Conar volta a julgar as ‘entregas rápidas’ de Magalu e Mercado Livre

Para chamar a atenção do público e estimular as vendas, as plataformas de e-commerce costumam destacar a agilidade da entrega em suas campanhas publicitárias. Neste ano, duas campanhas do Magalu e do Mercado Livre, que angariavam o título de “entrega mais rápida do Brasil”, foram parar no Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

A questão, que teve início ainda em 2020, teve uma nova decisão do Conar nessa terça-feira, 30. Tudo começou quando, no fim do ano passado e no começo de 2021, as duas empresas veicularam campanhas publicitárias prometendo aos consumidores a entrega mais rápida do Brasil. Algum tempo depois, cada uma delas abriu uma representação no Conar alegando que a concorrente não poderia fazer tal afirmação em um material publicitário.

Para responder ao Conar, tanto o Magalu quanto o Mercado Livre apresentaram pesquisas e levantamentos internos que destacavam seus prazos de entrega e que, portanto, embasariam tais informações de entrega ágil. No dia 30 de junho o Conselho Nacional de Autorregulamentação avaliou os processos e determinou pela alteração nas campanhas, alegando que as marcas precisariam indicar e deixar claro aos consumidores a veracidade daquelas informações.

Disputa de “entrega mais rápida” chega ao Conar

Após a decisão de junho do Conar, as duas empresas recorreram à sentença, apresentando novamente os dados de suas pesquisas que embasariam a utilização da mensagem de ‘entrega mais rápida’. Em reunião nessa terça-feira, 30, o Conar manteve a decisão da primeira instância, solicitando a alteração das peças publicitárias, com o devido destaque para as informações a respeito da agilidade dos serviços de entrega.

Americanas e Mercado Livre

Em junho deste ano, o Conar já havia julgado um processo semelhante a esse, aberto pelo Mercado Livre contra uma campanha publicitária veiculada pela Americanas.com em suas redes sociais. De acordo com o denunciante (no caso, o Mercado Livre), a alegação feita pela Americanas.com de ter mais rapidez na entrega necessitava de comprovação.

O Conselho, primeiramente, tentou uma conciliação entre as duas partes, mas não houve acordo. Como defesa, a B2W, detentora da Americanas.com, apresentou pesquisa para justificar a afirmação da entrega rápida. De sua parte, o Mercado Livre também apresentou novos dados a respeito de suas entregas a fim de argumentar que a alegação da concorrente não tinha veracidade.

Os conselheiros do Conar analisaram os dados das duas empresas e concluíram que os estudos apresentados revelavam que, na Black Friday de 2020, a B2W podia alegar que tinha a modalidade mais rápida de entrega em determinados locais do País.

Fonte : https://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2021/12/01/conar-volta-a-julgar-as-entregas-rapidas-de-magalu-e-mercado-livre.html

CEP bloqueado? Não mais: jovem de Paraisópolis viabiliza entregas na periferia com Favela Xpress

SÃO PAULO (Reuters) – Apesar de a pandemia ter impulsionado o mercado de e-commerce no Brasil, muitas encomendas não chegavam a seus compradores nas periferias de grandes cidades por serem consideradas “áreas de risco”, o que levou um jovem morador de Paraisópolis a enxergar a necessidade de um serviço de entregas especializado, o Favela Brasil Xpress.

Givanildo Pereira Bastos, de 21 anos, conta que o projeto começou como uma rede de apoio durante a crise da Covid-19, devido à dificuldade em receber doações dentro da comunidade.

Com ruelas estreitas e irregulares, como um labirinto, alta densidade populacional e áreas consideradas inseguras, o acesso de não moradores a favelas torna-se difícil. Em muitos locais o CEP é bloqueado por aplicativos de entrega, impossibilitando que as encomendas cheguem na porta do consumidor de periferia.

“Eles bloqueiam essa região por considerar uma área de risco”, afirma o jovem, que desenvolveu uma logística capaz de solucionar o problema.

Ao efetuar uma compra por meio de uma plataforma de e-commerce parceira do Favela Xpress, caso o cliente pertença às chamadas “áreas de risco” para entrega, seu pedido é encaminhado para um centro de distribuição, onde as encomendas são separadas por setor, região e entregador para, enfim, chegar à residência do comprador.

