Shoppertainment: entenda a “Tiktokização” do comércio eletrônico

Marcas e entretenimento se encontram no TikTok, que tem se tornado uma ferramenta essencial para alavancar os resultados de negócio.

 A crescente tendência do “Shoppertainment”, também conhecida como “Tiktokização” do comércio, está redefinindo a forma como as marcas se conectam com os clientes, e a plataforma líder nessa revolução é, claro, o TikTok. O Shoppertainment é a convergência entre entretenimento e comércio e impulsiona uma mudança significativa na experiência de compra para os consumidores.

O TikTok não é apenas uma rede social; é uma poderosa plataforma de entretenimento, onde elementos como diversão e informação se misturam para criar um ambiente propício para a convergência de criadores e marcas. Com mais de um bilhão de usuários em todo o mundo, o TikTok oferece um espaço fértil para que marcas atraiam o público-alvo e impulsionem as vendas de forma criativa e envolvente.

Theo Lima, Head of Sales do TikTok, enfatizou a importância da influência digital no cenário atual. A convergência entre criadores e marcas tem sido cada vez mais notável, com influenciadores digitais se tornando marcas e as empresas adotando estratégias de conteúdo para criar um vínculo mais autêntico com os consumidores. Lima compartilhou insights valiosos no Fórum E-commerce Brasil 2023.

O case de sucesso da L’Oreal no TikTok

Um exemplo de como o Shoppertainment pode impulsionar resultados de negócio é o case da L’Oreal. A empresa desenvolveu uma estratégia completa de conteúdo para o TikTok, concentrando-se na hashtag #BeautyTok para explorar todo o funil de vendas.

O resultado foi um aumento de 43% no volume incremental de vendas dos quatro produtos incluídos na estratégia. A L’Oreal se tornou a detentora oficial da hashtag BeautyTok e continua a investir na criação constante de conteúdo em torno dela.

O TikTok e o comportamento do consumidor

O TikTok se estabeleceu como uma fonte confiável de informações e dicas para os usuários, com 84% deles recorrendo à plataforma em busca de conteúdo. O principal motivo por trás disso é a facilidade na linguagem e a quantidade de respostas encontradas. A hashtag TikTokMadeMeBuyIt(TikTokMeFezComprarIsso) acumula 45 bilhões de visualizações e ilustra o impacto da plataforma na formação da opinião dos consumidores, especialmente entre a Geração Z.

Lima acredita que as pessoas escolhem cada vez mais passar o seu tempo no TikTok porque se sentem bem. “Em um mundo no qual a atenção está cada vez mais fragmentada e há uma disputa constante por essa atenção, ter uma plataforma que entretém e, ao mesmo tempo, engaja com a qualidade do TikTok é fundamental para qualquer estratégia de marca. As pessoas gastam dinheiro quando e onde elas se sentem bem”, destaca.

O TikTok Shop e o comércio social

O TikTok se destaca como uma plataforma de comércio social, movendo os clientes ao longo de uma jornada de compra personalizada. O loop infinito da plataforma é alimentado pela comunidade de usuários, que se envolvem com o conteúdo e, consequentemente, com o Shoppertainment de forma contínua.

A ascensão do TikTok Shop solidifica essa convergência entre entretenimento e comércio. O TikTok oferece ferramentas para compras ao vivo, vídeos de compra e vitrines de produtos. Diversas marcas começaram a integrar seus serviços com o TikTok, aproveitando o potencial dessa plataforma.

Lima explica que, para sustentar essas conversas, as marcas precisam ter uma estratégia bem definida e estar constantemente engajadas. “Trabalhar os critérios: conteúdos de marca, conteúdo dos criadores nativos da plataforma e mídia impulsionada fará com que você tenha essa estratégia robusta para sustentar qualquer campanha dentro do TikTok”, ressalta.

