito mais digital.

Sendo assim, a demanda de aplicativos que atendam a essa necessidade aumentou exponencialmente, e isso é mais do que uma grande oportunidade para o vendedor e seu e-commerce: é a chance de trazer ainda mais visibilidade para o negócio.

Com os superapps, a experiência do usuário também é uma prioridade, o que acaba ajudando na aceitação de várias ofertas de produtos e serviços ao mesmo tempo, porque acontece de forma natural e economiza tempo do cliente.

Aliás, muitos marketplaces, a fim de aumentar o tráfego nessas plataformas, oferecem benefícios exclusivos para os consumidores que baixarem os superapps, como a concessão de frete grátis.

Portanto, uma coisa é certa: se o seu planejamento para seu e-commerce em 2022 está concentrado no crescimento e no desenvolvimento, com certeza os marketplaces e os superapps são uma excelente estratégia de negócio.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/marketplaces-e-superapps/

35% dos lojistas esperam poder entregar de forma mais rápida em 2022, mostra pesquisa

Pesquisa realizada pela SGPweb em parceria com o E-Commerce Brasil procurou investigar a experiência de profissionais de e-commerce com operações logísticas.

55% dos lojistas que responderam a pesquisa afirmaram que usam tanto os Correios quanto as transportadoras privadas para entregas de mercadorias.

30% afirmaram que usam apenas transportadoras, enquanto 15% usam apenas os Correios.

Além disso, para 90% dos entrevistados, as opções de entrega e armazenagem dos marketplaces são consideradas interessantes para o negócio.

Para os lojistas que atuam em mais de um canal de venda, 35% assinalaram que a principal dificuldade encontrada é encontrar canais que sejam realmente relevantes para o público consumidor ou para os produtos/serviços comercializados.

Na faixa dos 25% duas respostas: 1) curva de aprendizado de cada canal, pois cada um demanda conhecimentos específicos e; 2) a dedicação e atenção especial do time ao iniciar as vendas em um novo canal.

Já para 10% dos respondentes, a principal dificuldade está nas comissões, já que com margens baixas as comissões dos novos canais podem afetar os resultados. Por fim, para 5% a maior dificuldade é encontrar novos canais de venda nos quais a empresa consiga iniciar de forma fácil.

Para 2022, a principal expectativa dos lojistas quando o assunto é logística é ter entregas mais rápidas (35% das respostas). Na sequência, 30% dos lojistas esperam conseguir oferecer fretes mais baratos.

20% esperam poder ter mais informações de rastreio e acompanhamento de entregas. 15% desejam que surjam novos modelos logísticos que facilitem as trocas e devoluções.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/lojistas-querem-entregar-mais-rapido-em-2022/

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