Shopee está com os dias contados com maior tributação?

Com a expectativa do governo criar uma MP (Medida Provisória) para aumentar a taxação de produtos vendidos em aplicativos cross-border, ou seja, com atividade comercial vinda de outros países — como é o caso da Shopee, Shein, AliExpress e Wish —, a XP divulgou relatório sobre o possível impacto nas ações de varejo.

O possível aumento da tributação é uma demanda das varejistas brasileiras, que pedem maior fiscalização dessas plataformas, para conter sua escalada impulsionada principalmente pela alta competitividade de preço oferecido.

Entretanto, o relatório destaca que a medida pode ter uma receptividade positiva ou negativa, a depender do ângulo analisado.

Medida pode ser impopular em ano de eleições

Segundo o relatório, os principais desafios para a implementação da medida e que a tornam potencialmente impopular são a redução do poder de compra já pressionado do consumidor médio brasileiro e os desafios na fiscalização pelo lado da Receita, visto que apenas o Shopee foi responsável de 140 milhões de pedidos no 4º trimestre (média de 1,5 milhão ao dia).

Varejistas da moda serão as mais beneficiadas

Caso a Medida Provisória avance, os analistas da XP observam as varejistas de moda como as mais beneficiadas.

O impacto positivo é visto como mais estrutural para varejistas de moda, uma vez que o modelo de negócio da Shein é essencialmente baseado em importação enquanto seu baixo preço é um diferencial importante.

O relatório destaca que a XP segue cautelosa com as empresas de e-commerce, com uma visão mais construtiva para a Lojas Renner (LREN3).

Fonte : https://www.moneytimes.com.br/shopee-esta-com-os-dias-contados-com-maior-tributacao/

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SHOPLAZZA permite que as empresas vendam além das fronteiras geográficas e escalem

A SHOPLAZZA, uma plataforma de comércio baseada em nuvem, ajuda pequenas e médias empresas (PMEs) a expandir seus negócios para alcançar clientes em praticamente qualquer lugar hoje, pois a maioria delas espera poder vender além das fronteiras geográficas e da escala.

Apesar das inúmeras plataformas de suporte disponíveis no mercado hoje, o processo nem sempre é tão claro e simples. Por um lado, gerenciar pagamentos e transações financeiras pode ser um desafio devido a motivos como regulamentação e custo.

Para ajudar as PMEs a resolver o desafio, o SHOPLAZZA visa tornar o processo muito mais simples. Na verdade, mais de 360.000 comerciantes estão usando a plataforma de criação de sites de código zero da SHOPLAZZA. Em parceria com provedores de tecnologia como Stripe, a SHOPLAZZA usa as soluções de pagamento da empresa de tecnologia para manter quaisquer custos adicionais sob controle e não precisa adicionar encargos de custo aos seus comerciantes.

A Tech Wire Asia fala com Jeff Li, CEO da Shoplazza, sobre os planos da empresa para o ano e como ela espera alcançar mais PMEs na região e permitir que aumentem seu alcance.

Como acontece com qualquer negócio ou plataforma, a SHOPLAZZA espera aumentar seu alcance e criar um ecossistema de comércio eletrônico aberto. Li quer permitir que mais parceiros forneçam aos 360.000 comerciantes da SHOPLAZZA serviços diversificados por meio de sua plataforma e aumentem os lucros de forma sinérgica. Ao mesmo tempo, Li disse que maiores tecnologias de IA são adicionadas para capacitar comerciantes e parceiros a tomar decisões mais fortes no nível dos dados.

“Também estamos mais atentos à estratégia de abertura e efeitos de maior escala , adaptando-nos aos cenários e mudanças do mercado externo. Esperamos cobrir mais comerciantes e países e ajudar a acelerar a velocidade de expansão global de nossos comerciantes”, explicou Li.

Como a SHOPLAZZA está atualmente focada nos mercados da América do Norte e APAC, Li acrescentou que eles estabeleceram a sede em Toronto, Canadá, e implementaram a estrutura interna dos centros de operação dupla Shenzhen-Toronto. As equipes colaboram ativamente para garantir que abordamos os mercados de uma perspectiva global.

“Continuaremos a investir no mercado asiático. Estamos otimistas com o desenvolvimento geral do mercado de comércio eletrônico do Sudeste Asiático e melhoraremos ativamente nosso ecossistema e serviços de produtos nesse sentido”, comentou Li.