As 5 dicas para o sucesso no TikTok

Lima ofereceu 5 dicas fundamentais para marcas que desejam prosperar na plataforma:

  1. Seja autêntico e exponha sua marca: Os usuários do TikTok estão acostumados com marcas, portanto, não tenha medo de mostrar sua identidade, desde que a linguagem do conteúdo se comunique com o público da plataforma.
  2. Adapte-se ao TikTok: a plataforma funciona melhor quando a estratégia de conteúdo é pensada diretamente para ela, evitando simplesmente replicar conteúdos de outras redes sociais.
  3. Teste e aprenda: o algoritmo do TikTok mostra conteúdos baseados nos gostos dos usuários, por isso é essencial testar e adaptar a linguagem para melhorar o engajamento.
  4. Ads também precisam ser conteúdo: a publicidade tradicional não funciona no TikTok; é preciso entender o comportamento do público na plataforma e criar anúncios que se encaixem organicamente com os conteúdos que os usuários consomem.
  5. Inspire-se nos criadores: os criadores do TikTok são uma fonte valiosa de inspiração. Mapear e consumir o conteúdo de sucesso dos principais criadores do nicho pode auxiliar as marcas a criar um conteúdo mais envolvente e relevante.

Shoppertainment como tendência duradoura

O futuro do comércio eletrônico está intrinsecamente ligado ao entretenimento. O Shoppertainment veio para redefinir a maneira como as marcas se conectam com os clientes, proporcionando uma experiência diferente de compra.

A “Tiktokização”do comércio eletrônico continuará a moldar a indústria nos próximos anos e as marcas que compreenderem a importância de se adaptar à linguagem e valores da plataforma estarão bem posicionadas para obter vantagens competitivas.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/01/shoppertainment-tiktokizacao-do-comercio-eletronico/

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Mercado Livre busca na GenZ a fórmula para conectar entretenimento e vendas

Em parceria com a Nice House, o e-commerce desenvolveu o Mercado Livre Clips, ferramenta que permite consumo de conteúdo em vídeo no ecossistema da empresa.

Acessibilidade

Entretenimento e consumo sempre estiveram associados. A publicidade se inspira nessa premissa. Os programas de vendas ao vivo da década de 1990 se basearam neste conceito. E o crescimento expressivo dos influenciadores nas redes sociais também estão relacionados a essa junção. O grande desafio, atualmente, é escalar e integrar ferramentas que possam tornar as jornadas fluídas e permitam uma experiência que agrade as pessoas e contribua nos números.

Esse é, atualmente, um dos grandes desafios das grandes plataformas de e-commerce que, nos últimos anos, têm testado estratégias de live-commerce, social-commerce e uma série de outros recursos. Um exemplo desse movimento é o Mercado Livre. Uma das maiores empresas da América Latina e avaliada em mais de US$ 60 bilhões, a companhia experimenta desde 2021 ferramentas de vendas ao vivo, como o Mercado Livre Clips, um novo formato que integra conteúdo e vendas e que foi desenvolvido em parceria com a Nice House, hub de entretenimento para a Geração Z.

Maior audîência

Os setores que adotarem o live commerce irão atrair mais público para consumir os produtos disponíveis para venda.

“A Nice House desenvolveu o Infinity Feed, uma solução que une tecnologia com conteúdo em grande escala, para ajudar marketplaces e varejistas a manter a experiência de consumo da descoberta até o momento final da compra”, explica Mari Galindo, co-fundadora da Nice House, reforçando o grande desafio: “As redes sociais lideram quando o assunto é entretenimento e descoberta de produtos, porém muitas vezes ao descobrir um novo produto nesse ambiente, o consumidor é redirecionado para um market place ou site da marca, onde a experiência se torna menos divertida”.

“Para o consumidor, a experiência é muito mais completa, pois é possível ter uma visão real do produto e de uma forma divertida. Ao decidir comprá-lo, o fluxo para finalizar a compra é muito simplificado, pois está centralizado em um mesmo ambiente e não o redireciona para outros sites. O Infinity Feed é uma forma poderosa de gerar conteúdo para esse novo canal”, explica Mari.

