LGPD: os riscos da não conformidade

É preciso muitos fatores para que a cultura organizacional de uma empresa seja alterada, mas com a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2020, foi exigida uma rápida adaptação de cenários em organizações de praticamente todos os segmentos.

E ter acesso a informações pessoais e sensíveis de clientes, colaboradores e fornecedores pode gerar problemas para o negócio, caso não sejam seguidas as diretrizes impostas pela LGPD, que regulamenta como se deve agir no tratamento, uso e compartilhamento de dados pessoais em território brasileiro, tanto no meio digital quanto no físico.

Diante disso, todas as companhias do Brasil, de pequeno a grande porte, tiveram de se adequar e seguir regras a fim de evitar multas, sanções e prejudicar sua reputação.

A LGPD e suas sanções
Para Gabriela Rodrigues, advogada, especialista em Direito Digital e Compliance, e certificada em Fundamentos na Lei Geral de Proteção de Dados pela CertiProf, a empresa deve estar de acordo com a LGPD, pois, além de evitar sanções, é importante demonstrar boa-fé e preocupação com esse assunto, que é extremamente bem visto perante mercado, investidores (principalmente internacionais) e consumidores.

Já em relação aos problemas e riscos mais comuns enfrentados no caso de não conformidade, a profissional explica que a Lei prevê a proibição total ou parcial de tratar dados, suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais a que se refere a violação pelo período máximo de seis meses, publicação da infração cometida, entre tantas outras coisas.

“As sanções administrativas podem ser muito prejudiciais às empresas, pois nenhuma sobrevive sem dados pessoais”, alerta Gabriela Rodrigues.

“As companhias que, para o exercício de seu negócio precisam, essencialmente, utilizar e comercializar dados ou que lidam diretamente com o consumidor final, como as de tecnologia e telecomunicações, são as que mais devem se preocupar com a LGPD”, salienta.

Além disso, há a previsão de aplicação de multa, que poderá chegar ao valor máximo de 2% do faturamento líquido da empresa ou grupo econômico, limitada a R$ 50 milhões por infração. Para chegar a pagar esse valor, a organização deve ter faturado R$ 2.5 bilhões no ano anterior.

Portanto, Gabriela Rodrigues reforça que uma assessoria jurídica poderá auxiliar na realização do mapeamento de dados, adequação à LGPD e elaboração de políticas e treinamentos. Sem um serviço especializado como esse, de acordo com a advogada, não será possível concluir a implantação da Lei de forma efetiva e segura.

A maturidade das empresas
Quando questionada sobre se as companhias já entendem a importância da Lei e têm maturidade quanto a isso, a especialista em Direito Digital e Compliance acredita que as empresas estão passando por um processo de amadurecimento, pois durante muito tempo acreditava-se que a LGPD não chegaria ao Brasil.

“As organizações passaram muito tempo em descrença com a Legislação, sendo assim, ainda há um caminho longo a ser perseguido até o atingimento da maturidade quanto à importância da Lei. Vale ressaltar que isso também se dá pelas diversas regulamentações da Lei que ainda estão pendentes”, exemplifica.

Nesse cenário, Gabriela Rodrigues elenca os principais erros cometidos pelas empresas ao implementar a cultura da LGPD na organização:

Pular etapas, acreditando que basta ter várias políticas escritas e contratos com cláusulas de proteção de dados, que estarão adequadas à LGPD;
Desviar o foco da prioridade, que é conscientizar os colaboradores da importância da LGPD, dos dados pessoais e do cuidado com eles;
Não realizar o mapeamento de dados, inviabilizando a identificação do maior fluxo de informações (onde começar a atacar e não investir em tudo de uma só vez, sem surtir o efeito desejado).
“O ponto principal é a conscientização dos colaboradores e é nisso que os gestores devem se atentar: treinamento constante dos funcionários, lembrando-os da importância de zelar pelos dados pessoais”, sugere.

As brechas da lei e o mito do consentimento
Via de regra, toda legislação possui brechas ou dubiedades, mas, no caso da LGPD, o mais importante é que as empresas não caiam nos mitos criados sobre ela, sendo o do consentimento o mais comum.

“Grande parte das pessoas e companhias acreditam que para tratar dados é necessário o consentimento do titular. Contudo, o consentimento não é a regra como se acredita. Na verdade, deve ser usado como exceção, existindo outras nove bases legais, além do consentimento, para serem utilizadas”, diz a profissional.

