Americanas tem melhor ciclo de caixa desde o início da crise

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A Americanas, em recuperação judicial há um ano e meio, conseguiu estender o prazo de pagamento a fornecedores para o maior intervalo desde o início da crise na companhia. Esse período é fundamental para uma empresa de consumo, porque afeta diretamente o ciclo financeiro. As informações constam em relatório mensal das atividades, que a rede tem que publicar ao mercado depois que entrou em recuperação.

Quanto maior o período negociado para pagar a indústria e menor o prazo de receber dos clientes, mais dinheiro disponível terá uma companhia no caixa. E menor será a dependência da varejista a financiamentos no mercado.

Os dados publicados mostram que a empresa pagou fornecedores em 27 dias em maio, versus 17 dias em abril — há cerca de um ano, na metade de 2023, o pagamento era praticamente à vista, em seis dias. Em outubro, caiu para dois dias, ou seja, praticamente sem fôlego, e elevando a necessidade de se financiar no mercado.

O prazo, no entanto, ainda está abaixo daquilo considerado normal numa empresa em boas condições financeiras. Normalmente, varejistas de lojas físicas tradicionais tem entre 60 e 90 dias para pagar a indústria.

Antes da recuperação judicial, na antiga diretoria, a Americanas operava um modelo incomum, com prazos de pagamento que superavam os 100 dias, 120 dias, por conta de uma negociação que envolvia fabricantes e bancos, e que ajudava a sustentar um esquema de fraude envolvendo transações financeiras e bonificações.

Além do prazo de pagamento a fornecedores, a empresa publicou o prazo de recebimento do dinheiro da venda, em 33 dias, dentro da média dos últimos meses.

Outro indicador, que trata do tempo de estoque das mercadorias — que indica o quanto um estoque gira na empresa — foi a 108 dias em maio, abaixo dos 121 em abril.

Esses prazos de pagamento e recebimento, além do período de estoques, constituem o ciclo de caixa ou financeiro de uma varejista.

O plano de recuperação judicial, que determina regras determina regras de fornecimento de produtos para os credores colaboradores da empresa, tende a trazer alívio de caixa para a empresa, e foi homologado em fevereiro.

A Americanas ainda informou no material o número de lojas em operação no grupo em maio, num total de 1.703 pontos, sendo que um ano atrás, em maio de 2023, eram 1.842. Ou seja, em 12 meses, o total foi reduzido em 139 unidades. Isso equivale a menos de 8% do total de lojas que a rede tinha antes da crise.

Fonte: “https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/06/19/americanas-tem-melhor-ciclo-de-caixa-desde-o-inicio-da-crise.ghtml”

 

 

 

 

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Americanas começa a pagar R$ 4 bilhões em dívidas com 500 fornecedores

Esse grupo de fornecedores representou mais de 70% das vendas nas lojas da rede em 2023.

Um ano e três meses depois de entrar em recuperação judicial, a Americanas começou a pagar seus fornecedores e voltou a conseguir prazo para novas encomendas com essas empresas – incluindo grandes indústrias, que são seus tradicionais parceiros comerciais.

Ao todo, 500 empresas aderiram à categoria de “credor fornecedor colaborar”, estabelecida pelo plano de recuperação judicial, que terão condições especiais para reaver dívidas e já começaram a receber recursos, de um total de R$ 4 bilhões reservados. O prazo limite para adesão terminou no último dia 13 de março.

Na prática, esses 500 fornecedores voltarão a vender para Americanas a prazo. “Estamos já fazendo pedidos com prazo de pagamento hoje”, disse o diretor de controladoria de operações da varejista, Gustavo Lobo.

Esse grupo de fornecedores representou mais de 70% das vendas nas lojas da rede em 2023. “Está garantido que nossas lojas vão continuar abastecidas, com variedade de produtos”, comentou Lobo. Segundo ele, a empresa já está pagando as dívidas com estes fornecedores desde o dia 14.

Dentro do seu plano de recuperação judicial, a Americanas incluiu uma cláusula pela qual o fornecedor que voltasse a operar com a companhia regularmente e estivesse disposto a voltar a dar limites de crédito, teriam tratamento preferencial para receber 100% dos seus créditos.

Caixa

Pela adesão, o grupo de 500 empresas representa R$ 3,9 bilhões – e eles vão receber 100% das dívidas retidas na recuperação judicial. Até agora, a Americanas estava comprando e pagando os fornecedores em no máximo três dias. Ou pagava e fazia o pedido e o fornecedor entregava. “Agora isto está mudando”, disse Lobo.

