Operadores logísticos tentam reduzir prazo de entrega

Aumento das vendas on-line está alinhada à oferta de serviços mais eficientes.

De acordo com a edição de setembro da pesquisa Global Consumer Insights Pulse Survey, da PwC, 69% dos brasileiros devem aumentar suas compras on-line nos próximos seis meses, ante 50% da pesquisa anterior, realizada em fevereiro. A tendência está alinhada com a decisão de comprar mais de varejistas que oferecem serviços de entrega eficientes (57% dos respondentes, contra 48% há seis meses) e usar mais opções de compra on-line com retirada em loja (46%, mesmo índice de fevereiro).
“Isso mostra como a questão de last mile pode ser otimizada”, diz a sócia da PwC Brasil, Luciana Medeiros. Em fevereiro, uma das principais reclamações no Brasil em compras on-line era o processo de envio, com 43% dos entrevistados apontando prazo de entrega mais longo do que esperavam e 49% dizendo que pagariam mais por produtos fabricados localmente para ter entrega mais rápida.

Para atender o cliente com mais rapidez e menos custo (e obter vantagens tributárias), varejistas pulverizaram centros de distribuição pelo país e investiram em serviços de entrega e em alternativas como minicentros logísticos (dark stores), a exemplo de uso de lojas físicas, armários para entregas em locais de alto fluxo de clientes e micro lojas de conveniência para condomínios, diz Jean Melle, também sócio da PwC Brasil. No GPA, que fez parcerias com plataformas e aprimorou entrega própria rápida das marcas Pão de Açúcar e Extra, cerca de 700 lojas funcionam como pequenos CDs, principalmente de produtos perecíveis – segundo a PwC, 36% dos brasileiros pretendem ampliar compras on-line de alimentos. “Já realizamos entregas em até 30 minutos e 70% das compras on-line das nossas plataformas são entregues no mesmo dia”, afirma o diretor executivo de digital do GPA, Marcelo Rizzi.
Last milers fizeram caminho oposto. O Tubo, lançado em 2021 pela Rappi para entregar compras de supermercado em 10 minutos, em um ano tinha cerca de 130 dark stores com 1,5 mil itens disponíveis. A Daki, que nasceu há dois anos para entregar produtos de supermercado em até 15 minutos apoiado por dark stores, já captou perto de US$ 450 milhões. A empresa atua em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Carrefour e Grupo Mateus apostam em condomínios. O Express, do primeiro, atende compras por aplicativo com retirada em lojas autônomas e monitoradas por câmeras. O Grupo Mateus, por sua vez, criou em 2021 a Armazzem, que hoje tem cem unidades entre franquias e autoatendimento no Maranhão e no Pará. A Enxuto, no interior paulista, monta lojas em contêineres e testou até robô para levar compras até o consumidor.

Aquisições e especialização também estão na pauta. A Rappi comprou este ano a startup Box Delivery, para turbinar a entrega super-rápida de refeições. Em 2022, a Amazon adquiriu 9,68% da Total Express para reforçar a estratégia de última milha. A operadora Luft, especializada em e-commerce, farmácias e agro, fechou joint venture com a Selia para gerenciar operações desde a criação de sites até a entrega ao consumidor (fullcommerce).

O CIO da Luft, Gustavo Saraiva, destaca tendências como o crescimento da demanda por entregas no mesmo dia ou no dia seguinte, CDs mais próximos de clientes e tecnologia para otimização de rotas, monitoramento e comunicação em tempo real. A TempLog se especializou em cargas frias e produtos especiais farmacêuticos, com 25% das mais de 100 mil entregas ao ano chegando ao consumidor em até quatro horas.

“A especialização é um movimento recente”, diz Jhou Rodrigues, co-fundador da Associação Brasileira de Logtechs (ABLogtech) e CEO da Beelog, focada em last mile. Estudo com a Liga Ventures mostrou que, de 239 logtechs, 12,9% são voltadas a gestão de entregas, 11% a última milha, 10% a logística reversa, 4,8% a armários inteligentes e 1,2% a dark stores.
Dentre os desafios do setor para otimizar a última milha estão restrições ao trânsito de grandes cidades até alto custo de tecnologias como uso de dados e inteligência artificial, pontos avançados de coletas e entregas (Pudo, em inglês) -como lojas, armários e quiosques -, visibilidade em tempo real e posicionamento de estoque. “O uso intensivo de tecnologias aumenta a eficiência dos veículos e segurança dos processos”, afirma Amaury Vitor, OPS ground director da DHL Express.