“Para que tenhamos conhecimento, na Europa somente 5% dos tratamentos é baseado no consentimento, 20% na execução do contrato, 70% em legítimo interesse e 5% restantes são distribuídos entre as outras bases legais”, lista.

Por fim, Gabriela Rodrigues lembra que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) até o presente momento não estava aplicando as sanções. Entretanto, em 27 de fevereiro de 2023 foi publicado o Regulamento de Dosimetria e Aplicação de Sanções Administrativas.

Ou seja, agora há um método que orienta qual a sanção mais apropriada para cada caso em defesa do consumidor, bem como os parâmetros para sua aplicação.

“Nesse sentido, acreditamos que a partir de agora a ANPD passe a fiscalizar mais efetivamente as atividades e a aplicar as sanções. Logo, é de suma importância que as empresas se adequem à Legislação”, finaliza.

Vale ressaltar que a arrecadação das multas aplicadas será destinada ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, que tem por finalidade a reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos.

Com isso, o cidadão passa a ter cada vez mais garantia da proteção de seu direito fundamental à proteção de dados pessoais, e o Brasil passa a estar muito mais alinhado às melhores práticas para melhoria de seu ambiente de negócios.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2023/03/09/lgpd-os-riscos-da-nao-conformidade/?utm_campaign=news_cm_090323&utm_medium=email&utm_source=RD%20Station

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Inovabilidade: inovação e sustentabilidade a serviço dos negócios

Você já ouviu falar em Inovabilidade? Este termo, que é relativamente novo, vem do inglês Innovability. O conceito associa inovação e sustentabilidade na geração de produtos e serviços de uma empresa, promovendo estratégias de desenvolvimento competitivo, rentável e com responsabilidade socioambiental.

Com a crescente busca de empresas por ações ESG – além da cobrança de investidores e do mercado como um todo –, a inovabilidade se torna um dos pilares para os negócios, independentemente de seu porte.

Isso porque trata-se de um valor que pode ser aplicado a qualquer negócio, porém faz parte dos princípios das empresas de grande e pequeno porte por necessidades diferentes, que são:

Nas grandes empresas: chega para aperfeiçoar processos, mitigar impactos ou melhorar fluxos de operação.
Nos micro ou pequenos negócios, a inovabilidade costuma ser um valor que já nasce com a empresa, trazendo impacto social e resolvendo dores que já foram do próprio dono.
Sabemos que o Brasil é, atualmente, um celeiro de inovações, mas ainda estamos muito distantes dos países mais inovadores do mundo, sabia? Neste quesito, a Suíça lidera, seguida por Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul.

O Brasil ocupa apenas a 57ª posição, segundo a World Intellectual Property Organization (WIPO). Nossos pontos de melhoria estão em instituições, infraestrutura e ambiente de investimento – o que representa um potencial imenso para crescermos economicamente de forma sustentável e nos tornarmos uma das maiores economias centradas em impacto social do mundo.

A inovabilidade só traz vantagens às empresas, começando pela inovação, perenização e possibilidade de crescimento. É boa também para o planeta, pois regenera, fortifica e pereniza.

Quer entender como algumas empresas colocaram em prática os conceitos de inovabilidade? Podemos citar organizações como Suzano, Enel e O Boticário, pra começar.

Na Suzano, a inovabilidade está diretamente ligada à ambição da companhia de ser uma empresa regenerativa, que quer trazer produtividade na sua cadeia, de ponta a ponta. Seu objetivo é gerar diferencial competitivo a partir das necessidades dos clientes e de novas formas de uso e aplicação de seus insumos.

Para fazer isso, a Suzano tem um planejamento estratégico composto por três níveis, contemplando Visão de Longo Prazo, Ambições e Batalhas de Médio Prazo. No primeiro nível, a visão considera um período de 10 a 15 anos.

Parte da iniciativa já foi conquistada, pois a empresa antecipou o compromisso de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera de 2030 para 2025. Além disso, avaliou quase mil startups, nove projetos-prova de conceito, elegeu mais de 50 embaixadores de inovação aberta e criou mais de 40 iniciativas de inovação aberta em toda a sua cadeia produtiva.

Já na Enel, o grupo se conectou aos melhores ecossistemas de inovação do mundo, explorando continuamente novas oportunidades para inovar nos negócios tradicionais e criar novos negócios valiosos que sejam sustentáveis a longo prazo para a empresa e para todos ao redor.

