Magalu e AliExpress: parceria impulsiona a expansão do varejo digital no Brasil

Durante o painel no Latam Retail Show-LRS, Frederico Trajano destacou as oportunidades para a digitalização no varejo brasileiro.

O Magazine Luiza, uma empresa com raízes no varejo físico, se consolidou como uma das maiores redes do setor quando o assunto é digitalização. A transformação digital do varejo brasileiro é uma das principais estratégias da companhia. A recente parceria com o AliExpress, do Grupo Alibaba, reforça essa trajetória, ampliando sua presença no e-commerce global.

Esse tema foi discutido no painel “Cooperação para um Varejo mais Forte”, realizado no último dia do Latam Retail Show, no Expo Center Norte, em São Paulo. O painel contou com a participação de Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, Briza Rocha, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Marketing do AliExpress Brasil & América Latina, e foi mediado por Eduardo Yamashita, diretor de Operações da Gouvêa Ecosystem.

Esta foi a 9ª edição do Latam Retail Show, que ocorreu entre os dias 17 e 19 de setembro. A Mercado&Consumo fez a cobertura completa do evento, com entrevistas, acompanhamento de palestras e gravações de webcasts em um estúdio montado na área expositiva.

Magalu e AliExpress: parceria impulsiona a expansão do varejo digital no Brasil
O Magalu atualmente é a nona empresa mais valiosa do Brasil. Em 2023, as empresas do ecossistema da companhia, que incluem KaBum!, Netshoes, Época Cosméticos e AiQFome, registraram cerca de R$ 57 bilhões em vendas. Por outro lado, a AliExpress, que também é uma gigante do varejo, está presente em mais de 100 países. De acordo com Briza, a plataforma está até em países que nem são registrados pela Organização das Nações Unidas (ONU) está presente e conta com mais de 150 milhões de consumidores em todo o mundo.

Durante o painel, Trajano destacou as oportunidades de digitalização no varejo brasileiro: “O Magalu é uma empresa que nasceu no offline. Talvez sejamos a única empresa que começou dessa forma e se tornou uma protagonista digital em seu país”, afirma.

Ifood Benefícios
Embora a parceria com o AliExpress vá expandir o alcance digital da empresa, a atuação do Magazine Luiza vai além disso. A empresa já oferece diversas soluções digitais, como a influenciadora virtual Lu, que conecta a marca aos consumidores, além de um super app que reúne várias funcionalidades em uma única plataforma. Outros exemplos incluem o “Magalu as a Service” (MaaS), que disponibiliza ferramentas tecnológicas tanto para uso interno quanto para vendedores parceiros, e o “Magalu Cloud”, uma plataforma de computação em nuvem voltada à digitalização de empresas brasileiras.

Mesmo sendo plataformas muito grandes e com políticas e modelos de negócios diferentes, Briza destaca que, na parceria entre Magalu e AliExpress, as varejistas conseguiram gerar renda tanto localmente quanto no mercado internacional. “O AliExpress está aqui para transformar o mercado. Começamos a implementar várias iniciativas que já são realizadas na China, agora no Brasil, com o objetivo de crescer cada vez mais”, ressalta.

Trajano também expressou o desejo de ver mais empresas brasileiras adotando essas tecnologias para aumentar suas capacidades de negócios: “Acho que ainda estamos explorando apenas uma fração do nosso verdadeiro potencial”, conclui.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/20/09/2024/destaque-do-dia/magalu-e-aliexpress-parceria-impulsiona-a-expansao-do-varejo-digital-no-brasil/

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E-commerce ainda cresce: consumidores preferem canais digitais para compras

Pensando em canais, as escolhas dos consumidores brasileiros apresentam um impacto significativo. Em 2024, fortalecendo o abastecimento e estabilizando as missões menores se destacam. As informações são do estudo Consumer Insights Q1 2024 produzido pela Kantar.

A estabilização da omnicanalidade resultou na perda de penetração, observada em quase todos os canais,à exceção do e-commerce. Considerando o cenário a longo prazo, o varejo digital ganhou 1,4 p.p, totalizando aproximadamente 14 milhões de lares no Brasil.

Os novos compradores levam parte do crédito, impulsionando o volume por viagem – uma alta de 32,3%. Já os repetidos são mais fiéis, com uma frequência de 6,1 visitas.

Canais favoritos do consumidor digital

As compras no universo do e-commerce ocorrem principalmente através de sites ou aplicativos próprios dos varejistas, representando 54% em valor. As cestas, por outro lado, tiveram 10% a mais de categorias na comparação com o ano anterior. Marcas econômicas aparecem como as preferidas dos clientes, com um volume de 51,3%.