Em Paraisópolis, os pedidos são transportados via carro, moto, bicicleta, tuk-tuk e até mesmo a pé.

“Comprar produto pela internet já virou hábito, por conta da pandemia, e a gente compra bastante pela internet, porém o produto não chega até nós”, disse Francisco Jefferson Silva, de 18 anos, que vive em Paraisópolis.

“Mas, ultimamente, a gente está conseguindo receber nossos produtos em casa. Eu mesmo dava o endereço da casa da patroa da minha mãe, quando minha mãe vinha do trabalho ela trazia para mim. Hoje dou o endereço da minha casa e número.”

DESAFIOS E GERAÇÃO DE RENDA

Além de viabilizar entregas, a iniciativa também gerou renda e empregos na região, uma vez que todos os entregadores moram na própria comunidade.

Atualmente, a empresa possui 90 funcionários e carrega projeções otimistas para os próximos meses, à medida que a tendência do comércio eletrônico prevalece no pós-pandemia.

No entanto, enviar produtos para determinadas localidades continua sendo um desafio, até mesmo para o Favela Brasil Xpress.

“Até eu tive dificuldade em conseguir entregar”, afirma Pereira, lembrando a vez em que, no início do empreendimento, demorou para achar a casa de um comerciante que aguardava há quatro meses o envio de uma máquina de cartão, cujo produto só chegou quando seu estabelecimento já havia fechado.

Lucas Reis, um dos entregadores do Favela Xpress, corrobora o discurso do jovem. “Era difícil (a encomenda) chegar na casa das pessoas”, disse.

Entre os empecilhos que afastam as empresas dessas regiões, de acordo com Pereira, estão: a dificuldade do sistema de navegação por satélite (GPS) de localizar as residências, a numeração desordenada e o preconceito, mas isso muda quando se conhece a periferia de perto.

“Quando eu trago uma empresa parceira para estar dentro da comunidade, e mostrar o que de fato é aquela realidade, que tem um potencial de consumo, que tem pessoas morando ali onde pode ser gerado trabalho e renda, ela vem e sai daqui com outro olhar”, afirma.

Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, possui mais de 100 mil habitantes e é a segunda maior favela da cidade. A região conta com 650 presidentes de rua que integram o projeto, lideranças que monitoram e assistem às casas ao redor, com um total de 38 mil famílias mapeadas.

CONSUMO NA PERIFERIA

Atualmente, Paraisópolis opera como base modelo do Favela Brasil Xpress, com outras bases em Heliópolis, Diadema, Capão Redondo e Cidade Júlia, no Estado de São Paulo; Rocinha e Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro; e Betim, em Minas Gerais, com planos de expansão.

Em janeiro, o projeto participou de um desafio de logística urbana promovido pelo consulado britânico no Brasil e venceu em 1º lugar entre 40 empresas como ideia inovadora, sustentável e social.

“A gente não tinha noção de quanto os moradores de favelas consomem dentro do e-commerce”, disse. “Só em Paraisópolis, hoje, chegam uma média de 800 entregas por dia. Essa carga, em valor, representa em torno de 500 mil reais, ou seja, 500 mil reais que entram por dia de mercadoria que é consumida pelos moradores.”

Segundo Pereira, em menos de quatro meses, cerca de 50 milhões de reais em valor de carga entraram na comunidade.

“A gente não quer viver dois ‘Brasis’, um que tem o CEP bloqueado e outro desbloqueado, a gente quer viver em um Brasil só, onde o morador de favela tem o mesmo direito que um morador de bairro nobre.”

*Para acompanhar Reuters Next: https://reutersevents.com/events/next/

Fonte : https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2021/12/01/cep-bloqueado-nao-mais-jovem-de-paraisopolis-viabiliza-entregas-na-periferia-com-favela-xpress.htm

Logística 4.0: O last mile decola

O futuro é digital, isso não podemos ignorar.

Vivemos num mundo onde a transformação digital afeta diretamente as relações de consumo e a forma de atuação das organizações. Gradativamente a tecnologia vai invadindo processos, permitindo mais automação, mais otimização de recursos e, consequentemente, um resultado melhor na performance das cadeias de suprimentos.