Em outra frente, a Americanas pagou mais R$ 100 milhões para credores das classes 1 (funcionários) e 4 (microempresas) até o dia 18. A autorização para esses pagamentos havia sido conseguida em fevereiro de 2023, mas foram bloqueados pelos credores financeiros.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/21/03/2024/noticias-varejo/americanas-comeca-a-pagar-r-4-bilhoes-em-dividas-com-500-fornecedores/”

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Uma abordagem integrada para alcançar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos

A busca por uma abordagem mais sustentável nas operações empresariais tem ganhado cada vez mais destaque, e uma área que merece especial atenção é a cadeia de suprimentos. Não sem razão: segundo um estudo recente da Accenture, o setor é responsável por gerar cerca de 60% das emissões globais de carbono. A boa notícia é que, tanto do lado corporativo, quanto do consumidor, essa é uma pauta prioritária.

Uma pesquisa realizada pela EY sobre as abordagens da cadeia de suprimento sustentável em 525 grandes empresas na Argentina, Brasil, Canadá, México e EUA, descobriu que oito em cada dez executivos da cadeia de suprimentos estão aumentando seus esforços em direção a operações sustentáveis.

Importância das práticas de sustentabilidade

O aumento da relevância do papel do Chief Sustainability Officer, ou diretor de ESG, nas empresas, é mais um indício dessa virada de chave. Um artigo recente da Harvard Business Review comparou a evolução do papel do CSO. Enquanto em 2018 o cargo era carregado de inconsistências e falta de acesso ao poder, hoje esses profissionais ganharam mais autoridade e estão mais envolvidos nas reuniões com investidores.

Do outro lado, os consumidores esperam mais empenho da parte das empresas. Uma pesquisa lançada em 2023 pela Manhattan Associates, em parceria com o Google Cloud e a Zebra Technologies, mostrou a preocupação dos clientes com a seguinte questão: segundo o estudo Unified Commerce Benchmark, apenas 20% dos compradores estão satisfeitos com as práticas de sustentabilidade de seus varejistas preferidos.

Isso mostra que a preocupação com a pauta da sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa em um mundo em que questões ambientais e sociais são centrais para consumidores, reguladores e investidores. Neste contexto, a união entre sustentabilidade e tecnologia surge como uma aliança estratégica capaz de impulsionar o progresso e transformar a forma como as empresas conduzem suas operações.

Tecnologias em prol do meio ambiente

Com uma tecnologia de gestão de armazém de última geração é possível, por exemplo:

– minimizar viagens de reabastecimento;

– fazer simulações de cubagem em estágio inicial para planejar necessidades de transporte mais precisas;

– realizar a separação simultânea de pedidos de varejo, atacado e comércio eletrônico para reduzir os caminhos de separação com diferentes locais de entrega, etc.

Esses são apenas alguns dos benefícios de um software pensado para minimizar o desperdício e os impactos ambientais associados.

Outras práticas para a sustentabilidade da cadeia de suprimentos

Além de investir em uma tecnologia que contribua para alcançar metas de sustentabilidade, outras práticas também ajudam nessa missão:

Defina objetivos

Estabeleça metas alinhadas com seus valores e estratégia de negócio. Elas devem ser mensuráveis, com o progresso monitorado e relatado regularmente.

Avalie fornecedores e parceiros

Entidades terceirizadas são uma extensão da sua organização. Avalie os fornecedores com base em suas práticas de sustentabilidade, incluindo impacto ambiental, práticas trabalhistas e direitos humanos.

Implemente práticas sustentáveis

Integre processos em toda a cadeia de suprimentos que reduzam o desperdício e as emissões, promovam a energia renovável e garantam que os trabalhadores sejam tratados de forma justa.

Envolva as partes interessadas

Você deve se conectar com as principais partes interessadas – clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades – para entender suas preocupações de sustentabilidade e incorporar suas demandas em suas iniciativas.

Mensure e relate o progresso

Avalie e relate regularmente seu desempenho de sustentabilidade, incluindo o progresso em direção às metas definidas por sua organização.

Em resumo, a sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma questão ética, mas um impulsionador estratégico para o sucesso empresarial. A sinergia entre diferentes práticas, aliadas à tecnologia de última geração, pode transformar a maneira como as empresas operam, contribuindo para um futuro mais verde e próspero para todos.

O desafio agora é adotar essa abordagem integrada e liderar a mudança rumo a uma cadeia de suprimentos verdadeiramente sustentável.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/uma-abordagem-integrada-para-alcancar-a-sustentabilidade-na-cadeia-de-suprimentos”

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