No mercado asiático de e-commerce, Li acredita que tem grande potencial e espaço para crescer. Ele destacou que a Ásia possui a indústria manufatureira e o sistema de cadeia de suprimentos mais completo e desenvolvido do mundo e, ao mesmo tempo, possui uma população de mais de 4,5 bilhões, o que sem dúvida liberará um enorme potencial de mercado no campo do comércio eletrônico .

Li também destacou que com a assinatura e implementação do RECP da China e outros acordos comerciais, o mercado asiático será mais integrado no futuro, o que proporcionará grande conveniência e suporte ao desenvolvimento do comércio eletrônico.

“A estratégia geral da SHOPLAZZA é continuar contando com as vantagens do centro de operações norte-americano, focar no desenvolvimento no ambiente global de e-commerce em rápida mudança, ter PLG (Product-led Growth) como orientação de crescimento e pensar em como fazê-lo a partir da perspectiva de produtos para melhor atrair e satisfazer os comerciantes. Estamos comprometidos em ajudar os comerciantes globais a alcançar o sucesso nos negócios com excelente tecnologia”, disse ele.

Globalizando as regulamentações com o SHOPLAZZA

Sendo uma plataforma internacional de e-commerce , um dos desafios do SHOPLAZZA é navegar pelas regulamentações financeiras dos países em que ajuda a expandir as PMEs. Li explicou que, como fornecedora de SaaS de carrinho de compras, a SHOPLAZZA está atuando mais como um ‘engenheiro de site’ para os comerciantes, que oferecem tecnologia de construção de lojas online, sem envolvimento real no fluxo de liquidação. Assim, os comerciantes são responsáveis ​​por atender aos pedidos e garantir que sua atividade comercial e os fundos de capital fluam para atender aos requisitos dos países-alvo.

“No entanto, o SHOPLAZZA tem que garantir sua conformidade com a perspectiva técnica. Para isso, trabalhamos em estreita colaboração com os canais de pagamento e também com os esquemas de cartões (VISA/Mastercard), realizando reuniões periódicas online e offline e reservando atualizações por e-mail”, acrescentou.

Citando um caso recente, por exemplo, Li disse que de acordo com as exigências do Banco Central do Brasil, os sites de comércio eletrônico precisam cumprir os termos e condições antes de enviar a solicitação de pagamento. Esta informação deve ser lida e totalmente compreendida antes do consentimento final para fazer a compra. É aqui que o SHOPLAZZA precisa oferecer suporte à função da caixa de seleção dos termos e condições antes da data obrigatória.

Li também destacou que o Stripe Connect desempenha um papel crucial porque permite que a SHOPLAZZA esboce seus contratos com seus comerciantes em conformidade com a lei de pagamentos local, sem que a SHOPLAZZA tenha que buscar suas próprias licenças de pagamento e se tornar uma empresa regulamentada.

“A carga regulatória é tratada por nós e permite que a Shoplazza concentre seu tempo e recursos na administração de seus negócios. Além disso, essa abordagem não limita os tipos de serviços que podem ser vendidos no Shoplazza, pois nossa rede robusta e ofertas de serviços são capazes de oferecer suporte a vários tipos de negócios”, afirmou um porta-voz da Stripe.

Na segunda parte da entrevista, a Tech Wire Asia fala com Bing Xia, CTO da SHOPLAZZA sobre como ela protege os dados de seus clientes, bem como as medidas de segurança cibernética tomadas para proteger a plataforma.

Fonte : https://techwireasia.com/2022/05/shoplazza-enables-businesses-to-sell-beyond-geographical-borders-and-scale/

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Empresários pressionam governo contra empresas de importação da China

Um grupo de empresários apresentou à presidência da República e a senadores uma série de denúncias contra plataformas de fora do país que trazem produtos vindos da China para pessoas físicas no Brasil, prática conhecida como “cross border”. Eles dizem sofrer concorrência desleal de produtos importados. Entre os representantes de empresas de varejo que importam produtos da China, estão o empresário Luciano Hang, dono da Havan, e o CEO da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki.

Os empresários fizeram uma apresentação para as autoridades com o nome de “Contrabando Digital”, em que citam as empresas AliExpress, Wish, Shein, Shopee e Mercado Livre, informou o Estadão/Broadcast. O grupo defende alterações nas normas tributárias para que o consumidor pague os impostos relativos à transação no momento da compra, e não quando o produto importado passa pela Receita Federal e entra no Brasil. O ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanharam a apresentação.