Mercado Livre busca na GenZ a fórmula para conectar entretenimento e vendas

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Pesquisa da FedEx revelou que os compradores online estão procurando inovações em personalização- “Shoppertainment”

Uma pesquisa recente da FedEx revelou que os consumidores estão procurando inovações em personalização, “shoppertainment” e opções de pagamento que facilitem a descoberta de novas marcas e tornem as compras mais convenientes.

Mas o que é shoppertainment?
É a mistura de e-commerce e entretenimento para ajudar a envolver os clientes e promover as vendas. A base do shoppertainment é a participação do consumidor.

Os clientes têm necessidades funcionais, como desejo de conveniência, melhoria e validação, e necessidades emocionais, que incluem desejo de recomendação, indulgência e inspiração.

Em princípio, permita-me assegurar-lhe que o entretenimento de compras não precisa ser uma grande produção com um apresentador, fogos de artifício e um DJ. Na maioria das vezes, o shoppertainment assume uma escala muito menor em seu site.

Shoppertainment é o conceito de tornar um site mais divertido para os compradores online, transformando uma experiência tradicional de comércio eletrônico em algo verdadeiramente envolvente. Com a ajuda do shoppertainment, as marcas podem manter seus clientes entretidos e aumentar sua probabilidade de fazer uma ou mais compras. As práticas de entretenimento de compras também podem ajudar a maximizar a retenção e a fidelidade, fazendo com que os clientes retornem a você em detrimento dos concorrentes.

Tenha em mente que o objetivo é criar experiências envolventes e agradáveis para seus clientes online.

Nesse sentido, eis uma estrutura simples para adotar o shoppertainment em sua loja virtual:

– Primeiro, é importante garantir que suas ofertas de shoppertainment sejam relevantes para sua marca e público-alvo.

– Em segundo lugar, certifique-se de que seus elementos de entretenimento de compras sejam bem projetados e executados para proporcionar uma experiência positiva ao cliente.

– Por fim, acompanhe o desempenho de suas iniciativas de entretenimento de compras para que você possa continuar melhorando e refinando suas ofertas ao longo do tempo.

Mas que tipo de elementos de entretenimento de compras você pode oferecer em seu site? Aqui está uma pequena lista:

– Vídeos de compra interativos
– Jogos de prêmio de girar a roda
– Compras ao vivo
– Curiosidades e testes
– Gamificação
– Social commerce

A convergência de transmissão ao vivo e e-commerce tornou-se não apenas a maneira favorita de fazer compras na China, mas no mundo.

As pessoas também gostam de gamificação com suas experiências online. A gamificação envolve o uso de certos elementos para transformar experiências comuns em um tipo de jogo. Os princípios da gamificação também se aplicam a marcas e experiências, tornando-a uma ferramenta poderosa para se conectar com o público por meio do entretenimento de compras.

Seja específico. Se você estiver usando os dados do seu tráfego de mídia social, terá uma boa ideia de quem é o seu mercado e do que ele gosta. Use essas informações para oferecer produtos específicos: em vez de convidar potenciais clientes para conferir sua linha de camisetas, concentre-se em uma determinada. Veja o que funciona, o que vende melhor e que tipo de oferta parece ter mais tração.

Se bem feito, o shoppertainment pode até reforçar um senso de comunidade entre os consumidores que seguem uma determinada marca ou influenciador.

Se você deseja que sua marca permaneça consistentemente competitiva, você se beneficiará imensamente ao implementar o entretenimento de compras em seu marketing e outros conteúdos.