Em 2017, a empresa implementou o Open Innovability, uma plataforma de crowdsourcing na qual necessidades tecnológicas e desafios da empresa são publicados com regras, deadlines e recompensas definidas.

São mais de 600 colaborações, 250 ideias transformadas em scale up e 9 hubs de inovação!

No caso do O Boticário, as iniciativas na direção de Inovabilidade incluem Boti Recicla, Produtos Veganos, Cruelty Free, Loja Sustentável e Fundação GB. Há, ainda, o Espaço Recriar, presente em escolas públicas para conscientizar sobre a importância das ações sustentáveis para o bem de todos.

Os aspectos ESG são monitorados pelo Comitê Executivo de Sustentabilidade e Diversidade, que define a estratégia de integração dos aspectos ESG no modelo de negócios do grupo.

Para garantir o cumprimento de sua matriz de materialidade, O Boticário engloba pontos como Embalagens e Resíduos, Consumo e Descarte de Água, Desenvolvimento dos Colaboradores, Diversidade na Cadeia de Valor, entre outros pontos, sempre focados na responsabilidade como líderes e seres humanos.

E aí? Como você avalia o nível de Inovabilidade do seu negócio? Se você já se adequou às práticas ESG, é hora de investir nesse ponto para deixar a sua empresa alinhada às tendências mais recentes de mercado!

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/16/12/2022/artigos/inovabilidade-inovacao-e-sustentabilidade-a-servico-dos-negocios/

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Amaro lança serviço de entrega em até 3 horas para 60% dos clientes

A novidade irá atender 60% dos consumidores e já passou por testes e até projeto-piloto.

De olho na conveniência do cliente, a retailtech Amaro anunciou seu novo movimento operacional para ofertar entregas em até 3 horas. A novidade irá atender 60% dos consumidores e já passou por testes e até projeto-piloto. Ao todo, mais de 5 mil pedidos já foram entregues em até 3 horas durante a fase de testes.
O projeto será um facilitador para as consumidoras que, em algumas partes do Brasil, recebem suas compras com prazo de 2 a 7 dias. De acordo com dados da empresa, em média os pedidos da Amaro estão sendo entregues em 1.6 dia.

Os produtos disponíveis para este tipo de entrega estarão marcados com o selo “Receba Hoje”, tanto no site quanto no app. Para adesão a esse serviço, foram adicionados também novas funcionalidades na jornada do cliente no site e no aplicativo.

“A entrega super rápida em até 3 horas será revolucionária no segmento. Vai permitir que as pessoas recebam quase instantaneamente um novo look para uma festa, um presente para uma amiga, um item de mesa posta para o jantar que darão a algumas horas ou um produto de skincare que esgotou”, destaca Dominique Oliver, fundador e CEO da Amaro.

A entrega em até 3 horas está disponível para as cidades de Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O frete é grátis para pedidos acima de R$ 249, menos para São Paulo e Campinas, sendo grátis acima de R$ 499.

Retirada em lojas
Além do serviço de entrega, a Amaro também está implementando a retirada no guide shop (espaços físicos da marca) mais próximo em até 30 minutos. A companhia tem investido na expansão física, especialmente com os guide shops, lojas de até 1.500 m², que reforçam o posicionamento da marca como ecossistema.

No ano passado, a Amaro inaugurou sete novos estabelecimentos nas maiores capitais do País. O planejamento até o final desse ano é de que a empresa tenha aberto seis novas lojas. No total, a Amaro chega a 21 guide shops presentes em 14 cidades e dobra sua presença nacional desde 2020.

“Em termos de crescimento, o e-commerce no Brasil tem apenas 14% de participação no varejo e chegará a 20% somente em 2024 ou 2025. Assim, a expansão dos guide shops é fundamental para ganhar novos clientes e aumentar a fidelidade das nossas clientes atuais, além de, por conta do modelo omnicanal, aumentarem a participação do online nas cidades em que temos lojas”, comenta Oliver.