Também apoiam as demandas: a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Nacional dos Fabricantes Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).

As instituições acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) e apresentaram denúncias sobre a forma de atuação de empresas estrangeiras de comércio entre fronteiras. O grupo sugere o subfaturamento de notas fiscais e a reetiquetagem na Suécia, como tentativa de burlar a fiscalização.

No ofício apresentado à PGR, as instituições também argumentam que há venda posterior dos produtos importados em shoppings virtuais com operação local, como a Shopee e o Mercado Livre. Ambos são acusados de não se responsabilizar sobre a procedência dos produtos ali vendidos, bem como permitirem que pessoas físicas façam vendas, sem emitir nota fiscal.

Fonte : www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/empresarios-pressionam-governo-contra-empresas-de-importacao-da-china/

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Cross Border: a nova tendência do ecommerce brasileiro vem de fora

A presença chinesa, facilmente reconhecida no comércio de rua em todo Brasil, especialmente nas grandes cidades, começa a ser notada também no mundo online. Basta ver o ranking dos portais de compra que mais venderam no Brasil em dezembro de 2021. As asiáticas Shopee e Aliexpress aparecem juntas com as gigantes brasileiras Americanas.com e Magalu.

 (Top Ecommerce Ranking Reports – Netrica / E-commerce Brasil/Reprodução)

A chegada dos estrangeiros ao nosso comércio eletrônico tem nome: Cross Border. Essa prática consiste na compra online de produtos de outros países, principalmente China e Estados Unidos. No passado, existia desconfiança das pessoas em relação a esta prática. Os produtos demoravam para chegar aos destinatários e havia um receio em relação ao pagamento de impostos alfandegários. Após investimentos em logística e marketing digital, a adesão do consumidor aumentou.

Em busca de novos mercados estas empresas têm investido pesado por aqui, não só em estrutura com escritórios locais, mas também em marketing. Prova disso são os comerciais de TV sempre presentes nos grandes canais do país e os anúncios digitais borbulhando em sites e redes sociais.

Por que eles escolheram o Brasil? Acredito que o tamanho do nosso mercado foi fundamental para que desembarcassem aqui. Somente em 2021, as vendas online atingiram R$ 260 bilhões, segundo a gestora Canuma Capital. Não é uma cifra a ser desprezada, mesmo para quem vende na China. Segundo dados do Webshoppers 44 da Ebit|Nielsen, o volume de vendas de produtos comprados por brasileiros no cross border está estimado em R$9,6 Bi no primeiro semestre de 2021 e com um crescimento de 15% na quantidade de pedidos comparado ao semestre anterior. Segundo a própria da Ebit|Nielsen, em 2020 o volume total de vendas estrangeiras por aqui foi de R$22,7 bilhões.

O momento para quem vem de fora não poderia ser melhor. Eles chegaram num período de pandemia em que os brasileiros se digitalizaram e perderam o medo da compra online. Além disso, a situação econômica do país – com desemprego recorde, juros em alta e inflação que ultrapassou os 10% – fez o brasileiro perder poder aquisitivo. Com isso, na hora de fazer suas compras, ele vem buscando opções com melhor custo-benefício, deixando de lado a preferência por uma marca ou outra.

Os preços baixos especialmente dos players chineses vêm aguçando a curiosidade dos consumidores que aos poucos estão comprando mais. Quem comprou um simples chaveiro de apenas R$ 10 e recebeu sem nenhum contratempo, vai se encorajar a adquirir itens mais caros a cada compra (como o famoso robô aspirador de pó inteligente). Com o tempo, passa a enxergar ainda mais vantagem no serviço lá de fora na comparação com os nacionais. Foi isso que vimos acontecer no ano passado e acredito que será intensificado este ano.

Dispostas a não perder a oportunidade, as marcas estrangeiras estão criando times próprios no Brasil para estabelecer um serviço cada vez mais competitivo. Melhorias já podem ser vistas no tempo de entrega e na qualidade do produto, que são as principais reclamações dos usuários de aplicativos internacionais.

O exemplo dos grandes atrai players menores, que começam a chegar por aqui via marketplaces. A Via Varejo já começou a colocar esse tipo de item estrangeiro em sua cartela de opções. Magalu está estudando esse caminho, Amazon já começa a liberar os sellers internacionais, Mercado Livre e Americanas têm isso já bem desenvolvido e com volumes crescentes.