Outro desafio é o custo. Há pouco compartilhamento de cargas em um mesmo caminhão, segundo Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol). Só 35% das cargas são compartilhadas, e destas, apenas 8% têm como destinatário final pessoas físicas, o que encarece a operação.

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Entregas da Via chegam a todas as cidades do Brasil

A Via, dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br, investiu ao longo dos anos em tecnologia e infraestrutura para ampliar a entrega de serviços e aumentar a eficiência operacional. Em 2022, a empresa só não entregou no território de Fernando de Noronha. Atualmente, a Via chega no mesmo dia em 65 municípios e em até um dia em mais de 2,5 mil cidades brasileiras.

Para auxiliar nesse processo, a companhia anunciou a implantação do novo Manhattan Active Warehouse Management (WMS) no centro de distribuição de Jundiaí. Segundo a companhia, com a novidade, a Via é a primeira da área de atuação no Brasil a converter um sistema de gerenciamento logístico para o armazenamento de dados na nuvem, permitindo mais produtividade e agilidade no coração logístico do seu negócio.

“Hoje chegamos no Brasil inteiro e de maneira muito rápida. A estratégia omnicanal da Via está cada vez mais forte e, graças a isso, pegamos os ótimos ativos e levamos para fora da Via. Nossa logística é referência e passamos isso para os nossos parceiros”, ressaltou Fernando Gasparini, diretor-executivo de Logística e Abastecimento da Via.

Para a empresa, isso quer dizer que a plataforma de logística serve tanto o ecossistema da Via como para o mar aberto (logística as a service para parceiros que não estão no seu marketplace). Inclusive, o último relatório de resultados (4T22) mostrou que a logística mar aberto da companhia cresceu +837% em receita e +320% em pedidos.

Segundo a Via, o fullfilment e fullcommerce são grandes responsáveis por esses avanços tão significativos. Por exemplo, com fullfilment, a companhia oferece toda a estrutura logística, desde o recebimento, armazenagem e entrega de produtos de terceiros – sejam eles comercializados através do marketplace ou dos concorrentes. Já no fullcommerce, a empresa oferece tudo o que o primeiro serviço tem, mas também realiza toda operação do site, incluindo emissão de notas e sistemas para o contratante. A lista de clientes dessa modalidade inclui empresas como Gradiente, Café Pilão, Café L’Or, Cimed e Lenox.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/entregas-da-via-chegam-a-todas-as-cidades-do-pais

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Varejo aposta corrida por título de entrega mais rápida do Brasil

Era por volta de 11h da manhã de uma quarta-feira quando a representante Letícia, 23, recebeu uma nova leva de pedidos para entrega no mesmo dia no seu aparelho portátil (handheld). Funcionária há dez meses do centro de distribuição (CD) do Mercado Livre em Cajamar, a 29 quilômetros da capital paulista, ela precisa ser rápida: todos os pedidos desta categoria devem sair do CD até as 12h59 em ponto.

Empunhando um carrinho de inox vazado, com capacidade para acomodar seis grandes caixas de plástico amarelas, ela circula com agilidade por algumas das 202 ruas do CD de 1.500 m², que abriga 800 mil itens de produtos diferentes, em pouco mais de 1 milhão de “endereços” -caixas com códigos de barras que identificam o estoque.

O sistema de gerenciamento de armazém (WMS, na sigla em inglês) do Mercado Livre indica à representante qual rota ela deve seguir para buscar todos os cerca de 30 produtos daquela leva da maneira mais eficiente possível: andando no máximo 12 ruas, em um percurso de até 30 minutos.

O fluxo nas ruas do maior CD de comércio eletrônico da América Latina é intenso: a cada “esquina”, ela bate as manoplas do carrinho para avisar aos colegas que está passando e assim evitar acidentes. São 3.000 funcionários no local que se revezam em turnos durante 24 horas, sete dias por semana.