A opção de retirada na loja em 30 minutos está disponível em todas as cidades listadas no serviço de entrega, mais Belo Horizonte e Brasília.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/09/12/2022/ecommerce/amaro-lanca-servico-de-entrega-em-ate-3-horas-para-60-dos-clientes/

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Shein é a marca de moda mais popular do mundo segundo dados do Google

Resultado demonstra crescimento meteórico da varejista chinesa, que entra na lista pela 1ª vez

A varejista chinesa Shein é, atualmente, a marca de moda mais popular do mundo, revelam dados de pesquisa do Google. O nome da empresa lidera as pesquisas em 113 países e ultrapassa o da Zara, que estava no topo do ranking no ano passado, o que evidencia o crescimento meteórico da popularidade da marca nos últimos 12 meses.

A pesquisa, compilada pela plataforma Money.co.uk, analisou 12 meses de dados de pesquisa do Google. Além da Shein, outras marcas populares, como a própria Zara, Zalando, Nike e Adidas, estão entre as mais buscadas. Já marcas de luxo, como Dior, Chanel, Michael Kors e Hugo Boss, aparecem mais abaixo no “top 20”.

Fundada em 2008 em Nanjing, na China, a Shein, cujo foco principal de vendas é o aplicativo próprio, tem registrado crescimento expressivo também no Brasil. A empresa se orgulha de listar entre 500 a 2.000 novos produtos todos os dias na plataforma. Em novembro, a marca abriu uma pop-up store em um shopping center de São Paulo que gerou filas de consumidores.

Shein é a marca de moda mais popular do mundo segundo dados do Google
A espanhola Zara é a segunda marca mais procurada no mundo. Apesar de ter caído uma posição em relação ao ranking de 2021, ela ainda alcança o primeiro lugar em 26 países, como Grécia, Uruguai e Japão.

Logo depois de Shein e Zara aparece a varejista alemã de moda e estilo de vida Zalando, que ocupa a terceira posição desde o ano passado. Ela é a mais buscada em 18 países, entre eles Suíça, Itália e sua terra natal, a Alemanha.

As marcas esportivas Nike e Adidas compõem o “top 5”, com a primeira liderando as buscas em dez países e a segunda, em oito.

Novidades do ranking
Não é apenas a Shein que aparece pela primeira vez na tabela de classificação baseada nas buscas do Google. Hugo Boss, Michael Kors e Puma compõem as outras novas entrantes na lista, com cada marca alcançando o primeiro lugar em um país cada.

Considerando apenas a América do Sul, a Shein lidera as pesquisas em dez países, incluindo Brasil, Paraguai e Venezuela. A alemã Adidas lidera em três países – Argentina, Colômbia e Peru – e a a Zara e a Nike ocupam o primeiro lugar no Uruguai e no Chile, respectivamente.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/07/12/2022/noticias-varejo/shein-e-a-marca-de-moda-mais-popular-do-mundo-segundo-dados-do-google/

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Novas opções de embalagens na logística e transporte envolvem todos os elos da cadeia

Grandes marcas, como Magalu, Privalia e Amazon, trabalham para tornar as embalagens mais sustentáveis. Só nesta última, desde 2015, já foram eliminadas mais de 1 milhão de toneladas de embalagens.

A pandemia aumentou o gosto do brasileiro por refeições para viagem e compras on-line. Com a mudança de hábito, veio um grande problema para a sustentabilidade: a quantidade crescente de embalagens usadas poucas ou só uma vez.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2020 e 2021, os materiais recicláveis secos, como plástico, papel e papelão, representaram 34% do total de resíduos sólidos urbanos, das 82,5 milhões de toneladas anuais, produzidos no período. Considerando que em menos de dois anos quase 100% das embalagens de plástico de vida curta já foram consumidas e descartadas, conforme estudo publicado na revista científica Science Advances em 2018, o cenário é preocupante.

Parte do desafio dos e-commerces está no processo de packing, que se refere ao acondicionamento secundário e reembalagem de produtos. Foi disposta a oferecer alternativas menos poluentes que a PlastiWeber desenvolveu duas novas embalagens que começam a ser testadas. “Foi um ano e meio de trabalho para a criação de um envelope próprio para e-commerce, com os mesmos atributos dos que circulam pelo mercado, porém, com 75% de matéria-prima pós-consumo”, diz o diretor administrativo Moisés Weber.
A inovação pode chegar a grandes empresas em breve – segundo o executivo, há negociações em curso com importantes e-commerces. Com capacidade produtiva de 200 toneladas/mês, o novo envelope deve ganhar escala em 2023. A empresa também criou uma embalagem plástica para calçado do tamanho do produto embalado, que dispensa preenchimento extra quando despachado.