As práticas tradicionais de produção em grande escala com acúmulo de estoques para ter disponibilidade permanente de produtos vão dando lugar aos processos automatizados, nos quais as exigências dos clientes e a produção de itens específicos definem o que realmente é necessário produzir, com um menor prazo de atendimento das demandas.

Para suportar essa transformação digital, as empresas que atuam no segmento de logística vêm passando por grandes mudanças.

A Logística 4.0 deriva do conceito da Indústria 4.0, tendo como objetivo trazer maior velocidade e eficiência para atividades das empresas por meio do uso intensivo de tecnologia. Processos inovadores e disrupção tecnológica passam a ser rotina no dia a dia das empresas que operam a logística moderna, alterando as regras do jogo do mercado, das relações de consumo e da sociedade inteira.

Citamos alguns avanços tecnológicos já colocados em prática na Logística 4.0:

Robotização: é o uso de robôs dentro dos centros de distribuição, substituindo atividades repetitivas. Exemplo disso são os transelevadores inteligentes que realizam toda movimentação vertical e horizontal de paletes dentro dos armazéns no lugar de empilhadeiras e transpaleteiras. Também temos os equipamentos sorters de alta velocidade que permitem automatizar toda a roteirização de encomendas.
Voice picking (hands free): aumenta a produtividade na separação de pedidos nos armazéns logísticos.
Inteligência Artificial (IA): permite que máquinas tomem decisões por meio da previsão de comportamentos.
Big Data e Analytics: possibilitam uma visão mais estratégica da cadeia produtiva como um todo para a melhor tomada de decisão.
Cloud computing: facilita o gerenciamento de dados coletados, processados e disponibilizados como informações, com maior velocidade e em tempo real.
Realidade Aumentada: simula situações para testar antes de produzir ou alterar processos.
Além da tecnologia pura, gostaríamos de observar mais atentamente duas práticas da Logística 4.0 que estão revolucionando a forma de entregar produtos: a última milha, ou last mile, e o shipping from store (SFS).

Estratégias que ganham força na Logística 4.0
Last mile

A última milha é o caminho para o sucesso da entrega do produto ao cliente final. É a última chance de encantá-lo e, por isso, a sua gestão precisa ser muito bem planejada. Adequar a estrutura tecnológica e operacional, planejar rotas, sincronizar o processo de picking/expedição com a roteirização são pontos muito importantes para aumentar a produtividade e assertividade deste importante processo logístico.

Não menos importantes são os investimentos em tecnologias de gerenciamento de entregas on-line (DMS – Delivery Management System) com monitoramento em tempo real. É crescente a utilização de aplicativos mobile (apps) que oferecem informações detalhadas durante o trajeto, permitem o controle de tráfego nas regiões urbanas, registram as confirmações de entrega e possibilitam a interação com motoristas para tratar desvios. Tudo isso visa garantir o cumprimento dos prazos e informar precisamente o status em cada etapa do processo.

Utilizar o agendamento dando opções de dias, turnos e hora para promover alternativas, comodidade e conveniência para o cliente é estratégico e gera uma nova expectativa na experiência de compra.

A gestão do last mile vai além do “chegar o produto certo, no dia certo, na hora certa e nas condições estabelecidas”. O papel do entregador é fundamental. O atendimento, a cordialidade, a presteza em servir o cliente são fatores primordiais para a sobrevivência de qualquer negócio. Por isso, as estratégias de compartilhamento de carga, o investimento em transportes coletivos e em aplicativos de entrega precisam ser gerenciados com muito foco, pois o mau atendimento pelo entregador pode colocar em risco todas as demais estratégias.