Assim que termina de preencher as caixas com os pedidos, cada uma para localidades diferentes, ela deposita as caixas em uma esteira que segue até a seção de embalagem. Lá, outra representante tem até 18 segundos para empacotar e etiquetar cada produto, de acordo com as especificações informadas no sistema: caixa de papelão automontável para itens frágeis, saco de plástico amarelo para os demais.

O produto volta para uma esteira e segue até uma seção com tobogãs: assim que descem, os itens com entrega no mesmo dia recebem prioridade e são separados por CEP e armazenados em contêineres, alocados dentro de um caminhão baú. O pedido finalmente sai para a entrega, antes das 13h.

A rotina pode parecer banal, mas representa o novo estágio da disputa entre os grandes varejistas do comércio eletrônico no país: a entrega ultrarrápida, feita no mesmo dia, cada vez mais crucial para se definir uma venda no crescente comércio eletrônico, que faturou cerca de R$ 220 bilhões em 2021.

O Mercado Livre acaba de dobrar o número de cidades em que promove esta entrega ultrarrápida, de 50 para 100 no Brasil. O esforço consumiu parte dos investimentos de R$ 17 bilhões anunciados este ano no país, montante 70% superior ao do ano passado, que envolvem operações, tecnologia e finanças (a empresa também é dona da fintech Mercado Pago).

O novo patamar de entrega no mesmo dia também foi conquistado graças à parceria anunciada em abril com a Gol, envolvendo o fretamento de seis aviões cargueiros da GolLog, exclusivos para o Mercado Livre.

“Velocidade gera conversão em vendas”, diz o diretor de logística do Mercado Livre, Luiz Vergueiro. Os atuais 12 CDs no Brasil são “fulfillment”: estão equipados para armazenar e gerenciar o estoque dos lojistas virtuais, os “sellers”, que são desde pequenas empresas a grandes indústrias que vendem dentro da plataforma da companhia.

Americanas lidera entrega no mesmo dia, chegando a 900 cidades Com as cem cidades com entrega no mesmo dia, o Mercado Livre ultrapassa a Via, dona das varejistas Casas Bahia e Ponto, que oferece o serviço em 65 cidades do país. Mas ainda fica atrás do Magazine Luiza -onde o consumidor de 150 cidades pode receber no dia a compra feita no site- e permanece distante da Americanas, que oferece o serviço em 900 cidades do país.

As três grandes redes de varejo do país (Magalu, Via e Americanas) têm mais da metade das suas vendas hoje feitas pela internet.

A Americanas acaba de anunciar a integração de 100% da sua malha logística, depois da fusão entre Lojas Americanas e B2W (Americanas.com, Shoptime e Submarino), promovida no ano passado. “Hoje, 35% das nossas entregas são feitas em até três horas e 59% em até 24 horas”, afirma Welington Souza, diretor da plataforma de logística da Americanas. Até ano passado, a entrega em três horas representava 14% do total, diz ele.

Com 25 CDs em 11 estados, a empresa conta com a ampla rede de 3.500 lojas e franquias, que servem como pequenos centros de distribuição, armazenando parte do estoque próprio e dos 132 mil sellers.

“Estamos investindo para entregar em 100% das residências brasileiras, incluindo becos e vielas das favelas”, diz Souza, destacando que a empresa deve chegar até 53 microbases em comunidades até ano que vem, com parceiros como a startup de logística Favela Brasil Express.

Já o Magazine Luiza, dono de 24 CDs em 15 estados e no Distrito Federal, vem se dedicando à implantação da tecnologia que vai transformar todos os centros de distribuição em fulfillment, a fim de acomodar o estoque dos 180 mil sellers.

“Com isso, vamos agilizar a entrega ultrarrápida em todo o país, hoje ainda muito concentrada no Sul e no Sudeste”, diz Luciano Telesca, gerente de entrega ultrarrápida do Magalu. “O cliente é muito sensível a prazo.”

A área ganhou impulso no ano passado, após a compra da Sode, plataforma digital especializada em logística urbana para entregas ultrarrápidas. Assim que entra o pedido, o sistema dispara as ordens de trabalho para o estoquista da loja e para o entregador, um motociclista parceiro, que leva o pedido em uma hora.