Lançamentos do tipo vão ao encontro do movimento de adoção do conceito Frustration-Free Packaging – em português, embalagens sem frustração, que abrem mais fácil, ao mesmo tempo em que usam menos materiais nos espaços livres. Pioneira no conceito, a americana Amazon já reduziu, desde 2015, o em 36% o peso dos pacotes por remessa e eliminou mais de 1 milhão de toneladas de embalagens, graças ao engajamento de fornecedores.

Estudo feito pela Seled Air, fabricante internacional de embalagens, revelou que os consumidores acham que entre 75% e 90% dos espaços das caixas devem ser preenchidos com o produto pedido, reduzindo plástico, papel e isopor dentro do pacote.

Para Marco Lazarini, líder de Packaging Solutions da empresa de logística DHL Supply Chain na América Latina, essa premissa se tornou uma obrigação com o crescimento das vendas on-line e aumento considerável da entrega de produtos em domicílio. “Repensar a estratégia de packaging das empresas com foco na sustentabilidade não é algo secundário, significa adaptar sua estratégia de negócios para um mercado em constante evolução, que demanda o uso do menor volume possível de materiais e que esses sejam reutilizáveis, recicláveis ou biodegradáveis”.

De acordo com o executivo, uma estratégia que desponta com grande potencial no exterior, mas ainda é incipiente no Brasil, é a integração dos processos de packaging à cadeia de suprimentos, ou seja, da fábrica ou armazém até o fornecedor de embalagens. “Com o provedor logístico envolvido desde o princípio, a embalagem é desenvolvida de maneira a ter um aproveitamento logístico maior nas etapas de estoque, paletização e cubagem para embarque”, afirma Lazarini. Com isso, continua, a logística diminuiu necessidade de fretes, reduz custos, otimiza estoques e protege melhor o produto pelo dimensionamento, desenho e materiais mais adequados.

O Mercado Livre iniciou em março deste ano um projeto que elimina embalagens adicionais para produtos enviados a partir de seus centros de distribuição (CD), instalados em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. A iniciativa substitui caixas de papel e envelopes plásticos por uma única etiqueta, colocada diretamente sobre a mercadoria. A mudança colabora com a redução do uso de materiais e posterior geração de resíduos, otimizando espaços e o combustível usado no transporte.

“O projeto integra a estratégia de gestão sustentável de materiais e resíduos, cuja taxa de recuperação de materiais varia entre 80% e 90% na maioria dos nossos CDs, o equivalente a mais de 800 toneladas de material reciclado mensalmente”, diz Raquel Keiroglo, gerente de Sustentabilidade do Mercado Livre no Brasil.

Desde o lançamento, mais de 1,3 milhão de pacotes são enviados todo mês sem o uso da embalagem secundária – o equivalente a 11% do volume total de despachos mensais na modalidade fulfillment. Nos cinco primeiros meses, mais de 36 toneladas de materiais deixaram de ser usadas na logística. “Com o projeto, que também está sendo adotado no México, esperamos não só economizar o volume de embalagens, como também reduzir em 50% o espaço ocupado e o tempo de expedição das mercadorias”, diz a executiva.

Com 4,7 milhões de pedidos entregues em 2021, a Privalia, e-commerce de roupas e produtos para casa, trabalha desde 2019 em novos processos. “Depois de avaliarmos nossa pegada de carbono, decidimos subverter a lógica de seleção das embalagens”, diz o CEO Fernando Boscolo. “Desde então, passamos a trabalhar com fornecedores que nos apresentem embalagens com o menor impacto ambiental e boa proteção”.
A escolha foi pelos flyers biodegradáveis criados a partir da resina BioE-8, desenvolvida pela startup Bio Elements, e que se decompõe em até 20 meses. Este ano, a Privalia investiu cerca de R$ 1 milhão nas novas embalagens, valor que deve chegar a R$ 2,5 milhões em 2023. “Entre agosto e setembro, realizamos a entrega de 39 mil pedidos em São Paulo com as embalagens biodegradáveis, o que significa que os flyers sustentáveis já correspondem a 44,5% dos despachos no estado”, diz Boscolo.