O shoppertainment atrai consumidores que desejam conteúdo de marca autêntico e emocional, impulsionado pelo envolvimento experiencial. Trata-se de um envolvimento de entretenimento em primeiro lugar, apoiado por uma jornada do consumidor clara e informada e inspirado por facilitadores importantes, como influenciadores, consumidores e esforços de marca.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/aproveitando-a-onda-do-comercio-eletronico

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Shopee cresce no Brasil e tem mais de 1 milhão de sellers locais em menos de 2 anos

No último ano a Shopee registrou um aumento de 600% no número de vendedores locais registrados no marketplace. A empresa, lançada em 2015 em Singapura, está desde setembro de 2019 no Brasil e, em julho de 2020, vendedores brasileiros começaram a atuar na plataforma. Hoje eles são mais de 1 milhão de sellers registrados, e mais de 85% das vendas da empresa no Brasil são daqui – com perspectiva de crescimento.

Além do impulsionamento causado pela pandemia, que fortaleceu o e-commerce e aumentou os índices de vendas de todos os setores do varejo online, Leila Cargagnoli, líder de categoria de marketplace da Shopee, falou à redação do E-Commerce Brasil que acredita que outro fator que tenha contribuído para esse aumento de sellers na plataforma é a abordagem hiper localizada para atender as necessidades dos usuários da melhor forma.

“Vejo que temos nos destacado entre os marketplaces pela experiência única de compras e entretenimento, além de uma ampla variedade de produtos em mais de 30 categorias e facilidade no acesso”, aponta ela. Além disso, Cargagnoli cita também o entretenimento e engajamento da plataforma com os consumidores, por meio dos jogos disponíveis e das Moedas Shopee, que vão além da função de cashback. “[Esses benefícios] atraem cada vez mais compradores para a Shopee, o que é uma grande vantagem para os vendedores.”

Já do lado dos sellers, um diferencial levantado por ela é o fácil acesso e o suporte para começar um negócio do zero e alavancar as vendas. “Por meio do nosso marketplace, mais vendedores podem iniciar um negócio, pois os custos iniciais são baixos. Além disso, por meio de plataformas como a Shopee, os vendedores podem alcançar novos clientes mais facilmente, porque temos uma das maiores comunidades de compras online, com usuários engajados não apenas durante mega campanhas como a Black Friday, mas com muito tráfego todos os dias.”

A partir de um ecossistema inclusivo, que torna a compra e venda acessível, a Shopee cresceu muito nesses – poucos – anos de atuação no Brasil, atraindo “ShopeeLovers”, como eles costumam chamar, e fortalecendo a imagem da plataforma entre o público brasileiro. Só no Instagram são 6,9 milhões de seguidores, mais do que muitos marketplaces nacionais e já consolidados como Magazine Luíza, Mercado Livre e Casas Bahia

“Muitos dos vendedores começaram sua experiência online conosco, pois somos uma plataforma inclusiva. Além das diversas ofertas e benefícios que oferecemos, nossa abordagem app first nos tornou uma plataforma mais conveniente para nossos clientes”, complementa.

Estrutura da Shopee conquista sellers

Essas vantagens proporcionaram à Karol Barbosa, mineira de 33 anos, passar a comercializar cerca de 2 mil biquinis de produção própria por semana em sua loja, Lookk, na Shopee. Em um ano, sua marca conquistou 69 mil seguidores na plataforma, e tem mais 35 mil avaliações e nota média de 4,8/5.

“Em 2020, quando chegou a pandemia, eu vendia somente no atacado e muitos de meus clientes, que eram comerciantes e estavam de portas fechadas, suspenderam os seus pedidos e pagamentos. Eu estava com muitas unidades em produção e fiquei desesperada. Buscando uma solução, decidi abrir minha loja na Shopee. Logo, todo o meu estoque foi vendido e assim consegui manter o meu negócio”, conta a empreendedora.

A estrutura de logística e pagamentos integrados também são diferenciais, possibilitando aos vendedores montar suas lojas sem se preocupar com todos os processos de backend.