Com 30 CDs em 22 estados, a Via consegue entregar em 24 horas em 2.500 cidades. Segundo Fernando Gasparini, diretor executivo de logística da empresa, a implantação da tecnologia fulfillment nos centros de distribuição está evoluindo paulatinamente: hoje já está presente nos pontos em Jundiaí (SP), Barueri (SP), Extrema (MG) e Serra (ES).

“No início deste ano, a Via comprou a logtech CNT, marcando oficialmente nossa entrada nos serviços de fullfilment e fullcommerce”, diz Fernando Gasparini, diretor de logística da Via. No modelo de negócio fullcommerce, a varejista fica responsável pela comercialização e entrega da operação online de uma fabricante.

O primeiro contrato foi assinado em abril com a Mallory, de eletroportáteis: a Via assumiu toda operação do site de e-commerce da empresa, que inclui seu planejamento, operação, atendimento, segurança digital, vendas e entregas.

Leite condensado foi o campeão de vendas no Mercado Livre em 2021 Ter CDs em pontos estratégicos garante a entrega rápida. No Mercado Livre, a entrega no mesmo dia é oferecida em cidades próximas aos atuais 12 centros de distribuição fulfillment (até o fim do ano, o 13º será inaugurado em Belo Horizonte). O cliente visualiza o produto no site e aquele que tem o selo “full” está estocado no CD, pronto para envio imediato. Se o consumidor pede até as 11h da manhã, chega no mesmo dia. Se for depois deste horário, chega até o dia seguinte.

“Hoje cerca de 40% das nossas vendas são full”, diz Julia Rueff, diretora de marketplace do Mercado Livre. O Brasil representa pouco mais da metade (54%) das vendas da multinacional argentina, presente em 18 países da América Latina e que registrou vendas brutas no ano passado de US$ 28,35 bilhões (R$ 138,8 bilhões).

No Brasil, a empresa conta com 4 milhões de sellers. A categoria mais vendida no ano passado foi eletrônicos, enquanto em produto foi leite condensado.

A companhia subsidia parte das vendas em algumas categorias escolhidas, oferecendo cupons e descontos em parcerias com os lojistas.

Hoje o Mercado Livre tem 4.000 vagas em aberto, nas áreas de tecnologia, operações e finanças, e deve somar 17 mil funcionários até o fim do ano. “Mesmo com a reabertura das lojas físicas, o consumidor pós-pandemia mudou e quer a comodidade de comprar online”, diz Julia. “É uma mudança que veio para ficar. Em 2019, o comércio eletrônico representava cerca de 6% das vendas do comércio em geral. Este ano, deve atingir 14%.”

Fonte : https://www.mixvale.com.br/2022/06/18/varejo-aposta-corrida-por-titulo-de-entrega-mais-rapida-do-brasil

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Marketplaces: oportunidades e desafios em um mercado competitivo

Carnê digital, sortimento de produtos e outras vantagens; o poder dos marketplaces não dá sinais de cansaço, mas, enfrenta desafios também

Melhores e maiores ofertas você certamente encontrará em um marketplace. No mundo do comercio eletrônico, o marketplace leva grande vantagem na maioria dos casos pelo seu poder de investimento. Vantagem que, atualmente, acirra a concorrência com outros players deste modelo de negócio.

Veja o exemplo recente das Casas Bahia. A marca começou a oferecer o carnê digital para compras de produtos em marketplaces. A novidade passa a ser comercializada por mais de 170 lojas parceiras com mais de 500 mil produtos em diversas categorias.

O carnê digital dá ao cliente poder de parcelar suas compras em até 24 vezes, sem a necessidade de cartão de crédito, basta apenas ter o crediário aprovado na Casas Bahia. O processo de controle e acompanhamento do carnê digital pode ser feito de modo 100% online, pelo site e aplicativo da rede. Uma alternativa às formas mais comuns praticadas pelo e-commerce (compra com cartão de crédito, boleto e pix).