A Via, dona de Casas Bahia e Ponto, mantém há 10 anos o Reviva, programa de reciclagem de resíduos gerados nos escritórios, lojas e centros de distribuição. Ele inclui as embalagens devolvidas pelos clientes durante a entrega dos produtos, como geladeiras, máquinas de lavar e fogões. O material é encaminhado a 12 cooperativas, que geram renda para 250 famílias. Desde 2015, mais de 50 mil toneladas de materiais já foram recicladas, sendo 5 mil toneladas só em 2021 e, até setembro de 2022, mais de 2,5 mil toneladas.

O delivery de comida também tem seu papel a ser cumprido na sustentabilidade. O consumo de plástico no setor no Brasil saltou 46% de 2019 a 2021, segundo estudo da ONG Oceana, passando de 17 mil para 25 mil toneladas de plásticos de uso único. São 2,8 toneladas por hora.

Diante dessa realidade, o iFood firmou, em 2021, uma parceria com a fabricante de papel e celulose Suzano para criar embalagens mais sustentáveis. O primeiro resultado foi o papel cartão Bluecup Bio, revestido com resina biodegradável à base de água e livre de plásticos, com fibras virgens de florestas renováveis de eucalipto como matéria- prima. Em outra parceria, com a Klabin, oferece a restaurantes da plataforma de entregas embalagens sustentáveis com desconto. Uma terceira frente é o investimento em uma fábrica em Vinhedo (SP) com a startup argentina growPack para produzir embalagens compostáveis a partir da palha de milho. O iFood tem meta de zerar sua poluição plástica nas operações e neutralizar a emissão de carbono até 2025.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/esg/noticia/2022/11/09/novas-opcoes-envolvem-todos-os-elos-da-cadeia.ghtml

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TikTok estrutura início no e-commerce Brasileiro em 2023

O TikTok mira no e-commerce brasileiro para 2023. A partir do primeiro trimestre, de acordo com informações do Neotrust, a gigante chinesa pretende implementar uma estrutura completa de comércio eletrônico no país, colocando-o como bola da vez em seu plano de expansão.

O olhar voltado ao Brasil está relacionado diretamente à utilização em larga escala do aplicativo. Com alto engajamento no público brasileiro, o TikTok exnerga uma oportunidade comercial palpável e com probabilidade de sucesso, dado o apelo da mídia social por aqui.

A empresa, integrada ao guarda-chuva da Bytedance, pretende entrar para o e-commerce como, de fato, concorrente direta de Amazon e AliExpress. Mesmo assim, players nacionais como Mercado Livre, Americanas, Magalu e Via Varejo, segundo fontes do portal, também devem ser impactados.

De acordo com a consultoria alemã Statista, o país é o segundo que mais usa a mídia social (40%), atrás somente da China (72%) e ficando a frente de México (37%), Rússia (31%) e Alemanha (26%).

Desafios do TikTok

Bem como em seu país de origem, a estratégia do TikTok focará em live commerces, ou seja, venda de produtos por meio de transmissões ao vivo em sua plataforma. A ideia é “vender” o modelo para parceiros locais e fornecedores chineses. Para o sistema de entregas, a companhia estuda uma forma de logística própria, visando manter a qualidade dos produtos.

Apesar do talento para o sucesso em empreitadas, a companhia deve medir os passos com cautela. No Reino Unido, por exemplo, o sucesso do TikTok Shop, como foi chamado a categoria de venda e compra de produtos por meio da plataforma, não obteve os resultados positivos almejados.

Além disso, a categoria Live Commerce ainda é pouco utilizada no Brasil, apesar de ser extremamente aplicada em países asiáticos. Enquanto no continente a modalidade deve movimentar, segundo a Research and Markets, US$ 600 bilhões, a China desponta com R$ 100 bilhões em vendas online somente pelo TikTok. Ao todo, 10 bilhões de produtos já foram comercializados.

Não existem dados claros para o contexto brasileiro, o que ainda coloca uma interrogação, mesmo não tão grande, acima de compras no TikTok no Brasil.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/tiktok-estrutura-inicio-no-e-commerce-brasileiro-em-2023

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Vendedores brasileiros terão pavilhão made in Brazil no marketplace Alibaba

Ideia é incentivar 100 empresas brasileiras com experiência em e-commerce a montarem sua vitrine na plataforma chinesa.