Considerando outros canais, os brasileiros mostraram diferentes posturas visando aproveitar cada espaço da melhor maneira. Os atacados, supermercados, hipermercados e o varejo tradicional correspondem melhor às missões de abastecimento e reposição. Sendo visitados com maior frequência entre o 1° e 10° dia do mês, as cestas de limpeza, commodities e perecíveis foram os destaques.

Para ocasiões urgentes, os canais porta a porta, perfumaria e farmácia são os mais procurados. Além disso, as visitas acontecem principalmente entre o 11º e o 20º dia do mês para completar as cestas de higiene e beleza e medicamentos.

Desiree Wichineski, gerente de soluções avançadas da Kantar, conclui: “independentemente da missão, um aspecto é unânime: houve uma maior percepção de promoções entre os compradores na comparação entre 2023 e 2024”.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-ainda-cresce-consumidores-preferem-canais-digitais-para-compras”

Por que os brasileiros gastam tanto em sites internacionais e o que pode valorizar o e-commerce brasileiro

Os gastos dos brasileiros em sites internacionais subiram mais que o dobro em 2023, atingindo R$ 6,42 bilhões, segundo informações da Receita Federal. Esse aumento expressivo reflete a crescente preferência dos consumidores por compras em plataformas estrangeiras, mas levanta a questão sobre o que poderia ser feito para valorizar o e-commerce nacional.

Fatores que impulsionam as compras em sites internacionais

Uma série de fatores explica por que os brasileiros estão cada vez mais voltados para as compras em sites internacionais:

1. Preços competitivos: produtos em sites estrangeiros, especialmente os chineses, frequentemente oferecem preços significativamente mais baixos do que suas contrapartes nacionais. Isso se deve à produção em larga escala e ao menor custo de fabricação em países como a China.

2. Variedade de produtos: sites internacionais tendem a oferecer uma gama mais ampla de produtos, muitas vezes incluindo itens que não estão disponíveis no mercado brasileiro. A possibilidade de adquirir produtos exclusivos ou de última geração atrai muitos consumidores.

3. Programas de isenção fiscal: a implementação do programa “Remessa Conforme” pela Receita Federal, que isenta compras de até US$ 50 de impostos federais, também contribuiu para o aumento das compras internacionais. Em 2023, a quantidade de declarações de importação saltou de 3,41 milhões para 57,83 milhões, um crescimento impressionante de 1.596%.

Impactos econômicos e desafios

O aumento das compras internacionais apresenta desafios significativos para a economia brasileira. A isenção fiscal para pequenas remessas é uma faca de dois gumes: enquanto oferece alívio aos consumidores, resulta em perda de arrecadação tributária. A Receita estima que a ausência de taxação pode representar uma perda potencial de aproximadamente R$ 34,93 bilhões até 2027.

Além disso, o setor varejista brasileiro enfrenta dificuldades de competitividade. Varejistas locais têm protestado contra a desigualdade de condições, pois precisam lidar com altos custos operacionais, tributação e burocracias que não afetam seus concorrentes internacionais da mesma forma.

Caminhos para valorizar o e-commerce brasileiro

Para fortalecer o e-commerce nacional e torná-lo mais competitivo, algumas medidas podem ser adotadas. Para isso, contudo, é necessário empreender uma força conjunta entre poder público, a indústria e os lojistas trabalhando em prol do fortalecimento do e-commerce nacional. Algumas ações que podem contribuir para essa valorização, são:

Por parte do poder público:

– Redução de cargas tributárias: simplificar e reduzir a carga tributária sobre produtos nacionais poderiam ajudar a nivelar o campo de jogo, tornando os preços mais competitivos.
– Incentivos à inovação: investir em tecnologia e inovação pode capacitar empresas brasileiras a oferecerem melhores experiências de compra, com mais eficiência e segurança.
– Melhorias na logística: aprimorar a infraestrutura logística é crucial para reduzir os custos e tempos de entrega, um fator decisivo para a satisfação do consumidor.

Por parte da indústria:

– Parcerias estratégicas: estabelecer parcerias com fabricantes e fornecedores internacionais pode permitir que varejistas brasileiros ofereçam uma maior variedade de produtos a preços competitivos.

Por parte dos lojistas:

– Programas de fidelização: desenvolver programas de fidelidade e ofertas exclusivas pode ajudar a reter clientes e aumentar a recorrência de compras no e-commerce nacional.

O crescimento das compras em sites internacionais pelos brasileiros é um fenômeno impulsionado por preços competitivos, diversidade de produtos e isenções fiscais. Entretanto, para valorizar o e-commerce brasileiro, é essencial implementar medidas que reduzam as desvantagens competitivas enfrentadas pelos varejistas nacionais. Com uma abordagem estratégica, é possível fortalecer o setor e tornar o mercado doméstico mais atraente para os consumidores.

Fonte: “Por que os brasileiros gastam tanto em sites internacionais e o que pode valorizar o <nowrap>e-commerce</nowrap> brasileiro – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)