Compre agora, pague depois

A Casas Bahia então aposta no chamado BNPL (“Buy Now, Pay Later” ou compre agora e pague depois). Com uma base sólida de clientes do sistema de crediário tradicional praticado há décadas pela rede, a novidade do carnê digital atualiza esse modelo por meio de alta tecnologia.

Isso porque a Via, dona da marca, tem feito investimentos robustos no marketplace. Como resultado, saiu de uma carteira de 10 mil sellers para 110 mil no ano passado e um sortimento de mais de 34 milhões de produtos. Em janeiro, a empresa também adquiriu a logtech CNT com a qual começou a implantar os serviços de fulfillment, além de entrar no segmento de fullcommerce e, com isso, avança em seu plano de disputar a liderança do segmento de marketplace no Brasil.

Tendência

Os motivos são diversos para varejistas apostarem no marketplace. Um deles é que os brasileiros preferem marketplaces ao invés do comércio eletrônico tradicional. Além do maior número de avaliações de outros usuários, a pesquisa, a comparação de preços e as ofertas são os principais atrativos para os consumidores.

Um estudo global realizado pela Mirakl, plataforma SaaS de marketplace corporativo, revelou que nove a cada 10 entrevistados brasileiros preferem e-commerces que tenham marketplaces. Um grande reflexo de um mercado gigante no Brasil. Veja o exemplo de outro poderoso player do marketplace, a Magazine Luiza, que somente no terceiro trimestre de 2021, conquistou um lucro de R$ 22,6 milhões, com compras no e-commerce.

A Riachuelo, por sua vez, trouxe para seu marketplace vinhos, brinquedos e itens para pets. Cerca de 100 novas marcas que vão de Ri Happy a Cobasi, TodoVino e Levi´s, além de categorias com opções de compra em eletrônicos e eletrodomésticos, paisagismo etc. Apostando alto na diversidade de produtos para seu ambiente digital.

Nadando com tubarões

Se por um lado vemos crescer o oligopólio em marketplaces, existe hoje diversos exemplos de e-commerces em segmentos muito específicos que seguem vivos. Com qualidade, personalização e ofertas que vão além de sortimento e preço, essas marcas apostam na relação direta com seus clientes e suas necessidades específicas. Colhendo resultados, o maior desafio para este grupo é ter condições de obter maior penetração e construir um bom relacionamento com sua audiência.

Exemplos como a Vibbra! (Florianópolis – SC), que conecta empresas com profissionais de TI para facilitar a contratação de suporte técnico é um deles e a Reduza (Campo Grande – MS), que criou uma plataforma especializada em cupons de desconto e comparação de preços (tremenda sinergia com os anseios dos consumidores online), denotam expertise na corrida contra o poder dos marketplaces. Setores de logística e em serviços de TI estão vivenciando esse interesse do consumidor online à margem de marketplaces.

Conflitos na terra de gigantes

No entanto, a competitividade também faz parte de gigantes do marketplace. A pedra no sapato dos grandes markteplaces brasileiros é justamente outros marketplaces. Grupos estrangeiros, como AliExpress (China), a Shopee, (Singapura), a Wish e Shein (EUA), Mercado Livre (Argentina) e até OLX Brasil (50% sul-africana) são competitivos por aqui.

As brasileiras também comercializam produtos importados de lojistas internacionais, até aí tudo bem. Mas o argumento das brasileiras em relação às estrangeiras é a comercialização de produtos falsificados e sonegação de impostos. Em reportagem recente da Valor Econômico, as empresas estrangeiras alegam que o problema não é tributário ou pirataria, como reclamam as brasileiras, mas comercial. Um representante do mercado de um site chinês explicou que as brasileiras estão atacando as estrangeiras porque estão perdendo venda e não conseguem ser competitivas o bastante.

Disputas de gigantes à parte, o que temos é um momento de forte onda digital que evidencia as oportunidades e concorrência no âmbito do comércio eletrônico. No meio desse fogo cruzado, está um consumidor atento não só aos preços, mas à postura das marcas e, claro, a qualidade de seus serviços e produtos. Tudo dependerá de sinergia entre bons negócios, transparência, qualidade e fôlego para atender uma audiência mais exigente a cada dia.

 

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/02/28/marketplaces-oportunidades-e-desafios/

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