Destacamos a seguir as principais modalidades do last mile que aceleraram no Brasil:

Lockers: pontos de coleta como “caixas de Correios” localizados estrategicamente próximos aos pontos de necessidade dos clientes finais.
Pick-up points: locais comerciais que se tornam parceiros de entregas, tais como floriculturas, restaurantes, cafés, sorveterias que disponibilizam suas lojas como ponto de apoio.
Social delivery: serviço colaborativo em que entregadores autônomos transportam itens dentro do mesmo bairro ou cidade em que vivem.
Entrega noturna: entregar produtos após horário comercial, observando a legislação local, segurança e regras em condomínios.
Crowdshipping: entregas realizadas a pé ou de bicicleta por entregadores monitorados pelos consumidores no local de maior conveniência para o consumidor.
Olhando para fora, vemos que nos Estados Unidos as entregas da Amazon Prime no mesmo dia e no dia seguinte se tornaram o padrão de fato no comércio eletrônico. As pessoas querem conveniência e gratificação instantânea, desejo evidenciado pelo fato de que aproximadamente 45% dos consumidores dos EUA são membros do Amazon Prime.

A maioria dos grandes varejistas está lutando para alcançar a Amazon por meio de parcerias com startups de última milha. O Walmart se tornou um grande investidor da empresa Cruise para entregas de veículos autônomos. A Target adquiriu as startups de entrega de última milha Shipt e Deliv para aumentar sua velocidade de entrega. Costco fez parceria com a Instacart para entregas no mesmo dia e até mesmo a Domino’s Pizza celebrou uma parceria com a Nuro para entrega de última milha usando veículos autônomos. Estes são exemplos de um outro estágio da Logística 4.0, que ainda necessitamos percorrer e alcançar aqui no Brasil.

Ship from store (SFS)

Ship from store é o envio de produtos sem o uso de centros de distribuição. Em vez de deixar todo o estoque concentrado em apenas um local, as mercadorias ficam distribuídas nas próprias lojas físicas. O ponto de venda físico se transforma em um minicentro de distribuição para atender aos pedidos on-line.

A estratégia de ship from store passou a ser utilizada por diversas empresas como alternativa de aumentar receitas durante a pandemia, melhorando o nível de serviço ao cliente, criando opções de modalidade de entrega e minimizando riscos nos processos de atendimento. Os grandes diferenciais de fazer da loja física um ponto de distribuição são a facilidade e a agilidade da compra on-line. Ao finalizar o pedido, o comprador pode decidir se quer que o produto seja entregue em casa ou se prefere retirar pessoalmente no estabelecimento mais próximo, gerando comodidade, conveniência e facilidade.

Num país em desenvolvimento como é o Brasil, observamos grandes oportunidades de negócio na criação de novas empresas focadas nas práticas da Logística 4.0.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/08/10/logistica-4-0-o-last-mile-decola/

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Guerra do delivery: Mercado Livre vai dar 60% de desconto em itens de supermercado

A categoria supermercado é que mais cresce dentro do delivery. Por isso, a maioria dos marketplaces passaram a vender produtos como sabão em pó, fralda, cerveja e xampu. No Mercado Livre, a venda desses produtos completa um ano.

Para comemorar a data, o Mercado Livre vai dar até 60% de desconto em 5.000 itens dessa categoria, além de além de cerca de R$ 400 mil em cupons diários de descontos. Para carrinhos com 10 ou mais itens de supermercado, o consumidor receberá um desconto adicional de 15% em sua compra.

Guerra do tempo
Para usuários das regiões metropolitanas de São Paulo, Salvador (BA) e Florianópolis (SC), as compras realizadas até às 11h, de produtos sinalizados como FULL na plataforma, serão entregues no mesmo dia.

O Mercado Livre não está sozinho nessa disputa pela entrega rápida. Na Via, compras feitas até as 12h são entregues no mesmo dia. A Americanas tem um serviço de entrega em 30 minutos. No Magalu, as entregas são feitas em até uma hora.

Por que esse interesse por supermercado?
É a recorrência, minha gente. Entre as compras que as pessoas fazem com mais frequência estão as de itens de supermercado, principalmente em tempos de isolamento social. “Esta categoria traz recorrência, ou seja, os consumidores voltam mais vezes para comprar produtos de alimentos e sempre acaba comprando produtos de outras categorias, aumentando o ticket médio da compra total”, diz Flavio Urea, diretor comercial de marketplace da Via.