“Vendendo na Shopee, o lojista conta com mais vantagens, pois estamos empenhados em apoiá-los localmente para crescer, adaptando-nos às suas necessidades, com campanhas para ajudá-los a alcançar novos clientes, isenção de taxas sobre pedidos cancelados, disponibilidade de cupons de frete grátis (sem custo para os vendedores) e ausência de taxas para anunciar os produtos”, finaliza ela.

Mesmo com os impactos trazidos pela pandemia, muitos empreendedores digitais prosperaram e o comércio eletrônico se mostrou uma via de resultados positivos para muitos brasileiros. A faixa de empreendedores que faturam entre R$ 1 mil e R$ 5 mil por mês teve um crescimento de 50%. Além disso, os pedidos de sellers locais que venderam pela primeira vez em 2021 subiram 40%.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shopee-cresce-sellers-locais/

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Quando o entretenimento se transforma em venda: empresas de e-commerce apostam no conteúdo para aumentar o faturamento

Desde os primórdios da internet comercial já se sabe: qualquer empresa, independentemente da área de atuação, também é uma empresa de mídia. Primeiro foram os websites, depois vieram as redes sociais e os aplicativos. Saber apresentar-se no mais importante dos meios de comunicação é essencial para todo e qualquer negócio.

Mas algumas companhias estão levando a ideia muito mais longe. A parte do negócio da Amazon que mais cresce não tem a ver com varejo nem com os serviços de computação na nuvem da AWS: a Amazon está se transformando em uma potência da mídia.

No Brasil, um movimento semelhante está sendo liderado pelo Magalu. A companhia recentemente comprou três hubs de conteúdo – Canaltech, Steal the Look e Jovem Nerd.

Por que a gigante do varejo estaria entrando na área de conteúdo? Porque o Magalu já entendeu que o sucesso de seu negócio cada vez mais passa por comportar-se como uma empresa de mídia.

Um jornal ou uma emissora de TV vendem seus espaços publicitários para sustentar a produção de conteúdo. Para as empresas de comércio eletrônico, o objetivo é um pouco diferente: os anúncios não só trazem novas receitas como também que ajudam a vender mais.

Para descrever a estratégia do Magalu com a aquisição das startups de conteúdo, Leonardo Corrêa, gerente de publicidade da empresa, fala em “monetizar a audiência”.

“Quando a gente começa a adquirir empresas de conteúdo, estamos aumentando o nosso inventário [de espaços publicitários] e temos novas fonte de tráfego. São pessoas que podemos converter em clientes”, afirma Corrêa.

O Magalu ainda é um varejista. Mas a internet mudou e continua mudando o negócio do varejo. A concorrência está a um clique de distância, ou a um toque na tela do celular. Para vender mais, é preciso ter mais audiência. E é aí que entram os portais de conteúdo.

Com a compra recente de três empresas (Canaltech e Jovem Nerd, focados em tecnologia, e Steal the Look, de moda e decoração), a intenção da companhia é criar mais caminhos que levem ao site ou ao app do Magalu.

Corrêa aponta que o site Canaltech recebe 25 milhões de visitantes únicos por mês. Já o canal do YouTube do Jovem Nerd contabiliza mais de 1 bilhão de visualizações desde sua criação.

“Entendemos que a aquisição recente do Jovem Nerd é subapreciada”, diz um relatório recente do Bank of America. “Acreditamos que o site tem um posicionamento único como portal de comunicação para dezenas de milhares de desenvolvedores de software brasileiros.” Os analistas do banco acreditam que o site possa ajudar até mesmo no recrutamento de programadores.

Mas o objetivo primordial não é esse. Os portais também representam uma exposição muito maior para as marcas e vendedores que anunciam no Magalu.

“No segmento de tecnologia, com esses dois novos portais, nosso alcance foi multiplicado por dez vezes”, afirma Corrêa. É uma via de duas mãos: as startups de conteúdo trazem potenciais clientes e ao mesmo tempo ampliam a visibilidade dos anunciantes do Magalu.