Este fenômeno estimulou inclusive o surgimento da figura do integrador que faz esse meio de campo entre vendedores chineses e compradores brasileiros. Uma das empresas que presta esse tipo de serviço é a Cross Commerce Store, que inclui produtos estrangeiros em sua plataforma e cuida de todo relacionamento com os marketplaces nacionais. Para os chineses é maravilhoso, pois contam com atendimento em mandarim, ferramentas de tradução e cálculo de preço e não precisam se preocupar com o relacionamento local. Além disso, a Cross Commerce também resolve toda a logística, do armazém na China até a casa do consumidor, facilitando e incentivando sellers menores a venderem seus produtos para os brasileiros e melhorando muito a experiência de compra.

Todos esses fenômenos combinados – economia brasileira em crise, consumidor com menos poder aquisitivo e o movimento do mercado para facilitar a operação estrangeira – criarão as condições perfeitas para o aumento do market share dos cross borders. É só uma questão de tempo para vermos a multiplicação desses produtos, de eletrônicos a vestuário (quem aí já comprou na Shein?), em diversos sites nacionais. É esperar pra ver.

Fonte : https://exame.com/blog/bernardo-carneiro/cross-border-a-nova-tendencia-do-ecommerce-brasileiro-vem-de-fora/

Cross Border Week: tudo sobre o 1º evento de e-commerce global para América Latina

A Cross Border Week (CBW) é um evento inédito que reúne grandes players do mercado para falar sobre negócios internacionais e expansão para o mundo todo. Organizado pelas empresas Company Combo e globalfy, a CBW chega com o objetivo de democratizar o acesso às oportunidades internacionais para negócios de todos os portes.

Segundo Pedro Trevisan, CXO e CMO da Company Combo e do globalfy: “Nós trabalhamos desde 2015 para democratizar o acesso ao mercado global, por meio de muita informação e conteúdos gratuitos. Agora, decidimos criar o maior evento cross border, que acontece em três idiomas”.

O evento vai impactar falantes de três línguas, português, espanhol e inglês, além de ter alcance global. Durante 5 dias, representantes das empresas Amazon, E-commerce Brasil, VTEX, Shopify e Mamenta vão se apresentar para falar sobre temas diversos relacionados ao universo do e-commerce e oportunidades do modelo cross border.

O e-commerce cross border tem crescido em ritmo acelerado nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Statista, em 2022, a projeção é que este setor seja responsável por 22% das remessas de produtos físicos no mundo todo. Em 2016, o market share era de 15%. “A gente tem total convicção de que 2022 será o ano do Cross Border. Se você fizer uma rápida análise, os principais meios de comunicação de e-commerce e SaaS estão falando sobre tornar negócios globais”, completa Trevisan.

A Cross Border Week acontece dos dias 24 a 28 de janeiro e é aberta ao público. Para participar, basta fazer a inscrição, que é gratuita no link:  https://globalfy.com/cross-border-week-pt/ .

 

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/cross-border-week-evento/

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O futuro do varejo chegou

O comércio digital cresce de maneira consistente, ano após ano, em todas as regiões do mundo. Porém, principalmente nos últimos meses, o mundo presenciou um crescimento acelerado do comércio digital, com as pessoas passando muito mais tempo em casa, por causa da pandemia, e encontrando nos canais digitais a forma mais segura de comprar. Esta junção de fatores transformou para sempre o comércio e acelerou a chegada do futuro.

Segundo dados da Euromonitor e da McKinsey, em 2020, na China, as vendas do e-commerce representaram 27% do volume total do varejo. Já no Reino Unido foram 24%, e nos Estados Unidos 20%.

Por outro lado, alguns países apresentam ainda grande espaço para crescimento, como Japão (10%), Espanha (9%) e Índia (7%). Isso quer dizer, de maneira objetiva, que o e-commerce representará em breve uma parcela muito maior do varejo dessas regiões.

A entrada no mundo online nunca foi tão necessária

No mercado como um todo, notamos uma transformação no comportamento de altos executivos. Por exemplo, se antes da Covid-19 a estratégia de ecommerce e de negócios digitais eram temas mais comuns aos diretores e vice-presidentes, o cenário da pandemia trouxe para as mesas de discussões os membros do conselho e os chefes-executivos das companhias.

Essa é uma mudança muito significativa, uma vez que o ecommerce deixou de ser um fator de diferenciação, e agora é uma questão de sobrevivência para muitos negócios. Com isso, vimos em todo o mundo varejistas de todos os portes criarem novas unidades dentro de suas empresas que atuam em múltiplos canais e mercados, tocando projetos que nunca antes estiveram no desenho de suas estratégias.