A partir de novembro, vendedores brasileiros vão contar com um pavilhão de vendas exclusivo chamado Made in Brazil no site do Alibaba, empresa que controla o AliExpress. A ideia é incentivar 100 empresas brasileiras com experiência em e-commerce a montarem sua vitrine na plataforma chinesa para encontrar potenciais importadores. Atualmente, 26 milhões de empresas internacionais ativas usam as plataformas do grupo.

A inauguração do espaço virtual brasileiro é parte de uma parceria entre o Alibaba e a ApexBrasil, visando expandir os canais de exportação de produtos brasileiros para os mercados asiáticos e globais por meio das plataformas de comércio eletrônico do grupo.

O acordo prevê que as organizações vão apoiar as empresas brasileiras em seu processo de transformação digital por meio de programas, cursos e treinamentos.

“O Alibaba se compromete a fornecer serviços exclusivos para estas 100 empresas, o que inclui montar lojas online, listar produtos, fazer design de sites e fornecer relatórios trimestrais de operação”, diz Wang Xia, diretor de negócios do Alibaba International Station.

Em junho de 2022, o Alibaba um projeto de importação comercial chamado Alibaba Fulfillment Service, com a intenção fornecer suporte às vendas de empresas nacionais para o mercado global.

Momento do comércio chinês
O comércio eletrônico na China é o maior do mundo em termos de volume e vendas. Dos mais de 1 bilhão de chineses com acesso à internet, dos quais 800 milhões compram online. Para se ter uma ideia do volume, o total de vendas digitais chinesas excede o volume combinado de transações online nos EUA, Reino Unido e Alemanha.

Além disso, o Brasil também é um dos mercados mais dinâmicos no comércio eletrônico, com expressivo crescimento nos últimos dois anos. Em 2021, as vendas cresceram 35%.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/17/11/2022/ecommerce/vendedores-brasileiros-terao-pavilhao-made-in-brazil-no-marketplace-alibaba/

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Brasil lidera ranking de países maduros no tema “Experiência do Cliente”

País é seguido de perto, em ranking da Zendesk, pelo Canadá e pela Índia

Digital Brick Stores 3 – A experiência do consumidor em xeque
O Brasil é o país com o maior porcentual de empresas maduras na entrega de experiência do cliente. Segundo relatório elaborado pela Zendesk, 23,4% das organizações brasileiras ouvidas se qualificaram como Líderes em CX. Para efeito de comparação, a média global é 14,5%. O Brasil é seguido de perto, na lista, pelo Canadá, com 23,42%, e pela Índia, com 16,78%.

“O cliente brasileiro está entre os mais exigentes do mundo com a experiência que recebe, e as empresas brasileiras conseguiram se mostrar à frente do jogo quando o assunto é CX e maturidade na qualidade de atendimento. A pesquisa mostrou que as lideranças precisam olhar para os times internos de atendimento com o mesmo cuidado que olham para seus clientes para entregar boas experiências, sabendo unir a tecnologia com o fator humano”, comenta Walter Hildebrandi, CTO da Zendesk Latam.

O relatório da Zendesk identifica padrões e comportamentos comuns que separam as organizações com experiência do cliente de alta maturidade – chamados de Champions (Líderes em CX) – das que estão três níveis abaixo – Starters (Iniciantes em CX), Emerging (Emergentes em CX) e Risers (Evoluídos em CX).

Capazes e bem equipadas
Segundo o documento, todas as empresas líderes em CX no Brasil são capazes e bem equipadas para prever, distribuir e gerenciar a carga de trabalho de suas equipes, bem como fornecer treinamento adequado. Elas também têm a maior satisfação com suas tecnologias e ferramentas atuais de atendimento, com 67,35% relatando estarem extremamente satisfeitas.

De acordo com o levantamento, as empresas brasileiras são 83% mais propensas do que a média global a ter um tempo médio de resolução de atendimento inferior a uma hora. Globalmente, as empresas brasileiras são, em média, 17% mais propensas a permitir políticas flexíveis de trabalho remoto para equipes de atendimento ao cliente.

Globalmente as empresas brasileiras são, em média, 31% mais propensas a relatar terem um retorno de investimento (ROI) muito positivo com seus programas de CX. Além disso, as empresas brasileiras são 89% mais propensas do que a média global a relatar que o treinamento de agentes ajuda a identificar oportunidades de vendas.

No segundo trimestre de 2022, a Zendesk pesquisou mais de 4.900 tomadores de decisão de negócios que estavam focados em garantir e aprimorar os recursos de atendimento ao cliente, suporte e experiência.