A ideia de vender publicidade dentro de sites de comércio eletrônico não é nova. Assim como os supermercados cobram pela localização mais nobre dentro das lojas, há muitos anos as empresas de ecommerce destacam links patrocinados no resultado das suas buscas.

As dúvidas de Bezos
Mas um nome famoso não estava convencido disso: Jeff Bezos. No recém-publicado livro “Amazon Sem Limites”, o jornalista Brad Stone relata que o fundador e agora ex-CEO da Amazon considerava links pagos uma “quebra de confiança” na relação com o consumidor.

“Para Bezos, a santidade da experiência do cliente tinha precedência absoluta sobre quaisquer relações de negócios ou eventuais incrementos no balanço”, escreve Stone.

Foi só com muita insistência de executivos da companhia que Bezos aceitou expandir essa unidade de negócios. Hoje, ela é a que mais cresce dentro da Amazon.

A rubrica de “outros” – que significa essencialmente a venda de publicidade – gerou US$ 6,9 bilhões em receitas para a gigante varejista no primeiro trimestre deste ano. Foi um crescimento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ter visibilidade na Amazon é fundamental. Desde 2018, a maioria dos consumidores americanos começa suas pesquisas por produtos usando o site ou o app da varejista, em detrimento do Google.

Isso significa um mercado enorme para links patrocinados, além da oportunidade de anunciar produtos que nem sequer são vendidos na Amazon, como seguros ou carros.

Com mais de 25 anos de história e um conhecimento profundo de seus clientes, a empresa começa a rivalizar com Google e Facebook – as duas maiores potências da publicidade on-line – na capacidade de apresentar a oferta certa para o cliente certo.

No longo prazo, a estratégia do Magalu é semelhante. Hoje, marcas ou vendedores do marketplace podem comprar anúncios nas propriedades da varejista ou nos sites parceiros.

O Magalu também faz um trabalho parecido com o de uma agência de publicidade, planejando a exposição dos anúncios nessa rede própria e nas do Google e do Facebook.

As possibilidades só estão começando a ser exploradas, diz Corrêa. “Posso fazer uma campanha de casa conectada, unindo tecnologia e decoração, atingindo o público do Steal the Look, por exemplo.”

Lives de compras
A mais nova fronteira da simbiose entre conteúdo e comércio é o que vem sendo chamado de “live commerce”. São lives dedicadas exclusivamente a mostrar e promover produtos em transmissões ao vivo pela internet.

Como muitas das novidades do comércio eletrônico, o “live commerce” surgiu na China. A estimativa é que essa modalidade movimente US$ 60 bilhões neste ano. Um levantamento da consultoria AlixPartners indica que dois terços dos consumidores chineses compram pelo live commerce atualmente.

O marketplace Taobao, do grupo Alibaba, é o líder dessa nova categoria e tem seus próprios influenciadores. Como tudo o que diz respeito ao mercado chinês, os números são estarrecedores.

Viya Huang, a mais popular celebridade do ecommerce, tem mais de 80 milhões de seguidores no Taobao Live. No Dia dos Solteiros de 2019, o equivalente chinês da Black Friday, estima-se que ela tenha vendido cerca de US$ 45 milhões em suas transmissões.

Uma sessão de live commerce é um misto de comercial, review e bate papo. O público pode tirar dúvidas, pedir para que certas funções sejam detalhadas ou que uma peça de roupa seja vestida, por exemplo.

A novidade já começa a aparecer no mercado americano – como a plataforma Amazon Live – e está no radar do Magalu, afirma Corrêa. Ao que tudo indica, vai ficar cada vez mais difícil distinguir onde termina o entretenimento e onde começam as vendas.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/negocios/quando-o-entretenimento-se-transforma-em-venda-empresas-de-e-commerce-apostam-no-conteudo-para-aumentar-o-faturamento/

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