Fonte : 6minutos.uol.com.br

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Americanas fará entregas de itens de conveniência em 30 minutos

O tempo de entrega é a nova fronteira da guerra do delivery. A Americanas anunciou na última segunda (19), o lançamento do app Americanas Delivery, que promete entregas ultra rápidas. O app está disponível na App Store e no Google Play e também vai funcionar dentro da Americanas como um miniapp.

“Aproveitaremos a capilaridade das mais de 1.700 lojas físicas, verdadeiros hubs urbanos pelo Brasil, para ter uma entrega mais ágil, disponibilizando também todo nosso sortimento”, afirma Tomas Scopel, diretor do Americanas Delivery.

Qual a novidade? Os clientes podem receber, em poucos minutos, itens de conveniência, incluindo supermercados, farmácias, restaurantes, presentes, petshops, entre outros.

O Americanas Delivery tem um tempo médio de entrega de 30 minutos, e possibilidade de horário de entrega agendado.

Essa entrega rápida está disponível em todo o Brasil? Ainda não. O Americanas Delivery vai começar a operação no Espírito Santo, nas cidades de Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari, e também em Niterói, no Rio de Janeiro.

A companhia vai expandir o modelo de ultra fast delivery para Joinville e para o ABC Paulista ainda em 2021. Para o primeiro semestre de 2022 já foram mapeadas outras 22 cidades, com o objetivo de atingir mais de 100 cidades até o final do ano que vem.

Fonte : https://6minutos.uol.com.br/negocios/guerra-do-delivery-americanas-fara-entregas-de-itens-de-conveniencia-em-30-minutos/

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Consumidores consideram delivery brasileiro ruim, revela pesquisa

Os brasileiros consideram o delivery brasileiro ruim, segundo uma pesquisa feita pelo AlmoçoGrátis e pela Galunion Consultoria. Os consumidores deram nota 4,25 (de 5) para o delivery que, apesar de parecer uma boa nota em uma primeira olhada, é considerada ruim pela pesquisa.

As notas de referência são:

Notas de 1 a 3,5: péssimo
Notas de 3,6 a 4,25: ruim
Notas de 4,26 a 4,5: ok
Notas de 4,6 a 5: excelente

A pesquisa diz que “os consumidores demandam melhores notas públicas que constam nos aplicativos para que se sintam à vontade para a compra”. Para 75% dos consumidores, a nota mínima do estabelecimento precisa ser de 4,5 pontos para que ele compre no local.

Atraso no delivery

Para a maioria dos entrevistados, o tempo máximo aceitável de entrega é de 45 minutos. Os restaurantes que atrasam a entrega em 20 minutos têm uma queda de 33% no encantamento. A pesquisa mostra que vários restaurantes estão trabalhando para que o tempo máximo seja de 25 minutos.

De acordo com a pesquisa, 38% entendem que a culpa por atrasos é da logística e do aplicativo, enquanto 62% entendem que é do restaurante. “A tendência é o consumidor diminuir a sua percepção de qualidade do restaurante, mesmo se a culpa for do parceiro ou do marketplace”, afirma a pesquisa.

Ainda segundo o levantamento, 24,1% escolhem o que vão comprar em marketplaces porque sabem que o produto é bom, 12,4% são influenciados pela marca por trás e 11,6% escolhem com base nas fotos.

Para a maioria dos entrevistados, o sabor dos produtos precisa ser perfeito. Outros pontos muito importantes aos consumidores são pontualidade, temperatura dos produtos, entrega e embalagem.

Seis em cada dez entrevistados esperam que o produto entregue em casa seja igual ou muito parecido ao serviço no salão, com exceção da aparência.

O levantamento ouviu 3.032 pessoas, sendo 54% mulheres e 46% homens. A maior parte dos respondentes tinha de 27 a 35 anos (43%). 24% tinham de 36 a 44 anos e 23% de 18 a 26.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/delivery-brasileiro-ruim-pesquisa/

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Fome de negócio: Rappi lança vertical de entretenimento em sua plataforma

A Rappi, dando continuidade a sua estratégia de superapp, anuncia o lançamento global de três serviços voltados ao entretenimento dentro da plataforma: Rappi Games, Rappi Live Events e Rappi Music. Por meio desses lançamentos, o superapp passa a ‘entregar’ entretenimento e diversão em tempos de quarentena e isolamento social.