Além disso, o que há alguns meses pareciam tendências distantes, hoje são planos que estão ganhando corpo, com profissionais dedicados e investimentos significativos. Convido você a refletir sobre algumas dessas tendências.

Live Commerce

O Live Commerce é um modelo que surgiu na China, inicialmente na vertical de Moda, e ganhou força na pandemia, momento em que as pessoas ficaram impossibilitadas de experimentarem os produtos pessoalmente.

Estamos falando de um comércio ao vivo, com apresentadores que demonstram diversos artigos e interagem em tempo real com os consumidores, que por sua vez fazem perguntas e participam ativamente do conteúdo que está sendo transmitido, com a possibilidade de compra integrada à transmissão. Hoje, o modelo também está presente em mercados como cosméticos, decoração, automóveis e outros.

Para termos uma noção da potência desta novidade, a estimativa da Research and Markets é de que a indústria global do “ecommerce social” vai faturar US$ 600 bilhões até 2027. E o comércio do Brasil e América Latina já estão sendo fortemente impactados por estas novidades.

O mais importante é que, no Brasil, já temos tecnologia para colocar em prática o “shopstreaming” (como também é chamado o Live Commerce), e estamos vendo as marcas realizando testes para entenderem qual a melhor estrutura da live, que dias da semana transmitir, qual a produção mais adequada, quais ofertas fazem mais sentido, qual linha editorial expressa da melhor maneira a marca etc. Ou seja, as marcas que primeiro encontrarem os melhores formatos dentro do seu mercado sairão na frente dos concorrentes.

Lembre-se, não estamos falando apenas de colocar um QR Code na tela, mas permitir ao cliente selecionar modelos, cores, tamanhos, arrastar produtos para o carrinho e finalizar a compra, tudo isso enquanto assiste à live.

Conversation Commerce

O Conversational Commerce, outra tendência que já está à porta, diz respeito à utilização dos aplicativos de conversa como ferramentas potentes de digital commerce e geração de leads. Ou seja, além de gerar pedidos e nutrir relacionamento, esta modalidade permite que os consumidores finalizem transações no formato de diálogo. As possibilidades são infinitas.

Por exemplo, no Brasil, o WhatsApp é a maior plataforma de chat do mercado, com mais de 120 milhões de usuários, segundo relatório de julho de 2021 produzido por We Are Social e Hootsuite. Estamos falando, portanto, de uma mega oportunidade para as marcas.

Vemos no mercado que os consumidores já interagem com as empresas por meio de mensagens eletrônicas para falar com o SAC e pós-venda, rastrear e receber novidades sobre o processamento dos pedidos. O Conversational Commerce já chegou e é a evolução e expansão desta realidade para grandes marcas, pequenas empresas e também para a indústria.

No mundo omnichannel, uma possibilidade imediata é conectar seus vendedores de loja física ao WhatsApp da marca, disponibilizando o contato para o cliente na home do seu ecommerce. Isso criará um novo fluxo de interação para trocas, atendimento a dúvidas e novas vendas, e dará mais poder ao seu time de vendas, de qualquer lugar do país e do mundo.

A expectativa é que Conversational e Live Commerces poderão representar em breve 30% a 40% do volume total do ecommerce DTC no Brasil. Portanto, inicie os testes agora mesmo em sua empresa, e estruture seu negócio para este novo momento.

Cross Border: negócios sem fronteiras

Há não muito tempo atrás, um consumidor comprar um produto de uma empresa no exterior era algo caro e impraticável. Hoje, no entanto, já se tornou corriqueiro encomendar um produto em uma loja digital ou app de outro país e receber diretamente na sua casa por um preço muito competitivo. Este é o chamado ecommerce Cross Border.

Esta realidade já está dentro do nosso mercado. No Brasil, segundo dados de 2021 da Webshoppers, cerca de 18% dos pedidos de ecommerce são de compras realizadas em lojas do exterior, e o volume de vendas das marcas brasileiras para outros países não para de crescer.

Estes indicadores mostram que as marcas brasileiras têm grande potencial de surfar nesta onda, se expondo cada vez mais para os mercados ao redor do mundo (fazendo parte de grandes marketplaces ou traduzindo seus sites para outros idiomas). Isso porque temos produto e preço para competir globalmente.