Os tomadores de decisão de negócios representavam organizações que abrangem todos os segmentos de mercado, de pequenas a grandes empresas, e vários setores da indústria, como varejo, serviços financeiros, saúde, educação e empresas de tecnologia, entre outros. Os países pesquisados incluem: Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Índia, Japão, México, Holanda, Cingapura, Coréia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

Walter Hildebrandi destaca que, apesar de toda a evolução da Experiência do Cliente, é fundamental entender que a mudança deve ser constante. “À medida que os produtos ou serviços e preços vão se equiparando, o fator decisivo para escolher entre uma marca e outra será a excelência no atendimento ao consumidor. Assim, é preciso que as empresas estejam sempre prontas para oferecer uma experiência única que supere a expectativa do cliente”, finaliza o CTO.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/08/11/2022/inovacao/brasil-lidera-ranking-de-paises-maduros-no-tema-experiencia-do-cliente/

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Cresce consumo online entre brasileiros acima dos 65 anos

Estudo mapeou o comportamento das gerações brasileiras, desde valores e atitudes, até escolhas de marcas e comportamentos de mídia.

O Brasil presencia uma mudança significativa nos perfis etários dos consumidores de diferentes redes sociais. É o que mostra o Beyond Age, relatório global produzido pela divisão de mídia da Kantar. No levantamento, para cada usuário adicional entre 12 e 19 anos que acessou o Facebook de 2015 a 2021, foram mais de sete usuários adicionais entre 65 e 75 anos navegando pela plataforma.

Com informações do Target Group Index — pesquisa sindicalizada presente em 45 mercados ao redor do mundo —, o levantamento visa explorar diferentes facetas das gerações brasileiras, desde valores e atitudes, até escolhas de marcas e comportamentos de mídia.

É válido destacar que as gerações coincidem com os grandes saltos de comportamento da sociedade e com uma nova forma de ditar o mercado. Lembrando que, no Brasil desde 2000, o estudo possui quatro atualizações anuais:

Baby Boomers (1946-1964);
Geração X (1965-1980);
Millennials (1981-1996);
e Geração Z (1997 em diante).

Crescimento do público acima dos 65 anos em outras plataformas
Dados do Target Group Index mostram que as gerações mais velhas se tornaram mais frequentes em mídias digitais. O Facebook, por exemplo, passou por um aumento significativo na proporção de adultos com mais de 65 anos acessando a rede social — foi de 2% em 2015 para 7% em 2022. A rede, aliás, saiu de 47 milhões de usuários para 53,4 milhões no mesmo período, dentro do universo pesquisado.

No mesmo período, a representatividade do grupo de 12 a 19 anos caiu de 22% para 11%, enquanto os usuários de 20 a 24 anos foram de 14% para 11%. Isso mostra uma nova percepção do público online, sendo que os mais velhos agora são parte do mainstream de consumo e não mais uma minoria para o mercado.

Vale destacar que outras plataformas também apresentaram um movimento dos públicos mais velhos superando o aumento dos grupos mais jovens. Os dados relativos ao período entre 2015 e 2022 mostram que os maiores crescimentos percentuais se deram exatamente entre os 65+. Neste intervalo, o crescimento foi de 255% no Facebook, 886% no YouTube, 707% no WhatsApp e 4937% no Instagram.

Outros comportamentos do público mais experiente
A idade também pode ser um bom parâmetro para mensurar atitudes. Segundo o estudo Beyond Age, os brasileiros se tornam mais contrários a correr riscos ao longo do tempo – 54% da faixa etária entre 25 e 34 anos está disposta contra 33% entre 55 e 65 anos.

Certos eventos vividos em um período de 12 meses também são mais prováveis de acontecer em determinadas gerações. Por exemplo, sair da casa dos pais ou terminar a escola são voltados para públicos mais jovens, enquanto quitar o financiamento de um imóvel é mais provável de acontecer com um consumidor mais velho.

Quando o assunto é relação com a renda, por sua vez, os resultados são bastante similares em todas as faixas etárias. 58% dos brasileiros de 25 a 34 anos concordam com a frase “Como eu gasto meu tempo é mais importante que o dinheiro que ganho”. Entre o público de 55 a 65 anos, a taxa é de 55%.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/cresce-consumo-online-entre-brasileiros-acima-dos-65-anos

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