“Temos como objetivo fazer com que a tecnologia da Rappi seja transformadora para os nossos clientes, sempre inovando e pensando no que eles querem. Esse lançamento vem ao encontro da nossa estratégia para abranger diferentes verticais, indo além da entrega de alimentos, produtos e serviços”, afirma Sérgio Saraiva, presidente da Rappi no Brasil. Segundo Saraiva, essa expansão da companhia para novos negócios acontece sempre por meio do feedback dos clientes, que principalmente agora, por estarem em casa, buscam opções que unem entretenimento e tecnologia.

Novas funções

Com o propósito de divertir os usuários durante o isolamento social, o Rappi Games traz mais de 150 jogos dos mais diferentes gêneros, com ranking de pontuações entre os jogadores e premiações.

O Rappi Live Events é a mais nova plataforma de conteúdo do superapp, contando com eventos on-line exclusivos e que são estrelados por artistas influenciadores, chefs de cozinhas etc. Dentro do próprio app, os usuários poderão comprar os “ingressos” para assistir às apresentações dos seus artistas favoritos. O Rappi Live Events possibilita também a interação entre os fãs e as celebridades durante as lives.

Dentro do Rappi Live Events, há ainda a opção Live Shopping, primeira plataforma na América Latina que conecta eventos ao vivo com a experiência em tempo real de compra.Ela facilita a compra dos produtos apresentados pelo artista por meio do próprio app, sem a necessidade de sair da plataforma. Imagine estar assistindo ao tutorial de maquiagem da sua influenciadora preferida e comprar facilmente aquele batom apresentado por ela, recebendo o pedido no conforto de casa em poucas horas.

O Rappi Music é a mais nova plataforma de streaming musical do mercado, disponibilizando um catálogo completo de músicas, com a opção de criar playlists, downloads ilimitados e compartilhamento dos hits favoritos com os amigos. Os três novos botões já estão disponíveis dentro do superapp da Rappi.

“Com esse lançamento, facilitamos ainda mais a vida dos nossos clientes, disponibilizando uma plataforma em que os consumidores podem ouvir suas músicas preferidas e fazer as comprar no supermercado, tudo isso no mesmo app, e sem sair de casa. Abrangendo a mais essa vertente de entretenimento, disponibilizamos novas funções para todos os usuários do nosso superapp, tanto os clientes, quanto os parceiros que queiram pensar em novas formas de levar conteúdo e lazer para os consumidores”, finaliza Saraiva.

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

Greve de entregadores e reclamações de restaurantes: os conflitos por trás dos aplicativos de entrega como iFood e Rappi

Apps de delivery crescem na pandemia, em meio a reclamações de entregadores e restaurantes sobre pagamentos irrisórios e taxas abusivas.

Nesta quarta-feira (01), os entregadores de aplicativos de delivery realizam uma greve nacional, que reivindica melhores condições de trabalho e mudanças na forma de pagamentos das principais empresas do setor, como iFood, Rappi, James, Loggi e Uber Eats.

As insatisfações ganham os holofotes em um momento em que a entrega em domicílio está muito popular. Com a pandemia e o isolamento social, o share de delivery no mercado como um todo subiu de 9% em abril de 2019 para 32% em abril de 2020, segundo o Instituto Food Service Brasil (IFB).

“O uso extensivo dos serviços de entrega fez com que a demanda crescesse e, com o recuo dos empregos formais, muitos trabalhadores entraram nesse mercado de trabalho. Como a oferta inflou, a precarização ficou ainda maior”, explica Paula Almeida, professora de Direito do Trabalho.

Paula é uma das responsáveis pela pesquisa “Condições de trabalho em empresas de plataforma digital: os entregadores por aplicativo durante a Covid-19”, feita pela Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (uma parceria entre a Unicamp e outras universidades), com 252 entregadores de 26 cidades, entre 13 e 20 de abril.

Os resultados mostram que 57,7% dos entrevistados não receberam nenhum apoio das empresas para diminuir os riscos de contaminação no trabalho. E 83,2% relatam que têm medo de se contaminar durante a execução do serviço, o que “evidencia o forte grau de tensão e de ansiedade que gira em torno do trabalho”, segundo os pesquisadores.