Temos muito a exportar, de moda (como peças de roupas e calçados) a alimentos não perecíveis (como o chocolate). O próximo passo é justamente colocar em prática a visão e a coragem necessárias para as marcas evoluírem além das fronteiras.

Neste ponto, é natural ver executivos e empresários com insegurança e incerteza. Nos EUA, por exemplo, há uma preocupação em relação à atuação das empresas chinesas e o tamanho da participação delas naquele mercado. Agora, isto é uma ameaça ou é uma oportunidade? Ao meu entender, o ecommerce Cross Border é muito mais uma oportunidade do que uma ameaça.

O potencial da América Latina

Outro ponto que vem ganhando destaque tanto na mídia como no mercado é o crescimento na América Latina no comércio digital. Nossa região é um mercado pujante, com um dos crescimentos mais acelerados pelo segundo ano consecutivo, o que é muito interessante, porque a penetração do digital commerce na região ainda é muito baixa: algo em torno de 6%.

A nossa expectativa neste cenário é poder ver a América Latina se igualando a outras regiões em penetração e chegando a patamares em torno de 15% a 20% em poucos anos. Nesse sentido, a pandemia foi um catalisador da transformação digital. Isso porque estes canais foram, para muitos varejistas, a única opção para continuar operando em meio às restrições de circulação de público. Neste momento de adaptações sociais e comerciais, cresceu também o interesse das grandes companhias de bens de consumo em iniciativas D2C.

Por fim, entendo que estamos passando por mudanças significativas muito rapidamente e vejo de forma positiva este tipo de volatilidade, que pode dar origem a novas marcas, mercados emergentes e novas companhias. Este é o momento de grandes executivos abrirem os olhos e visualizarem os novos marcos de evolução

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-futuro-do-varejo-chegou/

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Cross Border: tendência da China ganha o e-commerce brasileiro

Marketplaces asiáticos revolucionaram o modo de compra internacional e vendas no Brasil já ultrapassam os R$ 20 bilhões.

O continente asiático é um dos maiores polos de inovação do planeta. E quando falamos de e-commerce, a China desponta como principal referência, mantendo com sucesso a liderança global em vendas online e exportando tendências para o comércio eletrônico no mundo todo.

Uma delas é o cross border, também conhecido como “comércio transfronteiriço” e que se baseia na compra e venda de produtos internacionais por meio de marketplaces, como Aliexpress, Shopee, Amazon, E-bay, Mercado Livre e Shein.

O Cross Border cresceu 76% em receita no Brasil em 2020, segundo pesquisa da Ebit | Nielsen, gerando R$ 22,7 bilhões, o que representa mais de 20% do e-commerce brasileiro. De acordo com o relatório Comércio Sem Fronteiras 2021 (Borderless Commerce Report), realizado pelo PayPal, cerca de 57% dos brasileiros fizeram pelo menos uma compra internacional no último ano.

“Os consumidores brasileiros enxergam vantagens promissoras na compra de produtos dentro dos marketplaces chineses, seja o preço baixo, a variedade de produtos e até mesmo a rapidez de entrega. Foi uma solução e tanto para quem queria comprar produtos de fora, mas se deparava com as restrições de viagem impostas pela pandemia. E os marketplaces chineses souberam aproveitar o cenário favorável e investiram em serviços cada vez melhores, com atendimento em português nos portais, melhoria nas condições de frete, oferta de formas de pagamento local, entre outros aspectos”, avalia Franklin Bravos, CEO da Signa, startup que já profissionalizou mais de 500 e-commerces no Brasil.

Da China para os marketplaces brasileiros 

De olho nesse ‘boom’ de vendas dos grandes players internacionais, empresas brasileiras como Magazine Luiza, B2W e Via Varejo estão apostando no e-commerce cross border e buscam se adequar a essa tendência do mercado, investindo em novas formas de pagamento e na cadeia logística.

“As empresas brasileiras viram o potencial do cross border e buscam implantar tecnologias que as permitam atingir públicos de forma global”, explica Bravos. “No Brasil, o cross border segue em fase embrionária, mas, com o avanço da digitalização e o crescimento do e-commerce, esse cenário poderá mudar rapidamente. Certamente, será um dos principais caminhos para lucrar mais e diversificar a base de clientes em nível global”.

Fonte : https://www.contabeis.com.br/noticias/49646/cross-border-tendencia-da-china-ganha-o-e-commerce-brasileiro/

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