Diante desse cenário, os grupos que integram o movimento #BrequeDosAPPs pedem aumento do pagamento das corridas por quilômetro rodado, seguro de vida, seguro contra roubo e acidente, distribuição de EPIs (equipamento de proteção individual) e o fim dos bloqueios e desligamentos indevidos.

“Essas empresas se instalaram no Brasil e vêm trazendo o caos e a precarização do nosso setor porque elas não cumprem nenhuma lei existente, nem o que já está na  Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Nem as municipais (como a 14.491 no caso de São Paulo), nem a nacional (lei 12.009), que regulamentam o exercício da nossa profissão”, diz Gerson Silva Cunha, presidente interino do Sindimoto SP (Motoboys e Entregadores).

A manifestação em São Paulo, um dos principais focos da paralisação, seguirá até o Ministério Público do Trabalho (MTP), no bairro do Paraíso. Os organizadores vão encerrar o ato com a entrega de Carta Aberta ao MTP, que pede a celeridade de ações que reconhecem o vínculo empregatício entre motoboys e aplicativos de entregas.

Drama dos entregadores

Apesar de a situação precária se intensificar na crise, Paula Almeida reforça que o Brasil segue negligenciando o papel da sua força de trabalho. Segundo ela, a invisibilidade institucional, sobretudo na área de serviços, e o recuo das vagas formais contribui para esse cenário em que mais pessoas entram no mercado informal sem que haja uma estrutura de proteção social e do trabalho para esse grupo.

Durante a pandemia, 56,7% dos entregadores disseram trabalhar mais de nove horas diárias – dentre eles, 19,3% trabalham entre 11 e 12 horas por dia; 11,48% entre 13 e 14 horas; e 7,4% quinze horas ou mais. E 78,1% dos entrevistados trabalham seis ou sete dias na semana. Mesmo com o aumento da demanda e das horas trabalhadas, 59% registraram queda da remuneração em relação ao período anterior à pandemia.

Antes das medidas restritivas, 47% dos entregadores recebiam até R$ 520 por semana, mas com a pandemia o percentual saltou para 72%. Isso aconteceu, segundo o grupo, por conta da redução do valor da hora de trabalho e bonificação durante a pandemia.

Um dos fatores que explicam esse cenário, para Paula, é o modelo de negócio aplicado por essas empresas, que utiliza inteligência artificial para criar algoritmos que ditam o ritmo de trabalho, ao mesmo tempo em que utilizam desses artifícios para se eximir da responsabilidade social e do vínculo empregatício.

“São pessoas que rodam mais de nove horas diárias, sete dias da semana, sem folga semanal e ainda assim há grandes indícios de queda na remuneração. Essa empresas usam tecnologias para realizar ponderações que indicam o cenário de menor custo para realização da entrega. E, sem alternativas, os entregadores continuam rodando para ganhar um valor suficiente para manter seu custo de vida”, explica a pesquisadora.

Contas a pagar

Júnior Henrique é entregador e conta que os pagamentos durante a pandemia estão ainda mais baixos. “Hoje, na média, recebemos R$ 1 por quilômetro rodado. Precisa trabalhar muito. Antes, esse valor era de R$ 3 mais ou menos. Mas com a pandemia as coisas ficaram ainda piores. É praticamente trabalho escravo”, diz.

Ele ganha cerca de R$ 2.400 bruto por mês, trabalhando, em média, dez horas por dia, de segunda a domingo. “Desse valor ainda tiro gastos com a moto, gasolina, almoço…Não sobra muito”.

Apesar da insatisfação, Henrique disse que não vai participar da paralisação porque uma mensagem em nome do iFood informou que, especialmente nesta quarta-feira, entre 10h e 21h todas as corridas terão um valor extra de R$ 30.

“Eu preciso do dinheiro, não posso parar e é uma oportunidade de ganhar um pouco mais. Os aplicativos vêm cortando benefícios há algum tempo. Não tem mais plano de saúde, seguro, parceria para alugar bicicletas mais baratas”, explica. Ele trabalha com iFood, Rappi e Uber Eats.

 

Fonte : infomoney.com.br